Em meio a uma das maiores crises regionais recentes, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, visitará a Rússia ainda este ano, de acordo com o Kremlin.
A viagem está programada desde outubro, mas, nesta semana, um porta-voz do governo russo anunciou que as datas exatas da viagem de Maduro serão divulgadas “nos próximos dias”.
Até esta sexta, o Kremlin não havia informado se o líder venezuelano tratará da disputa com a Guiana pelo território de Essequibo – uma região atualmente controlada pelo governo guianês, mas que Caracas alega ser parte de seu país.
Caso o presidente russo, Vladimir Putin, declare apoio a Maduro na questão, a crise colocará novamente EUA e Rússia em lados opostos – os Estados Unidos já se posicionaram favoráveis à Guiana e, na quinta-feira (6), anunciaram que fariam sobrevoos militares sobre a região de Essequibo e o resto do país.
O gesto irritou Maduro, que chamou a postura de Washington de provocação.
A briga escalou depois de o governo venezuelano realizar, no domingo (3), um referendo sobre a anexação da área, a despeito de uma sentença dias antes da Corte Internacional de Justiça. Em decisão unânime, o tribunal determinou que a Venezuela não poderia fazer qualquer movimento para tentar anexar Essequibo.