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ESPAÇO DA POESIA
Opulento examine a consciência,
Corrompida por sonhos de poder,
Que um ajuste de contas irás ter,
Com as vítimas da tua prepotência,
Ao deixar o portão da residência,
Na parada do carro, nos sinais,
Haverá um pivete, dois ou mais,
Pra roubar o que deles foi roubado,
A GANÂNCIA DOS RICOS TEM GERADO,
BATALHÃO DE FUTUROS MARGINAIS.
Criminoso medite, pare e olhe,
Não se envolva com festas, shows e misse,
E acolha ao menor que Jesus disse,
Quem acolhe ao menor a mim acolhe,
Dê coberta pra que ele não se molhe,
Ao dormir nas sarjetas dos quintais,
Se desfaça dos bens materiais,
Cruze as portas do céu menos pesado,
A GANÂNCIA DOS RICOS TEM GERADO,
BATALHÃO DE FUTUROS MARGINAIS.
Zé Luiz.
ESPAÇO DA POESIA
A miséria me corteja,
Nos duros transes da sorte,
Parece que a própria morte,
A minha porta fareja,
O beija-flor que me beija,
Não traz mensagem feliz,
A virtude não me quis,
É surda a porta que eu bato,
RESPONDE DESTINO INGRATO,
QUAL FOI O MAL QUE EU TE FIZ?
Teodoro Nunes.
Quando falta a companheira,
Na vida de um passarinho,
Ele escolhe o pau mais alto,
Para construir seu ninho,
Devido ser menos triste,
Para quem vive sozinho.
Manoel Filó.
Cabaré triste recanto,
Onde ha festa todo dia,
Sob uma falsa alegria,
Num misto de riso e pranto,
Onde tudo é por enquanto,
Que nem preço de leilão,
Aonde o bom coração,
De pernoitar ter receio,
CABARÉ CORTIÇO CHEIO,
DE ABELHAS DA PERDIÇÃO.
Gregório Filó.
ESPAÇO DA POESIA
Meu caro Brasil, teu hino cadê?
Por que tuas leis findaram rasgadas?
Melhor ver a câmara de portas fechadas,
Que vê-las abertas matando você.
Por que é que vendem tanto dossiê?
Por que é que compram tanta consciência?
Cadê o teu grito de independência?
Responde Brasil, acorda e me diz,
Como é que um réu tem sido o juiz,
De um processo imundo de falsa aparência?
Eu estou falando de Eduardo Cunha,
Um falso guerreiro que rouba também,
Desse povo pobre que nem terra tem,
A não ser aquela debaixo da unha,
Aceita Brasil comprar testemunha,
Que é fácil julgar processos comprados,
Apaga a história dos heróis honrados,
Permite esse circo, elenca o teatro,
Mas não te esqueças, em sessenta e quatro,
Foi do mesmo jeito com os homens fardados.
Arranha os CDs de Elis Regina,
E vamos viver “como os nossos pais”,
“Apesar de você” Chico não faz mais,
Ao próprio perdão você abomina,
Não lembre de quem foi morto em chacina,
Brigando por ti em dias medonhos,
Os teus grandes homens devem estar tristonhos,
Porque estão vendo que nada valeram
Ontem foram homens que por ti morreram,
Hoje é esperança e amanhã são sonhos.
Dudú Morais.
Poeta e Advogado.
ESPAÇO DA POESIA
Ao entrar na escuridão,
Peço que Deus me proteja,
Embora que a noite seja,
Preta da cor de carvão,
Sigo qualquer direção,
Por vereda ou por estrada,
Se houver uma emboscada,
A mão de Deus me desvia,
Quem ama a Virgem Maria,
Não sente medo de nada.
José Soares.
Admiro o punaré,
Um rato do meu sertão,
Entrar num roçado alheio,
Fazendo vez de ladrão,
Sentado em cima do rabo,
Descaroçando algodão.
Admiro um barata,
Saber voar e correr,
Entrar na lata de açucar,
Bater baião e comer,
O que come é muito pouco,
Mas bota o resto a perder.
João Furiba.
ESPAÇO DA POESIA
No País dos sonhos de qualquer cristão,
A saúde é vista com prioridade,
Salários são pagos com dignidade,
A quem com suor tempera o seu pão,
Todos têm direito à educação,
Um transporte digno, casa pra morar,
Quem quer um mandato não tem que comprar,
Ninguém pega emprego soltando propina,
Nem vê a nação tombando em ruína,
NOS DEZ DE GALOPE DA BEIRA DO MAR.
