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STF ABRE INQUÉRITO PARA INVESTIGAR RENAN, JUCÁ, RAUPP E JADER BARBALHO
O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta terça-feira (14) a abertura de um novo inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e os senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jader Barbalho (PMDB-PA).
Os quatro serão investigados por suspeita de desvios na construção da hidrelétrica de Belo Monte. Pelo mesmo motivo, já havia sido aberto no fim de maio um inquérito sobre o senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Todos são suspeitos pela prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, por suposto recebimento de propina em contratos da obra. O caso de Belo Monte está sob relatoria do ministro Luiz Edson Fachin e tramita fora dos processos relativos à Operação Lava Jato.
A investigação das suspeitas de pagamento de propina na construção da hidrelétrica de Belo Monte foi autorizada por Fachin com base na delação premiada de Luiz Carlos Martins, funcionário da empreiteira Camargo Corrêa, dentro da Operação Lava Jato.
Embora o relator dos processos da Lava Jato no STF seja o ministro Teori Zavascki, o tribunal sorteou um novo ministro porque a denúncia de Martins não se trata de um desdobramento do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.
As suspeitas sobre Calheiros, Jucá, Raupp e Barbalho surgiram nos relatos feitos pelo senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) no acordo de delação premiada assinado por ele.
O procurador-geral ressaltou ao Supremo que Luiz Carlos Martins apontou somente Edison Lobão como beneficiário de vantagens indevidas, mas que Delcídio mencionou outros supostos destinatários da propina.
Além de falar nos nomes de Romero Jucá, Renan Calheiros, Valdir Raupp e Jader Barbalho, Delcídio apontou ainda como supostos operadores do esquema os ex-ministros do governo Lula Erenice Guerra (Casa Civil) e Silas Rondeau (Minas e Energia).
Segundo o senador, Erenice, Silas e o ex-ministro Antonio Palocci atuaram para permitir os desvios e “fizeram aproximação com os grandes empresários”.
Segundo o senador, o pagamento à época foi de R$ 30 milhões em propina para PT e PMDB. Parte do suborno, destacou Delcídio, teria sido pago para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010 e parte para o “grupo de José Sarney” no PMDB.
O dinheiro teria origem em consórcio da construção da usina, capitaneado pela empreiteira Andrade Gutierrez.
“Os políticos não apenas tinham consciência de que os valores eram provenientes das vantagens indevidas destinadas aos diretores e altos funcionários de empresas públicas e sociedades de economia mista federais, mas também atuavam, direta ou indiretamente, para a continuidade do esquema de pagamento de vantagens indevidas, seja pela manutenção dos diretores em seus cargos, seja pela manutenção do cartel de empresas ou, ao menos, pela não interferência em seu funcionamento”, diz Janot no pedido de investigação.(G1.COM)
TEORI ANULA ESCUTA DE LULA E DILMA E ENVIA PARA MORO CASO DE SÍTIO E TRIPLEX
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (13) o envio para o juiz federal Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, as investigações relativas ao sítio em Atibaia (SP) e ao triplex em Guarujá (SP) atribuídos ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Na decisão, Teori também anulou a validade jurídica da escuta telefônica que interceptou conversa do petista com a presidente afastada Dilma Rousseff.
Os inquéritos remetidos nesta segunda-feira a Curitiba apuram se o ex-presidente ocultou patrimônio e se recebeu vantagens de empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras, na forma de reformas ou através do pagamento de palestras.
Na decisão em que anulou a validade da interceptação da conversa entre Lula e Dilma, Teori considerou que Sérgio Moro não tinha competência para analisar o material, por envolver a presidente da República, que só pode ser investigada pelo Supremo. Além disso, o ministro considerou irregular a divulgação das conversas.
“Foi também precoce e, pelo menos parcialmente, equivocada a decisão que adiantou juízo de validade das interceptações, colhidas, em parte importante, sem abrigo judicial, quando já havia determinação de interrupção das escutas”, escreveu o ministro no despacho.
