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Crônica de Ademar Rafael

DISTANTE DAS PREVISÕES

Por ter exercido cargos relacionados com análise de cenários em várias fases da minha vida, sempre que posso verifico tendências e testo previsões, visando descobrir fatos que impediram suas concretizações.

Neste sentido recorri ao livro “Desafios do século XXI”, publicado há vinte cinco anos, organizado por Ives Gandra Martins e com participação de especialistas em cada área de interesse ao Brasil e seu povo. As opiniões foram baseadas na expectativa de que os preceitos de liberdade e direitos sociais incluídos na Constituição de 1988 ajudaria nosso país na superação de metas relativas ao crescimento econômico, a fome e ao acesso à justiça.

Sobre o tema crescimento escreveu o economista Delfim Neto e abordou previsões sobre níveis de inflação, política fiscal, taxa de juros real, taxa de câmbio e contas correntes aceitáveis apenas o quesito inflação esteve dentro das previsões. Os demais continuam sugando nossas riquezas, sufocando a energia do povo brasileiro e enriquecendo os mais ricos. Os motivos passam pela ganância e pela nossa forma de fazer política, sem previsão de ajustes no curto e médio prazos.

Quanto ao assunto fome escreveu o professor Benedicto Ferri de Barros, sem dúvida é a parte que teve pior desempenho. A parte abaixo da letra de “A cantiga da perua”, de Jose Gomes Filho e Elias Soares Rodrigues,
gravada por Jackson do Pandeiro, talvez seja o que melhor define: “É de pior a pior, é de pior a pior/A cantiga da perua é uma só…” O volume das crescentes safras de grãos neste vinte e cinco anos não foi para mesas dos brasileiros, os motivos são os mesmos que inibiram o crescimento.

No tocante ao acesso à justiça o professor Roberto Rosas acertou muito pouco em suas ponderações. O acesso pleno continua restrito aos ricos. Alguns operadores do direito tentam, mas o Brasil da periferia não recebe tratamento digno em nosso sistema jurídico. Nosso país teima em seguir no sentido contrário da lógica e da justiça social, Uma pena.

Crônica de Ademar Rafael

O MESTRE SE FOI

Com a força de um lutador de box que recebe três grandes golpes em frações de segundos e não cai, participei do velório e do sepultamento do meu cunhado David Soares Santos, o Professor David. Cabe registrar que os golpes foram as mortes quase simultâneas de Sebastião Dias, Ivone Góis e do meu professor e cunhado.

Com a sensação e reação de um anestesiado, busquei controlar as emoções para filtrar as ponderações sobre o Professor David. Ouvi e li parte do que foi dito e escrito por amigas, amigas, alunas e alunos. As mensagens versavam sobre sua preocupação em formar cidadãs e cidadãos. David se portava em sala de aula e durante o tempo que atuou na Gerência Regional de Educação – GRE Alto Pajeú como um formador de lideranças futuras. A sua atuação extrapolou, em muito, a repetição de conteúdo. Foi de fato um educador.

Pela sua atuação como professor de música foi lembrado em textos, vídeos, depoimentos em redes sociais e presencialmente para este cronista, todas destacando seu compromisso com a “arte” expressada através dos sons. Julgo salutar a citação dos músicos Chagas e Edinho.O primeiro grande amigo e o segundo um aluno que em suas redes sociais publicou seu agradecimento e um vídeo contendo o último encontro entre mestre e aluno ao som de flautas, tocadas pelos dois.

Nunca integrei o contingente das pessoas que condenam as homenagens após a morte. Defendo a tese que homenagem em vida alimenta a vaidade e depois do falecimento, pela força do reconhecimento sincero, alimenta
o legado e a história do personagem. Em nome da família, o agradecimento aos nos apoiaram neste difícil momento. Destaco os comunicadores Nill Júnior e Wellington Rocha que prontamente anunciaram o falecimento do professor e aos amigos Fernando Pires e Rodrigo pelas publicações. Exemplo e legado ficaram, que os ensinamentos do Professor David sejam replicados aos quatro cantos, a geração atual precisa deles.

