Blog do Finfa - A verdade em forma de notícia

Será às 19:30 horas desta segunda-feira (07),  na série de lives com prefeitos que este blogueiro está realizando, o nosso convidado será o prefeito da cidade de Garanhuns-PE, Sivaldo Albino (PSB). No nosso bate papo, iremos tratar dos 150 dias e ações da gestão, política municipal, estadual e nacional, entre outros assuntos. Assista pelo instagram do blog, @blogdofinfaoficial.

O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, recebeu o prefeito de Gravatá, Padre Joselito, nesta segunda-feira (7), e apresentou o Projeto Jaboatão Gerando Renda Solidária, que o gestor pretende implantar no município do Agreste para apoiar os artesãos. Anderson detalhou como o programa de Economia Solidária foi implantado e o funcionamento das lojas colaborativas instaladas no Jaboatão, que beneficiam mais de 450 artesãos. O encontro teve a participação do deputado federal André Ferreira e da secretária de Assistência Social e Juventude de Gravatá, Viviane Facundes.

“Sempre procuramos valorizar a cultura de Jaboatão e percebemos a dificuldade dos artesãos em divulgar seus trabalhos. A partir disso implantamos o Projeto Jaboatão Gerando Renda Solidária para que eles pudessem aprimorar suas técnicas e montar seus próprios negócios. Foram oferecidos cursos gratuitos de capacitação, de orientação e consultoria. Quando todas as etapas foram concluídas, entregamos as lojas colaborativas bem equipadas para que os artesãos pudessem expor e comercializar seus produtos. Hoje já tem artesão exportando para a Europa. Isso nos dá satisfação e orgulho porque investimos no talento de cada um deles e os resultados aparecem num curto espaço de tempo”, relatou Anderson Ferreira.

O prefeito Padre Joselito disse que, ao tomar conhecimento do Projeto Jaboatão Gerando Renda Solidária, teve o interesse de conhecer porque os artesãos de Gravatá nunca tiveram apoio efetivo do Poder Público. “O que temos em Gravatá não dá visibilidade aos artesãos. Eles precisam de um local adequado para apresentar suas artes e nós estávamos procurando um projeto que desse apoio ao segmento do artesanato. Esse programa de Jaboatão é muito interessante porque oferece estrutura e oportunidades. Vamos fazer um mapeamento dos artesãos que temos no município para que possamos ajudá-los a gerar emprego e renda e dar dignidade a essas pessoas”, assinalou o gestor.

Além de apresentar o Projeto Jaboatão Gerando Renda Solidária, o prefeito Anderson Ferreira colocou a equipe da Secretaria Executiva de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo à disposição do Padre Joselito para trocar informações.

O governo Jair Bolsonaro recusou vacinas da Pfizer no ano passado à metade do preço pago por Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.

Consideradas caras em agosto de 2020 pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, até 70 milhões de doses da Pfizer poderiam ter sido entregues a partir de dezembro por US$ 10 cada.

A vacinação antecipada teria evitado mortes e os prejuízos bilionários provocados pelo fechamento da economia.

Com um PIB (Produto Interno Bruto) total de R$ 7,4 trilhões em 2020, os R$ 30 bilhões agora previstos pelo Ministério da Saúde para a vacinação brasileira correspondem a um dia e meio de um hipotético lockdown nacional –desconsiderando domingos e feriados.

O valor equivale a 10% do auxílio emergencial pago em 2020 e é menos do que os R$ 44 bilhões previstos neste ano para compensar o fechamento da economia.

EUA e Reino Unido já imunizaram cerca de 40% da população com duas doses das várias vacinas adquiridas e têm economias funcionando quase livremente. Ambos pagaram cerca de US$ 20 pelas doses da Pfizer, o dobro do valor recusado pelo Brasil durante vários meses em 2020. Na União Europeia, as doses do laboratório norte-americano custaram US$ 18,60.

No Brasil, com o atraso nos contratos, as primeiras doses da Pfizer chegaram só em abril. Oito meses se passaram entre a primeira oferta e a entrega.

O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), contabilizou 53 e-mails enviados pela Pfizer ao governo a partir de agosto cobrando resposta sobre a oferta dos 70 milhões de doses.

À CPI, Pazuello qualificou a proposta da Pfizer como “agressiva”, apontou entraves em cláusulas do contrato e disse ter considerado muito elevado o preço de US$ 10 por dose –valor acatado meses depois ainda na gestão de Eduardo Pazuello.

Antes das doses da Pfizer, a imunização ocorria com vacinas do Butantan e da AstraZeneca, mas em quantidades baixas. A vacinação brasileira com duas doses limita-se a 11% da população.

Na economia, isso trava principalmente o setor de serviços, responsável por 70% do PIB e dos empregos. Nos serviços atuam sobretudo os mais pobres e menos escolarizados, que dependem do trabalho fora de casa para obter renda.

Sem vacina, a ocupação desses trabalhadores caiu até 20% na pandemia, aumentando a desigualdade e a pobreza extrema a níveis de 15 anos atrás.

O colapso nos serviços levou a série histórica de desemprego do IBGE a um recorde: 14,7%, com 14,8 milhões de desocupados.

O Ministério da Saúde diz ter destinado R$ 30 bilhões para a contratação de mais de 660 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 –considerando no cálculo unidades que ainda não encomendou de fato.

Em dólares, portanto, o país está reservando cerca de US$ 9, em média, por dose.

De um modo geral, na comparação internacional feita pela reportagem com base nas informações disponíveis, o Brasil está pagando preços compatíveis com a maior parte dos países. A grande vantagem a favor do Brasil se dá justamente com o imunizante da Pfizer –o primeiro a ter sido oferecido (e ignorado) ao governo Bolsonaro.