ATÉ QUANDO?
Em virtude de viagens a trabalho ou na condição de turista passei recentemente pelos seguintes trechos rodoviários no estado de Pernambuco: Ibimirim x Inajá; Sertânia x Pernambuquinho; Bom Nome x São José de Belmonte e Trevo BR 116 x Cedro. Classificar tais rodovias como vergonhosas é uma afronta, a palavra merece algo com o mínimo de valor para ser a ela equiparado.
Desde que voltei ao nosso querido Nordeste, há oito anos, percebo que a meta de governantes do nossa estado é tirar de circulação qualquer coisa que teime em funcionar adequadamente. É um sucateamento geral. A cada dia fica como a cantiga da perua “de pior a pior”. É a falência múltipla da gestão, os usuários de serviços públicos estão abandonados.
O fenômeno da incompetência é extensivo a outras áreas. Não tenho dúvida que no final dos anos 1960 eu e um amigo, com uma carroça de burro e um tonel de duzentos litros, fomos mais eficientes no fornecimento d’água em Jabitacá do que a COMPESA atualmente. Quem reside em Afogados da Ingazeira, com a Barragem de Brotas situada a menos de dois quilômetros, sofre com racionamento e falta do precioso liquido.
O pergunta utilizada no título desta crônica não tem resposta fácil. Se a faixa de terra entre o rio São Francisco x Serra de Teixeira – Recife x Betânia do Piauí que já foi chamada de “Leão do Norte”, nos dias atuais alterar essa nomenclatura para “Gato ferrugem do Norte” desagradará o pequeno felino da Índia.
Na embalagem que vai o veículo utilizado por mim e Messias na fornecimento d’água em Jabitacá, com a troca das rodas de pneu por rodas de ferro como dos antigos carros de bois, voltará a ser o meio de transporte em vários trajetos de Pernambuco. Veículos motorizados se tornarão impróprios para transitar nas rodovias estaduais. Repito a pergunta sem resposta visível: “ATÉ QUANDO?”