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Crônica de Ademar Rafael
LUIZ TADEU DE MORAIS PESSOA
Derivada das apartações, cuja origem advém da época em que nossas áreas de criação de gado tinham poucas divisas, a vaquejada é uma das manifestações folclóricas mais importantes do nordeste.
O Quinteto Violado imortalizou a vaquejada de Surubim e em conjunto com Luiz Gonzaga eternizaram a Missa do Vaqueiro, na Fazenda Cedro, em Serrita, criada em homenagem a Raimundo Jacó que fora assassinado nas caatingas do Sítio Lages.
Tadeu Cordeiro foi um dos atores principais neste esporte centenário, fez parte de uma elite de vaqueiros que para não ficarem entre os primeiros colocados seria necessário um acidente com suas montarias, tirá-lo da premiação de um certame de outra forma era ficção.
Tinha uma capacidade extrema para colocar “o boi na faixa” e promover para o público o espetáculo de ver o “mocotó passar”, ou seja, o animal ficar de pernas para o ar. Trazido para o mundo do futebol uma puxada de boi, Tadeu Cordeiro tinha a precisão de uma cobrança de falta de Rivelino, um lançamento de Gerson ou uma finalização de Romário.
Nos anos 80 tive oportunidades várias de assistir suas exibições. Lembro-me especialmente de uma em Tavares quando Zé de Glória, organizador da festa, teve que praticamente “fabricar” bois para desempatar uma disputa entre Tadeuzão e outro vaqueiro de alto nível. O público das arquibancadas vibrava em cada rodada.
Ser esteira de Tadeu Cordeiro era a garantia que sair na foto dos campeões, mas, com a certeza que seria coadjuvante. Foi assim com todos, até Jailson Cordeiro seu irmão e grande vaqueiro.
(*) – Adaptação de crônica publicada originalmente no site www.afgadosdaingazeir.com.br, como Pessoas do
meu sertão XXIII.
Crônica de Ademar Rafael
Por: Ademar Rafael
TRANSBRAZ 50 ANOS
Numa economia onde empresas encerram suas atividades em curto espaço de tempo quanto vemos uma organização comemorar 50 de atividades com o vigor de um atleta de alto nível temos que mergulhar em suas práticas e com elas aprendermos e transformá-las em um modelo a ser seguido.
Este é o caso da TRANSBRAZ, empresa sediada em São José do Egito – PE, criada a partir do sonho do jovem Antônio Braz Filho “Toinho Braz”. Tudo teve início em abril de 1970 com o transporte de passageiros entre o povoado de Grossos e a sede do município de São José do Egito. Logo o trajeto Tuparetama/São José do Egito foi absorvido e não parou mais.
A tenacidade do fundador, sua imensa capacidade empreendedora e o sonho em proporcionar transporte seguro, dentro dos horários e com um atendimento compatível que o que o comandante Rolim prestava na TAM foram os pilares que deram sustentação ao projeto. Toinho Braz era a cara da TRANSBRAZ e a TRANSBRAZ era a lógica do seu fundador. Os registros e as anotações encontradas pela família em documentos antigos comprovam que Toinho Braz, mesmo com todos os encargos que se propôs assumir, tinha preocupação com controle total das operações, registros de conquistas e cumprimento pleno dos compromissos.
O crescimento veio e muitas dificuldades foram superadas. Em 2013, vítima de um acidente no interior da Bahia o empresário nos deixou. De uma hora para outra a empresa passa para mãos dos herdeiros. Entra em cena o jovem Aureo Braz, filho do fundador que teve seu cordão umbilical amarrado na história da TRANSBRAZ.
Mesmo com os obstáculos naturais de uma empresa familiar o jovem imprimiu seu ritmo. Preservou os valores iniciais, ouviu, contratou consultores e renovou todos os dias. Renovação das práticas gerenciais, da frota e da estrutura negocial. Praticas que credenciam a empresa a ser utilizada por agremiações esportivas regionais, órgãos públicos e empresas. Hoje, como o pai que durante o dia conduzia passageiros nas linhas que assumiu e a noite transportava estudantes para faculdades da região, Aureo dedica toda sua energia para o Grupo TRANSBRAZ.
