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ESPAÇO DA POESIA
Depois das festas passadas,
A badalação termina,
Em meio a grande faxina,
Vê-se inocências largadas,
As fantasias rasgadas,
Honras jogadas no chão,
Onde a prostituição,
Fez carnaval à vontade,
RESTAM CINZAS DE SAUDADE,
NA ALMA DO FOLIÃO.
Os caretas retiraram,
Seus macacões enfeitados,
Palcos foram desarmados
Tambores silenciaram,
Só as lembranças ficaram,
Para uns e outros não,
E o som da badalação,
Nos ouvidos da cidade,
RESTAM CINZAS DE SAUDADE,
NA ALMA DO FOLIÃO.
Diomedes Mariano.
ESPAÇO DA POESIA
Sinto profunda saudade,
Dos carnavais que haviam,
Que todos se divertiam,
Sem nenhuma intimidade,
Onde a maior novidade,
Era a bandinha na frente,
O talco era ingrediente,
A maizena e outros mais,
JÁ NÃO SE VÊ CARNAVAIS,
COMO OS DE ANTIGAMENTE.
Festa de “momo” era aquela,
Das que no passado tinha,
De alauça e burrinha,
Frevo e muito mela-mela,
A marcha era a música bela,
Que contagiava a gente,
Hoje o ritmo é diferente,
As músicas são imorais,
JÁ NÃO SE VÊ CARNAVAIS,
COMO OS DE ANTIGAMENTE.
O modismo desumano,
Matou a música raiz,
Hoje é Gabriel Diniz,
Foi Caludionor Germano,
O frevo Pernambucano,
Que antes foi tão frequente,
Soa esporadicamente,
No sopro de alguns metais,
JÁ NÃO SE VÊ CARNAVAIS,
COMO OS DE ANTIGAMENTE.
DIOMEDES MARIANO.
ESPAÇO DA POESIA
Apaguei o seu nome da flanela,
Que eu usava no bojo da viola,
Já rasguei os cadernos da escola,
Que continham mensagens vindas dela,
Nunca mais vou beber pensando nela,
Nem ouvir música brega apaixonado,
Quando o sol do amor nasce nublado,
Antecipa o horário de se por,
LENÇO MEU NÃO VAI MAIS MUDAR DE COR,
ENXUGANDO ILUSÃO SEM RESULTADO.
Hoje graças a Deus estou em paz,
Respirando o amor na própria pele,
Demorei mas achei Emanuelle,
Diferente bastante das demais,
Minhas noites vazias não são mais,
Quando eu sinto um problema ela alivia,
Deus lhe fez sem fazer segunda via,
Seu cartão de mulher não foi clonado,
OBRIGADO MEU DEUS, POR TER ME DADO,
O PRESENTE DE AMOR QUE EU MERECIA.
Diomedes Mariano.
Papai Noel quando vinha,
Olhou pra minha janela,
Ao perceber que era a minha,
Virou as costas pra ela.
Zé Moura.
ESPAÇO DA POESIA
O poeta Zé Adalberto de Itapetim, ao visitar uma irmã que estava na UTI e que veio a falecer posteriormente, após a visita, mesmo diante da situação desfavorável em que se encontrava, ainda encontrou inspiração para fazer esta obra de soneto, o qual intitulou de:”ÚLTIMA ESPERANÇA”.
ESPAÇO DA POESIA
Meu pai que tudo me deu,
Me educou, botou na linha,
Sua vida fez a minha,
Meu corpo é parte do seu,
Seu sobrenome é o meu,
Eu sou sua imitação,
Lhe copio em cada ação,
Imito até seu andar,
MEU PAI TEM SEMPRE UM LUGAR,
DENTRO DO MEU CORAÇÃO.
Raimundo Caetano.
