
Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado estadual Diogo Moraes estranhou o fato do secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, opinar sobre o trancamento da pauta na Casa de Joaquim Nabuco, alegando falta de sustentação jurídica na votação de alguns projetos. Para Diogo, é uma ironia o próprio governo querer que os projetos não andem no Legislativo estadual, como a indicação do novo presidente da Adagro.
“Seria cômico, se não fosse trágico. O próprio secretário da Casa Civil do governo diz que não ‘há meia trava’, insinuando desinteresse com a fluidez dos trabalhos legislativos. Primeiro, que ele não foi eleito deputado e, neste quesito, não pode interferir no regimento interno da Casa. E essa avaliação que o secretário fez significa que o próprio governo não quer que as coisas sejam encaminhadas e, nesse bojo, a aprovação que a Alepe fez para o presidente da Adagro, justamente num momento de tensão com casos de gripe aviária. É um governo perdido, cheio de lambança e que mais uma vez mostra como é desarticulado. O próprio Túlio é um ‘desarticulador’ mor! Eu espero que ele tenha mais respeito por aqueles que são os legítimos representantes do povo de Pernambuco”, cravou o parlamentar.
Diogo também ressaltou que os deputados são quem, regimentalmente, têm a prerrogativa de questionar a governadora sobre o não pagamento das emendas parlamentares, um dispositivo constitucional. E não o contrário. “O que o secretário da Casa Civil deveria fazer, e não faz, é tentar melhorar a relação institucional entre os dois poderes. E não sair por aí imputando aos deputados o que eles não fizeram. A Alepe é a casa do diálogo; sempre estamos dispostos a ouvir. Aprovamos rapidamente o nome do novo presidente da Adagro na Comissão de Justiça e o governo deu ordem para os aliados esvaziarem o plenário na votação. A Alepe fez a sua parte e é o governo quem precisa prestar contas ao povo”, destacou Moraes.

Seja o primeiro a comentar