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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
PASSA A RÉGUA
Na nossa Constituição Federal em seu Artigo 20, Inciso IX, podemos ler: “São bens da União: …os recursos minerais, inclusive os do subsolo. ”É possível que na época da elaboração da Carta Magna este texto expressava um pouco de verdade, nos dias atuais são onze palavras compostas de cinquenta e duas letras em estágio terminal.
A parte solida dos recursos minerais que não está sob o manto da VALE, atual nome de Companhia Vale do Rio do Doce, pertence a uma mineradora nacional ou de capital externo.
A porção gasosa é explorada pela Petrobrás ou por uma das empresas vencedoras de processos de concessão ou privatização. Mesmo tratamento é recebido pelo quinhão líquido e inflamável, conhecido como petróleo.
A água como sabemos é explorada por empresas privadas que engarrafam água mineral e pelas concessionárias de serviços público, algumas delas já privatizadas.
Na questão da água potável a joia da coroa é o Aquífero Guarani, considerado precioso bem do nosso subsolo, que alcança Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Do total de 1,2 milhões de km², em torno de 70% (840.000 km²) estão em nosso território, precisamente nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Sem estresse para o sistema poderá ser explorado 28 Km³/ano da parte que nos cabe no latifúndio aquático, estes recursos minerais estão sendo explorados atualmente por meio de poços, basicamente no estado de São Paulo.
Mas, como somos um país diferente e nossos governantes gostam de transformar o texto constitucional em letra morta o governo atual, estrategicamente, está negociando com as gigantes Nestlé e Pepsi a exploração de referida riqueza em processo de concessão.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
ESCRAVIDÃO NOSSA.
A exploração do homem por ele mesmo vem desde o tempo do sofrimento hebreu na Babilônia e no Egito, passou pela servidão na Idade Média, pelo período escravocrata no Brasil Império e chega aos nossos dias com o mesmo requinte de crueldade.
Quando vemos as cenas de refugiados em barcos infláveis tentando atravessar o mar mediterrâneo e remetemos nossos olhares para as cenas descritas por Castro Alves no poema sobre os navios negreiros, enxergamos o mesmo filme de segregação entre os povos.
Nos países de origem os escravos atuais são explorados na indústria da pesca, na mineração, na agricultura e outras áreas. Ao serem “acolhidos” nos países que conseguem desembarcar são levados a atividades extremas para o limite do corpo e da alma, em troca de uma ração diária. As senzalas das fazendas de café foram trocadas moradias insalubres, feitas com os restos das sobras e em locais impróprios para sobrevivência de insetos.
Na esmagadora maioria dos países, inclusive o Brasil, os “latinos”, os “africanos” e “indianos” são explorados na execução de serviços indignos para qualquer ser humano. A exploração sexual e o tráfico de órgãos fecham o ciclo de perversidade e de submissão que o modelo atual de escravidão apresenta ao mundo.
A ditadura da tecnologia, a centralização da riqueza e a flexibilização das relações trabalhistas sugerem que a situação agora verificada tende a se agravar nas próximas décadas. Se levarmos em consideração os cenários disponíveis a legião de excluídos crescerá em escala geométrica.
Vozes isoladas ecoam sem serem captadas. Pedidos do Papa Francisco e de outros humanistas são ignorados. Nós relutamos em estender a mão para os que estão nos batentes abaixo do nosso, mas, para ficarmos na zona de conforto suportamos as pisadas dos que estão nos batentes superiores. O individualismo e a falta de misericórdia serão os insumos que alimentarão o sistema vigente.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
TRATAMENTOS DESIGUAIS
Quando ampliamos o conceito “É o pacto federativo que define as funções dos entes federados – União, estados e municípios – e a fonte que vai subsidiar tais responsabilidades. Em outras palavras: quem faz o que e de onde sai o dinheiro para pagar a conta”, extraído de ponderação do ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto, podemos alcançar os incentivos fiscais existentes na área de atuação da SUDENE.
Jamais, contudo, chegaremos à essência da sua desigual distribuição.Neste assunto, como no acesso à justiça, quem tem recursos – materiais e financeiros – é merecedor de maiores benefícios.
Sabemos que grandes produtores de cana-de- açúcar da zona da mata recebem maiores incentivos que os produtores da mesma lavoura em Santa Cruz da Baixa Verde; que os produtores de frutas nos projetos irrigados do São Francisco e dos municípios de Barbalha e Missão Velha no Ceará ganham benefícios maiores que os produtores do brejo paraibano; que os produtores de leite das bacias leiteiras do agreste pernambucano e da região de Batalha em Alagoas merecem maiores cotas do que os produtores do sertão do Pajeú em Pernambuco.
