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Posts tagged as “CRÒNICA DE ADEMAR RAFAEL”

Crônica de Ademar Rafael

Por: Ademar Rafael

ADMINISTRAR É…

A abertura de um curso sobre Rotinas Administrativas nas cidades de Pedras de Fogo-PB e Caaporã-PB solicitei que alunos do Programa Profissional Rural – SENAR – PB, respondessem o eu era administrar. Cada aluno elaborou uma frase ou um pequeno texto com as respostas e as palavras mais repetidas foram: Ética, coragem, meta e resultado.

Na oportunidade apresentei os conceitos a seguir: “Administração é simplesmente o processo de tomada de decisão e controle sobre as ações dos indivíduos, para o expresso propósito de alcance de metas
predeterminadas.” e “Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização eficiente e eficaz de recursos, no sentido de alcançar um ou mais objetivos ou metas organizacionais.” Autorias de Peter Drucker e Reinaldo Oliveira da Silva, respectivamente.

Podemos identificar convergência entre as opções dos alunos e os conceitos dos dois autores apenas em “resultados” e “metas”. Apesar de não figurarem nos textos dos pensadores da administração a ética e a coragem devem estar presentes em cada ato administrativo praticado por administradores que buscam o sucesso em suas atividades, ambas fazem parte do cardápio das ações cotidianas dos administradores de vanguarda.

Nesta data – 09.09 -, que comemoramos o dia do administrador não poderíamos deixar de fazer este registro sobre a profissão do Administrador, cujo curso é a mais cosmopolita de todos os cursos superiores ofertados em nosso país. O graduado em Administração estuda: Sociologia, Filosofia, Direito, Finanças, Psicologia, Matemática,
Estatística, Português, Contabilidade, entre outras disciplinas.

Para mim o bom administrador é o que: “Transforma o caos em ordem, as crises em oportunidades e produz resultados crescentes com recursos cada vez mais escassos”. Parabéns administradores do Brasil.

Crônica de Ademar Rafael

Por: Ademar Rafael

MARCOS ANTÔNIO CAMPOS DA FONSECA

Beto Fuscão, colega do Banco do Brasil, durante uma caminhada na praia perguntou se eu havia escrito algo sobre Marcos de Zé Coió. Para atendê-lo e premiar os leitores e leitoras deste espaço resolvi adaptar a crônica “Valeu Marcos” publicada no site www.afogadosdaingazeira.com.br.

Marcos quando jovem não quis um curso superior, pois sabia que Deus havia lhe dado talento suficiente para prescindir diplomas, sempre procurou ir além e entreva com tudo em cada empreitada que a vida lhe reservou.

Como jogador de futebol era detentor potente chute, que falem os goleiros que ele fez ir buscar a bola no fundo da rede. Como meia esquerda brilhante formou ao lado do saudoso Alex um extraordinário meio de campo no Santa Cruz de Ninô. Ainda no futebol nos deu, em conjunto com Arnaldo, Batista, Murilo, Dinda e o nosso inesquecível Dinga ou Branco de Everaldo, o Guabiraba, único time capaz de vencer o Barcelona. Ali Marcos impediu muitos gols, foi um dos maiores goleiros da história de Afogados. No campo fazia, na quadra evitava

Com seu sorriso franco e carisma peculiar mudou-se para Princesa Isabel-PB, após o casamento. Para lá levava sempre que podia seus amigos, destacou-se em tudo que fez na terra de Zé Pereira. Tudo que ele fazia colocava muito amor e garra, nunca vi Marcos reclamar de ninguém se era para fazer algo ele tomava a frente e realizava da melhor maneira.

A morte de Mário tirou muito do brilho de seu olhar, mas jamais desistiu de qualquer coisa, foi um vitorioso com suas próprias pernas, todas as vezes que precisei de Marcos para qualquer coisa ele atendia no ato, era seu jeito. Faleceu em 1999 deixando o exemplo para que os jovens de nossa terra lutem por seus objetivos como Marcos fez. Na Paraíba sempre dava guarida aos filhos do Pajeú, anfitrião de mão cheia e bom de papo em volta de uma mesa, agregador e líder nato. VALEU MARCOS.

Crônica de Ademar Rafael

IZABEL MARIA MARINHO PATRIOTA

Por: Ademar Rafael

Na manhã de 03.08.19 estava com amigos na Praça Arruda Câmara de Afogados da Ingazeira quando recebi uma missão do amigo Saulo Gomes. Por telefone ele me pediu para escrever algo sobre Zá Marinho que completaria 60 anos no dia 04.08.19.

Nesta minha trajetória terrestre não encontrei, além de Zá, ninguém que trouxesse um coral na garganta. A filha de Lourival e Helena foi – quem tiver outro entendimento guarde -, a dona da voz com mais docilidade e melodia que ouvi em minha vida. A fragilidade corporal escondia uma cantora sublime um anjo de coração santo. Seu olhar quando se debruçava sobre um excluído conduzia uma energia gerada somente em seres iluminados.

