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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

O que esperar de 2014?

Sem susto e de forma pragmática esta resposta poderia ser: “Muito pouca coisa” Mas, por respeito a cada leitor vamos avaliar melhor.

Não tenho dúvidas que será um ano de muitas dificuldades para a esmagadora maioria dos brasileiros e será um ano ótimo para os “marqueteiros”, advogados com especialização em justiça eleitoral, cabos eleitorais e outros profissionais ligados às eleições.

O país será sangrado pelos políticos que, movidos pela necessidade de permanecer nos cargos, farão muitas “irresponsabilidades fiscais”. Esta desgraça chamada reeleição permite quase tudo na forma legal e tudo com o jeitinho brasileiro.
Quem já cumpriu dois mandatos usará os recursos públicos para eleger amigos que possam dar continuidade a sua “obra”, com isto as finanças da União e dos Estados serão direcionadas para fins impublicáveis. 
Esta atenção redobrada para perpetuação do poder deixará o país fragilizado para exploração pelos especuladores. Bolsa de valores, dólar e euro se encarregarão de subtrair parte do que sobrar das 
campanhas.
Para merecer o título de pessimista do ano registro que boa parte dos recursos que escapar das eleições e da especulação financeira será entregue aos organizadores da Copa do Mundo de Futebol. 
As sobras serão direcionadas para as diversas bolsas criadas pelo poder central, em ano de eleição o populismo é revigorado com o “red bull” das boas intenções.
Fica, no entanto, a certeza que no final de 2014 quem empatar será vencedor. Pensando nisto vou trabalhar muito mais que trabalhei em 2013 e ficar quietinho aqui nas barrancas do Tocantins, estudando e semanalmente publicando as crônicas neste “blog” que, por natureza, não tem medo de crise.
Mas, considerando que 2+0+1+4=7 e SETE é o número “sagrado, perfeito e poderoso” para numerologia há muita possibilidade das afirmações acima não se realizarem. Reze e trabalhe.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

Retrospectiva 2013
Final de ano é hora de fazermos uma retrospectiva. Para este texto usei a numerologia 2013 = 6 (2+0+1+3) e minha percepção sobre seis ocorrências destacáveis no ano que se encerra, extraídas de fatos reais, sem ordenação quanto ao grau de importância.
Iniciamos com a sensação de que a impunidade começa a ser banida no Brasil com a execução das penas impostas aos condenados pelo Supremo na Ação Penal 470, popularizada como Mensalão. Foi o começo, há muito campo a ser percorrido.
Destacamos queda do mito “EUA” perante seus aliados diante da comprovação de espionagem pelo mundo, sob as ordens do xerife do universo. Foi a constatação do que todo mundo sabia e não queria dizer por total omissão aos “ianques”.
Registramos o “pulo de cerca” do Governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Após anos sob às ordens do comandante Lula rebelou-se nas eleição de Recife ao eleger uma “ponte”, “poste” quem elege é o ex patrono. O roçado petista pode ter perdido um operário o mundo politico, com certeza, ganha um rebelde com causa: A Presidência de República.
Assistimos no Rio de Janeiro, sob orientação espiritual do carismático Papa Francisco, a Jornada Mundial da Juventude. O novo pontífice demonstrou seu jeito diferente de tratar os católicos. Ao substituir Bento XVI o argentino deu outra cara ao catolicismo. 
Vimos protestos de diversos tons, exigindo um amontoado de coisas. Positivo nos movimentos foi a ausência de lideranças formais e a espontaneidade. Como ponto negativo identificamos a presença de “agentes”, pagos por não sei quem e sob proteção de máscaras, que causaram destruição em patrimônios públicos e privados. O movimento durante a Copa das Confederações acendeu a luz amarela, alguns políticos entenderam a mensagem. 
Encerramos com a perda de Mandela, este sim um líder acima dos interesses mesquinhos dos países centrais e do capitalismo cruel. Suas causas e seus ideais aproximam sua figura de líderes da estatura de Gandhi e Martin Luther King Jr. Que venha 2014…

