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Crônica de Ademar Rafael

Por: Ademar Rafael

BRASIL X HOLANDA

Nossa relação com a Holanda não pode nem deve se resumir as nossas derrotas para o selecionado holandês nas copas de 1994, 2010 e 2014 e nossas vitórias em 2004 e 2008, tem muito mais a ser narrado.

Registros históricos dão conta que em 1621 os holandeses tentaram entrar no Brasil, através da Bahia e não foram exitosos na missão. Em 1630 uma segunda expedição foi bem sucedida pelo território de Pernambuco, onde permaneceram até a expulsão em 1654. Contudo, Maurício e Nassau e sua turma deixaram marcas na arquitetura de Recife e de Olinda.

Durante a ocupação holandesa dois fatos ocorridos no Rio Grande Norte deixaram feridas abertas por envolver questões religiosas. O primeiro no dia 16.06.1645 em Cunhaú, quando 70 pessoas foram assassinadas em
evento apontado como retaliação contra católicos que não aceitaram ingressar no calvinismo. O segundo as margens do Rio Uruaçú, em 03.10.1645 quando 80 pessoas foram mortas por não aderir ao protestantismo holandês.

Por força de tais eventos o Papa Francisco em 2017 canonizou os Padres André de Soveral e Ambrósio Francisco Ferro, assim como Mateus Moreira e seus companheiros. A beatificação havia ocorrido em 2000, por ato do Papa João Paulo II.

Após devastação ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial produtores holandeses, apoiados pela Liga de Agricultores Católicos, entre 1947 e 1950 ingressaram no Brasil para na região de Mogi Mirim fundar uma
cooperativa onde hoje está situada o linda cidade de Holambra – junção de Holanda, América e Brasil. Hoje a produção da cidade paulista representa algo próximo de 40% do mercado brasileiro de flores e plantas
ornamentais e é, de fato, um pedaço de Holanda no Brasil. A relação tumultuada do início é agora pacífica e ornamentada por lindas flores.

Crônica de Ademar Rafael

Por: Ademar Rafael

ADMINISTRAR É…

A abertura de um curso sobre Rotinas Administrativas nas cidades de Pedras de Fogo-PB e Caaporã-PB solicitei que alunos do Programa Profissional Rural – SENAR – PB, respondessem o eu era administrar. Cada aluno elaborou uma frase ou um pequeno texto com as respostas e as palavras mais repetidas foram: Ética, coragem, meta e resultado.

Na oportunidade apresentei os conceitos a seguir: “Administração é simplesmente o processo de tomada de decisão e controle sobre as ações dos indivíduos, para o expresso propósito de alcance de metas
predeterminadas.” e “Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz de recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais.” Autorias de Peter Drucker e Reinaldo Oliveira da Silva, respectivamente.

Podemos identificar convergência entre as opções dos alunos e os conceitos dos dois autores apenas em “resultados” e “metas”. Apesar de não figurarem nos textos dos pensadores da administração a ética e a coragem devem estar presentes em cada ato administrativo praticado por administradores que buscam o sucesso em suas atividades, ambas fazem parte do cardápio das ações cotidianas dos administradores de vanguarda.

Nesta data – 09.09 -, que comemoramos o dia do administrador não poderíamos deixar de fazer este registro sobre a profissão do Administrador, cujo curso é a mais cosmopolita de todos os cursos superiores ofertados em nosso país. O graduado em Administração estuda: Sociologia, Filosofia, Direito, Finanças, Psicologia, Matemática,
Estatística, Português, Contabilidade, entre outras disciplinas.

Para mim o bom administrador é o que: “Transforma o caos em ordem, as crises em oportunidades e produz resultados crescentes com recursos cada vez mais escassos”. Parabéns administradores do Brasil.

