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OPINIÃO DO PERNINHA

Grupo Educacional Conexão

Em fevereiro/2017 publicamos nesse espaço a aprovação dos alunos do ENEM-2016, que passaram pelas salas do CONEXÃO, a exemplo de José Dácio (Medicina Veterinária) e João Victor (Engenharia Civil), dentre outros.

Como o grupo atua, também, na área de concursos públicos, registramos que em 2015 aprovou uma aluna para o concurso do Banco do Brasil S/A. E não parou por aí. Em 2016 os resultados foram bem mais positivos, ou seja: 01 candidato aprovado para a Polícia Civil e 17 para a Polícia Militar do estado de Pernambuco, além de uma aprovação para a Polícia Militar
do estado do Ceará (aluno de Tabira-PE) e 12 alunos aprovados aqui em Afogados da Ingazeira-PE, no concurso de Saúde e Endemias feito pela prefeitura local.

Agora, no primeiro vestibular de Direito promovido pela FASP/2017, o Grupo não deixou por menos e contabilizou 11 aprovações de alunos que por lá passaram, inclusive, carimbando o passaporte da primeira colocada: Anna Laryssa Vilar Moreira.

Além de Anna tivemos: Maria Aparecida R. Feitosa Costa, Fernanda Xavier de Almeida, José Fábio Rodrigues Lustosa, Carla Iaponyra do Carmo Saraiva, Fernanda leite Gomes, Berta Celi Santana dos Santos, Késsia Karoline do N. Galdino, Déborah Maria Nunes Santos, Rafael Lucas Nunes de Lima e Silva e Tereza Raquel Lemos Teles.

Detalhe que chamou a atenção: a aluna Tereza Raquel Lemos Teles, filha do casal Argemiro Teles e Dicilane, foi a última aluna matriculada para fechar a turma de Direito.

O Grupo Conexão, sempre muito criterioso na escolha do seu Corpo Docente, conta atualmente com os seguintes professores na área de Direito: Adriana Secundo, Darlan Quidute, Fábio Chagas, Felipe Cardoso, Gustavo Henrique Queiroz e Jeane Espinhara. Para os próximos vestibulares o time está afiadíssimo e, em breve, anunciará a criação de novas turmas.

Aproveitamos esse espaço para parabenizarmos os aprovados e firmarmos o nosso compromisso cada vez maior com o Slogan que vem dando certo: CONEXÃO APROVA.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira- PE – setembro de 2017

OPINIÃO DO PERNINHA

Para os presidenciáveis o NE é o ponto de partida.

O xadrez eleitoral ainda está nebuloso e os nomes não estão postos oficialmente. Porém, a pouco mais de um ano para a disputa presidencial de 2018, a milhagem dos presidenciáveis só aumenta e o Nordeste, reduto que alcança 39,2 milhões de eleitores (26,91% do Brasil) é destino certeiro. Na corrida presidencial de 2010 e 2014, a área foi decisiva para eleger a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Alguns miram na região para nacionalizar o nome, outros para brigar pelo espólio eleitoral. Certo é que todos iniciaram os seus périplos por aqui. E Pernambuco é ponto de parada para quase tosos eles.

Reeditando a estratégia da década de 90, o ex-presidente Lula iniciou nesses dias a caravana pelo Nordeste, com o objetivo de percorrer os 9 estados da região, cruzar 25 cidades e alavancar o nome. No Recife, o petista teve agenda de três dias, com a militância e com políticos. Redutos históricos do partido como Brasília Teimosa, estiveram no roteiro. Segundo o líder do PT no Senado, Humberto Costa, a visita a Pernambuco foi muito importante para os planos de Lula, caso seja candidato em 2018. Especulado como “plano B” do PT, caso Lula seja impedido de entrar na disputa, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad tem investido no circuito universitário e percorreu este ano três cidades nordestinas e tem agendas em outras quatro capitais. O ex-prefeito de São Paulo refuta candidatura e diz que tem viajado a pedido de Lula para ajudar na elaboração do plano de governo.

