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Crônica de Ademar Rafael

NO ALTO DO HORTO

Existem obras que imortalizam seus construtores, a Estátua de Padre Cícero Romão em Juazeiro do Norte é uma delas. Mauro Sampaio, prefeito que entregou aos romeiros a magnífica obra, será sempre lembrado por tal feito.

Na condição de devoto o nosso também imortal Luiz Gonzaga ao compor “Viva meu Padim” escreveu: “Olha lá no alto do horto/ele ta vivo padre não ta morto/Olha lá no alto do horto/ele ta vivo padre não ta morto”. É desta forma que os romeiros enxergam Padre Cícero.

O monumento foi pensado originalmente com um pouco menos de 10 metros e posteriormente pelas mãos do engenheiro Rômulo Ayres Montenegro, que contou com ajuda do corretor de imóveis Jaime Magalhães, chegou aos 27 metros. A inauguração ocorreu no dia 01.11.1969 e tornou-se o principal ponto turístico de Juazeiro do Norte.

A festa de 50 anos da Estátua foi comemorada com a presença dos romeiros e de autoridades que anunciaram a construção de um teleférico que unirá o Estacionamento dos Romeiros à Colina. Dele o turista viria o belo cenário que é o Vale do Cariri, com as cidades de Barbalha e Crato ao sul e oeste, respectivamente.

A melhor noticia veio do Vaticano com o atendimento do pedido de perdão feito em 2006 pelo bispo Dom Fernando Panico. Com a sonhada reconciliação os processos de beatificação e santificação perdem os fatores impeditivos e pode avançar.

O romeiro que cumpre todo ritual vai à Colina do Horto, ao Memorial Padre Cícero, a Igreja do Socorro e assiste a missa dos “chapeuzinhos” na Igreja de Nossa Senhora das Dores. Para eles o Padre Cícero já é Santo. Cabe ao Papa decidir na hora que cada processo, com as comprovações, chegar ao seu domínio.


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