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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Em um momento que a imprensa nacional tem se notabilizado pelos vazamentos de conversas oriundas de grampos telefônicos, de delações premiadas e do teor de pedidos formulados aos juízes dos feitos por representantes do Ministério Público o BLOG DO FINFA transita em direção contrária, ou seja, promove uma série de entrevistas com pré-candidato (a)s a vereadores em Afogados da Ingazeira.
A coragem e o caráter de inovação que sustenta a iniciativa trazem consigo a nobre missão de informar e não somente publicar o que dar destaque. A forma democrática que foram tratados todos entrevistado(a)s, adicionado o cuidado nas edições para não expor ninguém a constrangimentos também merece elogio.
Quando ouvimos os depoimentos, despidos de qualquer tipo de preconceito, respeitando as limitação de cada um(a) verificamos que dois fatos estão presentes na maioria do depoimentos.
O fato número um é a diferença entre o discurso do(a) candidato(a) e sua ação após o êxito no pleito. A aproximação verificada na época da campanha transforma-se em distanciamento durante o exercício dos mandatos.
O fato dois é a falta de efetividade na ação dos vereadores. Vários entrevistado(a)s mencionaram a falta de interesse real com problemas que poderiam contribuir com suas soluções e indicaram que a carga de trabalho do vereador é mínima diante do recebem para atuar efetivamente no plenário, nas comissões, nos gabinetes e visitando as comunidades urbanas e rurais.
Precisamos registar que os fatores acima nominados não são exclusivos de Afogados da Ingazeira, se fazem presentes em outras Câmaras de Vereadores espalhadas pelo país, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Federal e no Senado. Que os críticos atuais, se eleitos, não sejam engolidos pelo falido sistema político nacional.
Nas entrevistas foram apresentadas várias sugestões que podem gerar bons resultados sem altos investimentos. Fica a sugestão para que o BLOG DO FINFA, após o pleito, entregue uma edição completa aos eleitos para que sejam pinçadas as sugestões com aderências aso interesse da população.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Seguindo a regra que nas decisões de futebol são cobrados tiros livres diretos quando, no segundo jogo é repetido o placar do primeiro em caso de empate, ou quando o perdedor do primeiro jogo ganha o segundo por placar igual nos próximos dias, o resultado do jogo entre as principais revistas de informações semanais três (Veja, Época e Isto É) x um (Carta Capital) será revertido e ficará um (Carta Capital) x três (Veja, Época e Isto É).
Que jogo é este, iIndagarão nossos leitores e leitoras? É o seguinte: nos últimos anos as revistas Veja, Época e Isto É, sem muito esforço encontram erros nas gestões petistas e a Carta Capital com grande esforço procura apontar pontos positivos do mesmo projeto político.
Esta luta é antiga e advém da linha editorial de cada publicação. Nada tem a ver com o olhar míope do contra ou a favor. O perigo é quando somente uma das fontes é levada em consideração. Para formar juízo de valor é necessário olhar para mais de uma janela; mirar os olhos em direção a apenas uma delas é limitar a capacidade de julgamento.
Defenderei com todas as minhas forças a liberdade de expressão e a liberdade da imprensa. Esta última deve mirar sua nobre missão não apenas no direito de publicar o que quer e sim no dever de apresentar os fatos com isenção, com liberdade e sem interferência do estado e do poder financeiro.
É fácil um jornalista ser contra a limitação que muitos governos desejam, no entanto, é muito difícil um profissional da imprensa insurgir-se contra as condicionantes impostas pelo maior anunciante do grupo em que trabalha.
No mundo capitalista, conviver com a obrigação de noticiar os fatos e não desagradar quem sustenta financeiramente o sistema é o dilema. Não sejamos ingênuos; matéria paga existe. Pode até ser a exceção da regra, mas, se faz presente no rádio, na TV e na imprensa escrita.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Meu grande amigo Bartó de Zé Garcia, residente em Recife-PE., no dia 17.04.2016, após registros poéticos na “domingueira” que promovemos no FACEBOOK, fez o seguinte comentário: “Não sou um entendido em poesias; mas, gosto de ver versos formando um conjunto perfeito, não só na rima, mas também no desenvolvimento do contexto. Enfim, a poesia deve trazer, literalmente, uma contribuição para quem escreve é para quem lê…”.