Cotado para disputa, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), também tem rodado o País na tentativa de nacionalizar o nome. Em visita ao recife, o tucano afirmou que não disputaria prévia com seu mentor político Geraldo Alckmin (PSDB), que também tem se colocado como presidenciável. Há alas distintas no PSDB que defendem a candidatura tanto de Doria quanto do governador de São Paulo. Somente nos últimos meses, Doria passou por Recife, Fortaleza, Natal e Salvador. “Não sou presidenciável. Sou prefeito de são Paulo. Sempre me apresento nessa condição. Venho aqui como entusiasta do Brasil. Sou vice presidente da Frente Nacional de Prefeitos”, afirmou em sua última passagem pelo Recife.

O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) começou a se movimentar para angariar simpatizantes. Ele tem feito palestras de Norte a Sul do país. Apesar de ser político da região, o pedetista mora em São Paulo e teve   compromissos em universidades onde falou sobre a crise política que atravessamos. O deputado federal Wolney Queiroz, presidente do PDT no Estado, afirmou que a candidatura de Ciro já foi aprovada pela legenda e antecipou que a vinda do presidenciável ao Estado está programada para setembro próximo.

Já Marina Silva (REDE) ainda não colocou a campanha na rua. A ex-senadora não tem agenda prevista no Nordeste, apesar de ter sido aliada do PSB de Pernambuco na campanha de 2014, quando assumiu a cabeça de chapa no lugar do ex-governador Eduardo Campos. O deputado Jair Bolsonaro (PSC), por sua vez, intensificou as agendas pelo País desde o início do ano. No Nordeste ele passou por Recife, Natal e Teresina.

O “pega pra capar” ainda não começou mas, pelo visto, o Tribunal Eleitoral deverá ficar de olhos bem abertos uma vez que campanha fora de período eleitoral é crime previsto em Lei.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – agosto de 2017.

OPINIÃO DO PERNINHA

Até quando?

Será que alguém, de sã consciência, ousaria duvidar da importância da política em uma Democracia? Com algumas exceções, é possível encontrar pessoas que pensem de forma equivocada contrariando uma grande maioria e sabem por quê? Fazer política deveria ser um gesto de grandeza do cidadão de bem para que seus semelhantes tivessem uma vida mais digna. No entanto, para nossa tristeza, faz muito tempo que essa ação tem se desvirtuado de sua essência pelo mau uso que se faz aqui nessa República de bananas.

Parafraseando um colega diríamos: “não se faz política somente entre filiados a partidos políticos. Ela pode e deve ser feita em quaisquer atividades que exercemos. Seja na Igreja do seu bairro, seja nas entidades de classe, seja nas associações em geral, seja onde se tenha cargo diretivo, enfim, em qualquer lugar, fazer política é a essência da vida democrática”.

Olhando para a realidade brasileira, o vice-presidente de comunicação de uma revista dos aposentados do Banco do Brasil, faz os seguintes questionamentos ,os quais endossamos sem pestanejar:

Até quando vamos aceitar que aqueles que se elegem para nos representar continuem agindo como se nós não existíssemos, usando o mandato simplesmente para se locupletar?

Até quando vamos tolerar atos e mais atos de corrupção como os que vemos serem noticiados todos os dias e a todo instante, ainda mais, recheados de sensacionalismo como forma, também, de aumentar a audiência em nossos canais televisivos?

Até quando vamos aceitar que essas pessoas continuem nos enganando e lutando
desesperadamente para manter seus postos, a fim de se perpetuarem no poder se beneficiando das oportunidades de enriquecimento ilícito, iludindo e ludibriando os cidadãos de bem, verdadeiros donos do país e das entidades existentes?

Até quando aceitaremos que nos conduzam para um abismo do qual não sairemos mais, a exemplo do que vemos na nossa vizinha Venezuela?

Até quando continuaremos apáticos com tanta coisa ruim acontecendo e não mostraremos, além da indignação, qualquer força para resistir e impedir que isso penetre em nossos lares diariamente?

Até quando teremos uma justiça que, além de cega, tem se mostrado surda e muda diante de tantos crimes cometidos contra o cidadão e o estado e até quando ficaremos trancados dentro de nossas casas assistindo essa “corja” de maus políticos assaltando os cofres públicos com a maior naturalidade, como se fossem cidadãos acima da Lei?

