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OPINIÃO DO PERNINHA

Lambanças nos Supremos

Esses dias o nosso amigo Ademar Rafael Ferreira, cronista colaborador deste blog, fez uma matéria mostrando as distorções cometidas pelo STF, quando foram nomeados ministros: Lula,pela ex-presidente Dilma, e Moreira Franco, pelo atual presidente Michel Temer. No 1º caso, o Supremo desautorizou a então presidente Dilma e no 2º caso a nomeação de Moreira Franco foi endossada por aquela Casa.

Essas práticas vem se tornando habituais e têm uma péssima repercussão por se tratar de decisões da mais alta Corte da Justiça: O Supremo Tribunal Federal. Se essa casa começa a perder credibilidade em quem mais iremos acreditar?

Pois bem. Andei tirando umas férias entre os meses de janeiro e fevereiro, quando perdi a oportunidade de escrever uma matéria sobre os prefeitos empossados no último pleito. A matéria que aqui transcrevemos aponta para mais uma lambança – dessa vez no TSE – Tribunal Superior Eleitoral -. E, para não variar muito, o personagem principal foi o Ministro Gilmar Mendes que permitiu a posse de três prefeitos agora em 2017, considerados elegíveis pela atual Lei da Ficha Limpa.

A decisão em tela beneficiou Sebastião de Barros Quintão (PMDB), de Ipatinga (MG), Luiz Menezes de Lima (PSD), de Tianguá (CE) e Geraldo Hilário Torres (PP), de Timóteo (MG). Eles foram os mais votados, mas, por condenação em 2008, que os tornavam inelegíveis, haviam tido o registro indeferido para as eleições de 2016 por decisões do próprio TSE. A Corte tem adotado o entendimento de que o impedimento deve durar 8 anos, de acordo com a Lei da Ficha limpa, mesmo em casos de condenações anteriores à criação dessa lei, em 2010. E não 3 anos, que era o prazo da punição para as condenações anteriores à nova lei.

Os candidatos entraram com recurso pedindo que o impedimento fosse de apenas 3 anos, com base na lei anterior, e, assim, o registro deles para 2016 fosse liberado. De plantão no recesso judiciário, Gilmar Mendes – que havia sido voto vencido em discussões no TSE sobre a retroatividade da Lei da Ficha Limpa – concedeu as liminares favoráveis aos três, argumentando que a discussão sobre a retroatividade da Lei da Ficha Limpa está tramitando no Supremo Tribunal Federal com o julgamento suspenso por um pedido de vista mas com quatro votos favoráveis à tese dos candidatos. Segundo ele, “a não concessão de eficácia suspensiva neste momento poderia acarretar realização de eleições suplementares possivelmente desnecessárias, caso o STF decida favoravelmente ao candidato eleito”.

Dado o exposto nos termos acima, continua a nossa dúvida: Vale mais a lei em vigor ou o entendimento de quem faz o julgamento? Se vivêssemos em um País sério, o “Ficha Suja” sequer se candidataria. Mas, por aqui, as coisas funcionam ligeiramente diferentes: Você se candidata – mesmo com o registro indeferido -, o povo lhe elege e depois você briga na justiça
sabendo que tem grandes chances de sair vitorioso.

Sr. Ministro: Não seria bem mais fácil cumprir a determinação do TSE do que ficar arranjando penduricalhos para justificar pífias decisões?

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – março de 2017.

OPINIÃO DO PERNINHA

Quaresma, qual o seu significado?

Findo o Carnaval chegamos à quarta feira de cinzas e ali se inicia o período quaresmal que se estenderá até o Domingo de Ramos, o qual relembra a entrada triunfal de Cristo em Jerusalém, a fim de se cumprir o que havia sido profetizado.

Ao longo desse período, sobretudo na liturgia do domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que devemos viver como filhos de Deus. A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a igreja católica marca para nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo.

Na Quaresma, Cristo nos convida a mudar de vida. A Igreja nos ensina a viver esse período como um caminho a Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando boas obras. Nos convida a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por ação do pecado, nos afastamos mais de Deus.

