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SENADO MANTÉM VETO DE TEMER A PROJETO DE HUMBERTO QUE FECHA FARMÁCIA COM REMÉDIO FALSIFICADO

Os aliados de Michel Temer (PMDB) no Senado mantiveram, na noite desta terça-feira (29), o veto presidencial ao projeto de autoria do líder da oposição na Casa, Humberto Costa (PT-PE), que interdita farmácias que vendem medicamentos, insumos e cosméticos falsificados, até o fim das investigações. Por 35 votos a 12, com uma abstenção, os senadores foram favoráveis ao veto do governo.

A proposta de Humberto, que havia sido aprovada na Câmara e no Senado, previa que o estabelecimento flagrado cometendo irregularidades deveria ficar fechado enquanto perdurasse o inquérito policial, para evitar riscos à população. Hoje, o local pode ser reaberto após 90 dias.

Eram necessários 41 votos para derrubar o veto de Temer no Senado. Se isso tivesse ocorrido, o veto passaria a ser analisado pelos deputados. Temer justificou a medida alegando que o projeto de Humberto “contraria o interesse público e é inconstitucional”. “Infelizmente, boa parte dos senadores que votaram massivamente pela aprovação do projeto agora resolveram se curvar aos interesses escusos do Palácio do Planalto”, criticou.

O senador falou sobre o projeto e explicou que, em muitas ocasiões, a investigação sobre as irregularidades detectadas nas farmácias ultrapassa os três meses previstos atualmente como punição e o local volta a atuar, sem sofrer qualquer tipo de sanção ou impedimento, mesmo tendo cometido crime.

“Os processos administrativos e judiciais destinados à apuração das responsabilidades, frequentemente, arrastam-se por anos, quase como uma abonação aos infratores. Isso iria mudar”, lamentou o parlamentar.

O líder da Oposição lembrou que, no veto publicado por Temer no Diário Oficial da União (DOU), o governo chegou a elogiar a iniciativa, classificando-a de louvável. Porém, alegou que a inexistência de prazo para o estabelecimento voltar a funcionar é “irrazoável do ponto de vista econômico, podendo representar o fim das atividades do empreendimento”.

O Palácio do Planalto também argumentou, no DOU, que o projeto criaria “um incentivo negativo, ao não estabelecer um limite ao setor público para a conclusão de etapa do processo administrativo sanitário”.

Para Humberto, as duas justificativas são falhas e os senadores não poderiam ter se convencido com base nelas. “Ora, o governo está admitindo a possibilidade de que a administração pública se sentiria desobrigada ou desestimulada a investigar rapidamente os crimes cometidos. Ele também está demonstrando uma preocupação com o comércio que age de má-fé, visando especificamente o lucro, em detrimento da população. Isso é ridículo”, disparou.

Humberto acredita que, com o veto de Temer, mantido agora pelo Senado, as atividades de pirataria e adulteração de produtos destinados ao consumo, infelizmente, continuarão ocorrendo no país sem o devido rigor na fiscalização e controle.

AMAZONINO MENDES, DO PDT, É ELEITO GOVERNADOR DO AMAZONAS

Amazonino Mendes, do PDT, foi eleito o novo governador do Amazonas neste domingo (27). Ele venceu Eduardo Braga (PMDB) no segundo turno, em eleição convocada após a cassação de José Melo (PROS). É a quarta vez que ele ocupará o cargo no estado.

Com 100% das urnas apuradas, Amazonino obteve 782.933 (59,21% ) votos, contra 539.318 (40,79% ) de Braga.

Logo após ser anunciado o vencedor, Amazonino disse à Rede Amazônica: “Nossa preocupação é uma só: arrumar o que está desarrumado, dando valor ao mérito e não aos costumes políticos. Nós vamos reconstruir o Estado do Amazonas. Isso começa logo, mesmo antes de assumir”. Na coletiva pós-vitória, afirmou que, “se venceu uma eleição não esperada, entende que essa oportunidade é para fazer uma enorme reflexão”. “Importante é o mérito, é o Amazonas, é o seu povo, é sua gente. É esta a nossa bandeira. Nossa bandeira não é grupo político.”

O político retorna ao poder após cinco anos longe da vida pública – seu último cargo havia sido o de prefeito de Manaus (2009-2012). Ele não tentou a reeleição ao fim do mandato. Amazonino já ocupou outras três vezes o cargo de governador (foi eleito em 1986 e em 1994, sendo reeleito em 1998). Também foi prefeito de Manaus em outras três oportunidades, além de ter conquistado o mandato de senador da República.