Ainda permanece no STF, pendente de análise por Teori, um pedido de investigação relacionado a esse diálogo do petista com a presidente afastada. Na solicitação, a Procuradoria Geral da República aponta suposto desvio de finalidade na nomeação do ex-presidente para a Casa Civil, numa tentativa de tumultuar e atrasar as investigações sobre ele.
Em março deste ano, Moro havia retirado o sigilo de uma série de interceptações telefônicas de Lula e divulgou o teor das conversas, entre as quais o diálogo do ex-presidente com Dilma:
Dilma: “Alô.”
Lula: “Alô.”
Dilma: “Lula, deixa eu te falar uma coisa.”
Lula: “Fala, querida. Ahn?”
Dilma: “Seguinte, eu tô mandando o ‘Bessias’ junto com o papel pra gente ter ele, e só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse, tá?!”
Lula: “Uhum. Tá bom, tá bom.”
Dilma: “Só isso, você espera aí que ele tá indo aí.”
Lula: “Tá bom, eu tô aqui, fico aguardando.”
Dilma: “Tá?!”
Lula: “Tá bom.”
Dilma: “Tchau.”
Lula: “Tchau, querida.”
ALIADO DE CUNHA DIZ QUE DEVE PEDIR A ELE QUE RENUNCIE À PRESIDÊNCIA
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), um dos principais integrantes da chamada “tropa de choque” de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira (13) ao G1 que pretende pedir ao presidente afastado da Câmara que renuncie ao posto, caso a maioria do Conselho de Ética rejeite cassar o mandato do peemedebista.
Se Cunha renunciar à presidência da Câmara, será necessária uma nova eleição para escolher um sucessor.
Cunha é acusado no Conselho de Ética de mentir à CPI da Petrobras quando disse, no ano passado, que não possui contas no exterior. Posteriormente, ele foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal sob a acusação de usar contas mantidas na Suíça para receber dinheiro de propina de contratos da Petrobras.
O parecer do relator caso, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), recomenda a cassação do mandato de Cunha. Marun tenta evitar a aprovação do texto e defende uma pena mais branda, como suspensão do mandato de Cunha por três meses. A votação está prevista para ocorrer na tarde desta terça (14) e a previsão é de placar apertado.
Para o peemedebista, caso consiga manter o mandato, Cunha deve pensar no “bem” da Câmara e evitar que a Casa continue sendo presidida interinamente por Waldir Maranhão (PP-MA), que não conta com apoio nem da base nem da oposição.
“Após o resultado do Conselho de Ética, é possível que eu trabalhe para que ele reavalie sua posição em relação à presidência da Câmara. É possível que eu converse com ele a esse respeito”, disse Marun.
“Entendo que, se a Câmara entender que Eduardo Cunha tem o direito de permanecer com seu mandato e exercer sua ampla defesa nessa condição, entendo que ele também deva ter um pensamento mais positivo em relação à Câmara. Maranhão como presidente interino atrapalha a Câmara”, complementou.
Cunha foi suspenso do mandato e afastado da presidência em 5 de maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por atrapalhar o andamento das investigações da Operação Lava Jato e prejudicar a tramitação do processo de cassação ao qual responde no Conselho de Ética da Câmara. Como primeiro vice-presidente, Maranhão assumiu a presidência interina.
Mas o deputado perdeu o apoio de quase a totalidade dos deputados quando tentou anular a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Desde então, sempre que ele tenta comandar as votações, é alvo de protestos em plenário.
Para Marun, a decisão do STF de afastar Cunha da presidência é irreversível e a permanência de Maranhão no posto prejudica, na avaliação dele, o governo do presidente da República em exercício, Michel Temer.
“Esse afastamento promovido pelo STF contra o qual nada se pode fazer. Eu considero a suspensão do mandato extralegal. Mas não há o que se fazer. É uma realidade que hoje o fato de ele ser presidente afastado prejudica os trabalhos da Câmara”, afirmou o deputado.(Do G1, em Brasília)
‘DINHEIRO PÚBLICO FOI CONVERTIDO EM SAPATOS E ROUPAS DE GRIFE’ DIZ MPF
“Dinheiro público foi convertido em sapatos de luxo e roupas de grife”, disse o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) da Operação Lava Jato. Segundo o MPF, Cláudia Cruz fez compras no exterior com recursos de contas na Suíça abastecidas com dinheiro de propina recebido pelo marido dela, o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O juiz federal Sérgio Moro aceitou ontem (9) denúncia do MPF contra Cláudia Cruz por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Inclusive, ela chegou a dizer que fazia compras de luxo no exterior, com autorização do marido.
