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Crônica de Ademar Rafael
QUARENTENA ENSINA
Quando recebi as primeiras informações sobre a necessidade de ficarmos em quarentena, sem tirar os pés de dentro de casa, fique apreensivo e com pouca vontade de cumprir as recomendações da Secretaria Municipal de Saúde, em consonância com posicionamento da Organização Mundial de Saúde. Mesmo assim, por insistência da família e em função dos sessenta e três anos bem vividos, permaneci em casa, saindo somente para tomar a vacina contra gripe, também por recomendação do poder publico municipal.
Em casa, para ocupar o tempo, passei a cuidar de plantas, consertar pias, ralos, portas, tomadas e outros itens que clamavam por um afago. Tudo isto porque a determinação era para ficar em casa, nada falava sobre a impossibilidade de trabalhar. Depois do quinto dia vi que nada mais havia para fazer no pequeno apartamento onde resido e antes de ser invadido pela angustia, que sempre aparece em casos da espécie, dei novo rumo ao descanso forçado.
Agarrei bons livros e como eles tenho cruzado manhãs, tardes e madrugadas. Com muita satisfação voltei a exercer o sábio e bom hábito da leitura. Tudo devidamente conciliado com uma boa música. Quando passar tudo isto posso até está com um pouco de peso a mais, mas, com certeza junto aos quilos virão muitas informações e principalmente a consciência de que tempo livre é para ser bem aproveitado.
O que mais tem desagradado durante a reclusão? Pautas das redes de televisão, canais abertos e por assinatura. Poderiam mesclar a programação relativa a cobertura da pandemia com exibição de bons filmes, documentários e outros atrativos. Preferem publicações repetidas sobre notícias sensacionalistas e com informações desencontradas, muitas delas com cheiro e cor de posições ideológicas.
Quando passar a pandemia da COVID-19, precisamos retornar a rotina anterior preservando o que reaprendemos de bom durante a quarentena. Agenda cheia de compromissos sem importância, correria e outras práticas nocivas à saúde e ao bem estar devem seguir o mesmo caminho do surto: Algum lugar no passado.
Crônica de Ademar Rafael
JOSÉ LOPES NETO
Por:Ademar Rafael
Em todas as profissões existem pessoas que mereciam ter chegado ao topo e por questões diversas não alcançaram os degraus mais altos do pódio. Recentemente em conversa com um grande nome da cantoria ele
me falava sobre este fenômeno e citava vários colegas que em função de um marketing correto tinham agenda cheia e outros com maior potencial fechavam cada mês com um número menor de apresentações.
O homenageado nesta crônica é um destes casos em que o artista merecia ter ocupado um lugar de destaque. Zé Catôta como ficou conhecido em todo nordeste foi um violeiro que com justiça Antônio José de Lima no livro “Legado Fisiológico de Poetas e Repentistas Semi-analfabetos” assim qualifica: “… poeta repentista de primeira categoria”. Em referida obra cita esta bela sextilha do poeta do Sítio Riachão – São José do Egito em resposta a uma provocação: Na deixa “Por favor, não me ameace” disse Zé Catôta: “Se fiz o bem me abrace/Se fiz o mal me perdoe/Eu vou bem devagarinho/Nessa pisada de boi/Mas, se quiser vou a canto/Que cantador nunca foi.”
Teresinha Costa, no livro “São José do Egito – Musa da poesia” (p. 158) descreve esta pérola de Zé Catôta em deixa de Pinto “Vou na raça de Catôta/Não deixo um pra veneno”, A resposta: “Puxo o pescoço e depeno/Serro o bico, aparo o pé/Sendo da raça de Pinto/Só fica se eu não der fé/Pato, ganso, frango, franga/Galo, galinha e guiné”.
O possível que a falta de divulgação tenha negado ao poeta Zé Catôta um assento na primeira fila, talvez sua forma de encarar o mundo tenha contribuído com isto, no entanto, jamais foi falta de talento. Um livro com parte de seus versos recuperados de apologistas está no prelo, ao ser lido muitos descobrirão que eu e Antônio José de Lima temos razão em enaltecer merecidamente Zé Catôta.
Adaptada da crônica “Pessoas do meu sertão XXIV”, publicada no site “www.afogadosdaingazeira.com.br”.
