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Crônica de Ademar Rafael

HISTÓRIA CLARIFICADA

O incansável pesquisador e escritor Fernando Pires, funcionário aposentado do Banco do Brasil e internauta desde os primórdios da rede mundial dos computadores, entrega para esta e para as gerações futuras uma obra digna de todos os adjetivos de qualidade. O livro “Afogados da Ingazeira – Páginas da sua história” integrará o rol das publicações obrigatórias em todas bibliotecas que queiram informar com exatidão os fatos históricos da região em horizonte temporal distante. É uma obra candidata a seguir o caminho do sucesso obtido com “Afogados da Ingazeira – Memórias.”

Aqui destaco as observações de uma amiga e três amigos e colegas do BB, sobre o livro. Elvira Siqueira nos diz: “O carinho que Fernando dedica à sua terra natal é indizível. Ele investiga, analisa, registra, com riqueza de detalhes, tudo que está a seu alcance, desde ao primeiros sinais, as primeiras casas, os primeiros eventos, como tudo começou e como foi evoluindo até chegar aos dias atuais.” Mauro Bastos atesta: “Trata-se de um livro indispensável não só aos filhos dessa terrado Pajeú, mas, igualmente, a todos aqueles que quiserem conhecer a história de uma região abençoada do estado de Pernambuco, região fértil em bravura, determinação e acolhimento.” Milton Oliveira garante: “Assim como aconteceu com o livro anterior de Fernando Pires, este se esgotará em pouco tempo. Li-o e fiquei impressionado com tantos detalhes preciosos e curiosos, que, graças a Deus, não ficarão esquecidos sob a poeira do tempo.” Célio Pereira assegura: “Desta feita Fernando Pires se vestiu
com um escafandro, e mergulhou o mais profundo para buscar o tesouro que o mar escondia há dezenas de anos, encontrado um baú de fatos históricos por demais significativos para os filhos da terrinha.” Concordo com todos.

Deixar de ler este livro é abdicar do direito de conhecer nossa história, inteligentemente ordenada, descrita em formato claro e fidedigno. O autor, com a ética que o caracteriza, conta os fatos como eles aconteceram, as “Notas do Autor” sevem para clarear o tema, jamais alterar seu conteúdo.

Crônica de Ademar Rafael

CRISTO REDENTOR, NOVENTA ANOS.

Uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, a conhecida estatura do Cisto Redentor, completou noventa anos no último dia 12.10.21. É uma pena que muitos cariocas e brasileiros sabem de “cor e salteado” cada detalhe da Estátua da Liberdade em Nova Iorque, da Torre Eiffel em Paris e de outros momentos pelo mundo, mas, nunca foram ao alto da Floresta da Tijuca para ver um dos mais belos cenário do mundo.

Qualquer um dos acesso que nos leva ao topo do corcovando, pela Barra de Tijuca, pela Tijuca, por Santa Tereza ou outros são caminhos traçados sob inspiração divina, não tenho receio em afirmar isto. Vá e comprove o que aqui está registrado. O cenário floresta, concreto e mar é único.

Para valorizar os profissionais que contribuíram para que tal obra nos seja ofertada precisamos citar o arquiteto e engenheiro Heitor da Silva Costa, vencedor do concurso do projeto; o escultor romeno Gheorghe Leonida e o escultor francês de origem polaca Paul Landowski e o engenheiro francês Albert Caquot.

Entre os políticos que exerciam cargos públicos à época da inauguração entendemos importante citar o Prefeito do Distrito Federal, o pernambucano Pedro Ernesto do Rego Baptista; o Presidente da Provincia do Rio de Janeiro, o baiano José Lino dos Santos Coutinho e o Presidente da República, o gaúcho Getúlio Dornelles Vargas.

No campo religioso temos obrigação de citar os membros do Círculo Católico. Entidade que deu vida ao projeto, tantas vezes deixando pelos caminhos da burocracia e das dificuldades de tocar projetos de interesse coletivo, o comando foi do Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra, paulista de Espirito Santo do Pinhal, que nos deixou em 1942. Que em seu centenário o Cristo Redentor tenha motivos para festas, este ano a pandemia e o rosário de crise que comprime o pescoço do Brasil não permitiu uma festa digna. Torcemos.

Crônica de Ademar Rafael

ISAIAS ALMEIDA DE SIQUEIRA

Se alguém me pedisse para definir o sertanejo acima com uma única palavra eu não teria dúvida, esta palavra seria DISPONIBILIDADE. Em minha vida encontrei poucas pessoas com este perfil. Pessoas que estão sempre disponíveis para atender outra, sem condicionar a nada.