E o mais interessante em tudo isso é que ninguém mais teme a polícia, a Justiça, a Receita Federal e os órgãos de fiscalização. A bandidagem debocha das autoridades e nos faz cada vez mais reféns de seus crimes

Sabe Deus, até quando.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – agosto de 2017

OPINIÃO DO PERNINHA

Rir ou chorar, por onde começamos?

Faltando pouco mais de quatro meses para o encerramento do exercício financeiro de 2017, o governo federal assume publicamente a dificuldade no fechamento das contas públicas, estimando que o déficit será bem maior que o previsto. Observando pela ótica da razão, haveremos de convir que a torneira do erário foi aberta com força total – agora em julho – para liberação de verbas destinadas a comprar apoio das bases aliadas, que votaram pelo arquivamento das denúncias que pesam/pesavam sobre o presidente Michel Temer. Foi muita grana torrada com finalidade totalmente política e de forma desrespeitosa aos brasileiros se levarmos em conta o quadro de incertezas que o País atravessa.

Mas não é assim que pensa o governo. No dia 21 de julho, em viagem à Argentina, o presidente disse que “a população iria entender o aumento dos impostos”, quando se referia aos R$ 78 milhões de reais que o governo passou a arrecadar diariamente só com o recente aumento dos impostos sobre os combustíveis. Isso representa em média R$ 18,00 a mais toda vez que você completar o tanque de combustível do seu veículo.

Parece pouco se levarmos em conta os R$ 200 bilhões de reais, anualmente desviados pela corrupção, nos escândalos escabrosos que temos acompanhado pela imprensa em geral. Ao chegar em Mendoza, na Argentina, o presidente Temer afirmou que a decisão de aumentar PIS e COFINS para gasolina, diesel e etanol está em linha com a responsabilidade fiscal e será bem compreendida pelos brasileiros. Disse ainda: “A população vai compreender porque esse é um governo que não mente”. Realmente, ele diz que baixa o “cacete” e baixa mesmo.

Aqui perguntamos: Por que será que os governantes só aumentam o que nos prejudica? Ninguém aumenta a segurança, os atendimentos médicos, os recursos para a educação, os números de empregos, etc. Em resposta ao presidente diríamos que o aumento dos impostos, além de abusivo, cheira a total irresponsabilidade fiscal e aos desmandos pela corrupção. Para o governo a equação é de fácil resolução. Nos roubam bilhões e mais bilhões, deixam de aprovar medidas anticorrupção que pedem urgência, gastam mais do que devem em emendas milionárias para compra de votos e depois, na cara de pau, colocam a conta no bolso do pobre trabalhador.

Para recuperar a nossa dignidade, fazemos coro com as palavras ditas pelo Procurador da República, Deltan Dallagnol, quando criticou o aumento: “Toda vez que eu for abastecer o carro, que eu pensar na saúde, segurança e educação dos pobres, que eu topar com buracos em estradas e infraestrutura precária que prejudica investimentos, vou lembrar disso tudo. E em 2018 vou mostrar toda a minha compreensão do que está acontecendo e dar minha resposta contra os corruptos, como cidadão, nas urnas”.

E você, vai fazer o quê?

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – agosto de 2017.

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Administrando as dívidas

Dia desses, conversando com um amigo ele me dizia: Perninha as coisa estão cada dia mais feias e difíceis para o lado do pobre. Falando sobre a situação financeira disse-me que está sorteando quais os débitos que paga primeiro e os demais vai empurrando com a barriga sabe Deus até quando. Esse problema é crucial e poucos escapam dessa cantilena. A crise econômica, o desemprego, as altas taxas de juros e a inflação não poderiam ter deixado outro resultado no bolso dos brasileiros que não o endividamento. O problema, porém, pode ser maior do que se imagina.