O vice dele é Bosco Saraiva (PSDB), deputado estadual. Sua coligação é formada pelos partidos PDT, DEM, PV, PSDB, PSD, PRB e PSC. No primeiro turno, Amazonino teve 38,77% dos votos válidos. Ele irá ficar no cargo pelo período tampão, até o fim de 2018, já que José Melo, eleito em 2014, foi cassado por compra de votos.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, a diplomação do novo governador e vice vai ocorrer no dia 2 de outubro.(G1.COM)

AMAZONINO E BRAGA DISPUTAM 2º TURNO DA ELEIÇÃO NO AMAZONAS NESTE DOMINGO

Por Ive Rylo, G1 AM

Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB) disputam votos de 2.338.886 eleitores na eleição suplementar para governador do Amazonas, neste domingo (27). Os dois conquistaram a maior parte do eleitorado no primeiro turno ocorrido dia 6 de agosto, quando Amazonino teve 38,77% dos votos e Braga 25,36%. Neste domingo, a votação tem início às 8h e se estende até as 17h. A previsão é que a divulgação do resultado inicie às 18h.

A eleição no Amazonas foi determinada após a cassação dos mandatos do ex-governador, José Melo, e do vice, Henrique Oliveira, por compra de votos nas eleições de 2014. O presidente da Assembleia Legislativa do estado, Davi Almeida, do PSD, assumiu o governo interinamente. O pleito chegou a ser suspenso por determinação do ministro Ricardo Levandowski em 28 de junho.

De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), o Amazonas possui 70 zonas eleitorais, sendo 61 zonas no interior e 13 na capital. São 7,262 seções eleitorais distribuídas em 1,426 locais de votação no estado.

Do total de eleitor, 1.274.399 milhão está na capital Manaus. O número representa um aumento de 2,5%, no comparativo com o pleito de 2014, quando Manaus tinha 1.243.844 eleitores.

Na capital há 443 locais de votação. O Centro Universitário Nilton Lins, que fica situado no bairro Flores, na Zona Centro-Sul, é a escola com o maior número de votantes, com 11.584. No interior, Manacapuru, na Região Metropolitana, é o maior colégio eleitoral.

Serão utilizadas 6.668 mil urnas eletrônicas, destas 3.500 foram destinadas para Manaus.

Serão 1.686.428 dos eleitores em 10 municípios que votarão pelo sistema biométrico. E, 652.458 sem biometria. Esse método de votação será válido apenas para Manaus e para nove cidades da Região Metropolitana da capital.
A previsão é que início da divulgação do resultado comece às 18h de domingo, por conta da diferença de fuso horário em 11 municípios no Estado. “A exemplo do primeiro turno, às 18h teremos quase a totalidade dos votos. Grande parte da votação, até umas 20h teremos computado”, disse o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-AM, Rodrigo Camelo.

A eleição suplementar teve investimento de R$ 34,5 milhões. A fim de reduzir os custos, o TRE afirmou que investiu em novas estratégias.

“Contratamos técnicos locais para operar urnas eletrônicas em todos os municípios. Estamos experimentando mais contratações locais e acho que podemos ser sempre mais criativos e buscar alternativas gerando emprego para o interior do Estado e economizando neste total orçamentário”, apontou.

CÂMARA DERRUBA REGRA QUE DARIA R$ 3,6 BI A CAMPANHAS E ADIA VOTAÇÃO DO ‘DISTRITÃO’

Por Fernanda Calgaro, G1, Brasília

A Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (23) retirar da proposta de reforma política o percentual que definiria o valor do fundo eleitoral destinado para financiar as campanhas. Em 2018, o montante ficaria em R$ 3,6 bilhões.

O parecer do relator na comissão especial, deputado Vicente Cândido (PT-SP), estabelecia que o valor do fundo seria correspondente a 0,5% da receita corrente líquida no período de 12 meses.
A medida, no entanto, foi criticada pela opinião pública e a inclusão do percentual na Constituição perdeu o apoio dos deputados.

A ideia dos parlamentares agora é tentar aprovar um destaque para determinar que o valor seja definido pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso no ano anterior a cada eleição.
A retirada do percentual do texto foi aprovada por 441 votos a favor e um único contrário -da deputada Geovania de Sá (PSDB-SC).

Fatiamento
Antes de retirar o valor do fundo eleitoral, os deputados decidiram fatiar a votação do relatório de Vicente Cândido e analisar ponto a ponto o texto.

