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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

RAFAELFHC DEMOCRATA?

Em 1983, após a posse de vários novos colegas na agência do Banco do Brasil de Barbalha – Ceará, estávamos discutindo durante uma reunião geral a demora no atendimento de demandas de clientes. Um colega registrou que era salutar nossa preocupação, mas alegou que enquanto gastávamos dez dias a média do banco era de quinze dias e que agência “x” levava vinte dias para atender pedidos similares. Uma colega recém empossada pediu a palavra e destacou: “Gente não podemos ter como parâmetro quem está abaixo de nós, temos que mirar o melhor e superá-lo”. Ficamos mudos e tivemos que dar razão para a “novata”.

Em uma das agências que administrei um cliente, para justificar um desvio de conduta, disse-me: “Ademar, reconheço que errei, mas, gostaria de deixar claro que sou mais honesto que fulano de tal”. Na hora eu afirmei; “Amigo honestidade é como gravidez, não existe no formato parcial ou tem casos de maior ou menor intensidade”.

Talvez, baseado no modelo que norteia os casos acima, – nivelar por baixo – o escritor Luís Felipe d’Ávila’ incluiu Fernando Henrique Cardoso no livro “Caráter e liderança – Nove estadistas que construíram a democracia brasileira”. Os demais são: José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Nabuco, D. Pedro II, Prudente de Moraes, Campos Salles, Rodrigues Alves, Oswaldo Aranha e Ulysses Guimarães.

Alguns fatos sugerem que o Príncipe FHC não devia fazer parte do grupo por ter ferido de morte o estado democrático de direito ao: a) – aprovar no sistema “rolo compressor” tudo que quis na Câmara e no Senado, sob o olhar inerte dos Tribunais Superiores e da grande imprensa; b) – ser o principal beneficiário na mais manipulada eleição da nossa história republicana, detalhada pelo jornalista Sebastião Nery no livro “A eleição da reeleição”; c) editar a Medida Provisória 2088-35/2000 que restringia a ação do Ministério Público e d) ter governado sob a blindagem do “Engavetador Geral da República”, o procurador Geraldo Brindeiro.

Nessa lógica Sarney, Collor, Lula e Dilma poderão reivindicar a inclusão dos seus nomes em futuras obras que tratem de ética ou gestão fiscal. Talvez por ser “Conselheiro – Não vitalício” do Instituto FHC, o autor tenha encontrado em Fernando Henrique, que também prefacia a obra, qualidades que eu não percebo.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

ADEMARPRODUTIVIDADE

A revista HSM – Management, avaliada como a melhor publicação relacionada com gestão do Brasil, na edição 116 de maio/junho-2016 traz uma longa reportagem sobre produtividade. Nos textos são abordadas sugestões e relatados casos reais de empresas que superam os índices de produtividade das concorrentes, utilizando ação efetivas para “para fazer muito mais e melhor com menos recursos financeiros, humanos e materiais”.

Não tenho dúvida que a baixa produtividade que reina absoluta em nossas empresas públicas e privadas, dos setores da indústria, do comercio e dos serviços é a principal porta de entrada para as propagadas crises que cercam nossas atividades produtivas. O ímpeto que temos para cobrar salários crescentes, melhores condições de trabalho não tem a mesma intensidade quando o assunto é produzir acima da média, com adoção de práticas de vanguarda.

Com pouco esforço podemos identificar em nossas organizações três fatores que no meu ponto de vista minam a capacidade de produzir mais e melhor. O primeiro fator é a falta de comprometimento com nossas responsabilidades. Invariavelmente colocamos nossos interesses acima dos interesses das empresas que nos remuneram. Quando agimos é em velocidade abaixo do ideal. O fator de número dois é a nossa habilidade de acharmos desculpas para tudo. Existem variáveis diversas que impedem nossa atuação plena em favor de uma produtividade compatível com o que recebemos. O terceiro é a burocracia e o nosso famigerado sistema do “dez para mandar e dois para fazer”, isto é: muitos comandantes, poucos comandados.

O assédio moral, situação que deve ser afastada de qualquer ambiente de trabalho, tem funcionado com blindagem para os maus profissionais. Nada produzem e quando são cobrados acionam os dispositivos que sugerem o assedio moral, ficando os gestores refém do sistema, por medo de denuncias juntos aos órgãos fiscalizadores. Tais denúncias são patrocinadas pela indústria sindical que historicamente tem pouca preocupação com produtividade.

Com recursos financeiros, humanos e materiais cada vez mais escassos precisamos simplificar processos, unir forçar e agir. A inercia é inimiga da produtividade. As dicas a revista aponta, as ações ficam sob a responsabilidade de cada um. Ação, ação e ação.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

ademarTODO PODER UM DIA CAI

Montado na sabedoria matuta, o grande Quincas Rafael, escreveu o poema “Não há poder que não caia”, que foi inserido no livro “Afogados deu de tudo”. Nele. o poeta das Varas, registra entre outras verdades o seguinte: “Não há nada eternamente/Tudo no mundo tem fim/E quem não pensar assim/É mais que inconsciente/Se acaba o que é valente/O liberto e o cativo/Atual e primitivo/A nada o tempo quer bem/Tudo que no mundo tem/Para Deus é relativo”.

Em outras estrofes o velho Quincas faz indagações sobre o império romano, sobre Napoleão e deixa um alerta que serve para vida: “… O futuro não tem braços/Quem sobe pode cair …”. Eu, pessoalmente já vi muitos que humilharam voltarem para pedir apoio dos humilhados. Nossa geração já assistiu quedas da Mesbla, da Sharp, das Lojas Brasileiras, dos Diários Associados, da Manchete, do Jornal do Brasil e tantos outros.

