LOIRA CRIANÇA
Nos cabelos de sol de uma menina,
Jurou ele, aquecesse a vida inteira,
Ela ainda inocente e pequenina,
Palma nascente da caudal abeira.
Mais tarde, ela cresceu ágil e franzina,
Desiludida da feição primeira,
Seu amor a nem um homem se inclina,
Ele casou-se, ela ficou solteira.
Quando um sobrinho pequerrucho e lindo,
Lhe perguntava entre chorando e rindo,
Conte uma história tia, conte aquela!
Ela repete qual se um conto fora,
Era uma vez, uma criança loira,
E ninguém sabe se esta história é dela..
Minha tia, que não se casou, declamava este soneto. Nunca soube o autor.