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PLANO DO ENSINO MÉDIO ABRE MÃO DE ARTES E EDUCAÇÃO FÍSICA E REPETE META

16243337Rivaldo Gomes/Folhapress

O novo modelo para o ensino médio, apresentado nesta quinta-feira (22) pelo governo Michel Temer (PMDB), flexibiliza o currículo da etapa, acaba com a obrigatoriedade de disciplinas de artes e educação física e traz um incentivo à expansão do ensino em tempo integral.

As mudanças propostas serão agora levadas ao Congresso por meio de uma MP (medida provisória), para acelerar a tramitação legislativa.

O texto da MP assinada por Temer provoca a maior alteração já feita na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), de 1996. As mudanças terão implementação gradual nas redes de ensino dos Estados, a quem caberá definir a transição para o novo modelo. A expectativa do governo, no entanto, é ter turmas já com a nova proposta a partir de 2018.

O novo modelo irá prever flexibilização do percurso do estudante. Hoje, todos os alunos do ensino médio devem cursar 13 disciplinas em três anos. Com a mudança prevista na MP, somente parte da grade –equivalente a cerca de 1 dos 3 anos da etapa– será comum a todos. Para o restante, haverá a opção de aprofundamento em cinco áreas: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e ensino técnico.

Ao aluno caberá a escolha da linha na qual deseja se aprofundar. Mas a oferta dessas habilitações dependerá das redes e das escolas. Ao menos duas áreas, entretanto, devem ser oferecidas.

O ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três anos do ensino médio. Mas, ao contrário do que previa a LDB, as disciplinas de artes e educação física deixam de ser obrigatórias nessa etapa. Elas continuam obrigatórias apenas da educação infantil ao ensino fundamental.

O secretário de educação básica, Rosseli Soares da Silva, no entanto, nega a mudança. Segundo ele, as duas disciplinas devem fazer parte da base nacional comum. O texto da MP, no entanto, retirou as duas disciplinas do texto anterior da LDB nos trechos sobre o ensino médio.

“Tudo o que constar na base nacional será obrigatório. A diferença é que quando coloca a [oportunidade de escolher] ênfases, só colocamos os alunos que tem interesse em seguir naquelas áreas. Vamos sugerir o aprofundamento. Não adianta queremos ensinar tudo a todos enquanto as habilidades e competências individuais são diferentes”, disse.

‘FALÊNCIA’

Em discurso no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), disse que a reformulação ocorre diante de um cenário de “falência do atual ensino médio”, com baixo desempenho em avaliações como o Ideb e altos índices de evasão. “O desempenho de português e matemática é menor hoje do que em 1997. Os jovens hoje têm menor conhecimento em matemática e português do que na década de 90”, afirma.

Segundo ele, uma comparação com o sistema aplicado em outros países mostra que o Brasil está hoje “na contramão do mundo”. “Temos aí um exemplo do que é o ensino médio brasileiro, com 13 disciplinas obrigatórias, bastante engessado e que coloca o jovem com disposição de não continuar na vida educacional”, disse. “O novo ensino médio tem como pressuposto principal a autonomia do jovem. É muito comum o jovem colocar que aquela escola não é a escola que dialoga com ele.”

Segundo o ministro, o governo deve investir de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão em dois anos no projeto de fomento ao ensino integral no ensino médio.

Já a meta é atender 500 mil jovens nessas escolas de tempo integral até 2018. “Teremos a responsabilidade de mais do que dobrar o número de alunos beneficiados”, afirma ele, que também disse esperar que o texto da MP seja votado na Câmara e Senado até o fim deste ano.

O país registra 1,7 milhão de adolescentes entre 15 e 17 anos fora da escola -16% da população nessa faixa etária, que seria a ideal para o ensino médio.

INTEGRAL

De acordo com o texto da medida provisória, a carga horária mínima de 800 horas anuais para a etapa deve ser ampliada progressivamente para o mínimo de 1.400 horas anuais. Isso representa 7 horas de aulas por dia, o que caracteriza a educação em tempo integral. O texto afirma que essa ampliação deve seguir as metas já dispostas no PNE (Plano Nacional de Educação).

A previsão do PNE é ter, até 2024, ao menos 25% dos alunos de cada etapa de ensino em tempo integral. O país registra hoje 6% das matrículas nessa modalidade no médio. Dessa forma, de acordo com o texto, o governo não revoga a carga mínima de 800 horas já prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996.