Portanto, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna, Cada dia, durante a nossa vida, devemos retirar dos nossos corações o ódio, a inveja, os zelos que se opõem a nosso amor a Deus e aos irmãos. É um período onde aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar a nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressureição.

A duração da Quaresma está baseada no símbolo do número 40 na Bíblia. Nesta, é falada dos quarenta dias do dilúvio, dos 40 anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos 40 dias de Moisés e de Elias na montanha, dos 40 dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou o exílio dos judeus no Egito.

Lembramos que a Igreja Católica aproveita esse período para lançar o tema da Campanha da Fraternidade e que, neste ano, o tema se relaciona com a defesa do meio-ambiente, vez que a humanidade não vem dando a devida atenção e o planeta Terra agoniza.

Por último, aproveitamos para desejar a todos os nossos leitores que as bênçãos divinas cubra-os de humildade e sacrifício para que possamos ter uma Páscoa bem mais fraterna na divisão e partilha do bem com os nossos irmãos menos favorecidos. Esperamos que essa matéria além de cumprir o ritual semanal com o blog, possa servir de reflexão – não só durante a Quaresma – mas durante toda a nossa existência para que possamos viver em uma sociedade mais fraterna e humanamente mais justa.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira-PE – março de 2017

OPINIÃO DO PERNINHA

Oh quarta feira ingrata!

Parecia impossível mas, de repente, chegamos à quarta feira de cinzas, dia de ressaca e de balanço. Nos meus tempos nos referíamos ao Carnaval como a “tríade momesca”, ou seja, o Carnaval era de apenas três dias. Hoje, o Carnaval leva 7, 15, 20 e até 30 dias, como é o caso de Salvador, na Bahia. Olinda, ainda aguenta mais uma semana, tempo suficiente para aumentar a sujeira e a fedentina que toma conta das ladeiras da cidade histórica; Recife, segura até o final de semana. Que o diga o Marco Zero, com o aval da Praça do Arsenal e da Rua do Bom Jesus . Tudo depende do bolso, da disposição dos foliões e de uma forcinha dos turistas.

Justificando o título da nossa crônica, acreditamos que muitos conhecem o famoso refrão: “oh quarta feira ingrata chegou tão depressa só pra me contrariar”. Será mesmo ingrata por quê? Por que o Carnaval acabou ou por que vamos ter de encarar a realidade em que vivemos? A quarta feira de cinzas nos leva a refletir sobre o nosso comportamento. Brincamos com moderação ou houve excesso em nossas ações? Gastamos de mais ou tudo correu dentro do previsto? Fomos ou não imprudentes? Como está o nosso orçamento para encarar 2017?

Isso mesmo. É como se o ano tivesse começando agora. Durante o Carnaval as pessoas se anestesiam e caem na folia como se vivêssemos em um céu de brigadeiro. Ninguém fala em crise, não há desemprego, a economia estabilizou, o governo é sério e tudo transcorre na maior naturalidade possível. O abuso do álcool e a irresponsabilidade dão as cartas durante os “festejos de momo”. Depois veremos como é que fica.

Após o cessar dos tambores e o último carro alegórico ser desmontado na avenida, ainda sob o efeito anestésico em que estiveram metidos, os foliões se despedem com a satisfação do dever cumprido. É chegada a hora de procurar emprego, fazer empréstimos pra pagar as contas, reclamar da inflação, brigar pra baixar a conta de luz, tomar dinheiro com os amigos e parentes para comprar o material escolar dos filhos, negociar o débito com o Cartão de Crédito e parcelar o débito do IPVA.

Infelizmente, essa é a cultura do nosso povo. E o turista desavisado, pelo que enxerga, acha que vivemos num país maravilhoso. Deve ficar morrendo de inveja por não ser brasileiro. A esse ledo engano, temos que satirizar dizendo: “ah coitados! Bem queríamos que eles estivessem corretos, mas, como diz o velho ditado: “o buraco é bem mais embaixo”.

Para encerrar, vamos a uma décima que fizemos no antigo mote do nosso amigo tabirense Cicinho Gomes (in-memorian). FIZ DA VIDA UM ETERNO CARNAVAL / TERMINEI PIERRÔ DA SOLIDÃO.