Discordo quando ele afirma que não é “entendido em poesia” tendo nascido na região que Rogaciano Leite classificou como: ”… terra onde as almas são todas de cantadores…”. Filho do Pajeú, já nasce doutorado em poesia, esse dom divino. No tocante as condicionantes representadas pelo binômio “rima e contexto” entendo que meu amigo tem razão plena.
Durante uma cantoria de Ivanildo Vila Nova e Raimundo Caetano recebi do poeta Zé Dantas, um exemplar do livro “Atrativos turísticos da Paraíba – Decantados em poesia”, cuja autoria é dele e de Daudeth Bandeira. Referidos paraibanos descrevem de forma exemplar particularidades de pontos turísticos, de festas regionais, da culinária e da produção artística do estado da Paraíba.
A obra é farta não somente nas informações, como também, nos quesitos “rima e contexto” título e tema desta crônica. Os autores, poetas paraibanos, fazem uma descrição rimada de cada elemento abordado cujo conteúdo desperta a atenção do turista para visitar cada região e cada cidade para ver de perto as belezas da terra de José Lins do Rego.
O livro guia, encomendado aos poetas por prepostos de órgãos responsáveis pelo crescimento e fortalecimento do turismo na terra onde o sol nasce primeiro no Brasil, reúne um conteúdo soberbamente detalhado sobre o potencial turístico do litoral ao sertão, passando pelo brejo e pela Borborema.
Nada mais coerente de que a terra que nos deu Augusto dos Anjos, Ronaldo da Cunha Lima e Ariano Suassuna, apresente-se para o turista em forma de versos, principalmente quando são perfeitos em rimas e contexto, atendendo com folga as condicionantes impostas pelo amigo Bartó.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Com Dilma descendo a ladeira quem emergirá na rampa com força total? A resposta é: Michel Miguel Elias Temer Lulia. Os fatos que transformarão o peemedebista em nosso presidente germinaram com o processo do impedimento, contudo, foram semeados ao longo do tempo. O solo, a água e os fertilizantes uniram-se na forma que a presidente tratou seu vice.
Até a véspera do dia 29.03.16, data do rompimento do PMDB com o governo, Dilma equivocadamente acreditou no trecho da letra da música “A Natureza das coisas”, de Irah Caldeira que afirma: “… pode acontecer tudo inclusive nada. Se avexe não…”. Dormir ao lado dos pajés do Partido do Movimento Democrático Brasileiro é correr risco incontrolável, é subestimar a capacidade deles em “invocar espíritos, e exercer seus poderes oraculares, vaticinantes e curativos”.
Muitos defendem a tese que Temer representa a parte não degradável do esgoto que se transformou o Governo (PT + PMDB), após a depuração nas lagoas de decantação da Operação Lava Jato. Para este cronista o vice detém habilidades suficientes para recolocar o Brasil nos trilhos, mas, o histórico do seu partido e os “amigos” podem gerar fatos e atos capazes de colocar o país em um buraco mais profundo e mais largo. O tempo dirá.
Na época do impedimento de Collor o vice Itamar Franco era a reserva moral. Aos troncos e barracos fez a travessia possível. Michel Temer não tem o mesmo perfil apesar de ser mais estrategista que o mineiro de Juiz de Fora. Nos dois, o instinto de vingança é parecido.
Os otimistas podem afirmar que o jogo não acabou e que no Senado o placar pode ser alterado em favor da presidente. Não defendo esta hipótese. Os altos interesses em disputa, a estagnação da economia e o desgaste do Partido dos Trabalhadores sugerem um cenário desfavorável aos atuais detentores do poder.
Espero com muita fé que este processo possa, de fato, tirar o Brasil da inércia e recolocá-lo no caminho do desenvolvimento e da paz social. O povo brasileiro merece algo melhor. Que venha o novo tempo e com ele a harmonia.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
A revista Família Cristã número 963, de março de 2016, trouxe longa reportagem sobre a reconciliação da igreja com o Padre Cícero Romão Batista. Na chamada de capa registra: “A fé venceu a incompreensão, Padre Cícero, santo pelo povo, é reconciliado pela Igreja Católica”.
O processo, segundo o texto, foi reaberto no início do século XXI após o cardeal Joseph Ratzinger pedir informações ao bispo do Crato. Na época o religioso alemão exercia o cargo de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, portanto, antes de assumir o papado em substituição a João Paulo II.