De acordo com uma pesquisa da empresa de recuperação de crédito Recovery, realizada pelo Data Popular, em média, o brasileiro tem dívidas três vezes maiores que a sua renda mensal e, em alguns casos, chega a acumular débitos de até 20 credores diferentes. A inadimplência atinge metade da população economicamente ativa e o valor médio dos débitos é de R$ 8.372,00. “O que surpreende na pesquisa é a grande parcela de pessoas escolarizadas – 87% dos entrevistados têm nível médio e/ou superior, mas sem qualquer nível de educação financeira, um problema ainda mais agravado pela crise econômica, quando as pessoas precisam rever seus orçamentos, mas não conseguem”, aponta o diretor de gestão do varejo da Recovery, Maurício Teramoto.

A saída para as famílias, nesses casos é escolher quais dívidas pagar. Embora os maiores credores do consumidor sejam instituições financeiras e o comércio formal, a maioria opta por quitar despesas como aluguel, energia elétrica, água e compras mensais (supermercado. Outras contas como mensalidades, parcelamentos e cartões de crédito acabam sendo deixadas de lado até que a situação financeira volte a melhorar. De acordo com a pesquisa, 43% dos entrevistados deixaram de pagar as suas contas por causa do desemprego. Outros 19% atribuem à falta de renda e dificuldade para pagar seus débitos. Já o descontrole financeiro aparece em terceiro lugar, e é o motivo de 16% dos entrevistados não estarem com as contas em dia.

Outro aspecto interessante da pesquisa é que, quando precisam de dinheiro, os cidadãos procuram os bancos, responsáveis por 79% do complemento da renda, o comércio formal com seus carnês e prestações (38% do total), além das financeiras (27%). Fora da formalidade, o brasileiro pede para amigos, colegas e parentes (14%) e até vai para o fiado, pendurando a conta no comércio informal em 8% dos casos. Enquanto ainda têm crédito, os inadimplentes não se mobilizam para pagar as contas e seguem acumulando dívidas e juros. Quando procuram regularizar sua situação, é porque não há mais formas de continuar consumindo.

A grande verdade é que o desemprego grassa em nossa porta e não encontramos alternativas diante do agravamento da crise que assola o País. Já o governo federal não tem esse problema. Mês passado foi dado um aumentozinho nos impostos sobre combustíveis (R$ 18,00 por taque de gasolina) o que representa uma arrecadação diária em torno de R$ 78 milhões de reais, dizendo o governo que foi pensando no fechamento das contas públicas ao final do exercício. O valor total arrecadado até 31/12 fica em torno de R$ 12 bilhões de reais mais alguns centavos. Simples, não?

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – agosto de 2017.

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A cegueira do intolerante

Nos chamou à atenção uma matéria do Jornal do Commercio, assinada pelo advogado Gustavo Henrique de Brito Alves Freire, sobre o episódio ocorrido no mês passado em um voo comercial entre Brasília e Rio de Janeiro, envolvendo a jornalista Miriam Leitão, constrangida a escutar impropérios de cerca de vinte militantes político-partidários, ao longo de quase duas horas, a qual nos remete, em alguma medida, à lição da obra de Saramago – Ensaio sobre a Cegueira, de 1995.

No livro, o autor fala da “treva branca” que vai deixando cegos, um por um, os habitantes de uma cidade. Quis e pretendeu que o leitor recobrasse “a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam”.

O Brasil enfrenta tempos de muita cegueira. E não é uma cegueira física, mas ideológica. Tempos de um impulso incontrolável de acusar e condenar em juízo próprio, à revelia das instituições, e com isso ter o outro, que pensa diferente de si, como um inimigo a ser trucidado.

Mesmo que o caso da jornalista não seja inédito, ele remete com força à obra de Saramago por causa disso. Do mesmo modo o advogado em quadras de crise moral, estigmatizado como cúmplice da impunidade. E o juiz independente, quando ousa decidir contramajoritariamente. E a imprensa séria, quando se atreve a contar histórias dando-lhes começo, meio e fim.

Todo impasse deveria, e foi o que propôs o autor da obra acima citada, convidar à reflexão, mas, para alguns, isso não existe, vez que não querem enxergar. Nesse caso podemos afirmar que a cegueira é, inclusive, da alma. Camus escreveu que “uma imprensa livre pode, é claro, ser boa ou má, mas, certamente, sem liberdade, será apenas má”. E Rui Barbosa que: “fora da legalidade não há salvação”.

