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Blog do Finfa - A verdade em forma de notícia

PREFEITO ELEITO DE TABIRA ANTECIPA NOMES DO FUTUROS ASSESSORES

Mesmo tendo anunciado que revelaria os secretários de seu governo em 20 de dezembro, o Prefeito eleito de Tabira Sebastião Dias vem divulgando os nomes na base da conta gotas: são de conhecimento publico os nomes de Tadeu Sampaio Brito (PSD), para a Secretaria de Planejamento e Gestão; Flávio Ferreira Marques será o Secretário da Administração; Afonso Alexandre do Amaral ocupará a Secretaria de Finanças; Albanete Melo para Tesouraria e Iêda Dias para a Secretaria de Ação Social. Outra novidade é que o prefeito eleito afirmou que chamaria no máximo 06 ou 07 secretarias e entre elas não estava a Secretaria de Planejamento e Gestão que será ocupada por Tadeu Sampaio.(Rádio Vivo – Foto Júnior Finfa)

PREFEITURA DE PRINCESA ISABEL-PB ESCONDE INFORMAÇÕES E PCdoB ACIONA A JUSTIÇA

O PCdoB da cidade de Princesa Isabel na Paraíba,  representou ao Ministério Público contra a Prefeitura e a Câmara de Vereadores e o seu presidente informou que vai recorrer à Justiça para ter acesso as despesas da edilidade e do Legislativo. Nove ofícios foram enviados tanto ao prefeito quanto ao presidente da Câmara solicitando informações e nenhum foi respondido, segundo o Blog do Tião Lucena.

Segundo o PCdoB, a protelação está atrapalhando o andamento da AIJE que tramita na Justiça Eleitoral, na qual a Prefeitura é acusada de omissão contábil, já que não contabilizou o atraso no pagamento dos transportes dos estudantes em quatro meses, colocando no balancete que tudo está sendo pago dentro do mês. Também consta atraso no repasse patronal do Instituto de Previdência Municipial, bem como no empenho do duodécimo da Cämara, alem do Decreto que exonerou todos os Comissionados, que estao trabalhando sem receber, o que é vedado pela Lei, em especial no periodo eleitoral.


PREFEITO QUER ENTREGAR OBRAS ANTES DE DEIXAR O GOVERNO

Até 31 de dezembro de 2012 o Prefeito de Afogados da Ingazeira Totonho Valadares pretende inaugurar novas obras antes de transferir o Governo para o prefeito eleito Jose Patriota, como o Abatedouro Municipal, o Centro de Produção de Móveis, a Quadra Coberta do Bairro Padre Pedro Pereira e os calçamentos dos Povoados de Queimada Grande e Varzinha. Ao mesmo tempo trabalha fortemente para concluir ainda as 210 casas do Conjunto La ura Ramos e a Nova Escola São Sebastião que está sendo construída no Bairro Costa. (Anchieta Santos)

PAJEUZEIRO IVANILDO SAMPAIO É HOMENAGEADO NA ALEPE NESTA SEGUNDA

O diretor de Redação do Jornal do Commercio, Ivanildo Sampaio de Souza, e seus 45 anos de jornalismo serão homenageados nesta segunda-feira (12) em sessão solene da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A iniciativa partiu do deputado estadual Júlio Cavalcanti (PTB).

Ivanildo nasceu em 1943, em São José do Egito, Sertão pernambucano. Ele é o mais velho dos dez filhos de Antônio Jorge de Souza e Alice Sampaio de Souza.

Conseguiu o primeiro emprego no Banco Magalhães Franco. Em 1963, ingressou no curso de jornalismo da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e, após se formar, deixou o trabalho bancário para se dedicar exclusivamente ao jornalismo. Antes de assumir o cargo no JC, ele atuou nas Empresas Bloch, Manchete, Rádio MEC, Diario de Pernambuco e TV Globo Nordeste.

JOSEZITO, UM POLÍTICO QUE NÃO SABIA O QUE ERA MEDO

A psicologia trata de investigar as origens dos seres humanos para encontrar explicações para o que são ou o que foram. A ciência, essa maravilhosa ferramenta de saber e poder inventada pelos homens nos ensina, por sua vez, que para compreender qualquer coisa, é preciso que se vá até as suas causas, as suas origens.