Crônica de Ademar Rafael
LIVROS
Registros disponíveis na internet apontam que o livro mais lido em todos os tempos é a “Bíblia” e que “Dom Quixote” é a obra literária recordista de vendas na história. Com esta informação, lanço meu olhar para as três frases a seguir visando dar nobreza a esta narrativa. “Eu sempre imaginei que o paraíso seria um tipo de biblioteca” – Jorge Luis Borges; “Eu acho a televisão muito educativa. Toda vez que alguém liga o aparelho, eu vou para a outra sala e leio um livro” Groucho Marx e “Livros dão alma ao universo, asas para a mente, voo para a imaginação, e vida a tudo” – Platão. . As autorias estão indicadas em arquivos disponíveis na rede mundial de computadores, site “poemese.com”.
Por concordar plenamente com as três quero aqui registrar a preocupação que passei a carregar após o diálogo com dois escritores residentes em Afogados da Ingazeira.
O primeiro relatou que estava expondo seus livros em determinado local e um “leitor” aproximou-e e perguntou o preço. O autor respondeu que o livro custava R$ 20,00. O potencial comprador indagou: “Dar para fazer R$ 10,00?” O autor ao receber a proposta afirmou: “Não amigo, estou vendendo um livro pelo preço justo”.
Ao segundo perguntei quando sairia um novo romance, ele desabafou: “Caro amigo, tenho três romances em editoras diferentes. Cada uma apresenta uma desculpa sobre a necessidade de esperar uma melhor oportunidade para publicação.” Encerrou nosso diálogo sobre o assunto dizendo: “Com este cenário perdi o ímpeto para concluir um quarto romance”.
O que vemos em relação a falta de interesse pela leitura e a banalização do mercado de livros não seria uma das causas do individualismo e da ignorância que campeia pelo mundo? Quem tiver a resposta grite. Minha sugestão é “Vamos ler gente, faz bem, educa e humaniza.”
Crônica de Ademar Rafael
PREPOTÊNCIA MÁXIMA
É muito difícil engolirmos os discursos daquele que se acha dono do mundo, que se coloca acima de tudo e de todos para aplicar sua corrosiva política do “tudo pela América”. Enganamo-nos quando avaliamos que existem limites para loucuras de Donald Trump.
Em seu pronunciamento durante a reunião anual de Davos além de defender com unhas, armas e dentes o petróleo e o gás da “sua América” disse que nenhum país da Europa ficará vulnerável se passar a ser consumidor dos produtos americanos e sobre os alertas dos que condenam o uso indiscriminado dos combustíveis fósseis afirmou: “Precisamos rejeitar os perenes profetas da desgraça e suas previsões do apocalipse”.
Ainda em Davos teve a cara de pau de dizer que os Estados Unidos são reiteradamente prejudicados por decisões na Organização Mundial do Comércio – OMC, quando o organismo internacional garante preferências para os países em desenvolvimento e nega as mesmas regalias ao seu país.
Neste ponto não precisava gastar saliva uma vez que os EUA de forma unilateral sempre “não dar ousadia”, como dizem os baianos, para resoluções ou outras deliberações de órgãos mundiais e cria normas que os favorecem.
A prova disto foi a norma publicada em 10.02.2020 que retira Brasil, Argentina, Índia, Colômbia e outros quinze países da lista de nações consideradas em desenvolvimento, negando-lhes os “privilégios comerciais” estabelecidos em regras internacionais, definidas no Sistema Geral de Preferências – SGP.
Nivelar os EUA com os países excluídos é uma agressão que não apenas pune os excluídos com o “embargo disfarçado” como novamente cria situações favoráveis para ganância ianque. O que mais assusta não é a
prepotência americana é a omissão subserviente e o silencio sepulcral de quem deveria defender os interesses dos banidos da lista.
Crônica de Ademar Rafael
ELZA SOARES
Nesta semana comemora-se o “Dia Internacional de mulher” e nesta crônica quero render homenagens para uma mulher para a qual não apenas tiro o chapéu, bato palmas e presto continência.
