A responsabilidade de um gestor começa nas urnas, mas não termina nelas. As gestões que se colocam ao julgamento popular devem necessariamente aceitar a soberania das urnas e zelar até o último minuto pela prestação básica dos serviços públicos e a responsabilidade com o erário, respeitando a imposição constitucional do tempo de mandato e o valor do voto.
Em Tuparetama, a gestão derrotada nas urnas comandada pelo grupo político derrotado na justiça, finaliza o mandato com o sucateio absoluto dos bens públicos, a interrupção de serviços básicos e uma sensação de desgoverno ainda mais acentuada do que a que acompanhou esses quatro anos de gestão improvisada.
Se o caos na saúde foi o calcanhar de aquiles desse governo, depois da derrota nas urnas o Hospital Municipal só não fechou as portas. Mas reduziu a escala médica, interrompeu transferências e continua sem realizar procedimentos cirúrgicos. A empresa fornecedora de medicamentos para o município recolheu o já pequeno estoque por falta de pagamento.
Os veículos do município estão esquecidos na garagem municipal e a preocupação do prefeito maquiador de obras parece que começou na convenção dos partidos e terminou na sua derrota no último 2 de Outubro.
As comunidades rurais agonizam com a interrupção do abastecimento de água. O gestor dos poços simplesmente abandonou a zona rural, deixando a população carente desassistida na sua maior necessidade: a água.
A irresponsabilidade administrativa ainda se acentua. O governo atual vai entregar uma prefeitura que falhou em 4 anos na sua função precípua: GERIR COM RESPONSABILIDADE.
Com a demissão de todos os profissionais do Nasf, fisioterapeuta, psicólogo , terapeuta ocupacional , num ato de irresponsabilidade extrema, visto que tal atitude anula o esforço e a responsabilidade de um projeto que privilegia e valoriza uma parcela da população antes desassistida, o programa continua registrado nos sistemas competentes, ou seja, os recursos continuam a chegar, mas sem a prestação do serviço.
O Concurso Público alardeado no ano eleitoral foi cancelado definitivamente após a derrota nas eleições, que apesar de ressarcir os candidatos não corrige a irresponsabilidade da gestão em contrariar orientação anterior do Tribunal de Contas para não realização, e ainda assim divulgou edital e recolheu pagamentos de inscrição.
Apesar da ausência de surpresas, por toda a inoperância já conhecida nesse mandato, a gestão ainda consegue superar a ela mesma no quesito ruindade. A parte boa dessa história é que apesar da herança sucateada e do legado maldito que essa gestão deixará o prenúncio de melhores dias chegou com a vitória de Sávio Torres que já começou a “pegar no serviço” e é especialista em transformar ostracismo em progresso. (Blog Mais Tuparetama)