Tive o privilégio de trabalhar com Isaias no Banco do Brasil de Afogados da Ingazeira do dia 29.06.1977 até 15.01.1982. Foram dias de aprendizado que, mesmo com os excessos por mim praticados à época, guardo muitos destes ensinamentos até os dias atuais.

Permitam-me citar três desses exemplos: Primeiro – Cumpra suas obrigações no tempo hábil e não permita que seus serviços sejam questionados pelos seus superiores; Segundo – Respeite todas as pessoas, dando-lhe tratamentos diferenciados não pelos cargos que ocupam e sim pela necessidade do momento; e Terceiro – Seja um profissional colaborativo, ajude o colega que requer seu auxílio em determinada tarefa.

Tive a sorte de descobrir que este posicionamento era a matriz do conceito que Isaias gozava na agência e na comunidade. A correção dos seus atos era a alça de sustentação da sua vitoriosa carreira no cargo que exerceu com muito zelo e dedicação plena.

Reservado nunca se metia onde não era chamado, no entanto ao ser invocado estava com o corpo e a alma ao dispor do solicitante. Nunca vi o Velho Zaia gritar com ninguém, seu tom de voz, acompanhado por um meigo sorriso, é sua grande marca.

Sua casa serviu a amparo para muitos colegas recém chegados. Ser recebido em sua residência por ele ou Luzinete é ter acesso a um tratamento digno, revestido de muito carinho e fraternidade. Seus de filhos João Ricardo, Isabel e Ana Augusta e seus netos podem ser orgulhar de um pai e avô que, na sua simplicidade, é um grande exemplo.

Certa vez, por volta de doze horas da noite de um sábado, fui acordado por um colega de uma agência da região que precisava assinar um requerimento de férias em função de problema com família influente da cidade onde trabalhava. Corria risco de vida caso esperasse pela segunda feira. Com o colega fomos a casa de Isaias e ele, prontamente, nos levou até a agência e nos entregou o modelo do requerimento. O documento foi preenchido, conferido e assinado. Em nenhum momento questionou o motivo da pressa, sua descrição não permitia perguntas.

Poderia estender esta homenagem ao cidadão, limitei seu conteúdo aos atos do colega bancário para valorizar a ação de um profissional no exercício do seu cargo com compromisso, desprendimento e ajuda ao próximo. Colegas que conviveram com Isaias por mais tempo são portadores de lembranças que o tempo não apaga. Obrigado amigo.

Crônica de Ademar Rafael

PAULO FREIRE, CEM ANOS

Por entender que pessoas que não enxergam a servidão como uma deformação da sociedade são as mesmas que não se esforçam para absorver ideias libertárias este texto não pretende entrar nesse debate, busca jogar luz na obra do educador pernambucano Paulo Reglus Neves Freire, que tanto lutou em defesa da justiça social no mundo.

As teorias do grande pensador e defensor de libertação pela educação, são estudadas e utilizadas em diversas partes do mundo. No Brasil por motivos ideológicos são contestadas. Faz parte do nosso jeito de ser. Este fenômeno é histórico e alcança outros que se aventuraram na defesa da liberdade ou a inclusão social. As críticas que Paulo Freire fez no tocante a utilização da educação convencional, baseada em conceito para ele não adequados, e os métodos por ele propostos são utilizados como ponto de discórdia. Descaracterizar e contestar os fundamentos do educador é prática comum de diversos gestores da nossa falida educação de massa.

Apresento a seguir estrofes feitas para cordel coletivo alusivo ao centenário de Paulo Freire: “Paulo Freire antológico/Quando o ensino mudou/E em Angicos testou/Seu projeto pedagógico/Trazendo formato lógico/Popular, funcional/Ganhou fama mundial/Por que era inovador/PAULO FREIRE FOI DOUTOR/DA JUSTICA SOCIAL – Condenou com veemência/A Educação bancária/Com ideia libertária/Defendeu com coerência/O conceito de docência/Com caráter universal/Do filho do industrial/Ao filho do lavrador/PAULO FREIRE FOI DOUTOR/DA JUSTICA SOCIAL – Sua tese cristalina/No mundo é respeitada/No Brasil é criticada/Por olhar a campesina/Secretário de Erundina/Em São Paulo, capital/E o Cortella genial/Foi dele o sucessor/PAULO FREIRE FOI DOUTOR/DA JUSTICA SOCIAL – No que nos deixou escrito/Tratou de libertação/Pedagogia, opressão/Medo, ousadia e conflito/Também falou de atrito/De mudança, capital/Libertação cultural/Dando a leitura valor/PAULO FREIRE FOI DOUTOR/DA JUSTICA SOCIAL.” É legitimo discordar das minhas ponderações, ignorar a importância do educador talvez não o seja.