Fiz teatro lancei alegorias / Fui passista famoso no começo / Hoje em dia sequer não faço um terço / Do que fiz em momentos de euforias / Veio o tempo rasgou as fantasias / O meu bloco perdeu a empolgação / Minha escola ficou sem percussão / E esqueceu o enredo original / FIZ DA VIDA UM ETERNO CARNAVAL / TERMINEI PIERRÕ DA SOLIDÃO.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – março de 2017.

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Conexão – Grupo Educacional fazendo história

Quem esteve em festa no último sábado, (19), foi o Grupo Educacional Conexão quando reuniu em sua nova sede à Av. Artur Padilha, 537 – 1º andar, os funcionários, alguns professores e uma boa parte dos alunos aprovados no último ENEM. De um total de mais de 30 aprovados que passaram pelas salas de aula do Conexão, foi registrada a presença de 1/3 dos alunos aproximadamente. Alguns, a exemplo de João Victor, aprovado em Engenharia Civil, se faziam acompanhados dos pais (João do Sindicato) como é popularmente conhecido e da ex-vereadora Joana Darc.

Outro aluno que se fazia acompanhado dos pais foi Leonardo Veras, filho do casal Júlio Oliveira e Rosa Amélia. Ele foi aprovado em Sistema da Informação. Destaque, também, para outra fera: José Dácio que foi aprovado em Medicina Veterinária.

Na impossibilidade de relacionarmos todos os nomes, informamos que as diversas aprovações surgiram em cursos como Agronomia, Direito, Odontologia e outros mais. Todas as aprovações são dignas de registro, com destaque especial para a aluna Paloma Queiroz, que bateu o recorde conseguindo aprovação em 9 vestibulares, aí incluídos, FIES, PROUNI e Universidades Públicas. Paloma está cursando Biomedicina na FIP.

O clima que rolou no sábado foi de muita alegria e comemoração com direito a sessões de fotos que o Conexão tem por hábito registrar em arquivo próprio como acervo do curso.Breve histórico do Grupo Educacional: Instalado em nossa cidade há pouco mais de 2 anos, o Conexão que atua também na área de concursos públicos, nesse curto espaço de tempo, contabiliza aprovações de alunos em concursos do Banco do Brasil, Polícia Civil de PE, Polícia Militar de PE (17 aprovados em 2016), Polícia Militar do Ceará, Agente de Saúde e Endemias do Município local (12 aprovados em 2016), e por aí vai.

No momento o Conexão conta com 6 salas de aula em funcionamento, sendo 02 turmasde ENEM, uma de SSA e 03 de concursos públicos, quais sejam: Bombeiros-PE (turma lotada), CBC – Curso Básico para Concursos e TJ-PE. Quem quiser conhecer as instalações e procurar maiores informações pode ligar para o 87- 3838-2683 ou 87 – 99970-8981, no horário das 9.00 às 13.00h e das 15.00 às 22.00h.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – Fevereiro de 2017.

OPINIÃO DO PERNINHA

perninha-1Quem pode, pode; quem não pode …

Iniciamos a matéria de hoje pedindo a todos os eleitores um voto de aplauso para o governador Paulo Câmara. Mas por quê? Pela sua sensibilidade política e pelo carinho com que ele tem tratado os seus governados. Demonstrando um respeito fora do normal pelos seus contribuintes e aproveitando os festejos do morro em Casa Amarela, onde os louvores se voltam para N. Sra. da Conceição, padroeira do Recife – se achando em estado de graça – o governador deu um presente aos pernambucanos com a publicação no Diário Oficial em 07/12 de um decreto que antecipa para janeiro o prazo de pagamento da cota única – ou da primeira parcela do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – (IPVA) para todas as placas.

Enquanto no ano passado o calendário começava em março e se estendia até maio, nesse ano vai iniciar em janeiro e terminar em março (dependendo do dígito final da placa). A medida vai penalizar o contribuinte, que já precisa arcar, logo na virada do ano, com matrículas escolares, compra de material, pagamento de IPTU, além da ressaca deixada por Dezembro que, por tradição, é um mês que se gasta além do normal. O que achamos interessante é que enquanto o povo se enforca, a Secretaria da Fazenda se pronunciou dizendo que “a mudança na data do pagamento do IPVA foi realizada em virtude da necessidade de geração de fluxo de caixa no início do ano, em decorrência da crise econômica que atinge o País”.