A decisão do Vaticano comunicada a Dom Fernando Panico bispo do Crato, lavrada em carta de dezembro de 2015, sob a orientação do Papa Francisco, foi festejada pelos romeiros do Padim Ciço e reparou tardiamente as penas imputadas ao sacerdote cearense.
Os algozes do Padre Cícero sob o manto da hierarquia da Igreja Católica não perdoaram a insistência do sacerdote na defesa dos fenômenos ocorridos em Juazeiro do Norte a partir do dia primeiro de março de 1889, envolvendo a beata Maria de Araújo.
O livro “Padre Cícero – Poder, fé e guerra no sertão”, do jornalista Lima Neto aponta exageros verificados na condução dos processos movidos contra Padre Cícero. O empenho de Dom Joaquim José Vieira, autoridade maior da igreja no Ceará na época, para impedir que o “milagre de Juazeiro” fosse reconhecido pela Igreja recebeu apoio de figuras destacadas do clero e da política.
O cardeal Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, que deu todo apoio a Dom Joaquim, chegou a afirmar que o caso de Juazeiro era obra do Satanás uma vez que fomentava a histeria e o fanatismo.
Com o posicionamento atual da Cúpula da Igreja Católica os processos de beatificação e santificação de Padre Cícero ganharão impulso. Como as mentes e os corações dos devotos já outorgam tais títulos ao Padim Ciço a legitimação por parte do Santo Ofício seria a vitória de fé e da devoção sobre a intransigência que acompanha muitas autoridades no clero e fora dele.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Um antigo ditado popular afirma: “A ocasião faz o ladrão”. Em nosso país as ocasiões fazem-se presentes no cotidiano, nada obstante os esforços realizados nos últimos anos para punir os faltosos. Os escândalos “Anões do Orçamento”, “Collor x PC Farias”, “Sanguessugas”, “Mensalão” e “Lava Jato” formam uma sequência de desvios de conduta sem que o subsequente seja dificultado pelas apurações realizadas no anterior.
Explicações sobre a manutenção do solo fértil para novas investidas podem ser identificadas no livro “Capitalismo de laços”, do professor Sérgio Giovanetti Lazzarini. A obra faz uma analise das ligações entre os setores públicos e privados, sob o conceito de “laços”, aqui entendidos como: “Relações entre atores sociais para fins econômicos”. Adaptado, em nosso caso, para: “Relações entre atores sociais para privilégios pessoais”.
Publicado em 2011 o livro apresenta estudos, realizados entre 1995 e 2009, onde se constata, entre outras variáveis, que as empresas campeãs em doações aos candidatos vencedores dos pleitos para Presidente da República, realizados em 1998 (FHC) e 2002 (Lula) conseguiram acesso preferencial a recursos financeiros via empréstimos subsidiados de bancos públicos ou por meio de investimentos em áreas reguladas pelo setor público.
O subtítulo do livro “Os donos do Brasil e suas conexões”, inspiram o conteúdo das pesquisas e constatações. Escreve o autor na página 45: “A relação clientelista é evidente: doações de campanha em troca de benefícios diretos ou indiretos a empresas privadas”. Por nossa conta adicionamos “e aos seus sócios e dirigentes”.
Ao deixar o Ministério da Justiça, José Eduardo Cardoso afirmou: “É difícil ser republicano neste país”. Sobre isto em 1627 o Frei Vicente do Salvador (1564-1635): “Nenhum homem nesta terra é republico, nem zela ou trata o bem comum, senão cada um do bem particular”. Esta citação encontra-se na página 12 de “A República inacabada”, de Raimundo Faoro.
Insisto que somente com coragem e vergonha na cara poderemos tapar este nocivo sangradouro por onde escapam muitos bilhões.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Entre as várias opções disponíveis, optei pela leitura do livro “Dom Helder Câmara – O profeta da paz”, de autoria de Nelson Piletti e Walter Praxedes, para conhecer detalhes da vida do sábio bispo nordestino. Concluída a leitura pude perceber o quanto foi injustiçado nosso líder espiritual. Movido pelo verdadeiro sacerdócio transformava cada injustiça sofrida em matéria prima da sua luta em favor dos pobres.