Crônica de Ademar Rafael

Por: Ademar Rafael

MARCOS ANTÔNIO CAMPOS DA FONSECA

Beto Fuscão, colega do Banco do Brasil, durante uma caminhada na praia perguntou se eu havia escrito algo sobre Marcos de Zé Coió. Para atendê-lo e premiar os leitores e leitoras deste espaço resolvi adaptar a crônica “Valeu Marcos” publicada no site www.afogadosdaingazeira.com.br.

Marcos quando jovem não quis um curso superior, pois sabia que Deus havia lhe dado talento suficiente para prescindir diplomas, sempre procurou ir além e entreva com tudo em cada empreitada que a vida lhe reservou.

Como jogador de futebol era detentor potente chute, que falem os goleiros que ele fez ir buscar a bola no fundo da rede. Como meia esquerda brilhante formou ao lado do saudoso Alex um extraordinário meio de campo no Santa Cruz de Ninô. Ainda no futebol nos deu, em conjunto com Arnaldo, Batista, Murilo, Dinda e o nosso inesquecível Dinga ou Branco de Everaldo, o Guabiraba, único time capaz de vencer o Barcelona. Ali Marcos impediu muitos gols, foi um dos maiores goleiros da história de Afogados. No campo fazia, na quadra evitava

Com seu sorriso franco e carisma peculiar mudou-se para Princesa Isabel-PB, após o casamento. Para lá levava sempre que podia seus amigos, destacou-se em tudo que fez na terra de Zé Pereira. Tudo que ele fazia colocava muito amor e garra, nunca vi Marcos reclamar de ninguém se era para fazer algo ele tomava a frente e realizava da melhor maneira.

A morte de Mário tirou muito do brilho de seu olhar, mas jamais desistiu de qualquer coisa, foi um vitorioso com suas próprias pernas, todas as vezes que precisei de Marcos para qualquer coisa ele atendia no ato, era seu jeito. Faleceu em 1999 deixando o exemplo para que os jovens de nossa terra lutem por seus objetivos como Marcos fez. Na Paraíba sempre dava guarida aos filhos do Pajeú, anfitrião de mão cheia e bom de papo em volta de uma mesa, agregador e líder nato. VALEU MARCOS.

Crônica de Ademar Rafael

IZABEL MARIA MARINHO PATRIOTA

Por: Ademar Rafael

Na manhã de 03.08.19 estava com amigos na Praça Arruda Câmara de Afogados da Ingazeira quando recebi uma missão do amigo Saulo Gomes. Por telefone ele me pediu para escrever algo sobre Zá Marinho que completaria 60 anos no dia 04.08.19.

Nesta minha trajetória terrestre não encontrei, além de Zá, ninguém que trouxesse um coral na garganta. A filha de Lourival e Helena foi – quem tiver outro entendimento guarde -, a dona da voz com mais docilidade e melodia que ouvi em minha vida. A fragilidade corporal escondia uma cantora sublime um anjo de coração santo. Seu olhar quando se debruçava sobre um excluído conduzia uma energia gerada somente em seres iluminados.

Tinha gestos difíceis de serem narrados com palavras. No dia que minha esposa conheceu Zá disse-lhe de frustração que teve quando notou que o cantor contratado para nosso casamento não havia ensaiado a música
“Amor de índio”. Prontamente ela disse a Helaine: “Nunca cantei esta música vou aprendê-la e em nosso próximo encontro cantarei para você.” Dias depois na casa do irmão Hilário cantou “Amor de índio” com uma
intensidade que até hoje ecoa em nossos ouvidos.

Certa vez ganhou um casaco de frio da irmã Maria Helena. No caminho da sua residência encontrou uma moradora de rua sem coberta e entregou-lhe o casaco. Maria descobriu no dia seguinte e sem qualquer sentido de crítica perguntou: “Zá destes o casaco que lhe dei?” Zá prontamente disse: “Ninha, quando vi a pessoa sem nada para enfrentar o frio e eu protegida, indo para debaixo dos meus cobertores, não tive outra saída dei o presente que havia recebido.” Essa era a Zá cidadã.

