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Posts tagged as “CRÒNICA DE ADEMAR RAFAEL”

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

ADEMAROS TRÊS VENENOS

A filosofia budista aponta os “três venenos mentais: raiva, ansiedade e ilusão” como motivadores de toda infelicidade pessoal e de todos os conflitos interpessoais. Estes venenos são encontrados na literatura em outros formatos, tais como: “raiva, apego e ignorância; ira, cobiça e ignorância; ódio, ganância e ilusão ou raiva apego e aversão”.

Daniel Goleman relata no livro “Como lidar com EMOÇÕES DESTRUTIVAS – Para viver em paz com você os outros”, as experiências extraídas de encontro entre cientistas ocidentais e budistas, entre eles Dalai Lama. O principal objetivo dos diálogos foi “entender e combater as emoções destrutivas” na busca de um mundo melhor.

Como antídotos aos três venenos a tradição budista sugere que caminhemos com as “Quatro nobres verdades: Primeira – A vida é desequilibrada, fora de prumo, desarmônica; Segunda – As causas deste desequilíbrio são os Três Venenos Mentais; Terceira – O equilíbrio pode ser restaurado e Quarta – O equilíbrio da vida pode ser atingido seguindo-se o Caminho do Meio.” Encontramos as quatro nobres verdades assim descritas de forma resumida: “verdade do sofrimento; verdade da origem do sofrimento; verdade da cessação do sofrimento e verdade do caminho que leva à cessação do sofrimento.”

Os ensinamentos de Buda sugerem que para trafegarmos pelo “Caminho do Meio”, devemos colocar em prática: “entendimento correto, pensamento correto, linguagem correta, ação correta, modo de vida correto, esforço correto, atenção plena correta, concentração correta.”

Por ter dificuldade de transitar pelo “Caminho do Meio” carregando as práticas recomendadas e diante de minhas naturais limitações resta-me reduzir os impactos dos “Três venenos mentais”, com as ferramentas disponíveis.

A raiva tem sido meu maior adversário, mesmo entendendo o mal que ela causa, não consigo deixar de conviver com ela, principalmente diante de uma injustiça ou de um fato que fere minhas convicções.

A ansiedade com o tempo está sendo controlada. Fui do tipo que se preocupava com a prova, depois com o resultado da prova e assim seguia numa ciranda infinita de ansiedade incontrolável.

Com a ilusão sofri pouco. As aulas que recebi do meu pai foram decisivas para não alimentar ilusões com fatos que não tinha pleno controle. Este é o único veneno que pouco interferiu na minha vida.

Quando faço uma reflexão sobre as besteiras que pratiquei nestes cinquenta e nove anos de vida sempre identifico um ou dois venenos raiva e ansiedade promovendo o comportamento inadequado.

Para obtermos o entendimento, o pensamento, a linguagem, a ação, o modo de vida, o esforço, a atenção plena e a concentração com a correção sugerida na tradição budista precisamos recorrer ao nosso interior, aos ensinamentos budistas e à ciência. É, sem dúvida, “uma estrada cumprida e uma légua tirana.” Que tal darmos o primeiro passo?

Por: Ademar Rafael

 

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

RAFAELPOLÍTICA FISCAL?

Este texto é inspirado na definição de Política Fiscal registrada no último capítulo do livro “Criando riqueza”, editado pela Empíricus Research. Ao detalhar os “conceitos básicos de economia e investimentos” a jornalista Olívia Afonso, autora do livro, define Política Fiscal como: “… conjunto de medidas pelas quais o governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização macroeconômica, a redistribuição de renda e a alocação de recursos”.

O governo brasileiro, através do seu site oficial (http://www.tesouro.fazenda.gov.br), ratifica os dizeres acima e acrescenta que: “A função estabilizadora consiste na promoção do crescimento econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços. A função redistributiva visa assegurar a distribuição equitativa da renda. Por fim, a função alocativa consiste no fornecimento eficiente de bens e serviços públicos, compensando as falhas de mercado”.

Na primeira função – estabilização macroeconômica – o governo tem tirado nota próxima de zero. Não tem promovido o controle da inflação e quando tenta intervir é como medidas desastrosas, eleitoreiras e ineficientes. Damos como exemplos o caso dos preços controlados, da manipulação dos preços de derivados de petróleo e política de juros.