Crônica de Ademar Rafael

REGRAS AJUSTADAS

Em evento recente sobre Governança no Setor Público, promovido pelo Conselho Federal de Contabilidade–CFC, Conselho Regional de Contabilidade–CRC-PB e parceiros – no auditório Ariano Suassuna, de Tribunal de Contas do Estado da Paraíba em João Pessoa -, um dos palestrantes fez uma analogia acerca da legislação e de controle de
processos. Disse o técnico: “As regras e as práticas precisam ser ajustadas igual roupas de alfaiate, não pode ter sobras ou faltas.”

Caso o Brasil integrasse a lista dos países onde as leis são, de fato, iguais para cada cidadão a analogia teria lógica plena. Mas, como em nossa amado torrão as leis são seletivas perde o sentido. Vivemos um local onde a frase “Para os amigos as brechas das leis e para os inimigos os rigores das leis.” é aplicadas nos dias úteis, domingos e feriados.

Assim sendo, as regras citadas pelo técnico ficam mais próximas das roupas tamanho único, padrão universal, sobrando ou faltando a depender do usuário. Cada um ajusta ao seu modo.

Necessário se faz deixar registrado que além da seletividade das regras existem ainda as diferentes percepções entre quem as aplica e os que elas estão subordinados. Para os técnicos dos órgãos de controle no serviços público e os operadores do direito nas diversa instâncias as regras normativas são vistas como recipientes de bronze, sem qualquer flexibilidade. Os gestores que estão a elas subordinados, tendo dinheiro, encontram defensores da tese de que tais normas são flexíveis iguais a barras de gelatina, flexibilidade total.

Para ajustar estas duas percepções precisaríamos de mudança de comportamento dos dois lados. Isto, contudo, tem ficado mais distantes a cada ano. A sensação de poder, a arrogância e outros fatores inerentes ao individualismo impedem gestos em direção a convergência. Vamos seguir a perigosa trilha onde um grupo acredita que manda e o outro sabe que desobedecer tem baixo risco. Governança é, também, parceria.

Crônica de Ademar Rafael

QUINCAS FLOR

Na segunda estrofe do fantástico poema “O remorso falando ao avarento”, de Elísio Félix da Costa-Canhotinho, tem estes dois versos: “…Quem és tu? Quem são teus pais?/De onde vens? Pra onde vais?…”. Sem enveredar na parte filosófica das indagações todos nós reunimos condições de responder as indagações do poeta de Taperoá.

Se a primeira pergunta estender para os pais e os avós dos nossos pais as respostas sairão com muita dificuldade. A dificuldade para respondermos sobre nossos antepassados advém da nossa incapacidade de criarmos registros históricos e reais sobre nossos antecessores. Somos filhos de uma terra sem memória? Não afirmaria cem por cento, contudo, cabe registrar que nossa memória é, no mínimo, restrita.

No último dia 23.11 Joaquim Alves de Freitas, Quincas Flor, alcançou 160 anos do seu nascimento. Para organizar um evento alusivo à data fomos procurados por funcionários da Escola que leva seu nome em busca de informações. Quase nada tínhamos a oferecer. Se fossemos criar um “verbete” sobre o agropecuarista e empresário sofreríamos para juntar cinquenta palavras. Isto mesmo, pouco sabemos sobre nosso bisavô, o cidadão que emprestou seu nome durante muito tempo ao Distrito de Jabitacá, na época que era Varas de Quincas Flor.

Um dos objetivos do Instituto Cultural Quincas Rafael – ICQR é construir uma base de informações sobre personalidades da região para atender demandas como as apresentadas pela gestão, professores e alunos da Escola Estadual Joaquim Alves de Freitas. Estamos vencendo as barreiras burocráticas e esperamos que em 2025 estejamos na execução
desse nobre objetivo: Resgatar dados históricos sobre os que nos antecederam.