O leque de serviços prestados é cuidadosamente medido e ampliado, a performance da BRAZTUR é um dos exemplos. Nos dias atuais é comum vermos veículos da TRANSBRAZ cruzando o Brasil de norte a sul, de leste a oeste por meio de linhas convencionais, fretamentos, excursões e outros modelos de transporte de pessoas e encomendas. Com uma frota regularmente renovada, com prestação de serviços de alto nível e uma administração de vanguarda a TRANSBRAZ mudou o conceito de transporte no estado de Pernambuco e pode ser copiada por outras empresas do ramo. Que venha o centenário, fôlego sobra e sua resistência é compatível com a fibra do agave.
Crônica de Ademar Rafael
NEGÓCIO DA CHINA
A edição de dezembro de 2019 da revista Época Negócios é praticamente dedicada para China. Nos artigos e nas reportagens a revista busca respostas para os fatores que levam aquele país para o topo da economia mundial. Nos conteúdos apresentados e em outras fontes encontramos alguns fatores que direcionam e sustentam o sucesso do país asiático. Planejamento de longo prazo, educação, inovação e trabalho.
No tocante ao Planejamento de longo prazo o mundo tem muito para aprender com os chineses. A preocupação com este assunto faz parte do pensamento chinês e é bancado por iniciativas do governo.
A Educação no formato desenhado pelo governo da China o absorvido pela população extrapola a questão ensino x aprendizado e alcança o sentido pleno de formação.
A inovação é histórica na China, as novas tecnologias hoje disponíveis apenas facilitaram a capacidade criativa do chinês. A valorização da criatividade é uma prática milenar. Faltaria espaço para nominar os inventos da China.
E o trabalho a soma de tudo. Na China o trabalho não é somente meio de ganhar a feira como equivocadamente dizemos no Brasil. Os chineses fazem do trabalho uma das formas que conduzirão a China para o primeiro lugar da economia mundial, mesmo com o “coronavírus” e outros obstáculos que surgirão. O jeito chinês de ser incomoda as potências que se seguram no poder bélico e na exploração dos demais.
O Brasil continua com políticas de prazo zero, focadas no pensamento do governante do momento. Não planejamos, jogamos a educação no fundo de uma gaveta, não incentivamos a inovação e cultuamos a preguiça. Resultado? A China caminha para o primeiro lugar e o Brasil no sentido contrário. (Por: Ademar Rafael)
Crônica de Ademar Rafael
BARBALHA NO SAMBA
Trabalhei em Barbalha – CE de janeiro de 1982 até setembro de 1992. Durante tal período participei de muitos eventos culturais, capitaneados pela festa de Santo Antônio, com o simbolismo do “Pau da Bandeira”.
A cidade dos verdes canaviais tomou outros rumos, inseriu novas atividades econômicas e continua atraindo turistas que visitam a região sul do estado do Ceará. Romeiros de Padre Cícero, participantes das festividades do Crato e outros tiram um tempo para curtir os balneários de Barbalha. Pode ser o sofisticado Arajara Park ou o Caldas, cada um ao seu modo tem muito a ofertar.
No carnaval carioca deste ano a Barbalha será tema do samba enredo da Escola de Samba “Acadêmicos de Santa Cruz”, que desfila no Grupo de Acesso, na madrugada de 21 para 22.02.2020. De autoria de Samir Trindade,
Junior Fionda, Elson Ramires e Rildo Seixas, com interpretação de Roninho, o samba “Santa Cruz de Barbalha – Um Conto Popular no Cariri Cearense” discorrerá sobre a festa de Santo Antônio e figuras regionais.
Eis a letra do samba: “Saudade tenho do meu Cariri/Minha terra onde nasci/E deixei meu coração/O verde admirava da varanda/Era doce minha lida/O suor do meu sertão/Êh muié guerreira/Batiza o meu lugar/A bênção
a Padim Padi Ciço/Vi capitão Virgulino/Que se chamou Lampião/Maria Bunita” da saia rendada/Me ensina menina prendada/A cantar como o Rei do Baião/Oh moça solteira/Oh pau da bandeira Iaiá/Oh moça solteira/Pede ao santo padroeiro um sinhô pra ser seu par/Onde versa o trovador/Nasce a fé e alegria/No Araripe o soldadinho/Anuncia um novo dia/Nos altares eu pedi… ao pai/E na fonte agradeci… em paz/Lava a minha alma e cura minha dor/No peito a Santa Cruz do amor/Vou voltar Santo Antônio de Barbalha/Ilumine essa Batalha minha gente pede ao céu/Vou voltar Santo Antônio de Barbalha/Ceará tem paraíso em forma de cordel/Onde plantei o meu valor/Colhi meus ideais/Vai ressoar o meu tambor/A voz que ecoa dos canaviais.” Alô gente! Olha Barbalha na avenida.