E nós, como fazemos para gerar fluxo de caixa? Além de antecipar a cobrança, o governador, de forma irresponsável, deixou para comunicar a medida ao contribuinte faltando apenas 40 dias para o vencimento da 1ª parcela (prevista para o dia 17 de janeiro, no caso das placas com final 1 e 2). Claro que recebemos algumas ajudas: a)- o aumento que esse mesmo governo deu para o IPTU foi somente de 9,93%; b)- as mensalidades escolares estão sendo reajustadas em torno de 15%; c)- a gasolina ficou mais cara em R$ 0,12 (doze centavos) por litro, na mesma semana do Decreto. Outra coisa: todo trabalhador está recebendo o 13º em dezembro e isso, segundo Paulo Câmara, é uma atitude extraordinária. Parece que soa melhor como regalia do que como obrigação.

Sobre o IPVA tem mais um detalhe: bons tempos quando o mês do vencimento era pelo final da placa. Ou seja, nós matriculávamos os nosso veículos entre janeiro e outubro. Cada final de placa vencia no mês correspondente. Exemplo: placa com final 5, vencimento em maio; final 8, em agosto e assim por diante. Os meses de novembro e dezembro eram usados para liberar as férias dos funcionários lotados nos Detrans.

Esse governador é mestre em adotar essas medidas. Lembram do que ele fez com os professores quando prometeu dobrar os seus salários? Não dobrou mas, na primeira chance, jogou o pagamento dos funcionários para o mês seguinte (entre 7 e 10 de cada mês), sem qualquer aviso prévio, num total desrespeito à categoria. E nas greves, lembram como ele trata os servidores?

Infelizmente caríssimos leitores, essa é a cara do Brasil. Em recente entrevista com o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP), defensor na aprovação da PEC 241, no Instituto Federal de Goiás – (IFG), Campus de Uruaçu no Norte do Estado, falando para os estudantes ele foi curto e grosso ao afirmar: “quem não tem dinheiro não faz faculdade”. Deve ser esse o mesmo pensamento do nosso governador: “Quem não pode pagar IPVA vende o seu veículo ou tranca na garagem”. E fim de papo.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – dezembro de 2016.

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perninha-1Você entregaria o seu filho aos cuidados do estado?

Quem lembra da antiga FEBEM – Fundação Estadual do Bem Estar do Menor? Pois bem. Essa sigla foi substituída por uma mais moderna e passou a chamar-se FUNASE – Fundação de Atendimento Socioeducativo do Estado. Gostaram do nome? Esse é um nome apenas decorativo, vez que o estado é omisso e não cuida coisíssima nenhuma dos jovens que por ali passam. Prova disso é o que aconteceu no final do mês passado, quando os números falaram por si, ou melhor, gritaram aos quatro cantos do mundo pedindo clemência.

Apenas cinco dias foram suficientes para que 11 menores, entre 14 a 18 anos, fossem queimados vivos, mutilados ou apunhalados dentro de unidades da FUNASE. Alguns deles estavam por lá há cerca de um mês, como Charles Gutyerres Freitas de Souza, de apenas 14 anos. As últimas sete mortes aconteceram na noite do domingo (30/10), na unidade de internamento de Caruaru, no Agreste.

A resposta do governo, se é que existe, chegou na segunda feira seguinte, apenas por meio de nota: o presidente da entidade, Moacir Carneiro Leão Filho, foi substituído pelo advogado Roberto Franca, que terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação da FUNASE.

A rebelião que resultou no assassinato de sete jovens em caruaru (e ferimento em outros quatro) foi anunciada uma semana antes pelo Conselho estadual da Criança e do Adolescente (CEDCA), em matéria publicada nos jornais do estado, um dia após a morte de quatro menores na unidade de Timbaúba, na Zona da mata Norte do estado. A entidade alertou que as próximas bombas iriam “estourar nas unidades de Caruaru e do Cabo”.