Em qualquer lugar onde imperasse os mínimos valores sobre reconhecimento de alguém pelos seus feitos em favor de outrem, somente a “Cruzada São Sebastião” e o “Banco da Providência” seriam suficientes para imortalizar o seu criador. No Brasil, é diferente. Tais iniciativas serviram para que os adversários do sacerdote utilizassem sua devoção por referidas causas como alimento para os ataques e as perseguições.
Seu empenho na organização da igreja na América Latina e na criação da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil poderia ter recebido maior valorização da igreja, como instituição, e dos seus superiores em sua defesa nas horas em que foi largamente caluniado. .Morreu sem o título de cardeal. Isto, contudo, nunca serviu de obstáculo para sua incansável batalha em favor dos excluídos.
As gestões do governo brasileiro junto ao Comitê que outorga o Prêmio Nobel da Paz é de uma crueldade inarrável. O bom disto é que Dom Helder não merecia está presente na relação onde se encontram nome de personalidades que promoveram guerras em nome da paz. O mundo reconheceu sua obra, o Prêmio Nobel da Paz é minúsculo diante dela.
As hostilidades que recebeu foram convertidas em insumos para sua veemente defesa dos direitos humanos no Brasil e no mundo. Muitos que se aproximaram dele com interesses escusos nunca foram satanizados. Dom Helder injustamente foi demonizado. Nosso padre buscou como poucos irrigar a mente dos seus pares com o líquido da misericórdia, do perdão e do amor.
Sua obra não cabe em livros ou relatos humanos, tem dimensão universal. Obrigado Deus pela graça de ter sido contemporâneo de Dom Helder.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Encerro um poema que dediquei ao meu filho no se aniversário de quinze anos com os seguintes versos: “… Aprenda a cultivar rosas/Sem se ferir nos espinhos”. O Jornalista Magno Martins cumpriu à risca o conselho que dei no poema ao produzir o livro “Perto do Coração”. Considero a crônica uma manifestação poética sem amarras às rimas. Neste quesito a publicação sai da curva, extrapola com folga.
Na letra de “Tareco e Mariola” o poeta Petrúcio Amorim diz “… entre o velame e macambira…”. Foi neste hiato que Magno transitou para conceber sua declaração de amor aos pais e ao sertão.
Reservo-me ao direito de não destacar esta ou aquela crônica, uma vez que as enxergo entrelaçadas da mesma forma que o melão de São Caetano tece nas cercas sertanejas a sua toalha verde, bordada com o branco, o amarelo e o vermelho das suas flores e frutos.
Na condição de crítico ácido da política baseada nos “acertos” e na corrupção, Magno já era embaixador de Afogados da Ingazeira, como cronista ganha nova vertente na nobre missão de honrar a terra de Arruda Câmara. Seus escritos abraçam sua terra da mesma forma que a região de Ilhéus e a Bahia foram abraçadas na obra de Jorge Amado.
Do árido sertão e do corrosivo mundo da política nasce um conjunto de crônicas que nos garantem a possibilidade de um mundo melhor. A leveza dos textos difere um tudo do cenário onde foram colhidos.
Em diversos momentos o universo criado por Vinícius, Chico e Garoto na fantástica letra de “Gente Humilde” é trazido a relevo nas crônicas. Afinal nossos poetas estão cansados de ensinar: “Nas coisas simples é que encontramos o belo, o mágico e o puro”.
Khalil Gibran, distante da sua Bsharri no Líbano, escreveu uma obra universal, Magno Martins, longe e perto da sua Afogados da Ingazeira em Pernambuco, do jeito sertanejo oferece um recado onde coisas belas, que alimentam a alma, são expostas. Cabe aos leitores extrair a essência.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Poucos brasileiros saberiam identificar o passageiro Nairon Oseas Alves Barreto numa daquelas chamadas para embarque imediato nos aeroportos. Saber que o viajante retardatário é um dos maiores humoristas do Brasil, o paraibano Zé Lezin, é missão para reduzido número de fãs.
Este cidadão, nascido na cidade cortada pelo Rio Espinharas a famosa Patos, Estado da Paraíba, está com um show em cartaz pelo Brasil em comemoração aos trinta anos de carreira. Sucesso de público e crítica.