O fatiamento da votação foi a estratégia utilizada pelos deputados para conseguir colocar a proposta em votação. O plenário tentou duas vezes votar a reforma política, mas, por falta de consenso, a análise da proposta foi adiada.

Como o relatório trata de pontos polêmicos sobre os quais não há acordo, a maioria dos partidos passou a avaliar que fazer a discussão item por item pode facilitar a aprovação de alguns dos pontos.

O receio de parlamentares, inclusive do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), era que, se o texto fosse colocado em votação por inteiro, poderia ser rejeitado.

Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, depois que os deputados terminarem de votar todos os pontos, o texto terá de ser votado em um segundo turno na Câmara.
Depois, seguirá para análise do Senado, que também terá de votar a proposta em dois turnos. Caso os senadores aprovem o texto da Câmara, a PEC será promulgada. Se alterarem algum ponto, o texto retorna para uma nova análise dos deputados.

Sem acordo
A votação dos demais tópicos da reforma política, como a adoção do “distritão” como sistema eleitoral, acabou adiada porque, segundo alguns líderes, não havia consenso em torno desses temas.
Diante da falta de acordo sobre esse tema, resolveu-se aproveitar o quórum alto no plenário para colocar em votação a medida provisória que cria a nova taxa de juros do BNDES, a Taxa de Longo Prazo (TLP). O texto, aprovado mais cedo pela comissão especial do Congresso, é de interesse do governo.

Mandato de ministros
Na análise fatiada do texto, os deputados decidiram retirar da PEC o trecho que fixava mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal.
Com isso, o assunto não será mais votado agora e terá que tramitar em outra proposta separada. Na votação, a maior parte dos parlamentares entendeu que esse tema não tinha a ver com as questões relacionadas à reforma política.

SENADOR FERNANDO BEZERRA DEFENDE MUDANÇAS NA ELETROBRAS PARA VOLTA DE INVESTIMENTOS E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Plenário do Senado

Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) subiu à Tribuna do Senado, na tarde de ontem (22), para defender o aprofundamento do debate sobre a possibilidade de abertura do controle acionário da Eletrobras. Ao posicionar-se favorável às medidas anunciadas hoje pelo Ministério de Minas Energia (MME) voltadas à recuperação da empresa, o senador destacou que o objetivo do governo é “materializar um caminho para o rápido retorno dos investimentos em uma área tão estratégica para o desenvolvimento nacional”.

“A partir das possíveis mudanças, a Eletrobras, ao adotar práticas consagradas de governança corporativas e com base forte de acionistas, também se tornará uma empresa altamente competitiva a nível nacional e internacional”, afirmou o líder do PSB e vice-líder do governo no Senado. “O que o Ministério de Minas e Energia deseja é reproduzir no setor elétrico nacional a experiência exitosa da Embraer e da Vale do Rio Doce, por exemplo”, completou.

Ao elencar as causas dos prejuízos financeiros contabilizados pela Eletrobras no decorrer dos últimos anos e que também contribuíram para a piora do ambiente de negócios no setor elétrico, Fernando Bezerra explicou que a proposta do MME de “acabar com as amarras características de uma estatal federal” e de pulverizar o capital da empresa é devolver a capacidade da Eletrobras de voltar a investir, tornar-se mais eficiente e valorizar os funcionários, além de fortalecer o mercado de capitais e o ambiente de negócios, neste segmento. Como consequência, este processo também irá, na avaliação do senador, gerar mais dividendos e arrecadação ao país, contribuindo para o ajuste fiscal.

“As ações da Eletrobras já valorizaram mais de 40% num único dia. Só com o anúncio dessa iniciativa a Eletrobras está recuperando mais de R$ 10 bilhões do valor de mercado”, ressaltou Bezerra Coelho. Na Tribuna, o senador observou que, segundo estudos de mercado, a Eletrobras causou, no decorrer dos últimos 15 anos, um prejuízo em torno de R$ 200 bilhões aos cofres públicos. “E isso foi fruto de uma série de decisões equivocadas ao longo desses anos”, disse.

AMPLO DEBATE – Para o líder, é importante que o debate sobre os novos rumos propostos à empresa seja aprofundado nos segmentos político, técnico e social. “Para se saber a melhor forma de encaminhar a superação dos problemas do setor elétrico e, sobretudo, a melhor forma de valorizar os ativos que pertencem não ao governo; mas, ao povo brasileiro”, afirmou.

