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Crônica de Ademar Rafael

DOIS PILARES

Em menos de sessenta dias o Pajeú perdeu dois dos seus maiores pilares, no tocante a honradez e exemplos de vida. Em 15.11.2022 perdemos Gastão Cerquinha da Fonseca aos cem anos e em 10.01.2023 deixamos de ter Pacífico Cordeiro Pessoa aos 98 anos.

Homens horados que deram destaques às profissões que exerceram e não mediram esforços para dar às filhas e filhos além da educação no seio da família a formação das escolas convencionais. Foram durante suas vidas grandes esteios e grandes alavancas para filhas e filhos, em todos os momentos. Assumiram por inteiro o que narra o poeta Sebastião Dias em dois versos de estrofe do magnífico poema ‘Conselho ao filho adulto’: “… Aproveite a juventude ame a paz honre a virtude/Quando quiser quem lhe ajude seu velho pai está aqui”.

Tive o privilégio de conhecê-los e com eles conviver por muitos anos. Serão sempre referências para tocar em frente. Baltazar Gracián, que nasceu na Espanha em 1601, aos escrever sobre reputação disse: “…Nunca esqueça: a reputação fundada na verdadeira substância e profundidade é a única perene.” Não tenho dúvida que a reputação destes dois grandes sertanejos seguiram os critérios defendidos pelo professor espanhol.

Este espaço publicou texto que Luíza Tadeu dedicou ao seu querido pai, em homenagem a um dos seus aniversários: “PACÍFICO CORDEIRO PESSOA: Pacífico de sossegado, brando, tranquilo, amigo da paz, apaziguador – Cordeiro de manso, sereno e calmo – Pessoa de persona grata, personalidade diplomática e conduta moral reconhecida.” Serve também para Gastão.

Nunca época em que o honra é trocada por dinheiro, poder e status; que biografias são rasgadas pelas mãos severas dos desvios de conduta e que as verdades são negadas homens com o caráter de Seu Gastão e Seu Pacífico fazem muita falta. Que saibamos honrar seus legados.


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