NEGOCIAR SEMPRE
No mundo em que as relações de convivência e dos negócios estão sendo direcionada para um perigoso individualismo, onde cada um estica a corda com a única intenção de ficar com a maior parte quando houver a ruptura, a arte de negociar precisa ser exercida ao extremo.
Recentemente a editora Globo lançou o livro “Negociando o inegociável”, do professor Daniel Shapiro, uma das maiores autoridades mundiais de na área de mediação de divergências. Esta obra traz luzes capazes de neutralizar escuridão que impera nos relacionamento privados e nas relações negociais entre empresas x empresas e países x países.
Ao prefaciar o livro o empresário Jorge Paulo Lemann menciona as habilidades que ele e seus sócios precisaram utilizar quando estavam negociando a união da brasileira Ambev com a Interbrew belga. Ele e seus sócios com experiência de quinze anos no mercado de bebidas enquanto os belgas atuavam no ramo de cervejas há mais de seiscentos anos. Cita que os fundamentos apresentados pelo professor Shapiro, na obra prefaciada, teriam contribuído muito nas negociações.
Esta observação de Lemann nos assegura a certeza de que para negociarmos precisamos sair do mundo do “eu” e ingressar no universo do “nós”. Neste quesito o livro nos abastece com muitos conceitos aplicáveis nas negociação onde a busca pela solução passa utilização dos pontos convergentes e ajustes nas divergências, jamais o contrário.
Todos sabemos disto, a pergunta que não cala é: “O que nos motiva a deixar de lado nossa capacidade de diálogo e partimos para uma disputa onde cada negociador pretende tirar o máximo do outro, sem pensar numa solução onde todos ganham?”
Precisamos domar os “lobos” que carregamos e alimentarmos o bom senso e a habilidades que nos levam a um ambiente onde a cooperação possa substituir a competição. Quem topa iniciar esta salutar prática?