As vozes de todas as criaturas podem ser ouvidas na voz de um rio. Ouvi pela primeira vez a voz do ex-deputado Josezito Padilha, que partiu ontem para a eternidade, na beira do rio Pajeú, em Afogados da Ingazeira.

E dali, sem ser psicólogo, compreendi perfeitamente que o rio que ensinou ele a escutar, num tronco de uma árvore ao cair da noite, não o ensinou a ser manso.

Voz do Pajeú na Assembleia Legislativa banida pela revolução, Josezito era um político destemido, corajoso, de temperamento explosivo e pavio curto, que não cedia quando estavam em jogo os interesses coletivos e o País.

Daqueles que não engoliam desaforo, valente, que impunha medo e respeito. Não tinha cara carrancuda – e nem precisava. Bastavam seus olhos esbugalhados, que assustavam, principalmente quando contrariado e colérico.

Não o conheci no parlamento, atuando em defesa de nossa gente sertaneja. Quando cassado, eu era garoto. Minha relação com ele e sua família vem do meu pai Gastão, em Afogados da Ingazeira, de quem era aliado, correligionário, parceiro, companheiro de todas as horas do bom combate político.

Josezito e papai eram fraternais amigos, irmãos. Militaram juntos por muito tempo e juntos combateram a ditadura. O destino os separou a partir do episódio que levou o deputado a se exilar no Uruguai por 14 anos.

Foi um tempo curtido pela saudade e recordações. Recordações para o meu pai, de quem ouvi estórias das bravuras de Josezito sem fazer a menor ideia da sua afoiteza, muito maior do que imaginava. Eduardo Monteiro, velho amigo dele, bem definiu, ontem, no velório. “Nunca conheci homem tão destemido”.

Na volta, depois de tanto tempo num País em que recebeu a mão estendida do seu ídolo, o guerreiro Leonel Brizola, beneficiado pela lei da anistia, o primeiro político que Josesito procurou em Afogados da Ingazeira foi meu pai.

E dele recebeu, sem pestanejar, apoio para tentar resgatar o seu mandato na Assembleia numa campanha que, infelizmente, não fora bem sucedida. Mas que serviu para reinseri-lo no contexto dos novos tempos da política estadual.

Embora com tamanha afinidade, Josezito e papai eram extremamente diferentes, no trato, na relação e na forma de enxergar o mundo. O primeiro, brigão por natureza; o segundo, conciliador.
Talvez por isso tenham se irmanado tanto. Na verdade, não eram apenas amigos e irmãos. Eram compadres. O sonho de Josezito era ter visto meu pai, que teve quatro mandatos de vereador e um de vice-prefeito, prefeito de Afogados da Ingazeira.

Mas o tempo não se encarregou disso. Josezito, como o meu pai, tinha outra face: fora da política, era um pai amoroso, devotado à família, carinhoso e apaixonado pelas coisas boas da vida.
Apreciador da boa mesa, adorava receber amigos para um papo molhado a um bom escocês. Intelectual refinado, louco e alucinado por política, colocou o seu mandato a serviço do País, discutindo às questões nacionais, não se prendendo apenas ao regionalismo.

Aliado incondicional de Brizola, combateu como um soldado que vai à guerra a ditadura militar, conspirando dia e noite, às vezes disfarçado, para banir o regime que ceifou vidas, reprimiu direitos e pôs um fim à liberdade.

Soube, ontem, no seu enterro, pela filha Margareth, que deu o último suspiro ouvindo Olavo Bilac. Tenho certeza que o gosto de Josesito pela poesia se deu pelo rio que ensinou ele a escutar: o Pajeú, dele, do meu pai e meu.

Como todo poeta, como também o era – tinha o dom de declamar uma legião de imortais da literatura – Josezito ouvia a água do Pajeú em silêncio, água que para ele não era só agua, mas a voz da vida, a voz do ser, da transformação eterna.

Por Magno Martins