Home » Mundo
Você está lendo: Mundo
Bilionários se voltam contra Trump em meio escalada da guerra comercial
Outros bilionários e empresários ricos também criticaram abertamente a agenda tarifária de Trump nos últimos dias, à medida que o medo de seus impactos econômicos toma conta dos mercados
Líderes empresariais bilionários estão se voltando contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu plano de impor um conjunto colossal de tarifas aos parceiros comerciais do país, à medida que as perdas se acumulam nas bolsas de valores ao redor do mundo.
O investidor bilionário Bill Ackman, que apoiou a candidatura de Trump à presidência em 2024, alertou no último domingo (6) que levar adiante as novas tarifas seria equivalente a lançar uma “guerra nuclear econômica”.
Em uma publicação na rede X, Ackman afirmou que “os investimentos empresariais vão parar, e os consumidores vão fechar as carteiras” se as novas tarifas realmente entrarem em vigor.
“Vamos prejudicar seriamente nossa reputação com o resto do mundo, e levará anos ou até décadas para recuperá-la”, acrescentou. A publicação já havia sido visualizada 10,6 milhões de vezes.
A menos que Trump mude de rumo, “estamos caminhando para um inverno nuclear econômico autoinfligido, e devemos começar a nos preparar”, alertou Ackman, CEO da Pershing Square Capital Management.
“Qual CEO e qual conselho de administração se sentiriam confortáveis em fazer compromissos econômicos grandes e de longo prazo nos EUA em meio a uma guerra econômica nuclear?”, questionou, acrescentando que “o presidente está perdendo a confiança dos líderes empresariais ao redor do mundo”.
A tarifa básica de 10% sobre todas as importações de bens para os EUA já entrou em vigor no sábado (5), e dezenas de economias se preparam para tarifas ainda mais altas a partir de quarta-feira.
UE prepara plano de 800 bi de euros para defesa própria e Ucrânia após EUA pausarem ajuda
g1 – A Europa começou a se preparar para uma eventual retirada do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia e, mais ainda, para um cenário de aliança entre Washington e Moscou.
A chefe de governo da União Europeia, Ursula von der Leyen, disse nesta terça-feira (4) que o bloco europeu prepara um plano de 800 bilhões de euros (R$ 4,9 trlhões) para reforçar as defesas das nações da UE e diminuir o impacto da potencial retirada dos EUA da aliança de países que ajudam a Ucrânia.
Com o valor, a UE pretende também que a Ucrânia tenha força militar para negociar com a Rússia após o congelamento da ajuda dos EUA à nação.
O plano é uma reação ao anúncio dos EUA, na noite de segunda-feira (3), de que vai pausar a ajuda norte-americana à Ucrânia.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o enorme pacote “REARM Europe” será apresentado aos 27 líderes da UE que se reunirão em Bruxelas na quinta-feira em uma reunião de emergência após uma semana de crescente incerteza política de Washington, onde o presidente Donald Trump questionou tanto sua aliança com o continente quanto a defesa da Ucrânia.
“Não preciso descrever a natureza grave das ameaças que enfrentamos”, disse von der Leyen.
A chave para o dilema das nações da UE tem sido a relutância em gastar muito em defesa nas últimas décadas, enquanto se escondiam sob o guarda-chuva nuclear dos EUA e uma economia lenta, o que cria desafios para um rápido aumento desses gastos.
ONU diz que governo Maduro cometeu crimes contra a humanidade na Venezuela
Relatório de missão da ONU na Venezuela acusa governo de cometer crimes por meio de perseguições políticas e em manifestações, quando 25 pessoas morreram por disparos de policiais.
g1 – Um relatório da missão internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) na Venezuela divulgado nesta terça-feira (15) afirma que o regime de Nicolás Maduro cometeu crimes de lesa humanidade contra sua própria população.
Os crimes ocorreram principalmente por meio de perseguições políticas e na repressão a manifestações antes, durante e depois das eleições presidencias da Venezuela, em julho deste ano, ainda de acordo com a ONU.