O poder do Grupo Roberto Marinho já não é o mesmo de outrora. Os motivos apontados são diversos. O mercado avalia que foram investimentos fora do Brasil, dívidas impagáveis e altos salários de executivos durante a época das vacas gordas. Outros avaliam que foi a queda da credibilidade do jornalismo após os eventos relacionados com a eleição de Brizola, as Diretas Já e a edição manipulada do debate entre Collor e Lula na véspera do segundo turno da eleição de 1989. Existe uma corrente que aponta como principal motivo da queda o afastamento e a morte do velho Roberto do comando.

Não tenho elementos para apontar os reais motivos do declínio, contudo, percebo que o “padrão globo” do tempo de Boni faz parte do passado. No dia 29.04.2016 a Globo não apresentou o Globo Repórter em toda rede. Emissoras vinculadas a TV Liberal no Pará apresentaram um programa sobre os 400 anos de Belém. O resto do Brasil assistiu ao programa sobre Abu Dhabi, isto seria inaceitável na época que a Globo era a toda poderosa.

A Rede Globo de Televisão tem na sua grade de programação a maior metralhadora giratória do Brasil: o Jornal Nacional. Não conheço uma personalidade do mundo empresarial ou político que não tenha balançado após matérias contrárias aos seus interesses nele publicadas. É disparado o jornal de televisão preferido dos brasileiros. Até quando? Ela se sustentará quando a receita oriunda do seu horário mais nobre deixar de existir? O tempo dirá..

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

RAFAELPUBLICAÇÃO X INFORMAÇÃO.

Em um momento que a imprensa nacional tem se notabilizado pelos vazamentos de conversas oriundas de grampos telefônicos, de delações premiadas e do teor de pedidos formulados aos juízes dos feitos por representantes do Ministério Público o BLOG DO FINFA transita em direção contrária, ou seja, promove uma série de entrevistas com pré-candidato (a)s a vereadores em Afogados da Ingazeira.

A coragem e o caráter de inovação que sustenta a iniciativa trazem consigo a nobre missão de informar e não somente publicar o que dar destaque. A forma democrática que foram tratados todos entrevistado(a)s, adicionado o cuidado nas edições para não expor ninguém a constrangimentos também merece elogio.

Quando ouvimos os depoimentos, despidos de qualquer tipo de preconceito, respeitando as limitação de cada um(a) verificamos que dois fatos estão presentes na maioria do depoimentos.

O fato número um é a diferença entre o discurso do(a) candidato(a) e sua ação após o êxito no pleito. A aproximação verificada na época da campanha transforma-se em distanciamento durante o exercício dos mandatos.

O fato dois é a falta de efetividade na ação dos vereadores. Vários entrevistado(a)s mencionaram a falta de interesse real com problemas que poderiam contribuir com suas soluções e indicaram que a carga de trabalho do vereador é mínima diante do recebem para atuar efetivamente no plenário, nas comissões, nos gabinetes e visitando as comunidades urbanas e rurais.

Precisamos registar que os fatores acima nominados não são exclusivos de Afogados da Ingazeira, se fazem presentes em outras Câmaras de Vereadores espalhadas pelo país, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Federal e no Senado. Que os críticos atuais, se eleitos, não sejam engolidos pelo falido sistema político nacional.

Nas entrevistas foram apresentadas várias sugestões que podem gerar bons resultados sem altos investimentos. Fica a sugestão para que o BLOG DO FINFA, após o pleito, entregue uma edição completa aos eleitos para que sejam pinçadas as sugestões com aderências aso interesse da população.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

ademarVAI DAR PENALTIS

Seguindo a regra que nas decisões de futebol são cobrados tiros livres diretos quando, no segundo jogo é repetido o placar do primeiro em caso de empate, ou quando o perdedor do primeiro jogo ganha o segundo por placar igual nos próximos dias, o resultado do jogo entre as principais revistas de informações semanais três (Veja, Época e Isto É) x um (Carta Capital) será revertido e ficará um (Carta Capital) x três (Veja, Época e Isto É).

Que jogo é este, iIndagarão nossos leitores e leitoras? É o seguinte: nos últimos anos as revistas Veja, Época e Isto É, sem muito esforço encontram erros nas gestões petistas e a Carta Capital com grande esforço procura apontar pontos positivos do mesmo projeto político.

Esta luta é antiga e advém da linha editorial de cada publicação. Nada tem a ver com o olhar míope do contra ou a favor. O perigo é quando somente uma das fontes é levada em consideração. Para formar juízo de valor é necessário olhar para mais de uma janela; mirar os olhos em direção a apenas uma delas é limitar a capacidade de julgamento.

Defenderei com todas as minhas forças a liberdade de expressão e a liberdade da imprensa. Esta última deve mirar sua nobre missão não apenas no direito de publicar o que quer e sim no dever de apresentar os fatos com isenção, com liberdade e sem interferência do estado e do poder financeiro.

É fácil um jornalista ser contra a limitação que muitos governos desejam, no entanto, é muito difícil um profissional da imprensa insurgir-se contra as condicionantes impostas pelo maior anunciante do grupo em que trabalha.

No mundo capitalista, conviver com a obrigação de noticiar os fatos e não desagradar quem sustenta financeiramente o sistema é o dilema. Não sejamos ingênuos; matéria paga existe. Pode até ser a exceção da regra, mas, se faz presente no rádio, na TV e na imprensa escrita.

Por: Ademar Rafael