Elza da Conceição Soares prestes a completar 90 anos no dia 23.06.2020 continua cantando com intensidade. No final de janeiro último, no programa Sr. Brasil da TV Cultura, apresentado por Rolando Boldrin, a filha da favela “Moça Bonita” interpretou canções de Lupicínio Rodrigues, Herivelto Martins, Ary Barroso e outros consagrados compositores de forma exemplar.
De acordo com informações disponíveis na rede mundial de computadores e discografia de Elza Soares teve início em 1960 com o álbum “Se acaso você chegasse”, gravado pela Odeon. Entre este trabalho e o último “Planeta fome”, da Descdisc, mais de trinta discos foram gravados em uma dezena de gravadoras. Constam ainda as seguintes coletâneas: Grandes Sucessos de Elza Soares (1978); Salve a Mocidade (1997); Meus Momentos – Volumes 1 & 2 (1994); Elza Soares – Raízes do Samba (1999); Sambas e mais sambas – vol. 2 (Raridades)
(2003); Deixa a nega gingar – 50 anos de carreira (2009).
Mesmo tendo recebido o “Grammy Latino” nos anos de 2003, 2016 e 2018, ganho vários prêmios no Brasil e no exterior, sido homenageada por blocos carnavalescos e escolas de samba, inclusive com o samba enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel em 2020, julgo que o samba “Bola pra frente”, feito para ela por Luiz Ayrão tem simbologia marcante. Fala da sua origem, da sua garra e do seu amor por Garrincha.
Poucas pessoas no mundo suportariam os solavancos impostos pela vida, as injustiças e o preconceito que Elza suportou e teria fôlego para ser eleita a cantora brasileira do século pela BBC de Londres, em 1999.
Viva a “Deusa da Vila Vintém”.
Crônica de Ademar Rafael
QUINCAS RAFAEL
Com a devida vênia dos leitores e das leitoras deste blog hoje falarei sobre Quincas Rafael, meu saudoso pai que nos deixou há 243 meses e que nesta data faria 99 anos.
Nasceu em Afogados da Ingazeira e ainda jovem mudou-se para o Sítio Quixaba em Jabitacá em companhia do seu pai Antônio Rafael da Cruz e da sua mãe Ana Rafael de Freitas, filha do lendário Quincas Flor.
Morou na casa sede da Quixaba até o final dos anos 1960 época que passou a residir no povoado de Jabitacá na famosa Casa Amarela. Nos anos 1970 residiu em Iguaraci e em Afogados da Ingazeira para acompanhar os filhos nos estudos. No final dos anos 70 mudou-se definitivamente para Jabitacá e passou a residir na histórica Casa de Pedra aonde veio a falecer na noite de 28.11.1999.
Era detentor de três grandes habilidades: Escrever poesias, contar histórias e colocar apelidos. Em Jabitacá tem muita gente que perdeu o nome de batismo e assumiu o apelido dado por Seu Quincas, tendo em vista e coerência entre “nome novo” a figura de quem o recebia.
Sobre as duas primeiras habilidades nos deixou dois livros “Afogados deu de tudo” e “JABITACÁ Segundo Quincas”. Do poema “Cinquenta anos completa que minha mãe faleceu”, escrito em 23.01.1997, inserido no segundo livro, registro: “O céu não tem endereço/Só vai lá quem é chamado/O retorno não é dado/Lá não tem fim nem começo/A caridade é o preço/Que ajuda no transporte/Só depois da nossa morte/Deus traça nosso destino/No tabernáculo divino/Tem nosso nome e a sorte”.
Nos próximos 360 dias vamos dar vida a uma associação com seu nome, que será a mantenedora de um espaço cultural na Casa de Pedra, tudo para honrar um sonho que ele acalentou em vida.
Crônica de Ademar Rafael
LUIZ TADEU DE MORAIS PESSOA
Derivada das apartações, cuja origem advém da época em que nossas áreas de criação de gado tinham poucas divisas, a vaquejada é uma das manifestações folclóricas mais importantes do nordeste.
O Quinteto Violado imortalizou a vaquejada de Surubim e em conjunto com Luiz Gonzaga eternizaram a Missa do Vaqueiro, na Fazenda Cedro, em Serrita, criada em homenagem a Raimundo Jacó que fora assassinado nas caatingas do Sítio Lages.