Segundo a missão da ONU, 25 pessoas foram assassinadas por arma de fogo durante protestos no período analisado, ao longo deste ano, o que constitui o crime contra a humanidade. Outras centenas ficaram feridas, e milhares foram detidas “simplesmente por exercer seu direito fundamental à liberdade de expressão”.
“As violações, cometidas com intenção discriminatória, constituem o crime de lesão humanitária de perseguição por motivos políticos em razão da identidade das vítimas”, diz o relatório da ONU.
O relatório documenta “diversas e crescentes violações cometidas pelo governo venezuelano, pelas forças de segurança e por grupos civis armados pró-governamentais antes, durante e depois das controvertidas eleições presidenciais de julho”.
Um relatório prévio da missão, publicado em setembro, já havia apontado que o regime de Maduro intensificou a repressão a opositores e manifestantes após as eleições.
A líder opositora María Corina Machado disse que a publicação do novo relatório, com a acusação de crimes de lesa humanidade, é “um elemento crucial para o isolamento cada vez maior do regime (de Nicolás Maduro), e a prova para que seja feita justiça internacional”.
“Hoje, damos mais um passo que nos aproxima da liberdade”, disse Corina.
O governo venezuelano ainda não havia se manifestado sobre as acusações até a última atualização desta reportagem.
A eleição na Venezuela ocorreu em 28 de julho, e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) — a Justiça eleitoral do país — declarou Nicolás Maduro reeleito para um terceiro mandato. No entanto, o CNE nunca divulgou as atas eleitorais — espécies de boletins de urna, que registram o resultado em cada local de votação.
Congresso espanhol reconhece González como presidente eleito da Venezuela
O governo do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, no entanto, diz não levará em consideração a votação parlamentar. Em rede social, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, comemorou: ‘Grande vitória’.

g1 – Em votação nesta quarta-feira (11), o Congresso da Espanha reconheceu Edmundo González como presidente eleito da Venezuela.
A proposta, que começou a ser discutida nesta terça, quando ocorreu uma manifestação na porta do local e a filha de González leu um recado do pai, pede ao governo de Pedro Sánchez que “lidere o reconhecimento de Edmundo González nas instituições europeias e instâncias internacionais, com o objetivo de garantir que, em 10 de janeiro de 2025, ele tome posse como o novo presidente da Venezuela”.
Segundo a agência de notícia Reuters, no entanto, o primeiro-ministro espanhol não levará em consideração a votação parlamentar.
Em conformidade com a posição europeia, o governo espanhol tem exigido que sejam divulgadas as atas eleitorais das eleições nas quais a oposição denuncia fraude, mas sem reconhecer González como presidente.
“O Congresso da Espanha reconhece Edmundo González como presidente eleito da Venezuela! Hoje obtivemos outra grande vitória. Seguimos em frente! Nós, venezuelanos, agradecemos a cada um dos deputados, dos diferentes partidos, que votaram a favor da soberania popular, da democracia, da verdade e da liberdade.
A iniciativa, liderada pela oposição, foi aprovada com 177 votos a favor, 164 contra e 1 abstenção.
Em meio a tensão, Maduro muda data do Natal para 1º de outubro
g1 – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou o adiantamento do Natal no país para o próximo dia 1º de outubro.
O anúncio foi feito na noite desta segunda-feira (2), em um programa de auditório que ele mesmo apresenta semanalmente.
“Está chegando em setembro e se diz: ‘Setembro já cheira a Natal'”, disse à plateia o líder chavista. “E por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro. Começa o Natal em 1º de outubro para todos e todas. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança.”
O adiantamento coincide com um momento de tensão no país, após as eleições presidenciais de 28 de julho. Oposição e boa parte da comunidade internacional colocam em dúvida a legitimidade da reeleição de Maduro para mais um mandato.