A voz de Zá transformava qualquer música em clássico, seu cunhado Antônio José ganhou uma versão personalizada de “Um homem chamado Alfredo”, nós outros ganhamos um repertório sem parelha.

Crônica de Ademar Rafael

VIDA DE GADO

Por: Ademar Rafael

No primeiro trimestre deste ano o programa radiofônico “Vida de Gado”, apresentado por Antônio Martins na Rádio Pajeú completou trinta e cinco anos com índices de audiência compatível com o compromisso do apresentador com a defesa da vaquejada no formato popular.

Ao tentarmos identificar as causas que sustentam o programa por tanto tempo percebemos que o principal insumo é a compatibilidade entre o pensamento de Antônio Martins com o pensamento do vaqueiro simples do sertão. Um pedido de um vaqueiro durante a feira de Afogados da Ingazeira é levado ao ar no programa seguinte respeitando totalmente a opinião do homem que veste a “toga de couro”.

As percepções que Antônio Martins utilizava nos campos de futebol para evitar dribles dos atacantes são usadas para jamais driblar os ouvintes e isto só possível quando o interlocutor é capaz de extrair o pensamento alheio numa perfeita empatia.

A audiência do programa origina-se nessa sintonia, as músicas e as toadas apresentadas são verdadeiros hinos para os sertanejos que como Antônio Martins defendem as corridas de gado como paixão. Os prêmios perdem a importância para farra e para o encontro entre iguais. O termo “meio mundo” carregado por Antônio Martins durante a apresentação do programa e em todas as conversas é a senha para todo nordestino que aprecia o bom papo sobre coisas do sertão.

Para comemorar os trinta e cinco anos de sucesso estiveram presentes Chico Arruda e seu filho João, Genaílson do Acordeon, o poeta violeiro Diomedes Mariano, o poeta e produtor Alexandre Morais e o radialista e professor Saulo Gomes, todos amantes das coisas boas do sertão e defensores incansáveis da cultura do Nordeste, do Sertão e do Pajeú. Aos críticos: “Nem o espinho de jurema rasga beiço dilacera o tecido do VIDA DE GADO, na sua composição tem fibra com a resistência do caroá.”

 

Crônica de Ademar Rafael

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Esta crônica procura fazer um alerta para os profissionais que estão e que pretendem ingressar entrar no mercado de trabalho, diante da presença do fenômeno Inteligência Artificial – IA, pauta em muitos debates pelo mundo.

O sacerdote camiliano e doutor em bioética Léo Pessini, no artigo “Inteligência Artificial, ameaça ou esperança” publicado na revista Família Cristã de março-19, afirma: “As máquinas não oferecem nenhuma ameaça existencial para humanidade, sua autonomia e puramente tecnológica, não possuem autonomia moral, enquanto permanecerem obedientes aos objetivos que damos a elas.”

O festejado escritor israelense Yuval Noah Harai, autor dos sucessos “Sapiens” e “Homo Deus” em seu último livro “21 lições para o século 21” aponta que a Inteligência Artificial vai assumir papel relevante nas áreas médicas, finanças, advocacia e carros auto dirigidos.

Sugere que evitar alto impacto nos emprego caberá ao Estado dosar o ritmo da automação e registra: “A tecnologia nunca é determinista, e o fato de que algo pode ser feito não quer dizer que seja feito. A legislação pode bloquear com sucesso novas tecnologias mesmo se forem comercialmente viáveis e economicamente lucrativas.” Cita inclusive modelo de ajuda que existe na Escandinávia com o lema “proteger trabalhadores, não empregos.”

Como o Brasil tem a tendência de proteger os “donos do dinheiro” em detrimento aos brasileiros o estrago pode maior que em outras nações donas do seu destino. Cabe, a nosso ver, que os brasileiros da ativa e os que postulam cargos no concorrido mercado de trabalho fiquem de olho no assunto. Ao lado dos olhares do padre e do professor israelense correm muitos riscos. Os pontos de vista são filosóficos, a realidade é muito mais dura. Olho vivo, atenção e cuidado.

