PARA QUE VIEMOS AO MUNDO?
Com convicção poucos têm resposta exata para a indagação acima. Sua alta complexidade faz com que eu me esforce pouco em encontrar uma resposta satisfatória. Recentemente ao ler uma publicação sobre a vida de São João Maria Vianney, encontrei uma abordagem que me levou a fazer uma reflexão sobre o tema que julgo ter vaga em nosso diálogo semanal.
Inspirado em Eclesiastes 39:19 – “Dai flores como o lírio, exalai perfume e estendei graciosa folhagem” – Alfred Monnin, S.J. assim escreveu: “Não sejais flores efêmeras, que o sol ver nascer e morrer. Produzi frutos; que estes frutos sejam cheios de sementes…Como um gérmen acalentado que brota, que se torne uma bela flor, uma grande árvore; ao cair nos corações retos, que cada um destas palavras se entreabra, fertilizada pela reflexão, pela oração e pelo calor da alma! Que dela nasça um caule novo; que esse caule desdobre seus ramos, seus tesouros, seus frutos de hora e santidade.”
Para continuarmos precisamos de nova indagação. Como seguir o que propõe o autor? Acredito que uma das formas para produzirmos frutos é utilizamos os dons que Deus nos deu em favor de outra pessoa.
A frase atribuía a Mahatma Gandhi “Quem não vive pra servir não serve pra viver?” é vista como pensamento radical. Mas, agir em consonância com ela é o caminho a ser seguido pelos que desejam não ser uma “flor efêmera” sendo uma flor que ingressa na espiral positiva de produzir frutos, sementes e novas árvores. Este ciclo virtuoso permite a quem o constrói afirmar: “Minha vinda ao mundo serviu para servir, foi dedicada a atos que promovem harmonia, justiça social…”
Tive o privilégio de conviver com pessoas que se enquadram entre as flores não efêmeras, com o aprendizado herdado de cada uma delas tenho me esforçado para seguir o exemplo, a missão é árdua mas entendo que não posso desistir. Vale muito a pena seguir nessa trilha.zz