Recorremos e fomos prontamente atendidos pelo historiador Alexsandro Acioly da Silva – Leca de Amadeu, dos arquivos oriundos das suas pesquisar vieram informações confiáveis.

Crônica de Ademar Rafael

PAJEÚ É MANCHETE

Na última semana de setembro e nos dias iniciais do mês de outubro do corrente ano nossa região do Pajeú esteve em destaque em três grandes eventos culturais. Devemos comemorar o sucesso dos nossos conterrâneos. O momento atual precisa de poesias e música de alto nível. Chega de notícias sobre violência em todos formatos disponíveis.

O primeiro foi a linda festa dedicada ao centenário do poeta Otacílio Batista. Sua família reeditou o evento Tributo a Otacílio e dentro das comemorações dos cem anos do autor de “Mulher nova bonita e carinhosa/Faz o homem gemer sem sentir dor” seu neto Sandino Patriota lançou o livro “Otacílio Batista – Uma história do repente brasileiro”. Trata-se de uma publicação extraordinária que vincula o nome do poeta ao universo da cantoria de forma inseparável, merece ser lido e relido.

No mesmo período Bia Marinho, sobrinha de Otacílio, fez uma turnê em Portugal na companhia de Marinho, Greg e Miguel – seus talentosos filhos –, levando na bagagem o que temos de melhor. Esse quarteto é sucesso em cada apresentação. Na terra de Fernando Pessoa não foi diferente. As melodias alcançam outra escala nas interpretações de Bia Marinho e seu três filhos. O velho continente redeu-se à competência da filha e dos netos de Lourival Batista e de Dona Helena Marinho.

Em outubro Gilmar Leite, poeta de São José do Egito, lançou o livro “Coração português”, publicação que junta o rio Pajeú ao mar e ao rio Tejo. Na “Nota do autor”, Gilmar escreveu: “Navegando nos mares do lirismo lusitano, sentado na proa de um canto fadista, velejando na poesia portuguesa, percorrendo intuitivamente os bairros de Alfama, Madragoa, Mouraria, Bairro alto e do Miradouro da Graça, contemplando o mare o rio Tejo, eu descobrir que palpita no meu peito um coração português…”. Sem dúvida amigo Gilmar, tenho certeza que Fernando Pessoa vibrou com cada um dos cento e trinta e um sonetos que estão em seu belíssimo livro. Viva nosso Pajeú viva nossa cultura.

Crônica de Ademar Rafael

UM NOVO CICLO VENCIDO

Prezadas leitoras e prezados leitores eis que chegamos ao final do décimo primeiro ano do nosso contato semanal. Na próxima segunda, dia 20.11.2023, iniciaremos o ano DOZE e sob as bençãos de Deus ultrapassaremos a crônica de número SEISCENTOS.

Nestes ONZE anos discorremos sobre muitos assuntos, tivemos oportunidade de refletirmos acerca de vários temas, tenho certeza que nossa convivência foi de harmonia, com algumas discordâncias. Isto faz parte de uma relação deste tipo. A exposição da minha percepção sobre algo não foi, é ou será sinônimo de concordância plena. Defendo a tese que aprendemos muito com o contraditório.

Mesmo assim uma constatação deixa-me triste. De 2012 até hoje pioramos nosso comportamento no quesito paciência com as pessoas que pensam diferente de nós. A intolerância subiu vários degraus, o preconceito saiu do controle e as mazelas trazidas pelas notícias falsas e os impactos negativos das redes socias tem gerado danos irreparáveis.

Resta-nos vibrar com a perenidade da solidariedade em grande parte da nossa população, durante a travessia da pandemia COVID 19 e de outras tragédias ambientes ou sociais, demos uma resposta cristã. Os bons ainda existem, algumas vezes são impedidos de agir por forças do mal, mas, com persistência fazem o que tem que ser feito.

