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ESPAÇO DA POESIA

dioSinto profunda saudade,
Dos carnavais que haviam,
Que todos se divertiam,
Sem nenhuma intimidade,
Onde a maior novidade,
Era a bandinha na frente,
O talco era ingrediente,
A maizena e outros mais,
JÁ NÃO SE VÊ CARNAVAIS,
COMO OS DE ANTIGAMENTE.

Festa de “momo” era aquela,
Das que no passado tinha,
De alauça e burrinha,
Frevo e muito mela-mela,
A marcha era a música bela,
Que contagiava a gente,
Hoje o ritmo é diferente,
As músicas são imorais,
JÁ NÃO SE VÊ CARNAVAIS,
COMO OS DE ANTIGAMENTE.

O modismo desumano,
Matou a música raiz,
Hoje é Gabriel Diniz,
Foi Caludionor Germano,
O frevo Pernambucano,
Que antes foi tão frequente,
Soa esporadicamente,
No sopro de alguns metais,
JÁ NÃO SE VÊ CARNAVAIS,
COMO OS DE ANTIGAMENTE.

DIOMEDES MARIANO.


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