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ARMANDO: “TEMOS QUE RESOLVER AS CONTRADIÇÕES FEDERATIVAS E AVANÇAR”

O seminário Guerra fiscal: momentos de decisão, organizado pela InterNews, em São Paulo, reuniu nesta segunda-feira (03) o senador Armando Monteiro, o ministro Gilmar Mendes e o economista Bernard Appy – entre outros convidados -, em debate com selecionada platéia sobre a reforma do sistema tributário brasileiro. Titular da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, Armando Monteiro voltou a priorizar em sua fala – como fez em outras ocasiões em que discutiu o tema – a necessidade de uniformização do ICMS, mas ressaltou que caminhar para uma alíquota única dependerá de uma série de condições.

Primeiro, a existência de um período adequado de transição, que terá de ser de no mínimo 08 anos; segundo, deverá haver um fundo de compensação fiscal que ofereça absoluta confiança a partir de mecanismos automáticos de reposição de receitas. Armando Monteiro ressaltou igualmente que o governo deve calibrar todos os instrumentos à disposição, inclusive criando novos fundos para apoiar o desenvolvimento regional, destacadamente em áreas de política industrial e inovação, tecnologia e educação. “É preciso um modelo novo de incentivos, que se harmonize melhor com a política tributária nacional. O regime pré-existente está esgotado.”

O ICMS responde por quase 8% do PIB. Nos quase 50 anos de sua existência foi se desfigurando, perdendo suas características e hoje não é mais um imposto de valor adicionado. “Isso tem que mudar. Não afirmo que será fácil o processo, mas digo que é possível. O cenário internacional coloca o acirramento da competição global, que não permitirá que o tempo econômico espere o tempo político. Temos que resolver nossas contradições federativas e avançar”, disse o senador.

Calibrar a alíquota e estabelecer o colchão necessário de proteção são questões de ordem técnica, disse Armando Monteiro, mas “não podemos mais nos dar ao luxo de construir barreiras ao comércio interregional, como hoje o ICMS faz.” Para ele, pensar o País está acima de tudo, e “ninguém tem mais a compreensão dos interesses regionais do que eu, que sou de uma região que ainda se apropria de parcela muito modesta da renda nacional e tem um terço da renda per capita do Sudeste. Mas isso não pode comprometer uma política de caráter nacional.”

Agenda federativa – O senador afirma que a agenda federativa se impõe como condicionante para se avançar na reforma tributária. Assim como a inflação gerava incertezas, adiava investimentos, distorcia a alocação dos recursos, dificultava a produção, o sistema tributário brasileiro cria disfunções significativas que afetam diretamente o desempenho da economia. A insegurança jurídica decorrente das incertezas com relação à convalidação dos incentivos fiscais, de um lado, e o estabelecimento de passivos tributários decorrente da glosa dos créditos do ICMS nas operações interestaduais por alguns Estados, de outro, paralisa os investimentos e cria risco adicional para os negócios. “Como o combate à inflação, a União deve estar à frente desse processo, buscando a harmonização das políticas tributárias, e contribuir para fortalecer a coesão federativa.”

O senador ressaltou a tramitação dos projetos da cesta federativa, entre estes, os referentes ao rateio do Fundo de Participação dos Estados (FPE), os projetos que buscam mudar as regras de unanimidade do CONFAZ, a Medida Provisória da repartição dos royalties do petróleo (a ser editada) e os projetos de renegociação das dividas estaduais. 

ELES NÃO CUMPREM AS OBRIGAÇÕES

Prefeitos de um lado, governo federal de outro. No meio, uma pergunta: de quem é a responsabilidade sobre a crise financeira por que vêm passando os municípios brasileiros? Apesar de os gestores municipais jogarem a culpa para o corte feito este ano pela União nos repasses de recursos federais, são os auditores do Tribunal de Contas de Pernambuco que dão a resposta: as prefeituras estão relaxando no seu papel de arrecadadores de impostos e esquecendo-se de cumprir com as suas obrigações fiscais.