Crônica de Ademar Rafael

DUPLO APRENDIZADO

Sempre que me recolho para lembrar boas coisas do passado dou de cara com dois programas radiofônicos apresentados por Dom Francisco, pela Rádio Pajeú de Afogados da Ingazeira – PE e Dom Hélder Câmara, por meio da Rádio Olinda.

Ouvir “A nossa palavra” na emissora de Afogados da Ingazeira ou “Um olhar sobre a cidade” na rádio de Olinda era um duplo aprendizado. Os dois, fiscalizados pelo regime da época, expressavam seus pontos de vista sem medo de represálias.

Aos textos de Dom Francisco nunca tive acesso após sua morte, parte das crônicas de Dom Hélder estão no livro publicado pela editora Civilização Brasileira, estes últimos reli no início da quaresma e sobre eles focarei esta crônica.

Dom Hélder indaga na crônica “Lua crescente, lua cheia e lua minguante…”: “Porque, então, não temos paciência uns com os outros e não nos ajudamos mutuamente?” e encerra com “Faz escuro, mas eu canto”, extraído de livro de Thiago de Melo. Na meditação “Vencer e convencer” é assim iniciada: “Mais difícil, mais humano e mais belo que vencer, é convencer. Vencer está ao alcance dos animais, convencer, não…”. Em “Falar, arte difícil” o Arcebispo de Olinda nos manda ler “Domínio sobre a língua”, terceiro capítulo de Tiago e afirma: “Como aprecio quem é capaz de conversar animada e alegremente, sem alfinetadas, sem tesouradas e, claro, sem golpes de foice”.

Herdando o termo da obra de Zé Marcolino, garanto que “nesta vida humana” não encontrei uma pessoa capaz de se aproximar de Dom Hélder no quesito “humanamente tão perto das pessoas e espiritualmente tão perto de Deus”. Nós que tivemos a oportunidade de usufruir da sabedoria destes dois homens de Deus temos a obrigação de publicar, sempre que possível, o que aprendemos com eles.

Por: Ademar Rafael

Crônica de Ademar Rafael

TRIPÉ CRUEL

Depois de muito lermos e ouvirmos definições sobre o tema globalização daremos o título da melhor definição ao que escreveu o jornalista e escritor Jorge da Cunha Lima no capítulo “Da solidariedade”, do livro “Caminhos de Solidariedade”, a seguir transcrito e comentado.

Assim escreveu o paulista “A globalização baseia-se num tripé tão cruel como irresistível: a velocidade de uma informação centralizada nas mãos de uma dezena de proprietários em todo mundo, um sistema financeiro que amplia seus ganhos ociosamente com o endividamento rotativo e progressivo das nações e um sistema produtivo que põe em risco a própria sobrevivência da Terra pela violência sistemática promovida contra os limites suportáveis do meio ambiente.”

Em proporções diferentes encontramos esse tripé na era do descobrimento, na revolução industrial, no reordenamento do mundo após a segunda guerra mundial, no surgimento dos “tigres asiáticos” e nos eventos a seguir identificamos as digitais do tripé, cada leitor e cada leitora têm todo direito de fazer seu julgamento e aplicar sua medida.

A manipulação das pautas jornalísticas em todo mundo e os impactos das redes sociais nas eleições francesas e americanas, na votação sobre a saída do Reino Unido da Zona do Euro e nas eleições brasileiras.

Em 2018 o lucro dos quatro maiores bancos Itaú (R$ 25,7 bilhões), Bradesco (R$ 21,5 bilhões), Banco do Brasil (R$ 13,5 bilhões) e Santander (R$ 12,1 bilhões) alcançou a cifra de R$ 72,8 bilhões, 12,3 % acima do resultado de 2017. Isto em um país falido e endividado como o Brasil, cuja inflação no período ficou em 3,75% e o crescimento do PIB em 1,1%.

