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Em meio aos gestos de distanciamento da ala do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) do partido, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, evitou polemizar e afirmou que continuará trabalhando para unificar a sigla.
Em entrevista na tarde desta quinta-feira (31), após evento no Palácio do Campo das Princesas, o governador comentou o encontro com o senador, em Brasília, na última terça-feira (29). Paulo admitiu que há “ruídos e queixas”, mas que prefere “aparar as arestas para resolver as questões”.
“Disse ao senador Fernando que estou à disposição para o diálogo, para o entendimento, e para a busca de soluções. E para as parcerias, independente de qualquer caminho que possa ser trilhado. Vou continuar procurando o senador para os assuntos que são importantes para Pernambuco. E sei que vou contar com ele para ajudar também nas ações do governo aqui”, disse Paulo.
Questionado sobre a entrevista do deputado federal Jarbas Vasconcelos, à Rádio Jornal, Paulo afirmou que não discutiria questões eleitorais agora.
Jarbas é aliado político e amigo de Paulo e adotou um discurso brando na manhã desta quinta-feira (31) e, inclusive, abriu a possibilidade de aceitar uma aliança com o PT.
“Posso ser acusado disso ou daquilo, mas não sou uma pessoa intolerante. O PT chegando chegou, deixa ele chegar, não faz mal nenhum, eu não vou me incomodar não”, disse Jarbas, durante entrevista à Rádio Jornal.
O governador afirmou que respeita a posição de Jarbas e que vai continuar trabalhando para aumentar a confiança dele no trabalho realizado pelo governo.
Quanto à possibilidade de união com o PT, Paulo se disse ‘aberto ao diálogo’, mas disse que só discute alianças em 2018. “A população não quer que eu perca tempo com isso. A população quer que o governador eleito para quatro anos do governo, até 31 de dezembro de 2018, trabalhe focado em resolver os desafios de Pernambuco. E são muitos”, afirmou.