Em nota à imprensa, o deputado Eduardo Cunha afirma que as contas de Cláudia no exterior estavam “dentro das normas da legislação brasileira”, que foram declaradas às autoridades e que não foram abastecidas por recursos ilícitos (leia a íntegra da nota abaixo).
Para o MPF, porém, a tese de Cunha não se sustenta. Deltan Dallagnol citou denúncia contra Cunha apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que aponta o caminho do dinheiro da propina até as contas usadas por Cláudia Cruz.
Segundo a Procuradoria, Cunha recebeu pelo menos US$ 1,5 milhão em propina na trust Orion SP. A transferência foi feita pela off-shore Acona Internacional, que, conforme a acusação apresentada nesta quinta, pertence ao operador João Henriques. Ele, por sua, vez, havia recebido os valores de uma holding proprietária da Compagnie Béninoise des Hydrocarbures (CBH) – a empresa que vendeu 50% de um bloco de campo de exploração de petróleo na costa do Benin para a Petrobras em 2011.
A propina recebida por Cunha, segundo a denúncia, teve origem nesse negócio. O deputado recebeu os recursos por ser o responsável pelo apoio à indicação de Jorge Luiz Zelada ao cargo de diretor da Área Internacional da Petrobras. Zelada, que já foi condenado em outro processo da Lava Jato, agiu para que o negócio entre a CBH e a estatal fosse realizado, segundo a acusação.
O pagamento de propina a Henriques, posteriormente enviado a Cunha, foi feito pelo dono da CBH, Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira, que também virou réu nesta quinta.
O STF ainda não aceitou esta denúncia contra Cunha, portanto, ele não é réu neste processo.
Segundo o procurador Deltan Dallagnol, sua experiência mostra que há um “uso sistemático de offshores e trustes como mecanismos para ocultar quem é o verdadeiro dono do dinheiro”.
“O verdadeiro controlador desse dinheiro, por trás dos trusts e offshores, era o deputado federal Eduardo Cunha. A conduta dele especificamente está sujeita a apuração perante o Supremo Tribunal Federal, mas ela aparece no contexto dos crimes aqui acusados”, afirmou.
Leia abaixo a nota enviada por Eduardo Cunha à imprensa:
“Trata-se de processo desmembrado do inquérito 4146 do STF, em que foi apresentada a denúncia, pelo Procurador Geral da República, ainda não apreciada pelo Supremo.
Foi oferecida a denúncia a denúncia ao Juízo de 1º Grau, em que o rito é diferenciado, com recebimento preliminar de denúncia, abertura de prazo para defesa em dez dias e posterior decisão sobre a manutenção ou não do seu recebimento.
O desmembramento da denúncia foi alvo de recursos e Reclamação ainda não julgados pelo STF que, se providos, farão retornar esse processo ao STF.
Independentemente do aguardo do julgamento do STF, será oferecida a defesa após a notificação, com a certeza de que os argumentos da defesa serão acolhidos.
Minha esposa possuía conta no exterior dentro das normas da legislação brasileira, declarada às autoridades competentes no momento obrigatório, e a origem dos recursos nela depositados em nada tem a ver com quaisquer recursos ilícitos ou recebimento de vantagem indevida”.
ARMANDO DIZ QUE SERRA DÁ CONTINUIDADE ÀS AÇÕES DE COMÉRCIO EXTERIOR DO MDIC
As diretrizes de comércio exterior adotadas pelo ministro José Serra no Itamaraty são uma continuidade das ações do Plano Nacional de Exportações (PNCE) executado pelo então Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A afirmação é do senador Armando Monteiro (PTB-PE), ex-titular do MDIC, em discurso nesta quinta-feira, 09, no plenário do Senado. “Percebo, com satisfação, que, no conteúdo, as estratégias do chanceler Serra são a continuidade das ações adotadas pelo governo até recentemente”, assinalou.