Diante da ineficácia do calmante da principiologia constitucional, o remédio alternativo é amargo, mas desconfiamos que o intolerante, o pior cego que há, não liga para isso. Quer mais é que tudo incendeie. Lhe satisfaz mais o cheiro da fumaça do que a visão das chamas.

Danizete Siqueira de lima – Afogados da Ingazeira – PE – julho de 2017.

OPINIÃO DO PERNINHA

Como anda a educação no Brasil (ou não anda)?

Não há como fugir da realidade nua e crua. O pior é que nada ou quase nada tem sido feito nos últimos anos para minimizar os problemas que a educação dos nossos jovens e adultos tem enfrentado por esse Brasilzão afora. Uma matéria escrita pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF), aborda o tema com muita lucidez e nos deixa profundamente tristes.

Recentemente, o Secretário Municipal de Educação de uma importante cidade falou que se sentia como encarregado da segurança escolar, dedicando parte do seu tempo para assegurar o funcionamento de suas escolas, ameaçado pela violência. No momento em que dizia isso ele estava para decidir o fechamento de uma de suas melhores creches, por conta da ameaça de balas perdidas, tráfico de drogas e a onda de assaltos.

Eis o que diz parte do texto escrito pelo senador: “Um país que não consegue assegurar o funcionamento de suas escolas, é um país em decadência. Na atual civilização baseada no conhecimento, não será possível um país evoluir se cerca de 13 milhões de pessoas (8% da população adulta) é analfabeta, incapaz de ler, até mesmo o lema Ordem e Progresso escrito em sua bandeira; se mais de cerca de 26 milhões (18%) de adultos são analfabetos funcionais. O desprezo aos cérebros da nossa população é um claro indicador de que marchamos para uma decadência civilizatória”.

Ainda mais visível está a degradação pela corrupção, tanto no roubo do dinheiro público por políticos em benefício pessoal, quanto no desvio de dinheiro pela corrupção nas prioridades que beneficiam apenas pequenas parcelas da população. A irracionalidade política é outra manifestação e causa de decadência: políticos, artistas, estudantes, filósofos e profissionais agem e reagem baseados em posições políticas passionais, sem qualquer compromisso com a
lógica, como aconteceu em países cuja decadência decorre de disputas sectárias, cujo melhor exemplo hoje é a Síria. Fecham os olhos para a lógica e não percebem a decadência provocada por suas ações.

Não precisa muita perspicácia, nem análises sociológicas, para perceber que estamos em um processo de decadência histórica, que pode nos levar a uma desagregação social e condenação ao atraso em relação ao resto do mundo, talvez por décadas no futuro.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – julho de 2017.

 

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Nunca antes na história desse País …

A matéria de hoje traz como “pano de fundo” um editorial econômico escrito por Thais Herédia, colunista da Globo News, especialista em Economia e Politica. Aquela frase cunhada pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva é perfeita para descrever muitas situações no Brasil – pena que para o lado negativo. “Nunca antes da história desse país” tivemos um presidente da República denunciado no exercício do cargo, nunca tivemos uma recessão como a que passamos nos últimos três anos, nunca tivemos tantos empresários e políticos na cadeia, nunca testemunhamos tamanho esquema de corrupção envolvendo todos os grandes partidos nacionais – todos, sem exceção, inclusive o próprio Lula que está denunciado em seis investigações.

Num paradoxo também nunca visto, “nunca antes na história desse país” vivemos sob uma conjunção de fatores econômicos como o atual. Temos uma economia extremamente frágil, com destruição de fontes geradoras de riqueza provocada pela maior recessão do século, um desemprego recorde na era da moeda estabilizada e, ao mesmo tempo, inflação convergindo para abaixo da meta oficial depois de 7 anos na banda de cima, abrindo espaço para uma redução dos juros de forma mais permanente e sustentável. A correlação entre a recessão e a queda da inflação é alta, já que a primeira abala a demanda e não pressiona a oferta. Mas ela deveria perder força diante do quadro fiscal absolutamente desequilibrado e com potencial explosivo. Temos um Estado que pode caminhar para insolvência se não houver uma profunda reforma do sistema previdenciário, com revisões radicais de direitos concentradores de renda,
aberrações que favorecem fraudes e distorções atuariais.