Crônica de Ademar Rafael
SEVERINO PIRES DE BRITO
Biu de Zeca, a primeira vez que ouvi seu nome foi pelas ondas da Rádio Pajeú, durante o jogo em Tuparetama quando ele fraturou a perna, no início dos anos 70. Com Geraldo Agostinho fez uma versão sertaneja da dupla palmeirense Dudu e Ademir da Guia.
Após o acidente em Tuparetama voltou a jogar, contudo, perdeu a desenvoltura anterior. Fez parte do time do CEUB que trouxe de volta jogadores “esquecidos” pelo Guarani. Este time tinha a juventude de Gena, a garra de Lila Alves – autor do gol da final -, a experiência de Clóvis de Doía, a potência do chute de Abraãozinho e a dupla Geraldo e Biu de Zeca, dentre outros.
Anos depois, durante o julgamento de Vanderley Galdino em expulsão causada por de uma cotovelada em Dinamérico durante jogo pelo campeonato de futebol de salão organizado pelo Ginásio Industrial, pude observar o poder de sua lucidez em suas ponderações. Na oportunidade Biu chamava atenção para o fato de não avaliarmos o lance isoladamente e argumentava: “Vanderley não é um jogador violento, deve ter sido
provocado durante o jogo para tomar tal atitude”. Ponderava, no entanto, que caberia uma suspensão para que atos da espécie não se repetissem o que de fato aconteceu.
Foi campeão afogadense pelo Barcelona e do banco de reservas
contribuiu com opiniões válidas em cada momento. Sempre gostou de futebol bem jogado. Nos anos 80 recebi algumas vezes Biu de Zeca e sua esposa Júlia em Barbalha – Ceará. Varávamos madrugadas no Balneário do Caldas na companhia de Luiz Alves e Dona Lucinda, falando sobre futebol, política e, principalmente, sobre pessoas amigas do Pajeú. Partiu para a outra dimensão antes do amigo Luiz Alves e consigo levou a
capacidade conciliatória que o mundo atual precisa tanto.
(*) – Publicado originalmente no site www.afgadosdaingazeir.com.br, como Pessoas do meu sertão XXII.
Crônica de Ademar Rafael
Por:Ademar Rafael
APRENDER NA LUTA
Do clássico “As mil e uma noites”, na versão de Antoine Galland, retirei o trecho a seguir para dar rumo ao tema desta crônica: “É bom que os príncipes tenham de enfrentar desgraças; a adversidade lhes purifica as virtudes e eles aprendem o governar melhor”.
O que foi escrito no fantástico livro serve como uma luva para o momento atual quando o quesito é comportamento humano. Nesta época de “comodidades” poucos topam enfrentar adversidades e muitos preferem caminhar no mar das facilidades que normalmente levam o lugar nenhum.
Meu pai, em tom de brincadeira, sempre falava: “De puder fique sentado em vez de ficar de pé e fique deitado em vez de ficar sentado.” Desconheço a origem dessa frase e reconheço que ela tem perfeita aderência com o pensamento atual.
Em nossos dias os alunos não copiam mais enunciados que os professores colocam nos quadros, batem fotos. Para esmagadora maioria escrever um texto de cinco linhas é uma tortura. Os textos das redes sociais são substituídos por imagens de tudo. São aplausos, sinais de positivo ou negativo, “carinhas” ou outros sinais.
Nas empresas os fluxogramas das rotinas de serviços e os manuais são substituídos por mensagens de aparelhos móveis em linguagem tão diversificada que a sistematização e a uniformidade de procedimentos saem de cena. Simplificar processos é diferente de banalizar, menor esforço não é o mesmo que abandonar rotinas. Neste ponto estamos falhando muito e os serviços prestados estão perdendo a eficácia em nome de uma “praticidade” prejudicial para empresas e usuários.
Não é salutar fugir dos obstáculos, precisamos assumir nossos papéis e,com denodo, superar as dificuldades para criar musculatura e massa crítica para enfrentarmos um mundo cada vez mais competitivo.
