Os novos secretários de Paulo Câmara não vão esperar nem a posse para começarem a trabalhar. Neste sábado (20), encontram-se cedo, às 8h, para a primeira reunião com o chefe no escritório de transição, que fica no edifício Graham Bell. O governador eleito vai explicar como quer trabalhar e o que espera de cada um dos novos auxiliares.
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A ex-primeira-dama de Pernambuco Renata Campos entregou o diploma de governador de Pernambuco ao ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara (PSB), afilhado político de seu ex-marido e ex-governador Eduardo Campos. Discreta, Renata não quis conversar com a imprensa ao entrar no Teatro dos Guararapes para a cerimônia de diplomação do socialista realizada na tarde desta sexta-feira (19).
O socialista afirmou que o ato da diplomação é democrático. Também disse estar feliz e garantiu que vai honrar os votos dados pelos pernambucanos. “Estamos muito próximos do dia 1º e muito motivados para trabalhar pelo estado”. Sobre a diplomação da presidente Dilma Rousseff (PT), que aconteceu nesta quinta-feira (18), Câmara afirmou que os dois combinaram para dialogar sobre as prioridades de Pernambuco e do Nordeste.”Dilma foi muito receptiva e simpática. Ela conhece muito bem os desafios e se colocou à disposição para ajudar”, declarou.
Com relação às prioridades do estado, Paulo Câmara afirmou que há muitas obras na área de infraestrutura, especialmente a hídrica e a rodoviária, que estão sendo negociadas junto ao governo federal. Acrescentou, ainda, que há uma série de projetos que ele quer levar para consolidar a educação, a saúde e a segurança do estado e mostrar que é possível levar o modelo de gestão adotado pelo PSB para outras federações do país.
Sobre o suposto envolvimento do ex-governador e de seu ex-padrinho político, Eduardo Campos, e do senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) no esquema de corrupção da Petrobras, Paulo Câmara saiu em defesa dos dois. “É uma situação em que não há provas e não mostra nenhum fato”, disse, acrescentando que Campos sempre defendeu investigações profundas na estatal. Paulo Câmara disse também estar consciente de que Eduardo fez um grande governo, sempre em favor do estado com muita seriedade. “Eduardo combatia como poucos a corrupção neste país”. Os nomes de Eduardo Campos e Bezerra Coelho estariam entre os 28 citados pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa em sua delação premiada.
Ainda em seu discurso, o governador eleito fez questão de ressaltar que vai honrar o legado de Eduardo Campos. “O governo de Eduardo terá continuidade a partir de primeiro de Janeiro”, disse.
Durante a solenidade, Paulo Câmara exibiu um vídeo em homenagem a Eduardo Campos. Ele pediu autorização ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-PE), Fausto Campos, que conduziu toda a cerimônia, para exibir o material. A plateia presente no local acompanhou, em silêncio, toda a homenagem. No final, o público aplaudiu de pé, entoando o grito de guerra “Eduardo guerreiro do povo brasileiro!”.
Na ocasião, também foram diplomados o vice-governador eleito Raul Henry (PMDB) e o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB). O evento também vai diplomar os 25 deputados federais e os 49 deputados estaduais eleitos por Pernambuco. Algumas autoridades, como o governador João Lyra Neto e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB, acompanham a solenidade.
O governador eleito Paulo Câmara toma posse do governo de Pernambuco no dia 1º de janeiro. (Thiago Neuenschwander e Rosália Rangel, do Diario de Pernambuco)
O governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) e seu vice, Raul Henry (PMDB), foram diplomados nesta sexta-feira (19) pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Fausto Campos.
A diplomação se realizou no Teatro Guararapes (Centro de Convenções) e foi prestigiada pelo governador João Lyra Neto, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Guilherme Uchoa (PDT) e o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Frederico Neves.
Familiares dos eleitos lotaram todas as dependências do Teatro, que ficou pequeno para acomodar todos os interessados na solenidade de diplomação.
Também foram diplomados o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) e o seu suplente Carlos Augusto Costa (PV), além dos 25 deputados federais e dos 49 estaduais eleitos.
Os deputados federais diplomados, pela ordem de votação, foram: Eduardo da Fonte (PP), Pastor Eurico (PSB), Jarbas Vasconcelos (PMDB), Felipe Carreras (PSB), Anderson Ferreira (PR), Daniel Coelho (PSDB), Bruno Araújo (PSDB), João Fernando Coutinho (PSB), Sebastião Oliveira (PR), Danilo Cabral (PSB), Fernando Filho (PSB), Sílvio Costa (PSC), Tadeu Alencar (PSB), Gonzaga Patriota (PSB), André de Paula (PSD), Adalberto Cavalcanti (PTB), Marinaldo Rosendo (PSB), Betinho Gomes (PSDB), Zeca Cavalcanti (PTB), Ricardo Teobaldo (PTB), Mendonça Filho (DEM), Wôlney Queiroz (PDT), Jorge Corte Real (PTB), Luciana Santos (PCdoB) e Kaio Maniçoba (PHS).
O aumento dos salários para os cargos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, votado no Congresso, que automaticamente são aplicados nos Estados, será um dos pontos de discussão da primeira reunião que o governador eleito Paulo Câmara (PSB) terá com o seu secretariado neste sábado (20). A legislação brasileira permite que o aumento seja aplicado nas assembleias legislativas, tribunais de justiça e ministérios públicos estaduais. Deputados estaduais, magistrados, procuradores e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado recebem 75% dos vencimentos dos cargos federais. No entanto, o impacto na folha de pagamento do Estado ainda não foi calculada.
O Congresso aprovou o aumento dos salários de deputados e senadores dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 33,8 mil. A mesma remuneração terão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), teto máximo do funcionalismo público no País. O salário da presidente Dilma Rousseff (PT) e dos ministros também foi reajustado de R$ 26,7 mil para R$ 30,9 mil.
Com o reajuste, os vencimentos dos deputados estaduais passa para R$ 25,35 mil; dos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e de juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) fica em 25,35 mil e do Executivo – entenda-se governador e secretários – chega a R$ 23,17 mil.
O governo do Estado não irá enviar para a Assembleia Legislativa o pedido de reajuste para os cargos do Executivo este ano. Ou seja, o aumento dos salários de Paulo Câmara e seus secretários ficará para o início da sua gestão. Câmara declarou que estava com dificuldade de montar sua equipe, atraindo quadros técnicos da iniciativa privada, devido à baixa remuneração dos cargos do governo. O ambiente corporativo, segundo o governador eleito, tem remunerações mais atrativas para executivos.
Para que os salários dos deputados estaduais sejam aplicados a partir da próxima legislatura, que se inicia em fevereiro, o reajuste deve ser votado em janeiro, em uma convocação extraordinária.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) informou que irá aguardar a sanção da lei pela presidente Dilma Rousseff para, então, elaborar uma regulamentação interna que autorize o reajuste dos magistrados. O assunto ficará para janeiro, quando Tribunal retorna do recesso. O Tribunal de Contas da União (TCE) deve analisar a questão na próxima semana. Já o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) não enviou resposta. (Do JC Online)