Debruçados sobre um novo sistema de coleta de dados, implantado em 2010 e aperfeiçoado neste ano, os fiscais do tribunal chamam a atenção para a falta de compromisso dos prefeitos com as suas tarefas de casa, o que contribui com a crise pela qual estão passando e da qual vêm se lamentando publicamente há alguns meses. Eles se preparam para, a partir de janeiro de 2013, intensificar as ações sobre os municípios e exigir dos gestores mais relapsos o reaparelhamento de suas secretarias de Finanças. Ônus que recairá inclusive sobre os novos prefeitos eleitos este ano.

“Um dado que fica claro com o recente levantamento é que o potencial de arrecadação das prefeituras pernambucanas é bem maior que o que efetivamente elas arrecadam”, observou o coordenador de Controle Externo do TCE, Rômulo Lins. As causas, segundo ele, decorrem de diversos fatores. O principal é o mau aparelhamento da estrutura de arrecadação. Tanto no setor de cobrança quanto no de execução judicial (secretarias de Fazenda e Jurídica). “Mas também há uma deficiência no cadastro de imóveis e de empresas e prestadores de serviço, o que faz com que a base para previsão de recolhimento de IPTU e ISS seja equivocada.”

MESA DIRETORA DA ALEPE É ELEITA HOJE

O deputado estadual Guilherme Uchoa (PDT), será reconduzido, hoje, para mais um mandato na presidência da Assembleia Legislativa. Essa é  a quarta vez consecutiva que o pedetista ocupa o espaço mais importante da Casa. A renovação do mandato só será possível graças à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reeleição, aprovada no ano passado pela maioria dos deputados. A proposta alterou o Regimento Interno da Assembleia para favorecer o parlamentar, considerado homem de confiança do governador Eduardo Campos (PSB). Assim como Uchoa, o primeiro-secretário da Assembleia, o deputado João Fernando Coutinho (PSB), também será reconduzido ao posto. Ambos não terão concorrentes.

A eleição para a Mesa Diretora está marcada para às 15h. Sendo assim, não haverá sessão plenária. Para concorrer aos cargos, os parlamentares precisarão fazer o registro da candidatura até o meio-dia de hoje. Após a consolidação dos registros o presidente formará a Mesa e iniciará a votação, que é secreta. Cada deputado vai depositar seu voto numa urna, que será aberta logo após o término do processo. Será feita uma chamada para que cada parlamentar possa inserir sua cédula. Os nomes que concorrerão ao pleito já estarão impressos, sendo preciso apenas marcar a opção desejada.

Apesar de não haver disputa entre os parlamentares para a presidência e primeira secretaria, haverá rivalidade entre os correligionários Julio Cavalcanti e Marcantônio Dourado, ambos do PTB. O primeiro é o nome indicado pelo partido e deverá receber o apoio das maiores legendas, a exemplo do PSB. Os socialistas decidiram votar naqueles parlamentares sugeridos pelos partidos. Marcantônio, no entanto, resistiu à ideia e também será candidato. “Vou disputar. Não tem nenhum recuo. A candidatura não pertence mais a mim, mas aos companheiros que apoiam meu nome”, garantiu o deputado.

Outro imbróglio será na disputa pela quarta secretaria. O cargo é ocupado pelo deputado estadual Eriberto Medeiros (PTC), que quer disputar o mandato novamente. O PSD, no entanto, indicou a deputada Mary Gouveia para a vaga. Os pessedistas têm quatro deputados e alegam o critério da proporcionalidade, já que o PTC tem apenas dois. A segunda vice-presidência ficará com André Campos (PT), enquanto a segunda secretaria passará para as mãos de Claudiano Martins Filho (PSDB). Já a terceira secretaria passará para o comando de Sebastião Oliveira (PR).

UCHOA BATE RECORDE DE PODER NA ALEPE

O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Guilherme Uchoa (PDT), vai fazer história nesta segunda-feira, 3 de dezembro de 2012, quando o Poder Legislativo se reunir em sessão especial, às 15h, para eleger por votação secreta a mesa diretora que conduzirá o Poder Legislador estadual no biênio 2013/2014. Em um momento inédito nos 177 anos da Casa do Povo pernambucano – instalada em 1º de abril de 1835 –, o governista Uchoa será reconduzido para o quarto mandato consecutivo. Será sua terceira reeleição, avalizada pelo governador Eduardo Campos (PSB).