Em meio a protestos e à pressão internacional, a Procuradoria venezuelana, aliada do chavismo, pediu a prisão do candidato oposicionista, Edmundo Gozález, que reivindica a vitória nas eleições e pede a divulgação das atas das urnas. O pedido foi acatado pela Justiça, também considerada um braço do regime de Maduro.
Natais adiantados
Não é a primeira vez que Maduro recorre à antecipação das celebrações natalinas no país. Em 2020, ele adiantou o Natal para 15 de outubro, em meio à pandemia. Na ocasião, a data foi marcada pela liberação de recursos para a compra de brinquedos.
Em 2013, Maduro já havia decretado que as comemorações acontecessem a partir de 1º de novembro, afirmando na época que desejava “felicidade e paz para todo o mundo” e “derrotar a amargura”. Hugo Chavez havia morrido em março daquele ano, e Maduro venceu uma eleição presidencial cuja lisura foi contestada.
Pedido de prisão contra González
Também na segunda-feira (2), a Justiça da Venezuela acatou um pedido do Ministério Público para emitir um mandado de prisão contra o opositor Edmundo González, que concorreu à eleição presidencial de julho.
Edmundo González é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa. O mandado de prisão formaliza a acusação contra González por esses delitos.
Venezuela: Lula cita “novas eleições” ou “governo de coalização” como eventuais saídas para crise
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (15) que “não quer se comportar de forma apaixonada” e que quer “o resultado” das eleições venezuelanas.
Para Lula, existem alternativas para essa situação de crise, como a criação de um “governo de coalizão” ou mesmo a realização de novas eleições. A declaração ocorreu em entrevista à Rádio T, em Curitiba.
“Você tem várias saídas. Pode fazer um governo de coalizão, convocar a oposição. Muita gente que está no meu governo não votou em mim e eu trouxe todo mundo para participar do governo”, disse.
União Europeia procura Itamaraty para discutir situação da Venezuela
CNN Brasil – Diante do impasse eleitoral na Venezuela, chanceleres da União Europeia têm buscado o Brasil para compreender o cenário político no país comandado por Nicolás Maduro.
Nos últimos dias, o chanceler Mauro Vieira foi procurado mais de uma vez pelo ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares. Na última quinta-feira (1º), o ministro também conversou com o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Segurança, Josep Borrell.
Em comunicado recente, a União Europeia se posicionou na mesma linha que o Brasil. Cobrou transparência na divulgação dos resultados das eleições presidenciais. Diferentemente dos Estados Unidos, a UE não reconheceu a vitória do candidato da oposição, Edmundo Gonzalez.
No Chile, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manteve nesta segunda-feira (5) o mesmo discurso adotado pelo Itamaraty. A expectativa é de que, após retorno ao Brasil, o petista converse por telefone com Maduro.
O Brasil tem trabalhado com México e Colômbia por um posicionamento comum. O governo brasileiro cogita, inclusive, enviar o chanceler Mauro Vieira para a Venezuela na tentativa de demover o presidente venezuelano.
Venezuela rompe relações com países vizinhos e isolamento pode fortalecer Maduro
CNN Brasil – As eleições na Venezuela causaram um terremoto político na região. Com algumas exceções – entre as quais só se contam Cuba, Nicarágua e Bolívia – a maioria dos países da América e da Europa exigiram transparência do governo de Nicolás Maduro na publicação dos resultados.
No entanto, havia nuances. Enquanto alguns chegaram ao ponto de ignorar os números publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e apelaram a ações conjuntas visando o “respeito à vontade popular”, outros – países centrais devido ao seu papel na região e às suas fronteiras com a Venezuela, como Brasil, Colômbia e até México – optaram pela moderação.
Na segunda-feira, o Governo de Maduro redobrou a aposta contra aqueles que questionavam os resultados oficiais e anunciou, através de um comunicado, que expulsaria o corpo diplomático da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai.