Ao nos depararmos com iniciativas para expandir os benefícios contemplados na Lei Complementar 125/2007, com inclusão de novos municípios dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais assim como a inclusão de municípios do estado do Rio de Janeiro, propostas dos Deputados José Fernando Aparecido de Oliveira (PV-MG) e Evair Vieira de Melo (PV-ES) julgamos pertinentes as indagações a seguir: “Mesmo sabendo que as regiões onde estão localizados os novos municípios são merecedoras de tratamento especial é justo que sejam por meio de incentivos da SUDENE?” “Referido atendimento não devia ser coberto com outros fundos uma vez que os recursos da SUDENE sequer atendem os moradores do semiárido nordestino?”.
Com a palavra os legisladores do Nordeste, uma vez que eleitores que os elegeram não acessam os incentivos por lei a eles destinados.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
SEM LUZES E SEM TÚNEIS.
O possível exagero do título desta crônica tem origem no paredão de mármore que o gestor público brasileiro tem diante de si atualmente.
Como se os problemas estruturais não fossem suficientes para tirar o sono dos administradores públicos eis que surgem três fatos para torrar os limites da paciência e da capacidade de gestão.
O primeiro é uma imprensa movida por interesses financeiros que se acha no direito de destituir quem entender. A preservação da fonte possibilita que notícias reais ou fantasiosas caminhem juntas na perspectiva de desestabilizar qualquer governo. Limite não é censura é equilíbrio.
O segundo é a decantada “opinião pública”. Que se altera com a mesma velocidade da mudança de uma biruta de aeroporto em dia de ventos fortes e apresenta-se de acordo com interesses pessoais e de grupos em prejuízo aos interesses de toda comunidade.
O terceiro é a clara guerra entre os poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – cuja independência repousa na literatura. Cada um defende pontos de vista dispares e quando questionados afirmam que agem em sintonia com a “opinião pública”.
Esmagadora maioria dos nossos governantes, após a mentirosa redemocratização, agem de forma pouco republicana. Tais ações fertilizam o terreno para que as três “forças” acima mencionadas nasçam, floresçam e produzam frutos.
A instabilidade que deriva dos erros dos gestores com adição dos três ingredientes sob comentário levam a uma ingovernabilidade por falta de saídas ou luzes ao seu final. É o preço das escolhas indevidas.
As soluções passam por um profundo reordenamento político, jurídico e social cujos atores não tem a menor interesse em realizar. É possível que caminhemos à deriva até o caos total. Como existe uma teoria que “do caos vem a ordem” é nela que devemos apostar nossas fichas.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
AJUDA INDEVIDA?
A crise que atualmente esmaga as perspectivas de um futuro melhor na Venezuela deriva da uma escolha equivocada dos Governos Chaves-Maduro para minimizar o fosso social daquele país.
O modelo, com largo apelo social, denominado de bolivariano tinha um dos eixos a inclusão social aliada à distribuição de benefícios sociais com recursos oriundos das receitas do petróleo. Os defensores da prática dizem que o renda de um país precisa alcançar todo povo dando oportunidade aos excluído até então.
Com todo respeito aos que assim pensam, destaco que esta escolha por mais justa que pereça ser tem vida curta. A fonte de renda distribuída sem reciprocidade vicia e cria uma espiral negativa. Todo recipiente de onde as retiradas são superiores as entradas caminha para o esvaziamento.
Vi em Caracas e em La Guaíra, capital do estado de Vargas e importante porto venezuelano, quanto à política chavista herdada com ênfase por Maduro foi nociva. Na periferia de referidas cidades acumulam-se problemas que numa escala geométrica agrava o desnível social que o regime dizia combater.
A distribuição incontrolada de benefícios sociais sem que os beneficiários retribuam com produção de bens ou serviços que guardem compatibilidade com os recursos recebidos é caminho tortuoso que alguns governantes teimam em percorrer.
Em qualquer país é possível aliar a distribuição de renda com geração de receitas. Os ensinamentos do associativismo e do cooperativismo estão aí para serem aplicados. Já atuei nessa área e posso afirmar com total segurança que sendo a “utopia” substituída pelo “pragmatismo” a fonte geradora das receitas distribuídas torna-se sustentável.
O nosso vizinho caribenho tem cura? Sim, para isto é necessário que a lógica econômica do “pragmatismo” tome o lugar da “utopia bolivariana” e o país volte a produzir receitas para suporta às políticas sociais.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
CULTURA TEM FRONTEIRAS?
Nesta polêmica sobre a invasão de “seres estranhos” nas festas juninas do nordeste, especialmente Campina Grande-PB, tenho uma visão intermediária, ou seja, não fico com o oito e muito menos com o oitenta.
Acredito que nas grandes áreas de shows pode sim ter a presença de cantores e de bandas de fora, desde que não extrapolem o bom censo, deve ter o espaço divido com artistas regionais. Nossa música nordestina atravessa uma grande fase, temos nomes de talento para representar nosso universo musical aqui e pelo mundo. Não temos porque ter medo.
