PILARES DO DOMÍNIO
Desde os tempos da Mesopotâmia, portanto há mais de cinco mil anos, que o domínio de uma nação sobre outra ou de um grupo sobre outro tem como principal base sustentação as armas e o dinheiro, podem estar juntos ou separados, ausentes nunca. Em alguns momentos a religião e a ideologia foram utilizados como atalhos para perpetuação do domínio, a estrada principal continuou sendo a dupla armas e o dinheiro, posteriormente classificado como capital.
Com estas ponderações quero expor meu pensamento de que é uma grande utopia imaginarmos que alguma coisa justa e movida pela inclusão social seja gerada a após uma reunião do G-20. Os países centrais ao oferecerem alguma migalha aos países pobres o farão em troca de reciprocidade em negócios. Decodificando: Darão com um dedo e tirarão com os outros nove. Isto mesmo, para receber uma ajuda um país firma compromissos para priorizar empresas sediadas nos países “doadores” em suas compras governamentais.
Teria sentido de justiça este tipo de ação se os organismos fizessem um levantamento das necessidades dos países pobres e as apresentasse aos donos do capital para que fossem feitas as ações sem exigência de contra partida. Fora disto é mais ou menos assim. O país rico doa as ampolas e o algodão e obrigam quem os recebe a comprar as vacinas e outros medicamentos em empresas a eles ligadas.
O jogo de cena, os discursos e os gestos de “boa vontade” destes encontros são fantasias muito bem orquestradas. Poderíamos afirmar que as compras seriam feitas com ou sem ajuda, uma vez que os países pobres pouco produzem, isto também é fato. Mas, julgar que as “doações” são movidas pelo solidariedade é muita inocência. O binômio armas e dinheiro serão sustentáculos da dominação por mais uns cinco mil anos. Quem discorda do que aqui foi abordado tem suas razões eu tenho as minhas. Não precisamos brigar por isto.