O governo só se pronunciou por meio de notas. A FUNASE informou que grupos rivais causaram a rebelião, incendiando colchões e quebrando móveis. Dos sete adolescentes, seis morreram queimados e um, mutilado. Como na semana anterior, quando ocorreu a rebelião na unidade de Timbaúba, a fundação afirmou que “seria instaurada sindicância para apurar os fatos”. Por sua vez, o governador Paulo Câmara, ao anunciar a mudança de gestor prometeu dedicar todos os esforços para que esses tristes episódios não se repitam.

Esse filme vem sendo reprisado desde o governo de Eduardo Campos e as poucas mudanças foram para pior. Enquanto aguardam o plano de reestruturação que será cobrado do novo presidente, 1.508 menores internos (dados de 25 de outubro) e os seus respectivos familiares, torcem para que a paz – se é que existe – volte a reinar naquelas unidades e os seus habitantes possam, pelo menos, ser tratados como “gente”. Vale ressaltar que a capacidade total de atendimento das unidades no estado é de 1.100 internos aproximadamente.

Com essa mesma expectativa que rodeia os detentos e seus familiares a sociedade deve fazero coro com as palavras de D. Suzana Alves (31 anos), mãe de Charles Gutyerres, quando muito abatida aguardava a liberação do corpo no Instituto de Medicina Legal – IML: “Nenhuma mãe quer enterrar seu filho, muito menos, dessa forma”. Vou cobrar isso do governo, finalizou.

E vocês leitores, vão ficar fora dessa luta?

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – novembro de 2016.

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perninha-1Vitória da insensatez

Passados  poucos dias da eleição que escolheu o novo presidente americano e, por acharmos muita lucidez no presente texto, resolvemos reproduzi-lo para os nossos leitores.

Para surpresa geral do planeta, o azarão e fanfarrão Donald Trump se elegeu presidente da mais poderosa nação do mundo com um discurso chauvinista, xenófobo e irresponsável, prometendo o isolamento da economia norte americana. Trump é, sem sombra de dúvidas, a expressão de um novo populismo e patriotismo num país desenvolvido. Investe contra a
globalização, que trouxe enorme benefício aos Estados Unidos, tanto na integração comercial quanto na movimentação e interação de pessoas e culturas, atraindo talentos e inteligência de todo mundo (vejam o Vale do Silício). Mas, diante da concorrência dos países emergentes e dos seus impactos na necessária reorganização interna e no nível de emprego, os norte americanos passaram a rejeitar a globalização (ou, pelo menos, a parte que incomoda deste fenômeno contemporâneo).

Trump ganhou a eleição prometendo romper os acordos comerciais, suspender as relações com a Organização Mundial do Comércio (OMC) e criar tarifas de importação e impostos sobre as empresas norte americanas que invistam no exterior. Como bom populista, o novo presidente dos Estados Unidos vende mentira do protecionismo para a recuperação dos empregos que teriam sido perdidos por conta da abertura e dos acordos comerciais. Mas os resultados das promessas populistas costumam ser contrários às fantasias enganadoras que mobilizam o seu eleitorado podendo, provavelmente, gerar mais desemprego e recessão no próprio país.

Com a maior economia do mundo e mercado fundamental para todos os países – PIB de US$ 17,7 trilhões e importação anual de US$ 2,35 trilhões (equivalente ao PIB do Brasil), o protecionismo Estados Unidos será devastador para a economia mundial, que ainda se arrasta na recessão. O isolamento comercial da maior nação do mundo jogaria o planeta no caos e no desastre econômico. E seria um desastre para a economia brasileira, às voltas com a recessão econômica e com seus próprios problemas econômicos e fiscais.

É possível e, principalmente, desejável que o presidente eleito dos Estados Unidos seja obrigado pelas condições legais e institucionais e pelas circunstâncias políticas e diplomáticas a trair o seu eleitorado e recuperar um pouco de sensatez na condução dos destinos dos Estados Unidos (e do mundo).

Fonte: Sérgio C. Buarque (economista e escritor).
Afogados da Ingazeira – PE – novembro de 2016.