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

O difícil retorno
Há algum tempo fui procurado por uma mãe que solicitava uma cadeira de rodas para seu filho que em função de um tiro ficou paraplégico. Durante a conversa a mãe angustiada fez o seguinte relato: “Meu filho era uma pessoa comportada, temente a Deus e trabalhadora. Não sei como, passou a consumir das drogas, alterou seu comportamento e chegou a envolver-se com o crime, através de pequenos furtos. Deixou de trabalhar e passou a agredir toda família. Segundo a polícia apurou foi baleado numa guerra entre grupos rivais.”.
Em seguida a sofrida mãe desabafou: “Seu Ademar, pode parecer uma loucura, mas, eu prefiro ver meu filho numa cadeira de rodas perto de mim do que curado no mundo das drogas.”.
Na época debati o assunto com algumas mães que trabalhavam comigo e todas foram unânimes em afirmar que para uma mãe o sofrimento de ver um filho “desgarrado socialmente” e longe dos seus ensinamentos pode leva-la a ter um comportamento supostamente egoísta. Tudo é feito em nome de um amor impossível de ser medido.
Em novembro estive em Brasília, fiquei hospedado em um hotel próximo do Conjunto Nacional e tive oportunidade de assistir terríveis cenas de degradação de seres humanos. Durante a madrugada é comum ver grupos de usuários de drogas transformados em verdadeiros farrapos humanos; no decorrer do dia podemos ver alguns deles “desmaiados” pelas ruas.
As cenas levaram minha lembrança para o diálogo travado com a mãe do cadeirante e uma certeza tomou conta da minha consciência: Enquanto nossas autoridades ficarem discutindo se o flagelo das drogas é um problema de saúde pública ou um problema social a solução não virá.
O retorno difícil do mundo das drogas será possível quando houver uma união entre o carinho extremado dos familiares, uma política pública séria e a vontade dos viciados. Algo fora disto é pregar no vazio. Ação imediata.

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

Perdi meus ídolos
No início dos anos 70, época que eu estudava no Ginásio Industrial, movido por ideais de Dom Francisco e de outros mensageiros da liberdade inocentemente acreditava na luta em favor de um país mais justo socialmente.
Em 1974, durante a campanha de Marcos Freire ao senado, comecei a admirar o quinteto; Cristina Tavares, Fernando Lira, Jarbas Vasconcelos, Marcos Freire e Roberto Freire.
Nos pleitos eleitorais entre 1978 e 1994 sempre votei em um deles na expectativa de que seriam guardiões da guerra contra os desníveis sociais do Brasil. No Mato Grosso do Sul no ano de 1985 fui assistir um pronunciamento de Fernando Lira na campanha de prefeitos das capitais. Naquela época vibrei com a vitória de Jarbas Vasconcelos na eleição de prefeito da capital de Pernambuco.
Hoje, 40 anos depois percebo que perdi meus ídolos. Marcos Freire foi tragado em 1987 por acidente aéreo na região que atualmente resido no Pará; Cristiana Tavares foi derrota na luta contra um câncer em 1992 e Fernando Lira faleceu no início de 2013. 
Jarbas Vasconcelos e Roberto Freire transformaram-se em porta vozes da turma de José Serra, em nada espelham os líderes que tanto admirei. Não há crime em mudar, o preço é que a identidade original fica no caminho, a segunda via costuma perder nitidez.
Hugo Chaves trocou a direita pela esquerda, o militarismo pelo populismo e morreu caricaturado de ditador. Os dois remanescentes dos meus ídolos da juventude estão em uma encruzilhada, os eleitores no próximo ano darão rumo às suas trajetórias.
Neste período, teimosamente, continuei do mesmo lado apesar de convivência cotidiana com o capital – dos outros é claro. 
Fico, portanto, com a mensagem “A pobreza é fruto da falta de acesso, à riqueza, ao conhecimento e ao poder” escrita por Juarez de Paulo, no artigo “Desenvolvimento é coisa séria”. 
Na expectativa que isto mude a utopia continua morando comigo.
Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DO ADEMAR RAFAEL