Crônica de Ademar Rafael
JORNALISMO IDEAL
Os jornalistas William Corrêa e Ricardo Taira que atuaram juntos na TV Cultura escreveram os livro “Jornalismo ainda é cultura”, publicação que deveria ser leitura obrigatória e diária para todos que atuam nos diversos
meios de comunicação de massa.
O livro aborda de forma exemplar como deve ser o comportamento da imprensa diante de fatos relevantes com impacto na vida das pessoas, sugerem imparcialidade e profissionalismo, defendem que o contraditório é salutar e que a diversidade de idéias contribui para o amplo debate.
Quem assiste o Jornal da Cultura nota que o formato em que as notícias são comentadas por convidados que formam a bancada com os apresentadores ou apresentadoras. Nos assuntos em que os comentaristas discordam os espectadores podem escolher a versão que seu juízo de valor mais se aproxima.
A obra não poupa críticas às pautas sensacionalistas, as notícias revestidas de interesses financeiros e o noticiário “chapa branca” que tanto agradam aos governantes de plantão. O patrulhamento também é criticado. A publicação é uma aula sobre o jornalismo ideal.
Sobre a interferência do poder nas publicações os autores citam o caso do primeiro jornal da história, a “Acta Diurna”, criado pelo imperador romano Júlio César em 59 a.C. Em referido jornal, segundo a versão apresentada, o General publicava suas grandes conquistas, a expansão do Império Romano e as notícias que fortaleciam sua imagem. Nele não havia registros das derrotas e nem dos escândalos que envolviam o Imperador ou deus aliados.
Portanto, a prática de governantes interferirem e ditarem as pautas de grandes veículos de comunicação não é fato novo. O jornalismo ideal é possível? Seguindo orientações do livro, talvez. Não seguindo, jamais.
Crônica de Ademar Rafael
DANIZETE DE SIQUEIRA LIMA*
O menino Danizete deixou sal casa no Sítio Barra de Solidão para vir trabalhar com o tio Aniceto, no Bazar das Miudezas. Morou com os avôs maternos Seu Elias e Dona Maria que, segundo Jurandir de Helvécio, colocou-lhe o apelido Perninha de Abelha. Detentor de uma memória extraordinária e de uma inteligência matemática acima das melhores médias era capaz de citar à distância o local das mercadorias dentro da loja.
Como seu primo, Dimas, dorme com facilidade, muitas vezes foi acordado em Vitória de Santo Antão, quando o destino era Caruaru para fazer compras. Quando residia no Recife, no final dos anos 70, foi acordado
algumas vezes na garagem dos ônibus por passar pelo ponto final, sonhando com o Pajeú.
Através de Danizete conheci os amigos Tota Flor, Saulo Gomes, Carrinho de Lica, Arnaldo de Luiz Ernesto e tantos outros. Coube-me a difícil missão de substituí-lo no Bazar das Miudezas. Apesar da paciência de Aniceto comigo não foi fácil. Ele trabalhou no escritório de João Mariano, na fábrica de doce, deu aulas, oportunidade em que conheceu a menina Betânia, filha do estimado Silvino Teles e de dona Sônia Quidute e mãe dos seus filhos Patrícia e Darlan.
Reencontramo-nos no Banco do Brasil no início dos anos 80. Intensificamos a convivência, inclusive nas farras. Foi o parceiro predileto para os “rodetes” da irresponsabilidade que consistia em após uma noite de “cana brava” sairmos de Afogados por volta de cinco horas da manhã para tomarmos “outras” no Hotel de Dolores em Jabitacá, na Barraca de Jaime e no Elite Bar em São José do Egito, no Bar de Adalberto em Tabira e encerrar as atividades em torno de meia noite em Afogados.
Fizemos juntos périplos mais arriscados, nas mesmas condições etílicas. Dentre os quais podem ser destacadas as viagens para Tavares na Paraíba, indo pela Quixaba e voltando por Princesa Isabel e para Juazeiro do Norte. Graças a Deus e seu famoso sono não bateu em nenhuma dessas viagens.
É contador de “estórias” e recitador de alto nível. Estar com Danizete é ter a certeza de boas risadas e muitos versos de Pinto, de Lourival, de Ivanildo, de Geraldo, de Dedé Monteiro e de Diomedes Mariano, seu irmão. Tem cabedal suficiente para escrever vários livros sobre nossa região, não o fez ainda por comodidade.