Para expandir a oferta de tempo integral, o projeto prevê aporte financeiro do governo federal, de forma temporária, às redes estaduais que criarem novas vagas na modalidade. No entanto, esse valor –calculado por aluno– só será pago nos primeiros quatro anos e “respeitada a disponibilidade orçamentária para atendimento.

O ensino médio ainda poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas com terminalidade específica, “observada a Base Nacional Comum Curricular”, a fim de estimular o prosseguimento dos estudos.

Assim, se um aluno tiver optado por se aprofundar em uma área, mas quiser mudar de opção, ele poderá solicitar a troca. Neste caso, receberá um certificado parcial a cada módulo concluído. “Ele será o protagonista do seu percurso”, disse Mendonça Filho.

O texto também flexibiliza a contratação de professores sem concurso para atender a ampliação do ensino técnico. Permite ainda a contratação de professores sem formação específica na disciplina na qual vão atuar, desde que tenha “notório saber”.

Para Eduardo Deschamps, do Consed (órgão que representa os secretários estaduais de Educação), a maior oferta de ensino profissional com o novo modelo de ensino médio “cria um enorme incentivo aos jovens que não seguem diretamente para a universidade”. “E o mais importante é que a nova legislação não impõe um único modelo para o ensino médio. Ela permite criar novas formas de oferta sintonizadas com as aspirações dos estudantes”, afirma ele, para quem a reforma é “urgente e prioritária”.

O formato como o governo encaminhou as mudanças, por meio de uma medida provisória, no entanto, gerou polêmica entre educadores. Questionado, o ministro Mendonça Filho negou que a reformulação tenha sido imposta. “Foi uma mudança discutida”, disse.

MORO REVOGA A PRISÃO TEMPORÁRIA DO EX-MINISTRO GUIDO MANTEGA

mantegaDo G1 PR e da RPC

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato, revogou a prisão do ex-ministro Guido Mantega nesta quinta-feira (22). Mantega foi preso temporariamente na 34ª fase da operação, que investiga contratos da Petrobras para construção duas plataformas e repasse financeiro em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT).

Moro afirmou que a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF) e ele mesmo não tinham conhecimento do estado de saúde da esposa do Mantega. O ex-ministro estava com a esposa no hospital Albert Einstein no momento da prisão.

A Polícia Federal afirmou que, nas proximidades do hospital, agentes ligaram para Mantega, que se apresentou espontaneamente na portaria. “De forma discreta e em viatura não ostensiva, o investigado acompanhou a equipe até o apartamento e, já tendo feito contato com seu advogado, foi então iniciado o procedimento de busca”, diz trecho de nota oficial emitida pela Polícia Federal. (Veja a íntegra no fim da reportagem)

Sergio Moro citou que foi informado que o ato foi praticado com discrição, sem ingresso no hospital. Para decidir pela liberação do ex-ministro, ele argumentou que as buscas começaram e que Mantega, uma vez solto, não deve oferecer riscos ou interferir na colheita das provas.

“Procedo de ofício, pela urgência, mas ciente de essa provavelmente seria também a posição do MPF e da autoridade policial. Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras”, declarou o juiz.

Durante entrevista coletiva, na qual a força-tarefa detalhou a 34ª fase da Lava Jato, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou a prisão do ex-ministro teve como base “o fundamento foi a ordem pública”.

“Estamos falando de valores bilionários desviados dos cofres públicos”, disse. Ele afirmou que foi pedida a prisão preventiva do ex-ministro, mas o juiz recusou e deferiu prisão temporária. Carlos Fernando classificou de “coincidência infeliz” o fato de a prisão ter acontecido no momento em que Mantega acompanhava a mulher no hospital.

A prisão
Durante o cumprimento do mandado, nesta manhã, a PF foi até a casa de Mantega, mas o ex-ministro não estava. Ele estava no hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de São Paulo, onde a mulher passa por uma cirurgia. Do hospital, os policiais levariam Mantega até seu apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste, para também cumprir um mandado de busca e apreensão.