Armando listou como idênticas à agenda do MDIC, colocada em prática desde junho de 2015, as linhas do Itamaraty anunciadas por Serra que focam a ampliação dos negócios com os Estados Unidos, dão prioridade ao Mercosul e às relações com a Argentina e estabelecem maiores negociações com os países da Aliança do Pacífico – Chile, Colômbia, México e Peru.
Mencionou também como coincidente com a atuação do MDIC a estratégia do atual ministro das Relações Exteriores de firmar acordos comerciais que incluam novos temas, não se restringindo somente às questões tarifárias.
Convergência – O senador pernambucano destacou que, no MDIC, firmou com os Estados Unidos, principal mercado dos manufaturados brasileiros, acordo de convergência de regulamentos, harmonização de normas técnicas e de propriedade intelectual que ampliará o mercado americano às vendas de máquinas e equipamentos, luminárias, cerâmica, têxtil, refrigeração
Lembrou que na sua gestão no MDIC – elogiada em apartes no plenário pelas senadoras Simone Tebet (PMDB-MS) e Ana Amélia (PP-RS) e pelos senadores Waldemir Moka (PMDB-MS) e Paulo Rocha (PT-PA) – foram retomadas, em abril último, em novas bases, as reuniões da Comissão Bilateral Brasil e Argentina, que não ocorriam desde 2011.
Armando Monteiro citou os acordos bilaterais que firmou com o México, Colômbia, Chile e Peru como uma grande abertura ao aumento das exportações brasileiras para os quatro países, especialmente de automóveis.
“São exemplos de iniciativas de negociações bilaterais e regionais, tomadas recentemente, que demonstram que nossa política comercial tem se movimentado em diversas frentes”, sublinhou.
O senador petebista salientou ainda, no seu pronunciamento, “a recuperação espetacular” das contas externas no ano passado e em 2016, com o retorno dos superávits na balança comercial e seus efeitos positivos na redução do déficit em contas correntes. “O comércio exterior precisa ter centralidade na política econômica”, concluiu.
MINISTRO VISTORIA OBRAS DO PROJETO DE INTEGRAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO
O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, faz uma visita técnica às obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, nesta sexta-feira (10) e sábado (11). O objetivo é vistoriar o trabalho realizado nos dois eixos (Norte e Leste) do empreendimento, hoje com 87,4% das obras concluídas. Nos dois dias de agenda, o ministro estará em três dos estados beneficiados pelo Projeto: Paraíba, Ceará e Pernambuco. O ministro atende a imprensa às 9 horas no aeroporto de Juazeiro do Norte, no Ceará.
O primeiro dia de agenda será dedicado ao Eixo Norte do Projeto, com visita a estruturas em São José de Piranhas (PB), Jati (CE) e Cabrobó (PE). O roteiro inclui um sobrevoo ao Cinturão das Águas do Ceará, obra associada ao Projeto São Francisco. No sábado, já no Eixo Leste, Helder Barbalho vistoria trechos do empreendimento em Monteiro (PB) e Floresta (PE) e sobrevoa as obras do Canal do Sertão Alagoano (AL).
LULA VENCERIA 1º TURNO EM TODOS OS CENÁRIOS APONTADOS POR PESQUISA CNT/MDA
Pesquisa CNT/MDA feita com 2.002 pessoas em 137 municípios localizados de 25 unidades federativas mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria o candidato mais votado em todos os cenários de primeiro turno para as eleições presidenciais de 2018.
De acordo com o levantamento divulgado nesta quarta-feira, em um cenário em que o principal adversário fosse o tucano Aécio Neves, Lula teria 22% das intenções de votos, enquanto Aécio teria 15,9%, seguido de Marina Silva (14,8%), Ciro Gomes (6%), Jair Bolsonaro (5,8%) e Michel Temer (5,4%). Brancos e nulos totalizariam 21,2%, enquanto o total de indecisos, neste cenário, seria de 8,9% dos eleitores.
