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UM ROMPIMENTO QUASE ANUNCIADO

Não fez bom negócio Paulo Câmara ao iniciar seu futuro governo com um adversário interno no PSB, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho. O senador é político escolado e sempre soube escolher, em seus 32 anos de vida pública, tanto os aliados como os adversários. Como um dos vitoriosos da eleição, ele esperava ser chamado pelo governador eleito para indicar o ocupante da pasta que chefiou no primeiro governo de Eduardo Campos: Desenvolvimento Econômico. Mas não teve força para indicar o filho, Fernandinho, deputado federal reeleito, sua primeira opção, nem um técnico de sua confiança. Imbuído daquele “comando e autoridade” a que Eduardo Campos costumava referir-se, Paulo Câmara descartou as duas indicações com uma tranquilidade que impressiona, dado que o normal é que ficasse assustado ao praticamente ter mandado para a oposição a maior cabeça política do PSB após a morte do ex-governador.

Por: Inaldo Sampaio


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