A Receita e a Polícia Federal deflagraram, nesta terça-feira (12), a operação Alter Ego, que visa desarticular quadrilhas especializadas em fraudar bases de dados do Cadastro de Pessoa Física (CPF) da Receita – os documentos seriam utilizados na abertura de empresas, empréstimos bancários e outras ações ilegais. A ação é realizada nos estados de Pernambuco, Pará, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
De acordo com a Polícia Federal, a operação busca cumprir sete mandados de prisão preventiva, 17 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de condução coercitiva, 19 ordens de identificação criminal e sete afastamentos de agentes públicos – sendo quatro da Receita e três dos Correios.
A operação foi iniciada após análise de risco interna da Receita Federal por meio de seus Escritórios de Corregedoria, que detectou que alguns servidores e empregados dos Correios, entidade conveniada para inserção e alteração de CPFs, estavam envolvidos na emissão de centenas de CPFs com indícios de fraude. Há pouco mais de um ano, após o início da investigação conjunta, foram colhidas provas de existência de pelo menos três quadrilhas especializadas.
Os principais crimes investigados são de inserção e alteração de dados falsos em sistemas informatizados públicos, corrupção passiva e corrupção ativa – todos com penas para cada crime de 2 a 12 anos – além de lavagem de dinheiro e associação criminosa.