O senador também lembrou que a Eletrobras produz cerca de 30% da energia do país. “Ou seja, mais de 70% são outros atores, empresas privadas e algumas empresas públicas. Já existe, portanto, no setor de produção de energia elétrica, uma forte presença privada; especialmente, nas áreas de energia eólica, solar e e das térmicas movidas a gás ou a óleo combustível”, observou.

SÃO FRANCISCO E RENOVÁVEIS – De acordo com Fernando Bezerra Coelho, a proposta do Ministério de Minas também prevê que a nova Eletrobras terá como mandato específico a revitalização e a recuperação do Rio São Francisco. Além disso, conforme destacou o líder, a atual Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco) passará a ser a entidade responsável pela produção de energias renováveis no país, como a eólica e a solar.

JANOT DENUNCIA ROMERO JUCÁ NA OPERAÇÃO ZELOTES

Por Mariana Oliveira, TV Globo, Brasília

A Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), acusado por crimes na Operação Zelotes, que apura fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o tribunal de recursos da Receita Federal.

O caso corre sob segredo de Justiça e por isso não há detalhes sobre quais crimes a PGR entende que Jucá cometeu.

Procurada pelo G1, a assessoria de Romero Jucá ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem.

O inquérito está sob relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, relator da Zelotes no Supremo. Caberá a ele notificar o acusado para apresentar resposta à denúncia e levar o inquérito para julgamento na segunda Turma do STF, que decidirá se ele vira ou não réu na Zelotes.

No ano passado, Lewandowski autorizou a abertura de inquéritos para investigar Jucá. Foi com base no resultado das investigações que a PGR apresentou a denúncia.

Zelotes
A Operação Zelotes foi deflagrada em março de 2015. Inicialmente, apurava o pagamento de propina a conselheiros do Carf para que multas aplicadas a empresas – entre bancos, montadoras e empreiteiras – fossem reduzidas ou anuladas.

Em outubro de 2015, a Zelotes também descobriu indícios de venda de Medidas Provisórias (MP) por políticos que prorrogavam incentivos fiscais a empresas do setor automotivo.

CÂMARA INICIA DISCUSSÃO, MAS ADIA VOTAÇÃO DA PEC DA REFORMA POLÍTICA

 G1, Brasília

A Câmara dos Deputados iniciou nesta quarta-feira (16) a discussão sobre a proposta de reforma política, mas, uma hora e 20 minutos depois, a sessão foi encerrada e a votação, adiada.

Segundo o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia o risco de não ter quórum suficiente para aprovar as medidas e, por isso, ele decidiu adiar a votação para a próxima terça (22).

“Tinha 430 [deputados], não tem como ter garantia de que vai ganhar nada. Tem que ter quórum, tem que ter 470 para votar uma matéria dessa. A decisão foi minha [de adiar]. Achei baixo [o quórum]”, disse Maia ao deixar o plenário.

“Achei melhor encerrar e deixar para a próxima semana. Até é bom porque a gente ganha um tempo para continuar debatendo os temas que estão se construindo”, acrescentou.

Questionado se faltou consenso, Maia respondeu. “Esse debate sobre reforma política gera muitas emoções. Estamos chegando ao ponto de que daqui vai se chegar ao ponto de dizer que o sistema atual, que é o responsável por grande parte da crise que vivemos, da falta de legitimidade que nós passamos, que ele é maravilhoso”, ironizou.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), a reforma política precisa ser aprovada pelo plenário da Câmara em dois turnos e ter o apoio mínimo de 308 dos 513 deputados para, então, seguir para o Senado, onde também será submetida a duas votações.

Para as novas regras passarem a valer já nas eleições de 2018, precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional até 7 de outubro. Por isso, o Congresso corre contra o tempo.

PEC da reforma política
Saiba abaixo o que prevê a proposta de reforma política:

‘Distritão’
A proposta estabelece o “distritão” para as eleições de 2018 e de 2020 na escolha de deputados federais, estaduais e vereadores.

Pelas regras atuais, os candidatos a esses cargos são eleitos no modelo proporcional com lista aberta. Somados os votos válidos nos candidatos e no partido ou coligação, é calculado o quociente eleitoral, que determinará o número de vagas a que esse partido ou coligação terá direito.

Os eleitos, nas regras vigentes, são os mais votados dentro do partido ou coligação, de acordo com o número de vagas.

Com o “distritão”:
Cada estado ou município vira um distrito eleitoral;
São eleitos os candidatos mais votados dentro do distrito;
Não são levados em conta os votos para partido ou coligação.
Na prática, torna-se uma eleição majoritária, como já acontece na escolha de presidente da República, governador, prefeito e senador.