Boicotes ao Protocolo do Kyoto, ao Acordo de Paris, a Rio 92, os acidentes de Mariana e Brumadinho e a liberação de defensivos agrícolas pelo governo brasileiro.

Por: Ademar Rafael

Crônica de Ademar Rafael

CLÓVIS AUGUSTO RABELO DOS SANTOS

Este texto é o primeiro de uma trilogia adaptada da crônica “Pessoas do meu sertão XVII”, publicada no site www.afgadosdaingazeira.com, sobre Clóvis de Dóia, Jucá Neto e Paulo Rato.

Clóvis de Dóia, afogadense da gema, zagueiro de altíssimo nível e líder nato. Descrevendo sua atuação em campo, o colega do Banco do Brasil e seu companheiro em jornadas memoráveis, Célio registrou: “Baixinho que subia quase da altura das nuvens”.  Nesta verdade acrescento que poucos jogadores no futebol mundial tiveram a perspicácia de Clóvis em relação ao tempo da bola e a rapidez na recuperação caso perdesse o primeiro bote, fato raro.

Tenho na lembrança um duelo travado por Clóvis e Edmilson Barbudo em jogo entre o Guarany e Comercial de Carnaíba. Em tal partida os dois titãs disputaram cada bola com valentia e sagacidade, como o atacante não fez
gol o baixinho venceu a disputa.

Além das habilidades como jogador Clóvis exerceu, com extrema maestria, a liderança em campo, seu grito era uma ordem, os treinadores tinham nele a sua voz no decorrer das partidas.

Fora das quatro linhas é uma companhia agradável, um “papo cabeça” e um sertanejo completo por gostar de cantorias de viola, de vaquejada e de ser admirador da nossa caatinga, de preferência toda verde com gado
pastando.

Por opção, Clóvis transformou sua casa numa trincheira onde recebe amigos para conversar, jogar cartas e tomar uma quando é possível. Sempre que encontro o amigo Elias Mariano pergunto por Clóvis, o baixinho foi referência para este cronista e para minha geração quando direcionávamos nosso olhar para sua dedicação e compromisso com tudo que era convocado para fazer.

Por:Ademar Rafael

Crônica de Ademar Rafael

CASAS DE CARIDADE

Como dissemos na crônica anterior as “Casas de Caridade” podem ser consideradas como a maior obra do Padre Ibiapina. Na concepção do projeto, na atração das irmãs de caridade e no seu funcionamento são
visíveis as características do pensamento do padre sobralense.

No período de 1860 a 1872 o Padre Ibiapina construiu vinte e duas Casas de Caridade, sendo: Três no estado de Pernambuco, três no Rio Grande do Norte, seis no estado do Ceará e dez no estado da Paraíba, entre elas a
Casa de Caridade de Santa Fé, no município de Solânea, local que o missionário veio a falecer no dia 19.02.1883.

A atração das irmãs de caridade era feita na própria comunidade, sem observar critérios da igreja que centralizava suas ações com base em ações de freiras vinda da Europa.

A principal função das Casas de Caridade era receber meninas órfãs dando-lhes educação completa, para serem esposas, mães e desenvolverem uma vida ativa. As internas eram também qualificadas para exercícios ligados a cozinha, cultivo de lavouras destinadas para alimentação e artesanatos para venda e obtenção de recursos.

Entre as regras definidas nos regimentos das Casas de Caridade podemos destacar os direcionamentos para evitar a preguiça, a ociosidade e as conversas e incentivar o trabalho e o entendimento sobre o amor de Deus.

A administração das Casas de Caridade era feita pelas superioras com fiscalização presencial, por meio de visitas e através de cartas do seu fundador. Após sua morte entraram em declínio por falta de apoio da
comunidade e principalmente da igreja que discordava com o formato. A Casa de Caridade de Santa Fé em cada dia 19 recebe uma legião de devotos e no dia 19.02 de cada ano há grande evento religioso.

Por: Ademar Rafael