Ao entrar na escuridão,
Peço que Deus me proteja,
Embora que a noite seja,
Preta da cor de carvão,
Sigo qualquer direção,
Por vereda ou por estrada,
Se houver uma emboscada,
A mão de Deus me desvia,
Quem ama a Virgem Maria,
Não sente medo de nada.
José Soares.
Admiro o punaré,
Um rato do meu sertão,
Entrar num roçado alheio,
Fazendo vez de ladrão,
Sentado em cima do rabo,
Descaroçando algodão.
Admiro um barata,
Saber voar e correr,
Entrar na lata de açucar,
Bater baião e comer,
O que come é muito pouco,
Mas bota o resto a perder.
João Furiba.