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Lafepe completa 60 anos de história, compromisso e inovação na saúde pública

Nesta terça-feira (27/05), o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe) comemora 60 anos de uma história marcada pelo cuidado com as pessoas, pela produção de medicamentos acessíveis e pelo compromisso com a saúde pública. O laboratório, que foi fundado em 1965, cresceu, se modernizou e hoje é uma referência nacional, se tornando um dos maiores laboratórios públicos do Brasil, abrindo caminhos importantes na indústria farmacêutica.

O Lafepe foi um dos primeiros a fabricar, no Brasil, remédios voltados para doenças negligenciadas, aquelas que afetam principalmente as populações mais vulneráveis e que muitas vezes são esquecidas. Até hoje é o único no país a produzir o benznidazol, essencial para tratar a Doença de Chagas. Lá atrás, nos anos 1990, o Lafepe também teve papel fundamental na luta contra a AIDS, fabricando os antirretrovirais que salvaram milhares de vidas.

“Todo pernambucano e pernambucana nutre um sentimento de orgulho em relação ao Lafepe. São 60 anos na produção de fármacos estratégicos para a saúde pública. Essa trajetória garante importância enorme para Pernambuco e Brasil, com inovação, compromisso social e excelência produtiva. Com o apoio contínuo do Governo de Pernambuco e a confiança da nossa sociedade, a instituição seguirá sua jornada de sucesso nos próximos anos. O futuro da saúde pública começa aqui, no coração do Nordeste, com o compromisso de garantir acesso a medicamentos e contribuir para o fortalecimento do SUS”, declara a secretária estadual de saúde, Zilda Cavalcanti.

Ao chegar aos 60 anos, o laboratório não só comemora o que já construiu, como dá passos importantes para o futuro. Em 2024, firmou um convênio de R$ 260 milhões com o Ministério da Saúde (MS). Com esse investimento, está modernizando sua fábrica, no bairro de Dois Irmãos, no Recife, comprando novos equipamentos e ampliando toda a estrutura para produzir mais e melhor.

O objetivo é dobrar a capacidade de produção e agilizar os processos, com mais qualidade e segurança. Quem explica é Bety Senna, diretora técnica industrial do Lafepe: “A gente tem buscado sempre modernizar a produção, trazendo tecnologias novas, que ajudam a deixar tudo mais eficiente, seguro e dentro dos padrões internacionais. Isso faz toda a diferença para que os medicamentos cheguem ao SUS com mais rapidez e qualidade.”

Djalma Dantas, diretor comercial, reforça que o laboratório está pronto para encarar novos desafios: “Com a fábrica renovada e a capacidade de produção ampliada, a gente se sente preparado para crescer ainda mais. Queremos oferecer novos produtos, alcançar novas parcerias e continuar contribuindo com a saúde pública do Brasil com ainda mais força.”

O Lafepe vai muito além da produção de medicamentos. Envolve-se diretamente em ações sociais. Um exemplo é a produção de óculos, que são entregues gratuitamente a alunos da rede pública estadual de ensino, numa parceria com as secretarias de Saúde (SES-PE) e Educação SEE-PE) de Pernambuco.

Durante a pandemia de Covid-19, quando o país mais precisou, o Lafepe se adaptou rapidamente. Começou a produzir álcool em gel e outros insumos básicos que ajudaram no combate à crise sanitária. “O Lafepe esteve presente nos momentos mais difíceis. Isso só mostra como a indústria pública é importante para garantir saúde com independência e qualidade”, lembra Plínio Pimentel, presidente do laboratório.

Outro ponto a se destacar é o investimento em ciência e inovação. O Lafepe tem parcerias com instituições, como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), desenvolvendo novos medicamentos, como os produzidos para o tratamento da hanseníase.

“O futuro do Lafepe passa pela pesquisa, pela ciência e pela inovação. A gente quer ser cada vez mais um centro de referência no Brasil, juntando o conhecimento acadêmico com a prática da indústria para melhorar a vida das pessoas”, diz Plínio. “Nosso papel não é só fabricar medicamentos, mas  formar profissionais, gerar conhecimento e desenvolver soluções que transformem a saúde pública de verdade”, enfatiza.

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