Em um segundo cenário, no qual Aécio seria substituído pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Lula teria 22,3% das intenções de votos, seguido por Marina Silva (16,6%) e Alckmin ficaria em terceiro com 9,6%. Na sequência, viriam Ciro Gomes (6,3%), Michel Temer (6,2%) e Jair Bolsonaro (6,2%). Brancos e nulos totalizariam, neste cenário, 24% dos eleitores, enquanto 8,8% dos entrevistados se declararam indecisos.
De acordo com a pesquisa, Lula foi o candidato mais citado nas intenções de votos espontâneas, com 8,6%. Em segundo lugar, o candidato mais citado foi Aécio Neves (5,7%), seguido por Marina Silva (3,8%), Dilma Rousseff (2,3%), Michel Temer (2,1%), Jair Bolsonaro (2,1%), Ciro Gomes (1,2%), Geraldo Alckmin (0,6%), Joaquim Barbosa (0,6%) e José Serra (0,3%).
Para o segundo turno, foram apresentados quatro cenários. Caso a disputa fosse entre Lula e Aécio, o tucano teria 34,3% das intenções de votos, enquanto o petista teria 29,9%. Brancos e nulos somariam 28,8% dos votos, enquanto 7% se declararam indecisos.
Caso a disputa fosse entre Aécio Neves e Michel Temer, Aécio ganharia com 32,3% dos votos, ante os 15,8% das intenções de votos para Temer. O percentual de votos brancos e nulos, neste cenário, seria 42,2%. Já os indecisos seriam 9,7%.
Em um eventual confronto de segundo turno entre Aécio e Marina Silva, o tucano obteria 29,7% das intenções de votos, ante os 28% declarados para Marina. Brancos e nulos totalizariam 34,6% dos votos; os indecisos seriam 7,7%.
O quarto cenário projetado pela CNT é o de um confronto entre Lula e Temer. De acordo com a pesquisa, se esta fosse a configuração de um segundo turno, Lula teria 31,7% dos votos, enquanto Temer teria 27,3%. Brancos e nulos totalizariam 33,4% dos votos e indecisos seriam 7,6%.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.(Por: Agência Brasil)
HUMBERTO LANÇA FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DO SUS
O líder do Governo Dilma no Senado, Humberto Costa (PT-PE), participou do lançamento da frente parlamentar em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), na noite terça-feira (7), no Congresso Nacional. Na última sexta-feira (3), ele já havia discursado em defesa do sistema no XXXII Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, realizado em Fortaleza.
Junto com deputados e senadores, Humberto defendeu que a frente batalhe pelo aperfeiçoamento do sistema público universal brasileiro, um dos maiores do mundo, e rejeite as propostas sugeridas pelo governo interino de Michel Temer (PMDB) de redução do atendimento do SUS.
“O ministro da Saúde da junta provisória, Ricardo Barros (PP), já disse barbaridades sobre reduzir o acesso e a cobertura universais do SUS e aumentar a quantidade de pessoas vinculadas a planos de saúde privados. Não podemos permitir que isso aconteça. Por isso, estamos aqui, unidos ao movimento Saúde em Defesa da Democracia, para organizar uma força parlamentar que se contraponha aos retrocessos nessa área”, afirmou.
O parlamentar disse que, com o governo “golpista”, o país está enfrentando uma série de ataques às conquistas sociais alcançadas nos últimos anos e que é preciso reagir. “Aqui no Congresso, precisamos fazer essa luta pela defesa da saúde pública no Brasil”, comentou.
Para Humberto, responsável pela criação de programas como o Farmácia Popular, Brasil Sorridente e o SAMU quando ministro da Saúde do governo Lula, o sistema brasileiro ainda apresenta muitas disparidades, tanto no setor público quanto no privado.
No entanto, ele considera um erro inadmissível trabalhar contra a universalidade do atendimento, como propôs o atual ministro, e batalhar pela aprovação de projetos de lei que tramitam no Congresso prevendo o enfraquecimento do SUS.
LÍDER DO GOVERNO, ALOYSIO NUNES RENUNCIA À COMISSÃO DO IMPEACHMENT
O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), renunciou à vaga que ocupava na comissão especial que analisa o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
A decisão foi lida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na sessão desta terça-feira (7). Os motivos da renúncia não foram apresentados.