Crônica de Ademar Rafael

RUMO AO ANO DEZ

São muitos os simbolismos da marca de DEZ ANOS. A relação entre duas pessoas, pelo casamento, é comemorada como “Bodas de Estanho”, no linguajar cearense o termo “dez ano” é utilizado para classificar uma pessoa como legal e prestativa ou uma coisa como de alto nível e no âmbito do direito serve para definir prescrições e outras métricas.

Em nosso caso serve para aumentar a responsabilidade e continuar recebendo a preferência de cada leitora e cada leitor. Entraremos a partir da próxima crônica no ANO DEZ de publicação semanal. Poucos mantem a perseverança em um projeto dessa envergadura. Temos que agradecer muito a Deus, ao dono do blog e quem nos ler.

Nossa primeira publicação, ocorrida 05.11.2012, tratou da credibilidade das pesquisas eleitorais. Neste período a credibilidade continuou descendo ladeira abaixo e a manipulação firmou aliança com as redes sociais e cresceu de forma geométrica.

Em 06.10.2014, comemoramos o texto CEM com a crônica intitulada “Uma centena”; a crônica DUZENTOS, sob o título “Reconstrução já” datada de 12.09.2016, falou sobre a frente ampla arquitetada por  Jango/Lacerda/JK. Este assunto tem voltado a pauta política para próxima eleição sem qualquer perspectiva de êxito simplesmente porque água e óleo não se misturam; na segunda feira 27.08.2018, produzimos texto de número TREZENTOS alusivo ao poeta Rogaciano Bezerra Leite que no ano passado foi comemorado seu centenário e a produção catalogada como QUATROCENTOS foi publicada em 27.07.2020 fazendo referência ao também poeta Felizardo Moura Nunes, apresentador de festivais de violeiros e declamador de primeira linha.

No próximo ano, dia 27.06.22, a crônica QUINHENTOS será publicada com assunto de impacto em nosso cotidiano. Será um tema escolhido com critério cirúrgico. Pouca cronistas tiveram esse privilégio. Obrigado.

Crônica de Ademar Rafael

JOÃO ÉZIO NUNES MARQUES

Alguns médicos ao assumirem suas funções ampliam o que foi jurado na data da colação de grau. O Juramento de Hipócrates e demais textos lidos na cerimônia servem apenas de piso. Com isto outros valores e posicionamentos são colocados em prática na atividade diária e na relação médico x paciente.

Entre profissionais que assim procedem podemos incluir João Ézio. Quem foi por ele atendido saiu do atendimento com a indicação de uma droga para combater a doença e um afetuoso abraço e uma amizade perene. Isto mesmo, nosso homenageado de hoje sempre procurou curar a dor e quem a estava sentido.

Arrisco-me a dizer que boa parte dessa empatia nasceu de conceitos aplicados pelos seus pais, Seu Romão e Dona Salvina, na pousada que foi amparo para muitos sertanejos em Recife durante muitos anos. Referido espaço sobrava carinho no atendimento e respeito pelas pessoas. Era um ambiente de inclusão social, sem dúvida.

Em anos das décadas de 1970 e 1980 convivi com João Ézio. Fui paciente, amigo e companheiro em diversos eventos, principalmente ligados às cantorias de pé de parede. Dono de um sorriso largo, abraço fraterno e alto nível de sensibilidade ele sabia conquistar e manter amigos. Sem imposição, defendia a cultura regional como poucos.

Mudou-se para o estado do Pará e em sua atuação como médico em Marabá firmou-se como o profissional que colocava a cura dos seus pacientes acima das condições de pagar. Anos depois ao assumir a gerência do Banco do Brasil naquela cidade encontrei muitos contemporâneos de João Ézio. Todos ratificavam o que eu já sabia,  Deus o colocou no mundo para fazer o bem, para respeitar pessoas e ser cidadão pleno.

Disputou uma eleição para prefeito em Afogados da Ingazeira, os eleitores preferiram eleger seu adversário. Voltou ao Pará e continuou sendo o amigo de sempre. A derrota não tirou sua vontade de ajudar.

Reza a lenda que na virada de ano de 2009 para 2010, em evento familiar, ele fez uma recomendação para Procuradora Municipal de Marabá. Neste pedido solicitava uma atenção para comigo que na época exercia o cargo
de Secretário de Saúde do Município de Marabá. Nunca o encontre pessoalmente para agradecer. Sei que recebi além do apoio institucional, ganhei uma amiga vigilante aos meus passos.

