Cuidado! abram bem os olhos que os leões já começam a fazer suas rondas.
Estamos a pouco mais de um ano para as eleições, onde serão escolhidos o Presidente da República, governadores, deputados estaduais e federais e os Senadores. Daqui a pouco os leões saem de suas tocas e começam a procurar as presas que lhes serão mais fáceis. E olhem que, conforme a nossa crônica de 30.08, a porta de entrada é no NE. Foi assim com Lula, com Dilma, com Marina e com os demais não será diferente. Nessa época somos muito bem procurados porque representamos 26,9% do Brasil e temos 39,2 milhões de votos. E isso é tudo ou somente o que eles querem; O resto vocês já sabem de có e salteado como funciona.
Continuamos na mesma pisada. Para os eleitores, não será fácil encontrar nas prateleiras que serão apresentadas, um político que lhe represente. É muita mercadoria vencida e totalmente estragada que aparece com embalagem nova para enganar aos mais incautos. As promessas, cada uma mais mirabolante que a outra, já começam a surgir e chegam a nos causar arrepios. Querem um exemplo: No último final de semana de agosto, Lula discursava para uma plateia de simpatizantes dizendo “que se voltar ao poder vai comandar de forma diferente; dessa vez não irá confiar em qualquer um”. Disse isso em Alagoas abraçado com o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros. “Bolinha de ouro que responde por apenas 12 processos na justiça”.
Faltou Fernando Collor de Melo naquela foto. Daqui a pouco será a vez dos Sarney’s, no Maranhão, dos Campos em Pernambuco e de outros mais que possam oferecer divisas ao processo da cata de votos, para ele ou para quem de direito. Se Lula não for candidato terá o seu, com certeza. O partido jamais ficaria de fora do processo político. Para ganhar as eleições eles fazem qualquer negócio como fizeram com Temer ao fecharem acordo com o PMDB, pois sabiam da força do partido em uma eleição presidencial. Agora, quando o tiro saiu pela culatra, ficam procurando desculpas por essa “maldita herança” deixada aos brasileiros.
As escolhas não serão das mais fáceis e terão que ser muito criteriosas. Procurem estudar a vida pregressa do seu candidato, saber que leis em nosso benefício ele ajudou a aprovar, quais as causas sociais que ele defende, o que tem feito pelos mais humildes. Fuja de promessas vãs e evite intermediação de outros políticos que lhes são mais próximos. Não venda sua dignidade por dinheiro sujo carregados em malas, meias ou cuecas. Muito menos em bolsos, mesmo que a roupa do portador seja novinha em folha. É dinheiro sujo também.
E agora a melhor: eles estão inventando um tal de “Distritão” e tentando aprovar uma reforma para nós pagarmos as despesas das campanhas. É muito engraçado. Você se sacrifica para ver seu filho realizar um sonho. Investe o que não tem, pede ajuda aos amigos e familiares e, ao término do curso ele ainda vai mendigar para encontrar uma colocação no mercado, seja como autônomo ou através de um concurso público. Quantos de nós não tem exemplo de filhos que estão ou estiveram desempregados nesses tempos de crise? E não temos a quem recorrer. Prova disso é a onda de terceirizações e a ausência de concursos públicos.
Agora nós vamos pagar para os políticos realizarem os seus sonhos, eles são empregados de imediato e continuam sendo pagos por nós. Brincadeira, não? Por curiosidade, deem uma olhadinha no Portal da Transparência e pesquisem: Os deputados estaduais mais caros do Brasil estão no Distrito Federal, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre salários, verba de gabinete e cota parlamentar, cada deputado do DF (distritais) custa R$ 3 milhões por ano. Em seguida vem os cariocas que custam R$ 2,9 milhões. São Paulo completa o “top3” com R$ 2,5 milhões por deputado. Só nesses três estados o custo anual que pagamos é de R$ 8,4 milhões. Tá vendo aí porque eles sonham tanto com os cargos? E você vai ou não vai ajudar a eleger esses coitadinhos? Aliás, você saberia dizer quanto ganha o seu deputado estadual, o seu prefeito, o seu vereador?
Um pouco de prudência nunca fez mal a ninguém e é muito bom nos mantermos informados para não darmos passadas à toa. Principalmente quando a decisão só depende de nós.
Danizete Siqueira de Lima- Afogados da Ingazeira – setembro de 2017.