O novo mandato será possível devido à aprovação, em junho de 2011, da polêmica Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que reintroduziu na Carta Estadual o instrumento da reeleição para o mesmo cargo, uma única vez. Como está no cargo e a PEC não retrocedeu, o deputado pedetista – respaldado pelo governador Eduardo Campos (PSB) – é candidato sem concorrente. Parceiro de Uchoa desde 2007 (2008, 2009/2010, 2011/2012), será reconduzido à 1ª secretaria, que cuida da tesouraria da Casa, também no quarto mandato consecutivo, o socialista João Fernando Coutinho (PSB).

Ao abrir a sessão e iniciar os trabalhos, o presidente Guilherme Uchoa poderá ter indefinida apenas a 1ª vice-presidência, objeto de desejo e de disputa interna no PTB, e a 4ª secretaria. Com a segunda maior bancada, sete deputados, o partido indicou Júlio Cavalcanti para substituir Marcantonio Dourado. Em 2011, o PTB fechou questão contra a PEC da reeleição, Júlio obedeceu e votou contra, mas Marcantonio se absteve. Hoje, o PTB vota pela reeleição de Uchoa e Coutinho.

De olho na 4ª secretaria, o novato PSD, com quatro deputados, indica Mary Gouveia para o cargo que está ocupado por Eriberto Medeiros, do PTC, que tem dois deputados, e não quer sair. O PSD diz ter direito pela proporcionalidade das bancadas, mas o PTC alega que a legenda não existia nas eleições de 2010. Por consenso, porém, PT e PSDB trocam de posição: o petista André Campos vai para a 2ª vice-presidência e o tucano Claudiano Martins assume a 2ª secretaria da Casa.

A mesa diretora é composta por sete deputados. A chapa original, montada em reunião no Palácio, sob a articulação de Guilherme Uchoa e do governador Eduardo Campos, será eleita. Afora os impasses na 1ª vice e na 4ª secretaria, será chapa única, embora seja livre o lançamento de nome para qualquer cargo até a hora da votação. O processo prevê que o presidente abra a sessão, faça a verificação do quórum – 25 deputados, maioria absoluta em 49 – e anuncie a votação.

PT DO RECIFE DECIDE APOIAR GERALDO JULIO

Não houve discussões acaloradas e novos adiamentos. Por 25 a 15 votos, dentro de quase uma hora e meia, o diretório municipal do PT decidiu, neste sábado (01), dar apoio ao futuro prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). Houve duas abstenções e três faltas, mas o encontro aconteceu sem bate-bocas. Bem diferente dos últimos dois que foram realizados este mês para debater o mesmo assunto, sem sucesso. Desta vez, de forma majoritária, o PT entendeu ser contraditório ficar na “independência”, “fazendo política no varejo” e votando na Câmara Municipal de acordo com os interesses pessoais de cada vereador.

Teses do PT contra e a favor de Geraldo Julio João da Costa é vencedor da batalha interna do PT Humberto Costa e João Paulo ficam mais isolados no PT O aval do PT nacional O silêncio após os gritos O futuro do PT no Recife, sem o efeito Haddad João da Costa pede para Geraldo Julio ouvir o povo
Houve a leitura de duas teses, uma contra o alinhamento com Geraldo Julio e outra a favor. Ganhou a última, que teve o aval do prefeito do Recife, João da Costa, e de mais quatro dos cinco vereadores petistas. O vereador Múcio Magalhães, um dos maiores defensores da “independência” dentro diretório, não esteve presente. Alegou compromissos anteriores e viajou.

O encontro aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, na rua Bispo Cardoso Aires, no centro do Recife. Começou por volta das 10h, terminou às 11h30. Veja  ao lado todos os detalhes, baseado em várias entrevistas feitas com lideranças partidárias petistas.