Atualmente reside em Palmas onde continua recebendo amigos em sua residência, cuidando dos seus descendentes e distribuindo o carisma que é sua principal marca. Em festa de aniversário recebeu uma legião de
amigos oriundos de todas terras por onde passou. Não pude estar presente. Espero revê-lo brevemente e dizer, no formato presencial, o que não consegui expressar nesta crônica. Ele merece muito mais.

Crônica de Ademar Rafael

NEGOCIAR SEMPRE

No mundo em que as relações de convivência e dos negócios estão sendo direcionada para um perigoso individualismo, onde cada um estica a corda com a única intenção de ficar com a maior parte quando houver a ruptura, a arte de negociar precisa ser exercida ao extremo.

Recentemente a editora Globo lançou o livro “Negociando o inegociável”, do professor Daniel Shapiro, uma das maiores autoridades mundiais de na área de mediação de divergências. Esta obra traz luzes capazes de neutralizar escuridão que impera nos relacionamento privados e nas relações negociais entre empresas x empresas e países x países.

Ao prefaciar o livro o empresário Jorge Paulo Lemann menciona as habilidades que ele e seus sócios precisaram utilizar quando estavam negociando a união da brasileira Ambev com a Interbrew belga. Ele e seus sócios com experiência de quinze anos no mercado de bebidas enquanto os belgas atuavam no ramo de cervejas há mais de seiscentos anos. Cita que os fundamentos apresentados pelo professor Shapiro, na obra prefaciada, teriam contribuído muito nas negociações.

Esta observação de Lemann nos assegura a certeza de que para negociarmos precisamos sair do mundo do “eu” e ingressar no universo do “nós”. Neste quesito o livro nos abastece com muitos conceitos aplicáveis nas negociação onde a busca pela solução passa utilização dos pontos convergentes e ajustes nas divergências, jamais o contrário.
Todos sabemos disto, a pergunta que não cala é: “O que nos motiva a deixar de lado nossa capacidade de diálogo e partimos para uma disputa onde cada negociador pretende tirar o máximo do outro, sem pensar numa solução onde todos ganham?”

Precisamos domar os “lobos” que carregamos e alimentarmos o bom senso e a habilidades que nos levam a um ambiente onde a cooperação possa substituir a competição. Quem topa iniciar esta salutar prática?

Crônica de Ademar Rafael

EXPERIÊNCIAS TROCADAS

É do conhecimento de todos que o mundo das organizações empresariais herdam muitos conceitos, exemplos e práticas de universos em que a administração não está inserida, para auxiliar na solução de problemas de gestão. Tem origem nesta lógica a grande pergunta: “Administração é ciência ou arte?”

Na condição de administrador tenho a convicção que também podemos trazer princípios desenhados para administração para que nossas vidas ganhem facilitadores, nela como na gestão os obstáculos são muitos. Como ferramentas adequadas podemos reduzir os seus impactos e tronar a vida muito melhor do que ela se apresenta.

Nos primeiros anos desde século os professores Julian Birkinshaw e Cristina Gibson, por meio de estudo publicado na Instituto de Tecnologia de Massachusetts–MIT, colocaram o termo “ambidestria”, nas organizações e convocando os gestores para fazer escolhas que os levariam a “cuidar do negócio e da estrutura atuais e, ao mesmo tempo, olhar para negócios emergentes e estruturas futuras.” Isto é, teriam que segurar dois pratinhos rodando, estilo dos malabaristas circenses, ao mesmo tempo.

Seguindo a lógica proposta ser “ambidestro” e muito mais que atuar simultaneamente com as duas mãos é, acima de tudo, dosar suas ações para que a sustentação do negócio atual e seu encontro com o futuro ocorram de forma automática, com perenidade e sem sobressaltos.

Sendo assim cara leitora e caro leitor, façam uma reflexão sobre raciocínio deste cronista, em relação ao assunto. Entendo que se deixarmos de lado o imediatismo, a superficialidade que impera em nossos dias e colocarmos nossas energias para fazermos bem o que estamos fazendo e nos preparamos para o futuro teremos resistência

para trilhar nossa caminhada com certeza de êxito e com menores esforços. Quem encara?

Crônica de Ademar Rafael

NOVO BEM-ESTAR

A revista HSM-Management edição de julho-agosto-21, apresenta estudo feito pela Mc-Kinsey, um dos pesos pesados da consultoria mundial, que aponta as oportunidades surgidas com as novas escolhas das pessoas, em função dos transtornos superados durante a pandemia.