Doido pelo sertão, disse-me durante um almoço Povoado Brejinho de Tabira, na data em que foi publicada a aprovação do seu filho Darlan no vestibular: “Morro de saudade disto aqui, Recife é bom para passeio.”.
(*) – Publicado originalmente no site www.afgadosdaingazeir.com.br, como Pessoas do meu sertão XXI.
Crônica de Ademar Rafael
NO ALTO DO HORTO
Existem obras que imortalizam seus construtores, a Estátua de Padre Cícero Romão em Juazeiro do Norte é uma delas. Mauro Sampaio, prefeito que entregou aos romeiros a magnífica obra, será sempre lembrado por tal feito.
Na condição de devoto o nosso também imortal Luiz Gonzaga ao compor “Viva meu Padim” escreveu: “Olha lá no alto do horto/ele ta vivo padre não ta morto/Olha lá no alto do horto/ele ta vivo padre não ta morto”. É desta forma que os romeiros enxergam Padre Cícero.
O monumento foi pensado originalmente com um pouco menos de 10 metros e posteriormente pelas mãos do engenheiro Rômulo Ayres Montenegro, que contou com ajuda do corretor de imóveis Jaime Magalhães, chegou aos 27 metros. A inauguração ocorreu no dia 01.11.1969 e tornou-se o principal ponto turístico de Juazeiro do Norte.
A festa de 50 anos da Estátua foi comemorada com a presença dos romeiros e de autoridades que anunciaram a construção de um teleférico que unirá o Estacionamento dos Romeiros à Colina. Dele o turista viria o belo cenário que é o Vale do Cariri, com as cidades de Barbalha e Crato ao sul e oeste, respectivamente.
A melhor noticia veio do Vaticano com o atendimento do pedido de perdão feito em 2006 pelo bispo Dom Fernando Panico. Com a sonhada reconciliação os processos de beatificação e santificação perdem os fatores impeditivos e pode avançar.
O romeiro que cumpre todo ritual vai à Colina do Horto, ao Memorial Padre Cícero, a Igreja do Socorro e assiste a missa dos “chapeuzinhos” na Igreja de Nossa Senhora das Dores. Para eles o Padre Cícero já é Santo. Cabe ao Papa decidir na hora que cada processo, com as comprovações, chegar ao seu domínio.
Crônica de Ademar Rafael
BLOG DO FINFA – MOMENTOS
Em maio do corrente ano fui procurado pelo titular deste blog para fazer um texto e ser inserido no livro alusivo aos sete anos das atividades do blogueiro. Na oportunidade ao ver o projeto da publicação acertamos que este cronista faria a apresentação e o renomado escritor afogadense Milton Oliveira faria o prefácio.
Elaboramos um texto compatível com a proposta e ao vermos o livro publicado detectamos, mais uma vez, a capacidade do blogueiro em criar. A publicação não pode ser reduzida a uma homenagem aos sete anos do
“Blog do Finfa”, precisa ser vista um legado para futuras gerações e uma fonte de consulta para quem pretende fazer algo grandioso.
Se fizermos uma analogia do livro com um fausto almoço podemos assim definir o projeto: A entrada seria um mix do prefácio, da introdução, e do texto do autor; os aperitivos seriam as manifestações dos leitores, oriundos de diversas origens políticas, econômicas e sociais; o prato principal os registros fotográficos e a sobremesa o que escreveu o e do poeta Diomedes Mariano.
Nos meio jornalístico sempre foram valorizados os profissionais criadores de inspirados títulos e manchetes. Assim foi, é e será. Pela chamada é que os leitores mergulham nos conteúdos. Neste quesito Finfa também trilhou com desenvoltura. O titulo do livro “Blog do Finfa MOMENTOS”, guarda perfeita com o ideia da publicação e está alinhada com versões disponíveis na rede mundial de computadores sobre o significado de momentos que afirma ser: “Espaço pequeníssimo (mas indeterminado) de tempo; curta duração; lance e ocasião oportuna.”
Aposto todas as fichas que o livro não tem vencimento, seu prazo é indeterminado e que sua publicação foi oportuna e que as fotografias nele inseridas ocasiões e serem comentadas e lembradas pelos adeptos da
informação clara e de fatos reais, num mundo dúbio e virtual.