Os partidos críticos ao distritão argumentam que esse sistema vai encarecer as campanhas individuais e somente os candidatos mais conhecidos conseguirão se eleger, dificultando o surgimento de novos nomes na política.

De outro lado, defensores do modelo afirmam que ele acabará com os chamados “puxadores de votos”, candidatos com votação expressiva que ampliam o quociente eleitoral do partido ou coligação e garantem vagas para outros candidatos, mesmo que esses “puxados” tenham votação inexpressiva.

O “distritão” já foi rejeitado pelo plenário da Câmara, em 2015, quando a Casa era comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

‘Distritão misto’
Embora o texto que saiu da comissão trate da adoção do “distritão”, há uma discussão para criar um modelo que tem sido chamado de “distritão misto”, “distritão” com voto de legenda ou “semidistritão”.

Pela proposta, os candidatos mais votados continuariam sendo eleitos, mas o eleitor poderia optar por votar no candidato ou apenas no partido. Os votos recebidos pela legenda seriam, então, divididos igualmente entre os candidatos daquele partido.

CORTE DE GASTOS REDUZ ORÇAMENTO DO PAC AO MENOR VALOR EM 8 ANOS

G1, Brasília

Em um cenário de forte restrição de recursos e cortes de gastos, os investimentos do governo federal via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) poderão cair, em 2017, ao menor patamar em oito anos, segundo levantamento do G1.

O PAC foi criado no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, nos últimos anos, alguns dos principais investimentos públicos em infraestrutura no país foram feitos sob sua bandeira, entre eles obras em rodovias, ferrovias, energia elétrica e habitação.

No orçamento de 2017, aprovado pelo Congresso, a previsão de gastos para o PAC é de até R$ 36,07 bilhões. Com a arrecadação abaixo da esperada, porém, o governo federal bloqueou despesas e reduziu os recursos do programa em 45%.

Somente na última revisão orçamentária, o PAC perdeu R$ 7,48 bilhões.

Para o setor de construção civil, os cortes devem afetar programas como o Minha Casa, Minha Vida. Especialistas, entretanto, avaliam que o problema pode abrir espaço para mais parcerias com o setor privado (veja mais abaixo).
O G1 entrou em contato com o Ministério do Planejamento. A pasta informou que não há previsão de que a reprogramação dos recursos destinados ao PAC prejudique o andamento das obras “uma vez que existe possibilidade de reposição desses recursos ao longo dos meses.”

Em julho, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, já havia apontado a possibilidade de recompor pelo menos parte do orçamento do PAC ao longo deste ano. Para isso, porém, terá que encontrar novas receitas ou então elevar o teto para o rombo das contas públicas, que já é de R$ 139 bilhões.

Para o economista Raul Velloso, a revisão da meta fiscal que deve ser anunciada pela equipe econômica para este ano, aumentando o rombo fiscal, não vai liberar mais dinheiro para despesas dentro do PAC. “Eu imagino que os investimentos vão continuar baixos”, disse.

Governo aumenta tributos sobre combustíveis e corta mais de R$ 5,9 bilhões em gastos

Minha Casa, Minha Vida
O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, avalia que o corte de recursos do PAC vai afetar o Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
“Eles iam retomar uma série de obras. Provavelmente não vão retomar todas que seriam retomadas”, declarou Martins ao G1.

Nos seis primeiros meses de 2017, segundo números do Tesouro Nacional, os gastos do governo com o MCMV somaram R$ 1,4 bilhão. No mesmo período do ano passado foram R$ 2,99 bilhões. As despesas do Minha Casa no acumulado deste ano são as menores, para este período, desde 2010.

De acordo com o Ministério das Cidades, o bloqueio de gastos não afeta necessariamente o MCMV pois recai sobre os investimentos do PAC “de uma forma geral, sem distribuição prévia por programa ou por unidade da federação.”

“Assim, o Ministério das Cidades, no uso de sua discricionariedade, vai alocando o orçamento disponível em conformidade com a execução das obras”, acrescentou a pasta.

O presidente da CBIC apontou que uma parte das 1.600 obras federais cuja retomada foi anunciada no fim do ano passado, nas áreas de saneamento, assentamentos precários, creches e pré-escolas, também deve ser afetada.

CENTRÃO AVISA A TEMER QUE NÃO VAI VOTAR REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Deputados do Centrão mandaram avisar ao presidente Michel Temer que não irão votar a reforma da Previdência Social, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.