O circo está armado
Nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, no dia 11.10.2005, levei meu filho Sávio, então com 13 anos, para assistir Brasil 3 x 0 Venezuela no Mangueirão, Belém do Pará.
Durante a execução do Hino Nacional, emocionado meu filho falou: “Obrigado pai. Prometo que quando houver um mundial no Brasil eu retribuirei este presente levando o senhor para assistir uma partida da Seleção Brasileira”.
Estamos às vésperas da Copa do Mundo no Brasil, eu por vontade própria renunciei ao direito de receber a retribuição do meu filho, por dois motivos. O primeiro é que Sávio está no penúltimo ano da faculdade de engenharia e sua principal fonte de renda é o estágio remunerado, distante dos preços de ingressos cobrados pela FIFA. 
O segundo, mesmo sendo apaixonado por futebol, não tenho estômago para me submeter às regras impostas por uma entidade externa que teima em afrontar a soberania nacional ao modelar nosso comportamento e nossos gestos. 
Com o sorteio realizado na linda Costa do Sauipe a FIFA encerra os eventos antes do mundial, portanto, o circo está armado. O número principal será realizado pelos jogadores, a plateia serão poucos afortunados, a FIFA levará o dinheiro e os palhaços somos nós contribuintes do país mais vezes campeão do mundo, que 
pagaremos a conta maior e assistiremos aos jogos ouvindo Galvão Bueno e sua turma, “Haja coração”.
Os países participantes estão distribuídos em grupos “montados” pela FIFA no belo cenário baiano, a saber: Grupo A – Brasil, Croácia, México e Camarões; Grupo B – Espanha, Holanda, Chile e Austrália; Grupo C – Colômbia, Grécia, Costa do Marfim e Japão; Grupo D – Uruguai, Costa Rica, Inglaterra e Itália; Grupo E – Suíça, Equador, França e Bolívia; Grupo F – Argentina, Bósnia, Irá e Nigéria; Grupo G – Alemanha, Portugal, Gana e EUA e Grupo H – Bélgica, Argélia, Rússia e Coréia do Sul. 
Vou cobrar do meu filho uma viagem para curtir o São João no nordeste, cabe no orçamento e não é manipulado pela FIFA.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

Que a lei é a base, jamais o teto.
Tenho visto nos últimos tempos, em nome de um legalismo exacerbado, várias decisões judiciais – nas diversas instâncias – onde a lei se fez presente e a justiça não compareceu.
Quando buscamos em versões livres disponíveis na internet encontramos que LEI procede do Latim “Lex” que significa “regra, norma”. Trata-se de uma norma ou um conjunto de normas concebidas por um poder soberano para regular a conduta social e impor sanções a quem não as cumpre. No âmbito do Direito, a lei em sentido formal é um conjunto de normas jurídicas elaboradas pelas autoridades competentes para constituírem os direitos e obrigações dos indivíduos.
No mesmo espaço encontramos que DIREITO significa conjunto de normas que se divide em positivo ou natural. O direito positivo são as normas criadas e postas em vigor pelo Estado; o direito natural são as normas derivadas da natureza, ou seja, são as leis naturais que orientam o comportamento humano, os direitos fundamentais.
A JUSTIÇA, no mesmo ambiente, é o respeito à igualdade de todos os cidadãos e é um termo que vem do latim. É o principio básico que tem o objetivo de manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal, podendo ser reconhecida como mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais.
Vislumbrando que os julgadores façam justiça, na condição de leigo prefiro o enunciado do Prof. Paulo Roberto Soares Mendonça: “A vinculação do juiz à lei deve ser concebida dentro da perspectiva de uma sociedade em acelerado processo de mudança e não sob uma visão inerte, estática”. 
Ao magistrado é dado o poder para julgar, sem ser conivente com procedimentos inadequados ou subserviente a qualquer ingerência externa, o mundo contemporâneo cobra decisões pautadas na legislação e revestidas de justiça. Aplicar somente lei é para o poder soberano, julgar dando equilíbrio é o caminho a trilhar.
Façamos justiça senhores operadores do direito.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DO ADEMAR RAFAEL

