SEPSE
O título desta crônica pode remeter a atenção da leitora ou do leitor para um órgão público do estado de Sergipe, contudo, não se refere a esse assunto e sim ao nome dado para “infecção generalizada”.
Mas, hoje não vamos falar sobre a maior causa de mortes evitáveis no mundo. Falaremos sobre o sistema político brasileiro que sob o olhar deste modesto cronista se encontra com alto nível de infecção. Não existe medicamentos capazes de combater os danos causados ao país, ao seu povo e aos interesses coletivos.
Que fique claro e evidente que não podemos nem devemos culpar cidadãs e cidadãos que disputam os pleitos eleitorais e são eleitos, concorrendo aos cargos pretendidos sob o manto da legislação vigente.
Qualquer brasileira ou brasileiro que resida no espaço compreendido entre a nascente do Ailã, no Monte Caburaí estado de Roraima, ao Arroio do Chuí, no Rio Grande do Sul e entre a Ponta do Seixas na capital do estado da Paraíba e a Serra da Contamana, na nascente do Rio Moa no estado do Acre sabe que com os mecanismos atuais jamais reduziremos o fosso social e a lama em estado de putrefação do nosso sistema.
Por meio do voto poderíamos mudar algo se não continuássemos votando nos mesmos, elegendo os de sempre. Se colocarmos os eleitos para os cargos de governador, senador, deputado federal e deputado estadual em ordem alfabética encontraremos nomes de famílias que estavam nos cartazes preto e branco da época dos nossos avós.
Isto mesmo, famílias que receberam votos dos nossos avós continuam recebendo nossos votos. A proliferação de familiares na política ganha das duplas sertanejas no Centro Oeste do Brasil e é páreo duro para o cupim “coptotermes gestroi”, que povoa o mundo. Em resumo: “Votando nos mesmos, vamos continuar na mesma.” Que venham 2024, 2026…
O mestre Ademar, como sempre, muito feliz em suas colocações. Diante do exposto, fica evidente de quem é a culpa de tantas famílias se perpetuar no poder.