A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia Antunes Rocha, avaliou como preocupante o índice de abstenção registrado na votação deste domingo. De acordo com informações da Corte máxima da Justiça Eleitoral, 19,11% dos cidadão aptos a votar não apareceu para votar. No primeiro turno, a abstenção tinha sido de 16,41%.” Cabe agora aos órgãos da Justiça Eleitoral e aos cientistas políticos fazerem uma avaliação”, disse a ministra, em rápida entrevista a jornalistas, concedida na sede do TSE às 20 horas, quando 98% dos votos estavam totalizados. “Toda abstenção não é boa”, completou.
A abstenção nas eleições municipais de hoje é a segunda maior na história dos segundos turnos do Brasil. Ao todo, 19,11% dos eleitores não compareceram às urnas.Somente em São Paulo, mais de 1,4 milhão de eleitores não compareceram na segunda etapa de escolha do futuro prefeito da capital paulistana.
O número só é menor do que nas eleições de 1996, a primeira totalmente informatizada no Brasil, quando o índice chegou a 19,4%. O segundo turno começou a valer em 1992.
O número de hoje também é maior do que no primeiro turno de 2012, quando 16,4% dos eleitores não foram votar.
Em 2008, o índice de abstenção foi de 18% no segundo turno e de 14,5% na primeira fase do pleito.
Passado o segundo turno, o Tribunal Superior Eleitoral terá de julgar até a diplomação dos eleitos os recursos que tratam dos registros dos candidatos. Dos mais de 8 mil processos que chegaram ao tribunal, 65% foram decididos até agora pela Corte.
Também integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia evitou falar sobre o processo do mensalão ao ser perguntada sobre o fato de o colega de STF Ricardo Lewandowski ter sido hostilizado no local de votação.