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perninha-1Todo treinador precisa de uma estrela

Quem não lembra de Eduardo Baptista, no Sport Club do Recife? O filho de Nelsinho Baptista, que fez história no clube pela conquista da Copa do Brasil, era preparador físico do clube e virou técnico de uma hora pra outra. Conhecedor do elenco e com um pouco de sorte, Eduardo fez um bom trabalho no pouco tempo que assumiu o comando técnico do Leão da Praça da Bandeira.

Recentemente, com a saída de Oswaldo de Oliveira para assumir o Corinthians, o Sport trouxe um conhecido nosso para ficar a frente do clube, faltando poucas rodadas para o final do Campeonato Brasileiro. Ex-jogador, com passagens pelo Náutico e pelo próprio Sport, onde teve um papel fundamental em algumas conquistas, Daniel Paulista assumiu o cargo de treinador em outubro e perdeu apenas uma das quatro partidas que disputou até o presente, o que representa um aproveitamento de 75%.

A melhora nos números devolveu o time para os braços da torcida que lotou a Ilha do Retiro nas duas últimas partidas em casa. Foram 24.138 torcedores contra o Vitória, pela 31ª rodada, quando o Leão venceu por 1 x 0 e com o mesmo placar de 1 x 0, 24.324 torcedores viram o jogo contra a Ponte Preta. Vale salientar que o time vinha rondando a Zona de rebaixamento e, mesmo assim, a torcida não o abandonou.

O destaque maior fica por conta do último jogo, lá em Porto Alegre, quando o Sport após um (show à parte) promovido pelo atacante Diego Souza, massacrou o seu rival com uma pisa de 3 x 0 – que poderia ter sido bem mais expressiva – no entanto, o melhor de tudo foi a quebra de um tabu: o Grêmio nunca havia perdido para o Sport jogando em seus próprios domínios.

Outro ponto que merece destaque é a significante melhora na defesa do clube. Antes, a média de gols sofridos era de 1,6 por jogo (48 em 30 jogos). Sob o novo comando, sofreu apenas dois gols nas quatro rodadas (média de 0,5 por jogo).

Hoje à noite, pela 35ª rodada, o time pega o Cruzeiro (MG), em casa, e tem tudo para repetir as últimas atuações; em 20/11, o time joga na Arena da Baixada contra o Atlético Paranaense, pela 36ª rodada; em 26/11 pega o América Mineiro no estádio Independência, pela 37ª rodada e, por último, no dia 04/12 joga em casa contra o Figueirense (SC).

A leitura que fazemos sobre o trabalho do Daniel Paulista é positiva, pois ele pegou o Sport em um momento muito difícil (praticamente no final do campeonato) e vem mostrando que tem condições de continuar na carreira que ele está almejando, que é de treinador. O time aceitou bem as mudanças na defesa, a torcida está levando o seu apoio e o resto virá por acréscimo.Para os revanchistas, que torcem por um rebaixamento do Leão, vai o nosso aviso: ainda não será dessa vez.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – novembro de 2016.

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perninha-1Donald Trump e Hilary Clinton em quem você aposta?

O mundo inteiro volta suas atenções para a eleição da maior autoridade do planeta. Estamos falando da escolha do presidente dos Estados Unidos, um País que conta com 50 estados, um Distrito Federal e o maior PIB do mundo: US$ 17.937 trilhões de dólares (dados de 2015).

Manter o status quo ou mergulhar numa aventura desconhecida e assustadora. Isso é o que representam para a América Latina, na opinião de analistas ouvidos pelo jornal O Globo, as duas opções eleitorais que disputam a Presidência dos Estados Unidos. A ex-secretária de Estado Hilary Clinton seria, de acordo com os especialistas, uma clara continuidade do governo democrata de Barack Obama, que não implicaria grandes sobressaltos para o continente. Já o republicano Donald Trump é considerado um grande mistério em matéria de política internacional e visto como uma ameaça de consequências ainda incertas para os países latino-americanos.

Em artigo publicado no jornal Novo Herald, a candidata democrata defendeu a unidade entre os EUA e a América latina e acusou seu rival de “olhar para o sul e ver apenas crime e caos”. Hilary prometeu “aprofundar os vínculos” com a região e elogiou “recentes mudanças” em países do continente.