Em levantamento feito em seis países, com sete mil e quinhentos consumidores, detectou uma tendência para utilização de produtos e serviços que possam promover um “Novo bem-estar”, pautado nas seguintes variáveis: Saúde, forma física, nutrição, aparência, sono e meditação.

Percebam que são variáveis ligadas a cada pessoa. Mesmo não sendo especialista no assunto tenho a percepção que este direcionamento decorre do tempo que cada ser humano do planeta, durante momentos que enfrentou os traumas da pandemia, teve para olhar par para ele mesmo. Ou seja as pessoas se redescobriram e detectaram necessidades que extrapolam os olhares antes da pandemia.

O que isto tem com cada um de nós? Pode muito bem ser a indagação das leitoras e dos leitores. Antecipo minha resposta: “Muita coisa”. Eu mesmo passei a cuidar de problemas de saúde que vinha adiando. No meu caso o tratamento passa exatamente por cinco das seis variáveis acima. Está fora a aparência, apesar da saber que esta seguirá a melhoria das demais.

Portanto, pensem na personalização. Esqueçam um pouco a massificação dos conceitos. Neste caso “O pau que bate em Chico não bate em Francisco”. Se alguma leitora ou algum leitor presta serviços ou vende produtos que alcançam as dimensões de bem-estar aqui abordadas fiquem atentos aos anseios do seus usuários ou clientes. Concordo com as avaliações sobre as oportunidades geradas com as novas escolhas.

Quem ler antecipadamente o cenário colhe os melhores frutos. Quem chega cedo bebe água limpa. Mãos à obra.

Crônica de Ademar Rafael

ANTÔNIO XAVIER DE OLIVEIRA

Existe uma sabedoria popular que garante: “Educação vem do berço”. Sobre isto podemos até discordar, mas, jamais podemos dizer que não tenha verdade e comprovação em muitos casos. Toinho Xavier é um dos exemplos.

Jovem começou a trabalhar na Mercearia de João Nunes e seus irmão, com enorme capacidade de tratar bem as pessoas teve atuação destacada no atendimento. Nas salas de aula do nosso querido Ginásio Industrial teve seu potencial descoberto pelo gênio da comunicação Waldecyr Menezes. Foi levado para um teste na Rádio Pajeú. Diante do mestre da radiofusão da época, de Dom Francisco e João Gomes, nervoso e com muita simplicidade cumpriu as tarefas indicadas. Ao final os avaliadores perguntaram a Waldecyr: “Este menino dará certo como locutor?”. Com sua experiência o ‘mago dos microfones’ disse: “Agora não, com um pouco de tempo provarei que sim.”

Com esta injeção de ânimo, Toinho Xavier abraçou a oportunidade e começou comandar os programas “Festival dos Brotos”, “As quinze mais da faixa quente” e “Clube do Disco”. O sucesso junto aos ouvintes ratificou a premonição de Waldecyr Menezes após o teste. O programa “Clube do Disco”, cuja interface com os fãs era via cartas pagas, foi um marco na Rádio Pajeú. Para dar vencimento ao número de pedidos e de mensagens dos ouvintes era um trabalho imenso. A quantidade de cartas a serem atendidas exigia ação, respeito e, principalmente, compromisso.

Aprovado em todas as missões recebeu, com muito orgulho e sem vaidade, o encargo de substituir seu patrono nas folgas e conduzir o sucesso absoluto que era o programa “Parabéns pra Você”, aos domingos. Todos sabem que os programas apresentados por Waldecyr Menezes eram sinônimo de sucesso, substituir o titular era missão árdua, Toinho Xavier com muita espontaneidade e estilo próprio cumpriu a delegação recebida com êxito.

Paralelamente ao comando dos programas na Rádio Pajeú Toinho Xavier tinha tempo para encantar cantando em conjuntos locais ou animando festas familiares. Além da bela voz um destaque a ser registrado era o respeito que ele tinha com seus fãs. Nunca se utilizou a fama e a popularidade para benefício próprio.

Esta forma de tratar as pessoas e a educação esmerada foram com Toinho Xavier para as outras atividades que desenvolveu na CELPE e no IBGE. Atualmente na loja de artigos religiosos. No famoso ‘Beco de Zezé’, nosso querido radialista e cantor atende seus clientes com esmero, paciência e com sua marca: muita educação. O sertanejo hoje incluído na galaria “Pessoas do meu sertão” nos ensina que gentileza gera gentileza e respeito gera respeito. Obrigado meu amigo, você é professoral com seus gestos e suas ações.