Tadeu Cordeiro foi um dos atores principais neste esporte centenário, fez parte de uma elite de vaqueiros que para não ficarem entre os primeiros colocados seria necessário um acidente com suas montarias, tirá-lo da premiação de um certame de outra forma era ficção.
Tinha uma capacidade extrema para colocar “o boi na faixa” e promover para o público o espetáculo de ver o “mocotó passar”, ou seja, o animal ficar de pernas para o ar. Trazido para o mundo do futebol uma puxada de boi, Tadeu Cordeiro tinha a precisão de uma cobrança de falta de Rivelino, um lançamento de Gerson ou uma finalização de Romário.
Nos anos 80 tive oportunidades várias de assistir suas exibições. Lembro-me especialmente de uma em Tavares quando Zé de Glória, organizador da festa, teve que praticamente “fabricar” bois para desempatar uma disputa entre Tadeuzão e outro vaqueiro de alto nível. O público das arquibancadas vibrava em cada rodada.
Ser esteira de Tadeu Cordeiro era a garantia que sair na foto dos campeões, mas, com a certeza que seria coadjuvante. Foi assim com todos, até Jailson Cordeiro seu irmão e grande vaqueiro.
(*) – Adaptação de crônica publicada originalmente no site www.afgadosdaingazeir.com.br, como Pessoas do
meu sertão XXIII.
Crônica de Ademar Rafael
Por: Ademar Rafael
TRANSBRAZ 50 ANOS
Numa economia onde empresas encerram suas atividades em curto espaço de tempo quanto vemos uma organização comemorar 50 de atividades com o vigor de um atleta de alto nível temos que mergulhar em suas práticas e com elas aprendermos e transformá-las em um modelo a ser seguido.
Este é o caso da TRANSBRAZ, empresa sediada em São José do Egito – PE, criada a partir do sonho do jovem Antônio Braz Filho “Toinho Braz”. Tudo teve início em abril de 1970 com o transporte de passageiros entre o povoado de Grossos e a sede do município de São José do Egito. Logo o trajeto Tuparetama/São José do Egito foi absorvido e não parou mais.
A tenacidade do fundador, sua imensa capacidade empreendedora e o sonho em proporcionar transporte seguro, dentro dos horários e com um atendimento compatível que o que o comandante Rolim prestava na TAM foram os pilares que deram sustentação ao projeto. Toinho Braz era a cara da TRANSBRAZ e a TRANSBRAZ era a lógica do seu fundador. Os registros e as anotações encontradas pela família em documentos antigos comprovam que Toinho Braz, mesmo com todos os encargos que se propôs assumir, tinha preocupação com controle total das operações, registros de conquistas e cumprimento pleno dos compromissos.
O crescimento veio e muitas dificuldades foram superadas. Em 2013, vítima de um acidente no interior da Bahia o empresário nos deixou. De uma hora para outra a empresa passa para mãos dos herdeiros. Entra em cena o jovem Aureo Braz, filho do fundador que teve seu cordão umbilical amarrado na história da TRANSBRAZ.
Mesmo com os obstáculos naturais de uma empresa familiar o jovem imprimiu seu ritmo. Preservou os valores iniciais, ouviu, contratou consultores e renovou todos os dias. Renovação das práticas gerenciais, da frota e da estrutura negocial. Praticas que credenciam a empresa a ser utilizada por agremiações esportivas regionais, órgãos públicos e empresas. Hoje, como o pai que durante o dia conduzia passageiros nas linhas que assumiu e a noite transportava estudantes para faculdades da região, Aureo dedica toda sua energia para o Grupo TRANSBRAZ.
O leque de serviços prestados é cuidadosamente medido e ampliado, a performance da BRAZTUR é um dos exemplos. Nos dias atuais é comum vermos veículos da TRANSBRAZ cruzando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste por meio de linhas convencionais, fretamentos, excursões e outros modelos de transporte de pessoas e encomendas. Com uma frota regularmente renovada, com prestação de serviços de alto nível e uma administração de vanguarda a TRANSBRAZ mudou o conceito de transporte no estado de Pernambuco e pode ser copiada por outras empresas do ramo. Que venha o centenário, fôlego sobra e sua resistência é compatível com a fibra do agave.
