SILÊNCIO
Nesta crônica que encerra o conjunto de textos do décimo ano deste blog, buscamos inspiração para falarmos sobre o silêncio na frase: “Lembre-se da sabedoria da água: ela nunca discute com seus obstáculos, ela simplesmente os contorna.”, extraída do o site “Frases do bem”.
A escolha tem como base a certeza de que nela está inserida o sustentáculo da minha decisão em recorrer ao silêncio todas as vezes que percebi que minha ponderação, por mais adequada perante meu juízo de valor, criaria mais embaraços do que soluções para cada momento. Não nego, fugi do debate para evitar desgastes com parceiros em negócios e amigos.
Outras frases maravilhosas existem dando ao silêncio o status de sabedoria e prudência. Por outro lado a frase a seguir também é revestida de verdades: “O silêncio somente não é bom quando objetiva ferir o outro com a indiferença ou o desprezo.” Esta frase foi extraída de texto publicado pelo site “Mundo espírita.” Defendo a tese que não podemos, por omissão, nos calar diante de uma injustiça praticada contra nós ou terceiros.
O silêncio trazido para essa reflexão não é o silêncio amparado pelo inciso “LXIII” do Artigo 5º da nossa Constituição Federal nem no Artigo 186 do Código de Processo Penal do nosso país. Estamos falando sobre o silêncio que evita discursões intermináveis, que leva ao tumulto e desarmonia. Este é o que tenho ensaiado com a pretensão de chegar ao ponto ideal. É um exercício contínuo para colocar limite em nossa vocação para nos “metermos em tudo”, para ouvirmos mais do que falarmos e, principalmente, avaliamos antecipadamente o tamanho do estrago causado por nossa ponderação.
Que saibamos transformar essa escolha em um bem salutar para nós, para a comunidade que habitamos e para o mundo. Seguirei tentando, convido cada leitora e cada leitor a fazer o mesmo. Topam?