“É uma situação atípica para as regulamentações diplomáticas e aduaneiras; Não está contemplado nem na Convenção de Viena sobre relações diplomáticas nem nas Convenções de Caracas ou Montevidéu sobre asilo. É uma suspensão das relações diplomáticas sem romper as relações diplomáticas”, explicou à CNN o ex-vice-chanceler da Argentina e ex-embaixador do país na ONU Fernando Petrella.
Eleição contestada: OEA aponta indícios de distorção e não reconhece vitória de Maduro

A Organização dos Estados Americanos (OEA) afirmou nesta terça-feira (30) não reconhecer o resultado das eleições presidenciais anunciado pela Justiça eleitoral venezuelana, que indica vitória do presidente do país, Nicolás Maduro.
Em relatório feito por observadores que acompanharam o pleito, realizado no domingo (28), a OEA diz haver indícios de que o governo Maduro distorceu o resultado.
Um dos principais indícios, segundo o documento, foi a demora na divulgação dos resultados apesar de o país ter urnas eletrônicas. O texto afirma também ter havido relatos de “ilegalidades, vícios e más práticas”.
O relatório concluiu que o Centro Nacional Eleitoral (CNE), a principal autoridade eleitoral da Venezuela, comandada por um aliado do governo venezuelano, proclamou Maduro como vencedor sem apresentar os dados para comprovar o resultado e afirmou que os únicos números divulgados em canais oficiais revelam “erros aritméticos”.
“Mais de seis horas após o encerramento da votação, o CNE fez um anúncio […] declarando vencedor o candidato oficial, sem fornecer detalhes das tabelas processadas, sem publicar a ata e fornecendo apenas as porcentagens agregadas de votos que as principais forças políticas teriam recebido”, diz o texto.
O relatório da OEA também afirmou que o regime venezuelano aplicou “seu esquema repressivo” para “distorcer completamente o resultado eleitoral”.
“Ao longo de todo este processo eleitoral assistimos à aplicação por parte do regime venezuelano do seu esquema repressivo complementado por ações destinadas a distorcer completamente o resultado eleitoral, colocando esse resultado à disposição das mais aberrantes manipulações”.
Órgão eleitoral declara vitória de Maduro; oposição denuncia fraude
g1 – O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) informou na madrugada desta segunda-feira (29) que, com 80% dos votos apurados, Nicolás Maduro foi o vencedor das eleições presidenciais realizadas no domingo (28).
Segundo o CNE, liderado por um aliado do presidente venezuelano, Maduro teve 51,2% dos votos, e o principal candidato da oposição, Edmundo González, 44%. O resultado indica uma diferença de 704 mil votos entre os dois candidatos. A última atualização foi na madrugada de segunda, quando o site do CNE saiu do ar –como os dados finais ainda não foram divulgados, esses números devem mudar.
Minutos após a divulgação do resultado, Maduro disse, em discurso a apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, que sua reeleição era o triunfo da paz e da estabilidade.
“O povo disse paz, tranquilidade. Fascismo na Venezuela, na terra de Bolívar e Chávez, não passará”, disse Maduro.
Com o resultado, Maduro – um ex-motorista de ônibus de 61 anos que se tornou chanceler da Venezuela – deve permanecer mais seis anos no poder em Caracas, chegando a 17 anos no comando do país. Hugo Chávez governou a Venezuela por 14 anos até sua morte, em 2013.
Oposição contesta resultado
A oposição, que tem denunciado irregularidades, contestou os números divulgados pelo CNE, e informou calcular que Edmundo González teve 70% dos votos, e Maduro, 30%. Resultados de duas pesquisas de boca de urna divulgadas pela agência Reuters indicavam vitória de Gonzáles com larga vantagem.
“Queremos dizer ao mundo que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo González”, disse Maria Corina Machado, a líder da oposição que foi impedida pelo regime de Maduro de disputar a eleição.
Em breve discurso, González – que assumiu a candidatura após o impedimento de Maria Corina – disse que “não descansaremos até que a vontade popular seja respeitada”.