Voltando ao paradoxo, “nunca antes na história desse país” tivemos uma crise aguda na política sem enfrentar risco externa na mesma intensidade. O Brasil já “quebrou” ou “quase quebrou” algumas vezes no passado e o gatilho foi sempre o risco externo. A fuga inevitável de investidores elevava a taxa de câmbio a níveis insustentáveis, ameaçando empresas endividadas em dólar e também o setor público – a Petrobras serve de exemplo, já que tem dívida altíssima em moeda estrangeira.

Desta vez, como “nunca antes”, estamos enfrentando o caos interno com um baú lotado de reservas internacionais, cerca de US$ 375 bilhões, uma balança comercial positiva e em alta, e um déficit em conta corrente baixíssimo, que não impõe ameaça alguma à saúde financeira do setor privado ou público. Claro que o reequilíbrio da economia internacional, a recuperação dos preços das commodities – especialmente durante a nossa super safra agrícola – a volta da demanda Argentina pelos nossos industrializados, estão fazendo toda diferença na construção deste quadro. Mesmo assim ainda preocupa.

“Nunca antes na história desse país” tivemos uma condescendência tão forte do mercado financeiro com Brasília. Mesmo diante do circo pegando fogo, os ativos seguem minimamente estáveis. Quem responde por isso é também um fator inédito no Brasil. A formação de uma equipe econômica de excelências reconhecidas publicamente não só por sua competência, mas por sua credibilidade. A visão unificada sobre as necessidades do país e as formas de endereça-las – que se equivalem à dos representantes e gestores do mercado – é outra fonte de equilíbrio. Enquanto esta equipe estiver lá, este “nunca antes” vai prevalecer.

O que não dá para saber ainda é quanto vai nos custar este caminhão de ineditismos – tão graves para política e para as instituições nacionais e tão positivas para os fundamentos da economia. Enquanto o país sangrar diariamente diante da barbárie de Brasília, vai ser impossível calcular o tamanho da conta. Mas ela chegará, como sempre na história deste País.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira-PE – julho de 2017

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Demorou mas chegou

Alguém ainda lembra do campeonato estadual desse ano? Talvez, só Salgueiro e Sport. É isso mesmo, foram 52 dias de espera que tiraram boa parte do brilho de uma competição já bastante opaca – em nossa humilde ótica – pela baixa presença de público, por um regulamento cheio de falhas, um calendário mal elaborado, além do baixíssimo
desempenho das equipes.

Finalmente chegou o grande dia: será hoje, a partir das 21.45h que o Cornélio de Barros servirá de palco para o segundo jogo da final entre Sport e Salgueiro que vêm de um empate em 1 x 1, no jogo da Ilha do Retiro, no dia 7 de maio. Decisão é decisão e evitamos arriscar prognóstico, contudo, se observarmos as condições das duas equipes, nesse momento, o Sport é favorito pois vem de duas boas atuações fora de casa, no campeonato brasileiro da série A, onde somou 4 pontos ao empatar com o Atlético Mineiro e vencer o Santos por 1 x 0 na rodada do último sábado (24/06).

Em contrapartida, desde a primeira final com o Sport (07/05), o Carcará só venceu um jogo dentre sete partidas disputadas pelo grupo A, da Série C, o que equivale a 23,8% de aproveitamento. No último confronto perdeu para o Sampaio Correia, no Maranhão, pelo placar de 1 x 0 e se encontra na lanterna do seu grupo.

É bem verdade que o Sport, que conta com um novo treinador, precisa de um ânimo extra para conquistar o seu 41º título Estadual da história. Considerando que no campeonato pernambucano não há gol qualificado o resultado de 1 x 1 do primeiro jogo não favorece os carcarás. Só levantará a taça quem ganhar a competição; um empate
levará a decisão para os pênaltis.

O desafio que o Sport tem para hoje é tão importante para as pretensões do time na temporada que o treinador Vanderlei Luxemburgo poupou alguns jogadores considerados titulares no compromisso com o Santos, no último jogo, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. Contra a equipe santista, o comandante leonino tirou Samuel Xavier, Osvaldo e Durval do time, escalando, respectivamente, Raul Prata, Lenis e Henríquez. Esses três últimos serão titulares, conforme divulgado pelo próprio Luxemburgo.

