Passa a vida em tremendas correrias!
Como corsas selvagens assustadas,
Pela noite eterna que enluta os dias,
As imagens dos sonhos são levadas.
Quais centelhas solares, fugidias.
Do negrume que envolve as invernadas,
As plumagens das falsas fantasias,
São por mãos abstratas desviadas.
Desce o pranto nos poros enrugados,
E assiste nos lábios descorados,
Os enterros dos anos falecidos.
E o tempo, em sarcásticas gargalhadas,
Põe flores, com pétalas estragadas,
Entre as mãos magricelas dos vencidos.
Diniz Vitorino.