As quatro estrofes a seguir representam minha percepção sobre a universalidade do que produzimos. A crítica feita sobre o “sertanejo” e a “sofrência” no forró não tem a mesma intensidade quando artistas de fora do Brasil apresentam-se em nosso país.
Pro teatro em Mossoró/Levo a dança da catira/Para Praça de Tabira/Levo um show de carimbó/Chitãozinho e Xororó/Na festa de Parintins/Pra Palmas em Tocantins/Levo a dança do xaxado/E o Quinteto Violado/Pra Marília, Assis e Lins.
Levo a Festa do Divino/Pra feira em Caruaru/O frevo e o maracatu/Eu levo pra Ouro Fino/Valdir Teles e Laurentino/Levarei pra Castanhal/Levarei para Natal/O Gaúcho da Fronteira/E a moda pantaneira/Exporto para Sobral.
Levarei o Boi Bumbá/Pra Vitória da Conquista/Levo o nosso cordelista/Pra festa de Cuiabá/Levo para Maringá/Xote, forró e baião/Vou levar o vanerão/Pro São João de Jequié/E a dança do Sairé/ Levo pra Jaboatão.
Caprichoso em Juazeiro/Garantido em Petrolina/E o São João da Campina/Levo pro Rio de Janeiro/O nosso Dedé Monteiro/ Fará show em Macapá/Vou fazer em Marabá/Uma grande cavalhada/E farei uma vaquejada/No centro de Corumbá.
Viva a cultura brasileira, desde que nos represente e tenha sentido.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
SEMIÁRIDO
Os interessados em uma visão critica sobre as politicas publicas desenvolvidas ao longo do tempo para mitigar os efeitos da estiagem no semiárido leiam o livro “Dom Sertão, Dona Seca”,escrito por um filho de Princesa Isabel, na Paraíba.
Luiz Augusto Crispim ao apresentar a obra afirma: “Em vez de palanque eleitoral, o povo da Paraíba, em particular, e do Nordeste em geral, devia, todo ano, marcar hora e lugar para ler Dom Sertão, Dona Seca de Otávio Sitônio Pinto, na praça principal de Princesa Isabel, de Mossoró, do Recife e do resto desse mundo de Deus, mas também do diabo na terra do sol”. Seu conselho deriva do costume dos gregos que liam em praça pública, em tom de comício.
O autor, baseado em estudos profundos e no conhecimento sobre o tema, atesta no ensaio que antes de tentarmos mudar as características da região devemos desenvolver atividades compatíveis com as suas características naturais e sua aptidão. A base das medidas propostas seguem, de perto, os ensinamentos do nosso conterrâneo José Artur Padilha com seus experimentos no município de Afogados da Ingazeira.
Aponta a obra que a ampliação da região conhecida como polígono das secas para o litoral e outros estados fora do Nordeste não passou de uma manobra política para alcançar com incentivos fiscais os aliados das autoridades que aprovaram a medida. E sem ficar em cima do muro emite opiniões, como as abaixo, sem medo das discordâncias. “A lavra predatória do arado e do fogo são o cangaço da terra”. “Transpor o Chico é como aterrar o Pantanal com o Planalto Central”. “O diluvio milagroso do São Francisco não resolveu a seca nem em sua ribeira”. “Chuva é água, mas água não é chuva”.
Apesar do principal objetivo do ensaísta ter sido analisar a área por ele denominada como SAIR–Semiárido Irregular, o autor fez registros da política, do cangaço, do poder dos coronéis, da mineração e d’outros assuntos que traduzem nossa rica história de lutas a sacrifícios.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
VENDAS TURBINADAS
O palestrante Aaron Ross e o investidor Jason Lemkin lançaram através da HSM o livro “Hipercrescimento” e nele apresentam situações reais e previsíveis para que as empresas cresçam de modo perene.
Na apresentação das propostas para que as empesas saiam da estagnação e alcancem crescimentos exponenciais nas vendas os atores sugerem praticas testadas em organizações pelo mundo. Para correta aplicação dos modelos indicados são necessárias ações nas estratégias, nas estruturas físicas e, especialmente, nas pessoas.
Uma vez escolhida e treinada a equipe será possível constatar que o grupo será composto por cinco tipos de colaboradores. Quem já trabalhou como coordenado ou como coordenador com certeza conviveu com um ou mais colegas de trabalho com as características identificadas, transcritas a seguir.