Que saibamos escolher a lado certo, que tenhamos capacidade de superar obstáculos e vencer as barreiras impostas contra nossa vontade. Neste período tive a graça de ser avô, publiquei dois livros e vi letras de minha autoria serem musicadas. Tenho clareza que escrever para vocês toda segunda feira é algo gratificante, por meio deste espaço minhas ideias tem alcançado patamares que eu não alcaçaria sozinho. Obrigado de coração, vamos continuar defendendo o que acreditamos. Serei fiel a cada leitora e cada leitor, sempre com a verdade ao nosso lado.

Crônica de Ademar Rafael

O GRANDE ENIGMA

Nas atividades que desenvolvo atualmente, consultor e instrutor de curso para jovens em busca do primeiro emprego, tenho que estudar bastante. Um dos temas presentes nos estudos é o comportamento dos consumidores. Descobrir como eles pensam e agem é a difícil tarefa.

Pertenço a uma geração que teve influência para o consumo de produtos e uso de serviços nas propagandas do rádio, depois da televisão e nos últimos anos das redes sociais. Durante as décadas de 1980 e 1990 as novelas e os programas televisivos para as crianças davam a senha para o que deveria ser usado, literalmente ditava regras e modas.

Com a pulverização das mensagens via redes sociais, com sua capacidade extrema em espalhar uma mensagem pelo mundo em segundos a cabeça do consumidor passa por um fenômeno que supera a capacidade de absorção, neste ponto o teor da mensagem é decisivo para ser captado.

O termo “efeito manada”, muito utilizado durante campanhas eleitorais pelos analistas de pesquisas ao tentar interpretar seus impactos na decisão do eleitor para sair do campo da dúvida para opção por este ou aquele candidato tem compatibilidade com o comportamento dos consumidores em suas compras. Essa separação também é tema de diversos estudos, as respostas são diversas.

O premiado professor e pesquisador Damon Centola, da Universidade da Pensilvânia – EUA, no livro “Mudança – Como as grandes transformações acontecem”, divulga parte dos seus estudos com base em pesquisas confiáveis e aponta que a disseminação do comportamento humano segue regras diferentes do que a propagação de um vírus, ou seja seguem padrões próprios. Decifrar esses padrões é a tarefa para sociólogos e operadores de marketing de massa. Quem descobrir essa trilha será detentor da informação mais desejada no mundo do consumismo. A busca está aberta, quem chegar na frente ganha o jogo do mercado.

Crônica de Ademar Rafael

SERÁ?

Se tivesse compatibilidade com meu grau de confiança no sistema político brasileiro a interrogação do título desta crônica seria em tamanho gigante. Vamos ao que me levou a fazer essa indagação.

Na última semana de setembro, em meio aos debates sobre a chamada Proposta de Emenda Constitucional – PEC da anistia que busca isentar partidos políticos das penalidades previstas por não atender regras definidas quanto a assuntos diversos. Eis que aparece a notícia que o parlamento por iniciativa do Senador Jorge Kajuru, portanto com início no Senado, estaria disposto a iniciar os debates sobre a PEC 12/2022, que extingue a tenebrosa figura da reeleição para cargos do executivo na União, Nos Estado e nos Municípios.

Diante dos interesses que move essa matéria surge esse SERÁ? A aprovação dessa PEC nos livraria do pior mal que o príncipe FHC nos deixou. Nunca encontrei um adjetivo para classificar essa indecência – aprovada durante seu governo e sendo ele o primeiro beneficiado -,sempre combati e apresentei argumentos confiáveis sobre o dano que a reeleição causou e causa ao sofrido Brasil.

As principais figuras do senado, assim como o proponente da Emenda Senador Jorge Kajuru, garantem que sua aprovação não alcança os mandatos atuais. Originalmente teria início em 2030, garantindo que a última oportunidade para presidente e governadores seria em 2026 e dos prefeitos em 2024.