Segundo a assessoria de imprensa do senador, o motivo da renúncia é o “acúmulo de funções” que Aloysio passou a ter depois que passou a ocupar a liderança do governo no Senado.
Aloysio Nunes será substituído pelo senador e colega de partido Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que era suplente do PSDB na comissão especial. Para a vaga de suplência que ficou aberta com a saída de Ferraço, foi indicado o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO).
A decisão de Aloysio Nunes foi anunciada praticamente no mesmo instante em que se tornou público o despacho do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, sobre um recurso do líder do governo.
O tucano queria reduzir de 48 para 16, no máximo, o número de pessoas indicadas pela defesa para falar em favor de Dilma no processo de impeachment.
A comissão especial do impeachment está na chamada fase de “pronúncia”. Nessa etapa, após coleta de provas e depoimento de testemunhas, os senadores devem votar parecer que dirá se a denúncia de crime de responsabilidade contra Dilma Rousseff é ou não procedente e se deve ser levada a julgamento final.
RELATOR DO CASO CUNHA EM CONSELHO PEDE MAIS TEMPO, E VOTAÇÃO É ADIADA
O deputado Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu nesta terça-feira (7) “mais tempo” para fazer as considerações finais de seu voto pela cassação do peemedebista e conseguiu adiar para esta quarta-feira (8) a decisão do Conselho de Ética sobre o caso.
O peemedebista é acusado, no processo por quebra de decoro parlamentar, de manter contas secretas no exterior e de ter mentido sobre a existência delas em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado. Ele nega e afirma ser o beneficiário de fundos geridos por trustes (entidades jurídicas formadas para administrar bens e recursos).
O relatório de Marcos Rogério dizia que trustes e offshores foram usados pelo presidente afastado da Câmara para “ocultar” patrimônio mantido fora do país e para receber propina de contratos da Petrobras. No parecer, o deputado diz que Cunha constituiu trustes no exterior para viabilizar a “prática de crimes”.
Durante a sessão desta terça, o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) apresentou uma proposta de voto alternativo ao parecer de Marcos Rogério. Bacelar sugeriu que Eduardo Cunha seja punido com a suspensão do mandato por três meses.
Na prática, a proposta de Bacelar não tem qualquer eficácia em termos de sanção, já que Cunha está suspenso por tempo indeterminado do mandato por decisão do Supremo Tribunal Federal.
O voto alternativo só será considerado se o relatório de Marcos Rogério for rejeitado e se o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), indicar Bacelar para ser o relator do “voto vencedor”.
A discussão sobre o parecer de Rogério teve início às 9h37 e mais de 20 deputados discursaram. Após as falas dos parlamentares, o presidente do Conselho de Ética, deputado José Carlos Araújo (DEM-BA) deu a palavra a Marcos Rogério, para que fizesse as considerações finais.
Rogério, então, argumentou que, diante da “extensão” do voto em separado de Bacelar, precisaria de mais um dia para apresentar as últimas considerações. “Em se tratando de um voto da extensão do voto do deputado Bacelar eu não poderia fazer uma análise açodada. E eu me comprometeria a entregar minha complementação de voto nesta quarta-feira”, afirmou o relator.
O presidente do Conselho de Ética acolheu o pedido de imediato e encerrou a sessão. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), aliado de Cunha, chegou a protestar. “Nós não concordamos”, disse. Mas José Carlos Araújo ignorou e remarcou para esta quarta a votação do processo de Cunha.
Após a sessão, Marcos Rogério comentou a sua decisão de pedir mais tempo para analisar o voto em separado apresentado por um aliado de Cunha.
“Eu vou analisar, podendo concordar integralmente, em parte ou discordar totalmente, mas, quando há voto em separado ou sugestões, o Código de Ética dá prazo para o relator fazer essa análise”, justificou Marcos Rogério, acrescentando que tem um ponto no voto do deputado Bacelar que deve concordar, mas sem antecipar qual.
Quando deixava o plenário, Marcos Rogério passou por Carlos Marun, que o provocou: “O relator não tem confiança no seu voto”. O relator rebateu: “Eu respeito o voto do seu correligionário”.