
Emoção em dose dupla
Ano passado, mais ou menos por essa época, eu escrevia uma crônica enaltecendo o craque l Messi, que acabara de ganhar a Bola de Ouro e, desnecessário se faz destacar as qualidades do argentino, que defende a bandeira do espanhol Barcelona, ao lado do brasileiro Neymar.
Desta vez, o atacante Cristiano Ronaldo, atleta do Real Madrid (ESP), desbancou o próprio Messi e o francês Ribery (Bayern de Munique) e foi eleito o melhor jogador da temporada 2013. O português recebeu o título concedido pela FIFA e pela revista France Football, das mãos de Pelé.
O outro acontecimento digno de registro é que o rei Pelé foi homenageado com uma Bola de Ouro especial. Ressalte-se que Pelé não tinha esse prêmio, uma vez que na época em que jogava, o troféu era restrito aos atletas que atuavam na Europa e, como sabemos, o Rei sempre jogou no futebol brasileiro, mais precisamente no Santos da Vila Belmiro (SP), clube pelo qual construiu a sua história.
Ambos não seguraram as lágrimas e choraram. “É um grande momento. Já queria ganhar
novamente há muito tempo. Estou muito feliz, trabalhei bastante para isso”, disse Cristiano Ronaldo, que era apontado favorito pelo desempenho com a camisa do real Madrid e da Seleção Portuguesa. Cristiano Ronaldo recebeu 27,99% (1.365 pontos) dos votos, contra 24,72% (1.205 pontos) de Messi e 23,36% (1.127 pontos) de Ribery. O sueco Ibrahimovic foi o quarto, enquanto Neymar completou o top-5.
A Bola de Ouro é uma votação feita por técnicos, capitães das seleções e alguns jornalistas. Foi a segunda vez que Cristiano Ronaldo recebeu o prêmio. A primeira vez foi em 2008, ano em que ganhou a Liga dos Campeões pelo Manchester United.
Os demais prêmios foram para Ibrahimovic, pelo gol marcado pela Suécia no amistoso contra a Inglaterra (gol mais bonito). Por sua vez, o alemão Jupp Heynckes foi eleito o melhor trinador. Ele foi campeão da Liga dos Campeões, do Campeonato Alemão e da Copa da Alemanha pelo Bayern de Munique, hoje de Pep Guardiola.
No feminino, a Bola de Ouro foi para a goleira alemã Nadine Angerer, que destacou-se no Campeonato Europeu vencido pela Alemanha. As outras duas finalistas foram a meia-atacante brasileira Marta e a atacante americana Abby Wambach.
Com mais uma edição da Bola de Ouro e a respectiva entrega dos prêmios aos escolhidos, resta-nos parabenizar os atletas e dizer da nossa satisfação pela homenagem aquele que foi, é, e continuará sendo por muitos anos, o maior atleta que o mundo conheceu. Podemos até dizer que passou da hora mas, nunca é tarde para se homenagear um craque do quilate de Edson Arantes do Nascimento. O mineiro pobre de Três Corações que com apenas 17 anos de idade encantava o mundo com seu futebol rápido e de uma beleza inigualável: Com cabeceadas mortais, dribles desconcertantes e tendo uma inteligência acima da média, ele enchia os olhos dos que o viam jogar e as redes adversárias de gols.
A “Bola de Ouro de Honra” entregue ao Pelé está em boas mãos e irá juntar-se a um sem número de troféus que o rei abocanhou ao longo de sua carreira. Afinal, era somente o que lhe faltava. Portanto, nossos parabéns, também, a esse ilustre filho que tanto orgulha o nosso futebol.
Por: Danizete Siqueira de Lima

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