No pais que mata a honestidade,
A justiça borra todos os papéis,
Um salário mínimo dividem pra dez,
Mandatos políticos se compram à vontade,
Reina a violência, e a impunidade,
A educação não tem como andar,
Até mesmo a mídia deixa se comprar,
Como um objeto, um bem ou um troço,
Esse pais tem a cara do nosso,
NOS DEZ DE GALOPE DA BEIRA DO MAR.
Diomedes Mariano.
ESPAÇO DO POESIA
Diante o que quero, eu só me proponho,
Não dormir no ponto, não ficar calado…
Se passei a vida cultivando um sonho,
Sonho que ele possa ser realizado.
Quando digo sim, ou quando me oponho,
É porque não posso ser modificado,
– perder a postura, papel que disponho,
Por que fazer isso, me mudar de lado?
Não baixo a cabeça, não fico no muro!
Ao contrário, falo, luto e jogo duro,
Nem que a luta venha ser à ferro e fogo.
Não abro da briga pelo meu direito…
Mesmo que a vitória pareça sem jeito…
Eu procuro um jeito de virar o jogo.
Ismael Pereira.
ESPAÇO DA POESIA
Pelo mérito, ou culpa abominável!
A virtude dos homens se distingue.
A nobreza de Buda é venerável.
Muito mais que a bravura dum Vikingue.
Pela lei da vingança intolerável,
O brutal barbarismo não se extingue.
Quem trucida, não tem a vida estável,
Sempre encontra um carrasco que se vingue.
O socêsco do louco ceifador,
É do mesmo quilate do pavor,
Que ele tem de morrer assassinado.
A sentença implacável pelo crime,
Por mais longa que seja, não redime,
O remorso letal do condenado.
Diniz Vitorino.
ESPAÇO DA POESIA
É hoje o Brasil, um lar de desgraça,
Cinema de farsas, teatro de embustes,
Porão de famintos, vassalo de trustes,
Cassino de jogos fedendo a trapassa,
Que os jornais enganam, que a mídia não passa,
De um laboratório de alienar,
Tornou-se o congresso um trono vulgar,
De olhos que não vêem, de almas que não sentem,
De corpos que luxam, de bocas que mentem,
NOS DEZ DE GALOPE DA BEIRA DO MAR.
Brasil hoje em dia seus cidadãos sentem,
Juros extorsivos, pesados impostos,
De mentiras claras, de escândalos expostos,
Que os grupos não cobrem por muito que tentem,
Que seus governantes calados consentem,
Que Dráculas de fora venham lhe sugar,
De uma dívida externa quase secular,
Que é paga com notas que são carimbadas,
Na tinta do sangue das mãos exploradas,
NOS DEZ DE GALOPE DA BEIRA DO MAR.
Poeta Zé Luiz.
ESPAÇO DA POESIA
No país que a gente mora,
Diariamente se vê,
Reportagens na tv,
De escândalo a toda hora,
Remédio jogado fora,
Gatunos sem punição,
Num faz de conta do cão,
Que não surte resultado,
O BRASIL VIVE ATOLADO,
NO MAR DA CORRUPÇÃO.
A inflação a gastar,
Toda nossa economia,
O mau político se cria,
Em tudo quanto é lugar,
Um que entra pra roubar,
Um que fica no portão,
Doido pra passar a mão,
Quando o poder lhe for dado,
O BRASIL VIVE ATOLADO,
NO MAR DA CORRUPÇÃO.
Brasil, mostra a tua cara
Dizes do que és capaz,
Porque teu câncer político,
Não sabe o mal que te faz,
E a cara suja dos crápulas,
Não há quem queira ver mais.
Diomedes Mariano.
ESPAÇO DA POESIA
Comparo Jesus comigo,
Um tangerino sofrido,
Que no tropel da boiada,
Veste um gibão descosido,
Pra voltar caçando os rastros,
De um boi que ficou perdido.
Atá o meu coração,
De uns tempos pra cá ficou,
Como umbigo de um borrego,
Que um carcará beliscou,
Mas a mãe cheirou lambendo,
Com poucos dias sarou.
Terei um lugar no céu,
Como recompensação,
Que alguém cuspiu no meu rosto,
Mas eu por humilhação,
Me ajoelhei nos seus pés,
Beijei-lhe a palma da mão.
Sebastião Dias.