Inimigos do belo, vis covardes,
Arquitetos do templo da desgraça,
Qual o mal que vos fiz, pra desejardes,
Que meu estro poético se desfaça?
Ídolos maus, calai vossos alardes!
E se nada fazeis, deixeis que eu faça,
Mil cátedras de luz pra meditardes,
Num altar virginal de amor e graça.
E se nunca entendeis meus dialetos,
Pois, fazei vossos cultos indiscretos,
Que vos juro por Deus não criticá-los.
Mas, sabei, deuses falsos deprimidos,
Que os príncipes jamais serão vencidos,
Pelo bruto recalque dos vassalos.
Diniz Vitorino.