A função de número dois – redistribuição de renda – foi incentivada nos governos petistas, o problema foi a metodologia aplicada, extraída da música “Uma pra mim uma pra tu”, da obra de Luiz Gonzaga, que afirma: “Uma pra mim, uma pra mim, uma pra tu, outra pra mim; Uma pra mim, outra prá tu, uma prá mim, outra pra mim”. Isto mesmo que você acabou de ler. Para cada uma ofertada três para o ofertante. No geral nota baixíssima.

A terceira função – alocação de recursos – o conceito para ficar ruim precisa de muita melhora. Os bens e serviços alocados estão muito abaixo do ideal e custam valores extremante elevados. Os grandes fornecedores e a corrupção ficam com maior parte do bolo. Os contribuintes com as migalhas.

Nesta toada a cada ano o déficit fiscal vai aumentando, manipulado por governante de plantão e aprovado pelo congresso, quando é do seu interesse.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

RAFAELHERDEIRO DOS ASTROS

Marcos Passos, após o sucesso do livro sobre Zé Marcolino, “Conversa sem protocolo”, alia-se a Ésio Rafael e Santanna O Cantador para presentear os amantes da poesia com o livro “Herdeiro dos astros”, narrando parte da obra de João Paraibano.

Os relatos e depoimentos presentes na publicação, assinados pelos organizadores, por Roberta Clarissa, Astier Basílio, Antônio Marinho, Diomedes Mariano, Sebastião Dias, Ivanildo Vila Nova, Joselito Nunes, Rubens do Valle, Jô Mazarollo e Mariana Teles somam-se aos versos de parceiros e do poeta de Princesa Isabel em uma mistura com alto índice de nordestinidade e elevado valor cultural.

Que esta obra possa enterrar para sempre dois rótulos que tentaram, sem sucesso, colar na imagem do poeta que a todos chamava de “meu santo”. Alguns buscaram de todas as formas adesivar João Paraibano com os rótulos de “poeta iletrado” e “poeta que só canta sertão”. Com a capacidade que Deus lhe deu de sobra Dão de Zaca desmistificou tais emblemas e fez muito “nego” que se achava o máximo engolir suas críticas. João do Peba calou muitos e entalou muitos cantadores intelectualizados.

Que após a edição de “Herdeiros dos Astros” as criações do “canhoto mais direito da cantoria” como diz Diomedes Mariano sejam universalizadas. Espero que seja com a mesma intensidade que os clássicos “Os miseráveis” de Victor Hugo e a trilogia de “O tempo e vento” de Érico Veríssimo universalizaram a sagas de Jean Valjean e das famílias Terra, Caré, Cambará e Amaral, respectivamente.

Assim como o título do livro tem origem em um trabalho científico o seu conteúdo deve ser lavado para o ambiente acadêmico e debatido à exaustão. Somente assim “pseudos” intelectuais deixarão de taxar poetas populares como pessoas iletradas e limitadas e entenderão que estão abaixo deles.

Decifrar o teor da obra de um cantador de viola é missão impossível para nós outros. O que é descoberto e descrito por um violeiro escapa do campo de observação das pessoas normais, por mais que elas se julguem capazes.

Outros livros virão sobre João Paraibano e sua obra extrapolará tudo que tentarem reduzir a um compêndio de papel ou eletrônico.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

ADEMARLIVROS DE AUTOAJUDA

Temos o costume de avaliar cosias que não conhecemos e afirmar com toda convicção: “Não gosto disto, não gosto daquilo.” Assim aconteceu comigo em relação a abacate e pimentão. Sempre afirmava que tinham gosto ruim até o dia que experimentei.

Com livros de autoajuda foi da mesma forma. Dizia que os benefícios eram nulos até o dia que um grande professor da Universidade Federal da Bahia questionou minha avaliação a disse: “No estilo autoajuda, como nos demais, tem muita coisa boa.” Passei a ver e ler o estilo com outros olhos, nada como mudar para melhor. Encontrei de fato muita coisa boa. Tirei proveitos e ajudei outros colegas com ensinamentos extraídos de publicações da espécie.