Tinha gestos difíceis de serem narrados com palavras. No dia que minha esposa conheceu Zá disse-lhe de frustração que teve quando notou que o cantor contratado para nosso casamento não havia ensaiado a música
“Amor de índio”. Prontamente ela disse a Helaine: “Nunca cantei esta música vou aprendê-la e em nosso próximo encontro cantarei para você.” Dias depois na casa do irmão Hilário cantou “Amor de índio” com uma
intensidade que até hoje ecoa em nossos ouvidos.

Certa vez ganhou um casaco de frio da irmã Maria Helena. No caminho da sua residência encontrou uma moradora de rua sem coberta e entregou-lhe o casaco. Maria descobriu no dia seguinte e sem qualquer sentido de crítica perguntou: “Zá destes o casaco que lhe dei?” Zá prontamente disse: “Ninha, quando vi a pessoa sem nada para enfrentar o frio e eu protegida, indo para debaixo dos meus cobertores, não tive outra saída dei o presente que havia recebido.” Essa era a Zá cidadã.

A voz de Zá transformava qualquer música em clássico, seu cunhado Antônio José ganhou uma versão personalizada de “Um homem chamado Alfredo”, nós outros ganhamos um repertório sem parelha.

Crônica de Ademar Rafael

VIDA DE GADO

Por: Ademar Rafael

No primeiro trimestre deste ano o programa radiofônico “Vida de Gado”, apresentado por Antônio Martins na Rádio Pajeú completou trinta e cinco anos com índices de audiência compatível com o compromisso do apresentador com a defesa da vaquejada no formato popular.

Ao tentarmos identificar as causas que sustentam o programa por tanto tempo percebemos que o principal insumo é a compatibilidade entre o pensamento de Antônio Martins com o pensamento do vaqueiro simples do sertão. Um pedido de um vaqueiro durante a feira de Afogados da Ingazeira é levado ao ar no programa seguinte respeitando totalmente a opinião do homem que veste a “toga de couro”.

As percepções que Antônio Martins utilizava nos campos de futebol para evitar dribles dos atacantes são usadas para jamais driblar os ouvintes e isto só possível quando o interlocutor é capaz de extrair o pensamento alheio numa perfeita empatia.

A audiência do programa origina-se nessa sintonia, as músicas e as toadas apresentadas são verdadeiros hinos para os sertanejos que como Antônio Martins defendem as corridas de gado como paixão. Os prêmios perdem a importância para farra e para o encontro entre iguais. O termo “meio mundo” carregado por Antônio Martins durante a apresentação do programa e em todas as conversas é a senha para todo nordestino que aprecia o bom papo sobre coisas do sertão.

Para comemorar os trinta e cinco anos de sucesso estiveram presentes Chico Arruda e seu filho João, Genaílson do Acordeon, o poeta violeiro Diomedes Mariano, o poeta e produtor Alexandre Morais e o radialista e professor Saulo Gomes, todos amantes das coisas boas do sertão e defensores incansáveis da cultura do Nordeste, do Sertão e do Pajeú. Aos críticos: “Nem o espinho de jurema rasga beiço dilacera o tecido do VIDA DE GADO, na sua composição tem fibra com a resistência do caroá.”

 

Crônica de Ademar Rafael

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Esta crônica procura fazer um alerta para os profissionais que estão e que pretendem ingressar entrar no mercado de trabalho, diante da presença do fenômeno Inteligência Artificial – IA, pauta em muitos debates pelo mundo.

O sacerdote camiliano e doutor em bioética Léo Pessini, no artigo “Inteligência Artificial, ameaça ou esperança” publicado na revista Família Cristã de março-19, afirma: “As máquinas não oferecem nenhuma ameaça existencial para humanidade, sua autonomia e puramente tecnológica, não possuem autonomia moral, enquanto permanecerem obedientes aos objetivos que damos a elas.”

O festejado escritor israelense Yuval Noah Harai, autor dos sucessos “Sapiens” e “Homo Deus” em seu último livro “21 lições para o século 21” aponta que a Inteligência Artificial vai assumir papel relevante nas áreas médicas, finanças, advocacia e carros auto dirigidos.

Sugere que evitar alto impacto nos emprego caberá ao Estado dosar o ritmo da automação e registra: “A tecnologia nunca é determinista, e o fato de que algo pode ser feito não quer dizer que seja feito. A legislação pode bloquear com sucesso novas tecnologias mesmo se forem comercialmente viáveis e economicamente lucrativas.” Cita inclusive modelo de ajuda que existe na Escandinávia com o lema “proteger trabalhadores, não empregos.”

Como o Brasil tem a tendência de proteger os “donos do dinheiro” em detrimento aos brasileiros o estrago pode maior que em outras nações donas do seu destino. Cabe, a nosso ver, que os brasileiros da ativa e os que postulam cargos no concorrido mercado de trabalho fiquem de olho no assunto. Ao lado dos olhares do padre e do professor israelense correm muitos riscos. Os pontos de vista são filosóficos, a realidade é muito mais dura. Olho vivo, atenção e cuidado.