Leia a decisão do juiz Sérgio Moro
DESPACHO/DECISÃO
1. Decretada, a pedido do MPF, medidas de busca e apreensão e prisões temporárias, envolvendo pagamentos, em cognição sumária, de propinas em contrato da Petrobrás com o Consórcio Integra.
Entre os fatos, há prova, em cognição sumária, de que Eiken Fuhrken Batista teria pago USD 2.350.000,0 em 16/04/2013 a João Cerqueira de Santana Filho e a Mônica Regina Cunha Moura mediante depósito, comprovado documentalmente nos autos, em conta da off-shore Shellbill Financeira mantida no Heritage Bank, na Suíça.

Segundo o próprio depositante, tais valores seriam destinados a remunerar serviços por eles prestados ao Partido dos Trabalhadores e teriam sido solicitados pelo investigado Guido Mantega, então Ministro da Fazenda e Presidente do Conselho de Administração da Petrobrás.

O pagamento estaria vinculado ao esquema criminoso que vitimou a Petrobrás e a propinas também pagas a agentes da Petrobrás no âmbito do contrato da Petrobrás com o Consórcio Integra.
Com base nesses fatos e para preservar as buscas e apreensões, acolhi, em 16/08/2016 (evento 3), pedido do MPF para decretação da prisão temporária dele e de outros investigados.

Sem embargo da gravidade dos fatos em apuração, noticiado que a prisão temporária foi efetivada na data de hoje quando o ex-Ministro acompanhava o cônjuge acometido de doença grave em cirurgia.

Tal fato era desconhecido da autoridade policial, MPF e deste Juízo.

Segundo informações colhidas pela autoridade policial, o ato foi praticado com toda a discrição, sem ingresso interno no Hospital.

Não obstante, considerando os fatos de que as buscas nos endereços dos investigados já se iniciaram e que o ex-Ministro acompanhava o cônjuge no hospital e, se liberado, deve assim continuar, reputo, no momento, esvaziados os riscos de interferência da colheita das provas nesse momento.

Procedo de ofício, pela urgência, mas ciente de essa provavelmente seria também a posição do MPF e da autoridade policial.

Assim, revogo a prisão temporária decretada contra Guido Mantega, sem prejuízo das demais medidas e a avaliação de medidas futuras.

Expeça-se o alvará de soltura. Encaminhe-se para cumprimento. Ciência ao MPF e à autoridade policial.

2. Defiro o pedido de habilitação da Petrobras neste processo, eis que suposta vítima dos crimes aqui investigados (evento 66).

Cadastrem-se e intimem-se os advogados da Petrobras.

Curitiba, 22 de setembro de 2016.

Leia a nota da Polícia Federal sobre a prisão do ex-ministro
“Sobre o cumprimento de mandados durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal informa:

1 – Ao comparecer hoje, às 6hs, na residência do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cumprimento de ordens judiciais, constatou-se que apenas o filho adolescente do investigado e uma empregada doméstica estavam presentes no local;

2 – Ao serem informados pelos ocupantes do apartamento que Mantega encontrava-se no Hospital Albert Einstein, a PF dirigiu-se ao local;

3 – Nas proximidades do hospital, policiais federais fizeram feito contato telefônico com o investigado, que se apresentou espontaneamente na portaria do edifício;

4 – De forma discreta e em viatura não ostensiva, o investigado acompanhou a equipe até o apartamento e, já tendo feito contato com seu advogado, foi então iniciado o procedimento de busca.

5 – Tanto no local da busca como no hospital todo o procedimento foi realizado de forma discreta, sem qualquer ocorrência e com integral colaboração do investigado.”

SÉRGIO MORO ACEITA DENÚNCIA E LULA TORNA-SE RÉU NA OPERAÇÃO LAVA JATO

moroDo G1 PR

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta terça-feira (20) a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), na quarta (14), contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outras sete pessoas.

A denúncia abrange três contratos da OAS com a Petrobras e diz que R$ 3,7 milhões em propinas foram pagas a Lula.

Também se tornaram réus na ação:
-Marisa Letícia, mulher de Lula;
-Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS;
-Paulo Gordilho, arquiteto;
-Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula;
-Agenor Franklin Magalhães, ex-executivo da OAS;
-Fábio Hori Yonamine, ex-presidente da OAS Investimentos;
-Roberto Moreira Ferreira, ligado à OAS.