Ao entrar na escuridão,
Peço que Deus me proteja,
Embora que a noite esteja,
Preta da cor de carvão,
Sigo qualquer direção,
Por vereda ou por estrada,
Se houver uma emboscada,
A mão de Deus me desvia,
QUEM AMA A VIRGEM MARIA,
ANDA SEM TEMER A NADA.
José Soares.
É certo que aqui choveu,
Mas, uma chuva esquisita,
Que nos fez uma visita,
Logo desapareceu,
Se alguém plantou não colheu,
A resposta da semente,
Quem nos deu este presente,
Arrependeu-se e tomou,
A CHUVA VEIO E VOLTOU,
JÁ FAZ FALTA NOVAMENTE.
ESPAÇO DA POESIA
Passa a vida em tremendas correrias!
Como corsas selvagens assustadas,
Pela noite eterna que enluta os dias,
As imagens dos sonhos são levadas.
Quais centelhas solares, fugidias.
Do negrume que envolve as invernadas,
As plumagens das falsas fantasias,
São por mãos abstratas desviadas.
Desce o pranto nos poros enrugados,
E assiste nos lábios descorados,
Os enterros dos anos falecidos.
E o tempo, em sarcásticas gargalhadas,
Põe flores, com pétalas estragadas,
Entre as mãos magricelas dos vencidos.
Diniz Vitorino.
ESPAÇO DA POESIA
Há muitos Cristos sofrendo e morrendo,
No sub mundo da periferia,
Pois é no berço deste caos horrendo,
Que nascem Cristos todo santo dia.
Nascem com a sina de viver sofrendo,
São condenados pela covardia,
Do desgoverno que está se esquecendo,
De cem por cento do que prometia.
Os viadutos e os mucambos mil,
Que são a cara e a dor do Brasil,
Lembram presépios em putrefação.
Mas eu só posso dar um basta nisto,
Se houver espaço pra o natal de Cristo,
Na manjedoura do meu coração.
Dedé Monteiro.
ESPAÇO DA POESIA
Inimigos do belo, vis covardes,
Arquitetos do templo da desgraça,
Qual o mal que vos fiz, pra desejardes,
Que meu estro poético se desfaça?
Ídolos maus, calai vossos alardes!
E se nada fazeis, deixeis que eu faça,
Mil cátedras de luz pra meditardes,
Num altar virginal de amor e graça.
E se nunca entendeis meus dialetos,
Pois, fazei vossos cultos indiscretos,
Que vos juro por Deus não criticá-los.
Mas, sabei, deuses falsos deprimidos,
Que os príncipes jamais serão vencidos,
Pelo bruto recalque dos vassalos.
Diniz Vitorino.
ESPAÇO DA POESIA
Sonhos loiros, paisagens sedutoras?
Com Nereidas cantando em procissões,
Vaidosas soltando as tranças loiras,
Nos espelhos do mar das ilusões.
Construindo correntes geradoras,
De reflexos doirados de emoções,
Inundado de musas sonhadoras,
A alvorada que encanta os corações.
São efêmeras visões fantasiadas,
Que iludem nas depois são transformadas,
Em fantoches dum mundo diferente.
Que, por mais que pra os seres se disponham,
Trazem sonhos doirados, mas não sonham,
Pra não serem traídos como gente.
ESPAÇO DE POESIA
Cadê aquele Brasil
De justiça e igualdade?
Saúde de qualidade,
A educação a mil,
Do militar com o civil,
Buscando o mesmo entender,
Nós só conseguimos ver,
Os deslises mais tristonhos,
O BRASIL DOS NOSSOS SONHOS,
TÁ LONGE DE ACONTECER.
Os escândalos vão à tona,
Com muita gente envolvida,
A presidente perdida,
Não mais se direciona,
Virou à pátria uma zona,
Pergunto, e como vai ser?
Falta alguém pra responder,
Questionários medonhos,
O BRASIL DOS NOSSOS SONHOS,
TÁ LONGE DE ACONTECER.
Diomedes Mariano.