A realidade, apontaram os analistas, é que a América Latina teve pouquíssima importância na campanha presidencial e não é hoje prioridade da política externa americana. Com exceção da polêmica em relação ao muro que Trump disse pretender construir na fronteira entre os EUA e o México, a região esteve ausente dos grandes debates e da campanha em geral. Mas a agenda entre latino-americanos e a Casa Branca tem pontos importantes, como a política migratória, acordos comerciais e alianças políticas bilaterais importantes para países como Brasil, Argentina, Colômbia e Chile.

“Acho que mudará o presidente, provavelmente ganhará Hilary Clinton, mas não a agenda.Com trump, o que parece cada vez menos provável, o impacto seria muito maior”, disse Ignacio Labaqui, professor de política latino-americana da Universidade católica da Argentina. Para ele, o candidato republicano seria “um tsunami, uma ruptura das regras internacionais.

A grande preocupação fica por conta dos acordos comerciais. Trump propõe rever todos os acordos comerciais de livre comércio assinados pelos EUA com outros países e blocos comerciais, começando por México e Canadá. Hilary Clinton também faz críticas à globalização e defende uma maior proteção ao comércio internacional, mas não chegaria ao ponto de recuar em decisões de governos anteriores.

No começo da campanha Trump ameaçou deportar 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA, em sua grande maioria latino-ameticanos. Nas últimas semanas, o candidato republicano moderou o discurso e afirmou que deportaria apenas pessoas com antecedentes penais. Já Hilary Clinton defende a aprovação de ampla reforma migratória e insiste em dizer que quer “incluir” e “respeitar” todas as comunidades, nacionalidades e religiões que convivem nos EUA.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – novembro de 2016.

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perninha-1Refazendo as contas

Existe um grande consenso. O capitalismo é cíclico e, mesmo considerando todos os erros cometidos na política econômica brasileira nos últimos quatro anos, uma hora a crise vai acabar. Por enquanto, porém, a expectativa é que o País pelo menos pare de piorar. Segundo specialistas, o Brasil deixará a fase mais crítica da atual crise no segundo semestre de 2017.

Mas isso não significa que o PIB – Produto Interno Bruto vá começar a crescer de imediato.Vai, sim, cair menos, segundo economistas e até instituições como o FMI, que estimou uma queda de 3,3% na economia brasileira este ano, enquanto a projeção anterior, em abril, indicava uma queda de 3,8%.

“Ocorreram estimativas de que o PIB poderia cair até 3,9% este ano. Estamos percebendo que a economia mostra sinais de recuperação. No entanto, uma queda de 3% (do PIB) é forte para uma economia do tamanho do Brasil”, resume o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco.

A economia é composta por algumas variáveis tangíveis que medem o desempenho de setores como o comércio e a indústria; o desemprego; a inflação e também por expectativas reveladas em pesquisas que medem a confiança dos empresários e até dos consumidores. O que contribuiu para projeções ficarem menos negativas foram as expectativas que mudaram nos últimos meses e alguns indicadores, como a inflação que está em queda. Até abril último, o IPCA – que mede a inflação oficial do País – estava em torno de 10% no acumulado dos últimos 12 meses. Agora, a expectativa é de que chegue a 7% este ano, de acordo com projeções do Banco Santander.

“A queda da inflação abre espaço para uma redução da taxa de juros, que melhora a confiança do empresariado com relação ao investimento”, diz o economista do banco Rodolfo Margato. Economista da Austin Rating, Alex Agostini acredita que a melhora do cenário econômico será constante a partir da metade de 2017 “mesmo que de forma moderada”. Afirma, ainda, que o crescimento do PIB em 2017 deve variar entre 0,7 e 1,0%, quando as projeções anteriores apontavam crescimento zero em 2017.

Após a aprovação semana passada da tão discutida PEC, que limita os gastos do governo, o ex-ministro Delfim Neto disse numa entrevista ter sido a favor da Proposta, muito embora ela sozinha não vá resolver o problema; o governo precisa de muita austeridade, apoio do Congresso na aprovação de ajustes sugeridos pela equipe econômica e da compreensão dos brasileiros, pois o País passa por um momento muito crítico, fruto do desgoverno a que esteve sujeito nos últimos anos.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – outubro de 2016.