Na condição de rubro-negro, desde os 10 aninhos de idade, é claro que nossa opção vai pela vitória do Sport, embora, temos consciência que uma vitória do Carcará daria uma repaginada na história dos estaduais e, com certeza, nos próximos campeonatos, os três clubes considerados “grandes” passariam a ter mais respeito quando estivessem fora dos seus domínios enfrentando equipes do interior.

Seria uma forma de desmistificarmos essa versão errônea e bastante retrógrada de que time de interior é time “pequeno”. Time de interior tem suas limitações financeiras, passa por dificuldades das mais diversas, mas é time que disputa o campeonato pernambucano com chances de chegar a uma final. E por que não?

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – junho de 2017.

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É preciso celeridade nas mudanças

Mais uma vez os brasileiros se mostraram decepcionados com a decisão do TSE, que deixou de cassar a chapa Dilma/Temer, denunciada pelo PSDB por irregularidades cometidas na última campanha presidencial. Os juízes (ministros do TSE) mais pareciam uma banca de advogados defendendo o indefensável. Particularmente, pela demora com que aconteceu o julgamento, nós nunca acreditamos na condenação da chapa. Vejam que a eleição aconteceu há quase três anos, a presidente Dilma sofreu o impeachment e só agora o TSE veio se posicionar. Mas muitos brasileiros torciam pela condenação. Havia sim um fio de esperança de que a Suprema Corte fosse imparcial cassando o mandato dos eleitos. E de nada adianta ficarmos atirando pedras em ministro A ou B. Os debates acalorados entre eles deixaram bem claro que a decisão foi totalmente política.

A propósito, muito se tem debatido sobre uma reforma constitucional que provoque mudança radical no modelo de Estado que foi originariamente concebido pelo Texto Magno de 1988. Com efeito, a nomeação e a livre escolha de pessoas pelo presidente da República para ocupar cargos de ministros junto aos nossos tribunais superiores (STF, STJ, TSE, TST), regionais federais, procurador geral da república, advogado público e os de ministros do Tribunal de Contas da União, precisam urgentemente ser revistos pelos nossos constituintes. Além disso, a indicação e nomeação de desembargadores para os Tribunais de Justiça, do Procurador Geral de Justiça, do seu Defensor Geral Público e dos membros dos Tribunais de Contas Estaduais, pelos governadores de Estado, também devem ser objeto de reformulação constitucional.

Como já ocorre com os juízes federais e estaduais de 1º grau, que ingressam através de concurso público, os critérios do merecimento e da antiguidade para a promoção de magistrados, que hoje predominam em nossas Cortes de Justiça, continuam sendo o modelo mais justo e equitativo, desde que a promoção seja reconhecida por métodos objetivos e que não deixem margem para o apadrinhamento político, em detrimento daqueles que efetivamente fazem jus à ascensão.

Haveremos de concordar que não é mais recomendável que o presidente da República – embora com base em uma lista tríplice – escolha o Procurador Geral da República, se é o PGR quem tem, com exclusividade, poderes especiais para promover investigações criminais e ações penais contra o chefe do Executivo Federal. Da mesma forma, já não é aceitável que desembargadores, procurador geral da justiça, defensor geral público e membros dos Tribunais de Contas Estaduais sejam escolhidos pelos governadores, porque a seleção deve ser de livre iniciativa dos seus membros.

Uma reforma do estado, outrossim, jamais poderá prescindir de transformar o Supremo Tribunal Federal em uma Corte Constitucional, com a competência exclusiva para decidir em ações diretas de inconstitucionalidade, definitivamente deixando para outros Tribunais Federais a missão de julgar matérias que não tenham conflitos com a Constituição.

De todo modo é melhor aguardarmos sentados por essas mudanças e enquanto elas não chegam vamos assistindo, embora a contra gosto, os mesmos filmes que as telas dos Tribunais Superiores têm para nos oferecer.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – PE – junho de 2017.