“Mini-CEO – Empreendedor nato da equipe, uma pessoa que não tem medo de assumir o comando de um programa e garantir seu progresso; Carreirista – Pessoa que se satisfaz em escalar a hierarquia da empresa. Ela é capaz. Gosta de resolver problemas; Batedor de Ponto – Colaborador só vai à empresa pelo salário, fazendo o mínimo necessário e recusando-se a mover uma palha a mais; Reclamão – Excelente para detectar problemas, mas não sabe como resolvê-los e Tóxico – Pessoa Sociopata, psicopata, mentirosa, crônica ou simplesmente tóxica”.
São como estas pessoas que as empresas contam dar superar seus objetivos. Seguindo a mesma ordem da apresentação dos tipos identificados ficam estas dicas, adaptadas do texto original, para aplicar em cada caso. Nunca limite a ação de um “Mini-CEO”; dê desafios novos e crescentes para os “Carreiristas”; defina claramente as obrigações e responsabilidades para os “Batedores de Ponto”; verifique as informações advindas do “Reclamão” e livre-se dos “Tóxicos”.
Uma coisa é certa: Oportunidades existem, faltam estratégias corretas, estruturas adequadas e ótimas equipes. Ação, crescer é possível.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
FALHA NA COMUNICAÇÃO?
As maiores falhas do governo Dilma representadas pela interlocução com a Câmara e com o Senado, foram eficazmente sanadas com chegada de Temer ao poder. Geddel, Padilha e Imbassahy como profundos conhecedores das “veredas” do legislativo deram conta do recado.
Esta mesma eficácia não é percebida na interlocução com o restante da população. Os subterfúgios e textos “cifrados” têm contribuído para que as mensagens sejam captadas com ruídos. Vamos avaliar os casos abaixo, tirem suas próprias conclusões.
Na fatídica sexta-feira que a Polícia Federal deflagrou a operação “Carne Fraca” o Secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento conseguiu numa entrevista coletiva nada dizer. A utilização dos serviços de uma churrascaria especializada em carnes importadas após evento destinado para provar que nossos controles são confiáveis e nossa carne é de qualidade superior foi muito além da um ato falho.
Em 29.03.17 o “Estadão” noticiou que Temer ao falar durante a cerimonia de assinatura do Decreto com as novas regras de inspeção de produtos de origem animal afirmou que o Irã havia retirado o embargo. O problema é que tal país não tinha embargado nada. A ação do governo iraniano fora pedido de informações.
O ministro Henrique Meirelles no evento que marcou as providências do
governo para sanar o rombo orçamentário conseguiu soltar a pérola que não houve aumento de impostos com a mexida na desoneração da folha de pagamento e na tributação (IOF) das operações das cooperativas de crédito. Caro ministro como é possível que uma alíquota “zero” passe para um número positivo ou uma alíquota de um determinado número seja cobrada por um numero maior não incorra em aumento? Assim o entendimento fica impossível.
Talvez a explicação para os fatos sejam que nossos governantes tenham um nível de entendimento superior ao nosso. Eita povo inculto.
Por: Ademar Rafael
CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL
COMEMORAR O QUE?
Cento e trinta e um anos depois dos eventos em Chicago, setenta e sete anos do nascimento do salário mínimo e setenta e seis anos da criação da Justiça do Trabalho a data primeiro de maio perdeu o glamour. De uma data festiva transformou-se em feriado normal.
As grandes manifestações, assim como os pronunciamentos dos presidentes da república ou ministros do trabalho são coisa do passado.
Há muito pouco para comemorar neste dia histórico. O salário mínimo não atende as necessidades básicas de um trabalhador e é insuficiente para suprir as despesas primárias de uma família.
Na Justiça do Trabalho amontoam-se processos, as audiências são marcadas para datas a perder de vista. Os resultados das causas trabalhistas, em sua maioria, atendem muito mais aos interesses dos operadores do sistema do que a classe trabalhadora.
A legislação trabalhista é um catalogo de regras ultrapassadas, conflituosas e nocivas aos interesses das partes. Sua atualização arrasta-se há muito anos no congresso nacional, a nova versão está no forno.
A lei da terceirização recentemente aprovada na Câmara e sancionada pelo Presidente da República tem avanços, vícios e não assegura direitos concretos aos trabalhadores. A recente decisão do Supremo Federal que isenta o ente contratante dos serviços da responsabilidade sobre valores de direitos trabalhistas não recolhidos tempestivamente pela empresa contratada, por mais que caibam justificativas, gera insegurança.
O nível de desemprego e as condições de trabalho impostas pelos empregadores em alguns setores da economia obrigam trabalhadores a aceitar empregos cuja execução e remuneração beira ao regime de escravidão que a Princesa Isabel tentou abolir em nosso país.
Portanto, caros leitores e leitoras, neste primeiro de maio espero que tenham dormido até mais tarde. Deixem para comemorar neste mês o dia das mães, estas sim: “Não nos escraviza”.
Por: Ademar Rafael