Esta é a segunda ação penal contra Lula na Lava Jato. Em julho, o juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, aceitou denúncia apresentada pelo MPF contra o ex-presidente e o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), entre outros. Eles são acusados de tentar obstruir a Justiça comprando o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, um dos delatores do esquema de corrupção que atuava na estatal.

Ao denunciarem o ex-presidente, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, citaram três contratos da OAS com a Petrobras e disseram que R$ 3,7 milhões foram pagos a Lula como propina. Além disso, afirmaram que a propina se deu, por meio da reserva e reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo, e do custeio do armazenamento de seus bens.

De acordo com a Polícia Federal (PF), a OAS pagou por cinco anos (entre 2011 e 2016) R$ 21,5 mil mensais para que bens do ex-presidente ficassem guardados em depósito da empresa Granero. Os pagamentos totalizam R$ 1,3 milhão.

“Juízo de admissibilidade da denúncia não significa juízo conclusivo quanto à presença da responsabilidade criminal”, disse o juiz Sérgio Moro no despacho. “Tais ressalvas são oportunas pois não olvida o julgador que, entre os acusados, encontra-se ex-Presidente da República, com o que a propositura da denúncia e o seu recebimento podem dar azo a celeumas de toda a espécie.”

CORPO DO ATOR DOMINGOS MONTAGNER É SEPULTADO EM SÃO PAULO

enterroO corpo do ator Domingos Montagner foi enterrado por volta das 11h40 deste sábado (17) na Zona Leste de São Paulo. Mais cedo, familiares e parentes participaram do velório em um teatro, em uma cerimônia que durou cerca de quatro horas e que foi aberta apenas para convidados. O ator morreu afogado na quinta-feira (15) em Canindé de São Francisco (SE).

A mulher de Montagner, Luciana Lima, acompanhou o velório e o enterro sem os três filhos do casal, que preferiram não comparecer.

Durante toda a manhã, amigos do elenco da novela Velho Chico, em ele que atuava, e do circo, fizeram homenagens ao ator. A atriz Dira Paes disse que o ator era uma “pessoa que carinhosamente virava o líder do espaço.” Tiago Abravanel disse que Montagner era uma pessoa “simples” e amorosa” e a atriz Ingrid Guimarães afirmou que o ator era grato à vida. Também compareceram atores como Marcos Palmeira e Antonio Fagundes.

O corpo do ator chegou ao teatro para ser velado por volta das 7h. Na sexta-feira (16), o traslado foi feito de Aracaju para Jundiaí. Do lado de fora do teatro e também do cemitério, fãs vestidos de branco se aglomeraram e fizeram orações por Montagner.

A família de Montagner é do bairro do Tatuapé e, por isso, ele foi enterrado na Zona Leste de São Paulo.(G1.COM)

POLÍCIA ENCONTRA 15KG DE MACONHA EM CARRO DE PREFEITURA

drogasA Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal apreenderam 15 Kg de maconha dentro de um veículo da Secretaria de Saúde de Monsenhor Paulo (MG) na tarde desta quinta-feira (15) na Rodovia Fernão Dias, em Pouso Alegre (MG). Além da maconha, também foram encontrados no carro 760 pinos de cocaína e 2 Kg de pasta base da droga, além de um revólver calibre 38 e uma quantia em dinheiro.

Segundo a polícia, o veículo foi parado no Km 871, após uma denúncia anônima. Na hora da apreensão, o veículo voltava de São Paulo (SP) e transportava pacientes, entre eles uma criança. Ainda segundo os militares, no momento da abordagem o motorista ficou nervoso. Após localizarem a droga, o condutor disse aos policiais que o material pertencia a um homem que vinha em outro veículo com placas de Guarulhos (SP), que seguia logo atrás e, que também foi parado na blitz.

O motorista do carro da prefeitura foi preso em flagrante. Além dele, dois homens e uma mulher, que seguiam no outro carro, também foram detidos. Eles foram levados para a delegacia de Pouso Alegre.

Em nota, a Prefeitura de Monsenhor Paulo comunicou que abriu um processo de sindicância para apurar o caso. Além disso, afirmou que acompanhará o inquérito policial e o possível processo criminal contra os traficantes. Ainda conforme a prefeitura, o carro oficial teria sido abordado por traficantes de São Paulo e usado para transportar drogas para o Sul de Minas, e que o município foi uma vítima deste tipo de crime.