Mudou pouco?
Na orelha do livro 1889, de Laurentino Gomes, encontrei o seguinte texto: “O imperador Pedro II, um intelectual respeitado, governou um país dominado pela escravidão, pelo analfabetismo e pelo latifúndio”.
Neste novembro, 124 anos depois, a situação do Brasil tem muito haver com o que existia na época da Proclamação da República, analise comigo.
Há um pouco mais de 10 anos tivemos como governante outro Imperador, Fernando II, também um intelectual respeitado, que como o anterior tinha a cabeça e o coração no exterior e na “modernidade”. Pedro II comprou o telefone, Fernando II vendeu.
A escravidão foi ampliada. Se no tempo da instalação da república recaia somente sobre os afrodescendentes, no Brasil contemporâneo os escravos estão espalhados pelas favelas, sertões e guetos. São os dependentes dos favores governamentais, os que foram excluídos de todos os processos em que habitem cidadania e dignidade, muito deles sequer tem o registro civil.
Nos idos de 1889 as pessoas eram divididas entre os que sabiam ler e os que não liam coisa alguma. Nos tempos modernos ao primeiro grupo foi adicionado o contingente formado pelos analfabetos funcionais. Tudo sob as bênçãos de um Estado cujos “mandarins” são beneficiários da exploração da ignorância.
E os latifúndios?  Os movimentos sociais cuidaram dos latifundiários convencionais que estão um pouco em baixa, a União Democrática Ruralista (UDR) não deu conta de protegê-los. Neste quesito houve um deslocamento. Podemos encontrar verdadeiros latifúndios na indústria farmacêutica, na comercialização de planos da saúde, na mineração, na construção civil, nos transportes, nas comunicações, no sistema financeiro, no sistema de ensino privado e em outros setores que o Imperador Fernando II deu musculatura para explorar o país e seu sofrido povo.
Para os países centrais continuamos uma republiqueta de bananas, usuária de produtos chineses e “vigiada” pelos americanos.  
Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

Dois netos com “N” maiúsculo.
O que Pedro Gídio e Zé Dantas têm em comum além da origem no sertão nordestino? Com certeza muitas outras coisas. Aqui quero destacar dois dos seus netos.
O primeiro nos deu de presente o Neguinho de Heleno, o grande Maciel Melo que hoje dispensa apresentações mais sofreu muito, engoliu muito não e muita poeira para chegar aonde chegou.
O poeta de Carnaíba, autor de “Vozes da Seca” e de tantos outros sucessos do rei Luiz, deixou para o mundo a neta Marina Elali, talentosa cantora e tão bonita quanto a musa inspiradora de “A Letra I”, Dona Iolanda.
O que estes travessos netos aprontaram? Maciel Melo depois do magistral “Isso vale um abraço” ainda encontrou espaço para criar o álbum duplo “A poeira e a estrada”, Marina Elali gravou “Duetos – Homenagem a Luiz Gonzaga e Zé Dantas”.
Tais DVDs representam obras de tão alta envergadura que a “ficção futurista” deveria criar um “micro chip” que inserido em nossa retina reproduzisse os dois espetáculos permanentemente, sem necessidade do uso de aparelhos convencionais de reprodução de som e imagens.
Em “A poeira e a estrada” a musicalidade nordestina desafia os limites da criação humana, no trabalho “Marina Elali Duetos” o novo e o tradicional criam uma simbiose de extrema perfeição. Nos dois momentos, como que atraída por um magnetismo cósmico Dona Iolanda estava presente.
Recife, a capital do frevo, serviu de cenário e hospedou os dois projetos. Pernambuco que serviu de moradia para os avós abraçou os netos dando-lhes um conforto parecido com o que um retirante recebe ao chegar à sombra de um juazeiro, depois de uma longa travessia pelas estradas do sertão sob sol escaldante. 
Espero ver os dois meninos juntos em um projeto musical. Vocês que recebem tantos cantores nos projetos individuais juntem as forças brindem o mundo com outros momentos mágicos.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