Prevê também a proposta apresentada pelo senador goiano que os mandatos para o executivo seriam elevados de quatro para cinco anos, medida esta que julgo salutar, melhor se viesse com a unificação dos pleitos. Eleição de dois em dois anos é difícil suportar e pagar a conta. Torço para estar errado, o Brasil merece se livrar desse peso acima da sua capacidade. Meu respeito a quem pensa diferente. Abaixo a reeleição.

Crônica de Ademar Rafael

PAUTAS REPETIDAS

Entra governo e sai governo e a grande imprensa sempre traz, entre outras, duas pautas com fatos repetidos. Que fatos são estes? Os gastos com os cartões corporativos e as despesas com hospedagens e alimentação das autoridades em viagens ao exterior.

Estes dois fatos reiteradamente divulgados pela imprensa, com zero de efeito prático quanto a solução, viram manchetes somente para fixar a ideia de que o jornalismo investigativo está vivo. Algumas vezes os elementos citados nas reportagens não são sequer criticados por alguém para evitar acusações descabidas.

Existem solução para reduzir os valores de tais dispêndios, muitas vezes com excessos de gastos as custas de um país onde faltam recursos para coisa básicas, claro que sim.

No caso dos cartões corporativos necessário seria uma análise tempestiva, realizada por técnicos do Tribunal de Contas de União e órgãos de controles internos. Os recursos aplicados em formato incompatível seriam devolvidos pela autoridade que se beneficiou com o produto e ou serviços.

Para normatizar o volume de gastos com autoridades em missões no exterior bastaria o legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas da União, definir as regras. Muitas sugestões existem, algumas delas sem aderência com os fatos. A hipótese da autoridade ficar hospedada em sedes de embaixadas é desprovida de uma análise aprofundada sobre segurança, estrutura para alojar a comitiva, custo com alimentação e outras variáveis. Pode, em muitos casos, ter custos maiores e benefícios menores.

A liberdade de imprensa que tanto cobramos deve existir, contudo cabe aos jornalistas produzirem matérias que além de informar tragam contribuição para que o Brasil deixe de ser uma republiqueta. Criticar jogando para torcida tem gerado resultado zero.

Crônica de Ademar Rafael

ALTA TEMPERATURA

Além dos impactos provocados pelo fenômeno “El Niño” dois outros eventos elevaram a temperatura no Planalto Central, nos últimos dias: 1) O embate entre o Legislativo (Senado e Câmara) e o Judiciário (Supremo Tribunal Federal – STF) e 2) A marcha dos Prefeitos.

No primeiro caso, por motivos que nenhum ser humano consegue entender, o Senado e a Câmara tentam alterar normas que regem a composição e o funcionamento da Corte Suprema. Entre as mudanças a que chama mais atenção é definir prazo de mandato para os Ministros. Em 07.05.2015 foi promulgada a famosa PEC da Bengala que estipulou a idade máxima de Ministros do STF em 75 anos. Agora entendem parte dos legisladores que este prazo precisa ser alterado. É a dinâmica da política? Outras variáveis (decisão monocráticas, revisões de acórdão pelas casas legislativas, alçadas para indicação, etc.) que os senadores e deputados querem alterar também geram polêmicas.

No segundo caso, de cara, identificamos uma das muitas incoerências entre o que pregam e o que fazem nossos gestores públicos. Muitos que criticam a força dos Sindicatos quando estão em defesa dos interesses dos seus filiados utilizam a Confederação Nacional dos Municípios – CNM para defender teses de seu interesse. A CNM é um sindicato com nome diferente. Entre seus objetivos estão: “…consolidar o movimento municipalista, fortalecer a autonomia dos Municípios…”

Na condição de defensor do associativismo e cooperativismo vejo com simpatia as gestões de entidade colegiadas e representantes de determinados grupo. Nesta luta dos prefeitos cabe, contudo, uma indagação: “Melhores resultados para os municípios, quanto ao atendimento das suas demandas, derivam da ação da CNM ou de gestões articuladas dos gestores municipais junto aos parlamentares votados em seus municípios?” . Julgo que esta resposta passa por muitas variáveis. Que os prefeitos saibam escolher a melhor.