Recentemente li o livro “Grandes erros” de Jacob Pétry, jornalista e filósofo e Simone Mitjans, especialista em marketing digital e mestre em neurolinguística. Nele os estudiosos relacionam vinte e uma escolhas que se por elas optarmos criaremos dificuldades em nossa caminhada na direção ao sucesso almejado.

São elas: 1) Acreditar que já sabe tudo; 2) Pensar que você é incapaz; 3) Negligenciar seus pontos fortes; 4) Não saber o que quer da vida; 5) Abrir mão da autenticidade; 6) Ignorar a realidade; 7) Cultivar uma mentalidade de escassez; 8) Focar-se exclusivamente no dinheiro; 9) Esperar por Deus (Sem fazer a sua parte); 10) Abrir mão do respeito próprio; 11) Ignorar o que diz a si mesmo; 12) Pensar que a vida lhe deve alguma coisa; 13) Fugir das adversidades e dos problemas; 14) Tornar-se um cego mental; 15) Culpar as circunstâncias; 16) Ignorar suas paixões; 17) Ficar remoendo o passado; 18) Ter uma falsa visão da inteligência; 19) Querer resultados imediatos; 20) Pensar que a felicidade está nas coisas e 21) Esperar para começar amanhã.

Os detalhes de cada um dos erros não estão no formato “receita de bolo”, são apresentados com exemplos e sugestões. Uma das citações de maior relevo é do mega investidor e critico da especulação financeira Warren Buffett: “Na origem, na há diferença entre as pessoas que alcançaram o sucesso e as que fracassaram, a diferença está apenas na forma de agir ao longo da vida.” Então, caros leitores e leitoras vamos abolir tais erros da nossa vida? O tempo urge.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

ADEMARLUCRO NÃO É PECADO

No mundo capitalista o principal objetivo das organizações empresariais é gerar riqueza. Todas estão imbuídas em produzir, vender e prestar serviços em um formato que a última linha do Demonstrativo de Resultados do Exercício seja um valor positivo. Somente as empresas com resultados superavitários conseguiram vencer a concorrência, produzir e prestar serviços que atendem as expectativas dos clientes e usuários, gerar empregos e pagar impostos.

Uma empresa que presta serviços para investidores publicou recentemente a relação dos grupos com os maiores lucros no exercício de 2015. Relacionamos quinze deles: 1) Itaú Unibanco: R$ 23,36 bilhões; 2) Bradesco: R$ 17,19 bilhões; 3) Banco do Brasil: R$ 14,40 bilhões; 4) Ambev: R$ 12,42 bilhões; 5) Santander: R$ 7 bilhões; 6) BTG Pactual: R$ 5,62 bilhões; 7) JBS: R$ 4,64 bilhões; 8) BB Seguridade: R$ 4,21 bilhões; 9) Cielo: R$ 3,51 bilhões; 10) Telefônica Vivo: R$ 3,42 bilhões; 11) Braskem: R$ 3,14 bilhões; 12) BRF: R$ 3,11 bilhões; 13) Cemig: R$ 2,49 bilhões; 14) BM&F Bovespa: R$ 2,2 bilhões e 15) TIM: R$ 2,07 bilhões.

As principais atividades estão assim distribuídas: a) área financeira: sete; b) áreas de telefonia e de alimentos: duas em cada; e c) áreas de cervejaria, seguridade, petroquímica e eletricidade: uma em cada.

É salutar em um país com a economia em decomposição ter empresas com lucros tão robustos? Minha avaliação é que sim. Tais fatos provam que estas empresas em um cenário adverso conseguem atender os objetivos traçados de acordo com a regra do mundo onde quem manda é o capital.

Antes de criticar tais resultados seria importante destacar que as empresas acima podem até não contribuir com a carga tributária na mesma proporção dos seus lucros. Se isto ocorre é em função da legislação comprovadamente favorável a quem pode pagar uma equipe capaz de promover um Planejamento Tributário que reduz a carga tributária dentro da regra.

Criticar quem está produzindo bons resultados é um caminho que muitos seguem. Suar a camisa e fazer o que elas estão fazendo poucos querem.

Por: Ademar Rafael