Conheci seu trabalho por meio de CDs de procedência duvidosa, vendidos por camelões em bancas de postos de gasolina e rodoviárias espalhadas pelo nordeste. Na “Escolinha do Professor Raimundo” vi sua cara pela primeira vez e em um encontro de administradores do Banco do Brasil, em setembro de mil novecentos e noventa e oito, na cidade de Salvador assisti a seu show.
Iniciou sua carreia humorística com o nome de Zé Paraíba no ambiente acadêmico da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, onde concluiu os cursos de Comunicação Social e Direito. Ao ingressar na escolinha comandada por Chico Anísio trocou o nome para Zé Lezin. Suas participações no programa “Show do Tom” também foram emblemáticas.
O grupo da UFPB, os bares e os teatros serviram de laboratório para o ingresso em programas de rádio e de TV, atuou nos dois veículos de comunicação na cidade de Recife, Pernambuco. Na Rádio Clube e na TV Guararapes da capital pernambucana sedimentou a carreira.
Entre as suas principais produções destacamos o programa “A bodega do Zé”, os espetáculos/shows “O peru do Zé Lezin” (2005), “Zé Lezin na Copa e na cozinha” (2006), “O Fim da CPMF – Contribuição Para Minha Família”, “A Fuleragem de Zé Lezin” e “A Volta para os que Não Foram” (2008) e os DVDs “Zé Lezin com plateia VIP” (2005) e “Zé Lezin da Paraíba” (2008). Também merece relevo a peça intitulada “Em briga de marido e mulé ninguém mete”, onde a relação conjugal é discutida pelo humorista paraibano e pelo ator pernambucano Jeison Wallace.
Seu estoque inesgotável de piadas alcança os tipos sertanejos, o futebol, a política e outros assuntos com invejável competência. Manter-se em atividades por trinta anos não é fácil em um país onde o destaque para o humor inteligente e criativo é muitas vezes e substituído pelo besteirol.
No encerramento das suas apresentações costuma deixar uma mensagem para reflexão do público. No ano passado o recado denominado “Humor Total – Zé Lezin Mensagens do Natal 2015” fez grande sucesso nas redes sociais.
Viva o humor inteligente, viva a terra nordestina que gera talentos em série.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
Para que você não venha ter frustrações enquanto critico contumaz do comportamento alheio e com a soluções dos problemas, seja brando com:
Pessoas que reclamam do calor ligam uma central de ar na temperatura mínima e cobrem-se com um edredom.
Pessoas que comem pão integral, tomam leite desnatado, café com adoçante e tomam uma Coca-Cola de seiscentos mililitros numa sentada.
Pessoas que reclamam da corrupção vigente nos poderes executivo, legislativo e judiciário das escalas federais, estaduais e municipais e declaram-se de cor parda para obter vantagens em concursos, nas cotas destinadas aos afros descendentes.
Pessoas que condenam a violência do trânsito e fazem ultrapassagens pelo acostamento, param cima das faixas de pedestres, avançam sinais vermelhos, dirigem falando ao telefone…
Pessoas que enchem seus carros e suas residências com adesivos relacionados com ensinamentos cristãos e se negam a dar um olhar de misericórdia para um irmão que carece de uma ajuda.
Pessoas que alegam que na política só tem corruptos e nas vésperas dos pleitos eleitorais trocam seus votos por pequenos favores dos cabos eleitorais.
Pessoas que em nome de elevada cara tributária do país sonegam todos os seus impostos.
Pessoas que reclamam do lixo não recolhido pelos garis em dias de feriado e jogam por onde passam copos descartáveis, latas de cervejas e refrigerantes, caixas de sucos e outros.
Pessoas que enxergam defeitos em tudo na saúde pública e não fazem o básico da higiene doméstica para evitar doenças transmitidas pela falta dela.
Pessoas que criticam o modelo de educação das escolas, mas, não participam das reuniões de pais e mestres e não sentam com seus filhos para resolver as tarefas indicadas pelos professores, as famosas “para casa”.
Pessoas que vibram quando alguém é preso por um deslize de comportamento e ao serem acusados de algo exigem pleno direito de defesa.
Pessoas que exigem ação de seus pares em favor de um mundo melhor e não movem uma minúscula palha para tornar sua exigência em algo real.
Em resumo: Cumpra bem a sua missão. Tente contaminar as pessoas do seu ciclo da amizade com exemplos. Faça mais, julgue e critique menos.
Por: Ademar Rafael