Líderes dos três principais partidos do centrão – PP, PR e PSD – afirmam que não há condições de aprovar a reforma, ainda mais depois do desgaste de terem votado contra o prosseguimento da denúncia contra Temer. Ainda mais em véspera de ano eleitoral.

“Reforma da Previdência se vota no início de mandato. Em final de mantado, é muito perigoso colocarmos uma matéria dessa, ainda mais no momento em que estamos vivendo na Câmara dos Deputados”, disse o líder do PR, José Rocha (BA).

O Centrão quer deixar claro ao governo a insatisfação com o espaço político dado a partidos que não votaram majoritariamente a favor de Temer: PSDB e PSB.

“O momento é muito delicado, não temos unidade na bancada para isso [votar a reforma]. Nós esperamos que o governo tenha um sentimento de reagrupação e senso de responsabilidade de saber quem realmente é base e quem não é”, acrescentou o líder do PP, Artur Lira (AL).

Líderes do Centrão alertam, ainda, para o fato de que há no meio político uma expectativa de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereça nova denúncia contra Temer por obstrução de Justiça.

“A reforma tem que ser votada dentro de uma uniformidade da base, e o governo não tem essa uniformidade. A discussão da Previdência abre a porta para sociedade ir para as ruas, é tudo o que o governo tem que evitar diante de uma segunda denúncia”, afirma o líder do PSD, Marcos Montes (MG).

O peso do Centrão
Juntas, as bancas de PP, PR e PSD somam 123 deputados. Na votação da denúncia, os três partidos deram 87 dos 263 votos a favor de Temer.

Para aprovar a reforma da Previdência, o governo precisa de 308 votos. Por isso o governo tem usado o discurso de aprovar o texto “possível”. O Planalto defende o parecer de Arthur Maia (PPS-BA), aprovado na comissão especial da Câmara.

“A base da conversa começa com o relatório”, observou o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco (PMDB-RJ).(Blog do Camarotti)

AMAZONINO E BRAGA VÃO DISPUTAR 2º TURNO PARA GOVERNO DO AMAZONAS

O segundo turno das eleições para Governo do Amazonas será disputado entre os candidatos Amazonino Mendes (PDT) e Eduardo Braga (PMDB). Segundo a Justiça Eleitoral, com 100% dos votos apurados neste domingo (6), Amazonino teve 38,77% dos votos válidos e Braga recebeu 25,36%. A votação ocorre no dia 27 de agosto.

Amazonino e Braga acompanharam a apuração dos votos em suas casas, nas zonas Centro-Oeste e Oeste de Manaus, respectivamente. Após a confirmação do 2º turno, ambos os candidatos seguiram para os comitês de campanha, onde devem conceder coletivas de imprensa ainda neste domingo (2).

Amazonino Mendes, 77 anos, nasceu em Eirunepé. Em 1983, Mendes chegou à Prefeitura de Manaus. Em 1987, um ano após o término do seu mandato de prefeito, foi eleito pela primeira vez governador do Amazonas. Em 1990, ele chegou ao Senado. Três anos após ser eleito senador, o político retornou à Prefeitura. Desta vez, o mandato dele durou dois anos. Isso porque, em 1994, ele deixou o cargo para assumir, pela segunda vez, a função de governador do Amazonas. Ele ficou no cargo até o ano de 2002. Em 2004, tentou candidatura à Prefeitura de Manaus, mas foi derrotado por Serafim Corrêa. Em 2006, amargou outra derrota, desta vez para o governo. Ele foi vencido por Eduardo Braga. Em 2008, Amazonino voltou a se candidatar à Prefeitura, sendo eleito no 2º turno.

Eduardo Braga, que tem 54 anos, teve o primeiro cargo político como vereador. Foi eleito deputado estadual em 1986, sendo líder do governo e relator da Constituição do Amazonas. Em 1991, foi eleito para deputado Federal. Natural de Belém (PA), ele foi escolhido vice-prefeito de Manaus e secretário de Obras em 1992. Dois anos depois, assumiu a Prefeitura. Em 1998 e 2000, perdeu as eleições para o governo do Amazonas e prefeitura de Manaus, respectivamente. Seu primeiro mandato como governador do estado foi em 2002, quando foi eleito em primeiro turno. Ele ficou no cargo por dois mandatos. Em 2010, foi eleito senador e em 2014 perdeu para José Melo a eleição para governo.