Crônica de Ademar Rafael
NEGÓCIO DA CHINA
A edição de dezembro de 2019 da revista Época Negócios é praticamente dedicada para China. Nos artigos e nas reportagens a revista busca respostas para os fatores que levam aquele país para o topo da economia mundial. Nos conteúdos apresentados e em outras fontes encontramos alguns fatores que direcionam e sustentam o sucesso do país asiático. Planejamento de longo prazo, educação, inovação e trabalho.
No tocante ao Planejamento de longo prazo o mundo tem muito para aprender com os chineses. A preocupação com este assunto faz parte do pensamento chinês e é bancado por iniciativas do governo.
A Educação no formato desenhado pelo governo da China o absorvido pela população extrapola a questão ensino x aprendizado e alcança o sentido pleno de formação.
A inovação é histórica na China, as novas tecnologias hoje disponíveis apenas facilitaram a capacidade criativa do chinês. A valorização da criatividade é uma prática milenar. Faltaria espaço para nominar os inventos da China.
E o trabalho a soma de tudo. Na China o trabalho não é somente meio de ganhar a feira como equivocadamente dizemos no Brasil. Os chineses fazem do trabalho uma das formas que conduzirão a China para o primeiro lugar da economia mundial, mesmo com o “coronavírus” e outros obstáculos que surgirão. O jeito chinês de ser incomoda as potências que se seguram no poder bélico e na exploração dos demais.
O Brasil continua com políticas de prazo zero, focadas no pensamento do governante do momento. Não planejamos, jogamos a educação no fundo de uma gaveta, não incentivamos a inovação e cultuamos a preguiça. Resultado? A China caminha para o primeiro lugar e o Brasil no sentido contrário. (Por: Ademar Rafael)
Crônica de Ademar Rafael
BARBALHA NO SAMBA
Trabalhei em Barbalha – CE de janeiro de 1982 até setembro de 1992. Durante tal período participei de muitos eventos culturais, capitaneados pela festa de Santo Antônio, com o simbolismo do “Pau da Bandeira”.
A cidade dos verdes canaviais tomou outros rumos, inseriu novas atividades econômicas e continua atraindo turistas que visitam a região sul do estado do Ceará. Romeiros de Padre Cícero, participantes das festividades do Crato e outros tiram um tempo para curtir os balneários de Barbalha. Pode ser o sofisticado Arajara Park ou o Caldas, cada um ao seu modo tem muito a ofertar.
No carnaval carioca deste ano a Barbalha será tema do samba enredo da Escola de Samba “Acadêmicos de Santa Cruz”, que desfila no Grupo de Acesso, na madrugada de 21 para 22.02.2020. De autoria de Samir Trindade,
Junior Fionda, Elson Ramires e Rildo Seixas, com interpretação de Roninho, o samba “Santa Cruz de Barbalha – Um Conto Popular no Cariri Cearense” discorrerá sobre a festa de Santo Antônio e figuras regionais.
Eis a letra do samba: “Saudade tenho do meu Cariri/Minha terra onde nasci/E deixei meu coração/O verde admirava da varanda/Era doce minha lida/O suor do meu sertão/Êh muié guerreira/Batiza o meu lugar/A bênção
a Padim Padi Ciço/Vi capitão Virgulino/Que se chamou Lampião/Maria Bunita” da saia rendada/Me ensina menina prendada/A cantar como o Rei do Baião/Oh moça solteira/Oh pau da bandeira Iaiá/Oh moça solteira/Pede ao santo padroeiro um sinhô pra ser seu par/Onde versa o trovador/Nasce a fé e alegria/No Araripe o soldadinho/Anuncia um novo dia/Nos altares eu pedi… ao pai/E na fonte agradeci… em paz/Lava a minha alma e cura minha dor/No peito a Santa Cruz do amor/Vou voltar Santo Antônio de Barbalha/Ilumine essa Batalha minha gente pede ao céu/Vou voltar Santo Antônio de Barbalha/Ceará tem paraíso em forma de cordel/Onde plantei o meu valor/Colhi meus ideais/Vai ressoar o meu tambor/A voz que ecoa dos canaviais.” Alô gente! Olha Barbalha na avenida.