O dinheiro e a missão.
Entre as diversas frases de Leonel de Moura Brizola tem uma que me acompanha na vida: “Pior que a falta de recursos no setor público é quando gastamos mal”. 
Até os postes tem conhecimento que a saúde no Brasil é um poço sem fundo, não há recursos suficientes e quando há gastamos muito mal.
Recentemente numa prestação de contas da Organização Médicos sem Fronteiras (MSF), encontrei um demonstrativo com as informações a seguir:
Com R$ 440,00 os MSF ofertam 10 dias de hospitalização ou 25 dias de tratamento em domicílio para 5 adultos. Por este valor um hospital público não oferece vaga nem no necrotério e no caso de tratamento no domicílio não dar nem para passagem do coletivo.
Com R$ 49,00 é feito o tratamento combinado de artesunato (ACT) contra malária para 23 adultos. Munido destes recursos um paciente brasileiro não encontra guarida nem em uma destas farmácias populares, talvez com muito esforço dê para fazer um chá caseiro. O gás de cozinha e o açúcar consumirão os trocados.
Por último dizem os MSF que a importância de R$ 96,00 é suficiente para realização de 100 testes rápidos de malária. Em nosso Sistema Único de Saúde (SUS) gastaríamos o valor somente para cobrir os custos com a compra da espátula, conhecida como abaixador de língua.
Não resta dúvida que a organização MSF conta com os serviços de voluntários e com doações, mas, a pergunta que não cala é: Por que o custo da saúde pública supera todas as expectativas?
Para tentar responder esta indagação teríamos que utilizar o espaço de várias crônicas e com certeza ficariam muitas dúvidas.
O certo é o dinheiro quando é utilizado para algo onde o sentido da missão é maior do que a remuneração pelos produtos e serviços rende muito mais, em processo inverso transforma-se, como diz o sambista, em vendaval.

Por: Ademar Rafael

CRÔNICA DO ADEMAR RAFAEL

Nasceu grande
Em outubro do ano passado quando comecei escrever para o ”Blog do Finfa” semanalmente tinha certeza que estava contribuindo para um projeto vitorioso.
Hoje, após a ressaca da festa de um ano, vejo que a percepção do momento inicial está materializada. Por mérito, o projeto caminha rumo à estabilidade em um universo onde as oscilações e as mudanças ocorrem com a mesma rapidez que as notícias são postadas.
O que explica então o sucesso do blog? Não tenho qualquer dúvida que ele advém de dois fatores. O primeiro a capacidade de Júnior de Zezito Sá em atrair e conservar amigos, isto conta muito no mundo das comunicações, as fontes de informação migram em direção ás pessoas confiáveis e amizade tem tudo haver com confiança. O segundo fator é a credibilidade e a honestidade dos propósitos. Durante o primeiro ano Júnior teve a coragem de não proteger ninguém, sempre colocou a verdade e a isenção acima de outros interesses, fato raro nesta seara.
Alexandre Morais, em suas estrofes maravilhosas, revelou a mais nítida fotografia que vi de uma pessoa, tais versos deram relevo às qualidades do nosso amigo Finfa com a naturalidade encontrada somente nos poemas do Pajeú, não são elogios baratos, representam o sentimento de todos aqueles que desfrutam da amizade do homenageado. 
Vendo as fotos da festa de aniversários pude rever amigos de Júnior devolvendo um pouco do que receberam durante anos, Finfa nasceu para servir. Os abraços recebidos no evento são revestidos da extraordinária força gerada única e exclusivamente no universo criado pelo trio confiança, gratidão e reconhecimento.
As mensagens alusivas ao primeiro ano do “Blog do Finfa”, da mesma forma deste texto, retratam o agradecimento de quem, através do referido espaço, tem acesso a notícias atuais, às poesias de Diomedes Mariano, a opinião de Danizete, as crônicas deste matuto e muito mais. Valeu que venha a primeira década.
Por: Ademar Rafael