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Luislinda Valois entrega cargo de ministra dos Direitos Humanos
Por Delis Ortiz, TV Globo
A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, entregou o cargo nesta segunda-feira (19).
Segundo apurou a TV Globo, o atual subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, acumulará as duas funções.
Luislinda assumiu a pasta em fevereiro do ano passado, quando o ministério foi recriado pelo presidente Michel Temer.
Em dezembro, em meio à decisão do PSDB de deixar o governo, Luislinda chegou a se desfiliar do partido.
Antes de ser ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois era a secretária nacional de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça.
Quem assume
Subordinado ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, o advogado Gustavo do Vale Rocha é subchefe de Assuntos Jurídicos da pasta e integra o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
Ex-advogado do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele foi um dos personagens no episódio que resultou nas demissões, ainda em 2016, dos então ministros Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Marcelo Calero (Cultura).
Em gravação apresentada por Calero à Polícia Federal, Gustavo do Vale discutia com o então ministro da Cultura a situação do condomínio de Salvador que havia sido embargado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Geddel tem um apartamento nesse imóvel e cobrava a liberação das obras.
Discussão da reforma da Previdência começa na terça-feira mesmo sem votos, diz Marun
G1, Brasília
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira (15) que a discussão no plenário da Câmara da proposta de reforma da Previdência será iniciada na terça-feira (20), mesmo se o governo não tiver votos suficientes para a aprovação.
“Tenho convicção de que, independentemente dos votos que tivermos na segunda-feira, a discussão se inicia na terça”, afirmou o ministro.
O ministro voltou a dizer que o governo está disposto a fazer ajustes no texto, desde que as mudanças resultem em mais votos em plenário. Segundo ele, o governo está negociando com agentes penitenciários e com servidores públicos que ingressaram na carreira antes de 2003.
Por se tratar de uma alteração na Constituição, a reforma só será aprovada na Câmara se tiver o apoio de ao menos 308 deputados em dois turnos de votação. Hoje, de acordo com Marun, que é responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, ainda faltam 40 votos para a aprovação.
“Nós temos consciência de que precisamos da semana que vem para buscarmos os votos que ainda faltam para aprovação”, afirmou.
Na segunda-feira (19), data inicialmente marcada para a votação do texto, o projeto não estará em pauta. Está prevista apenas uma reunião do presidente Michel Temer com líderes partidários para traçar estratégias para a votação.
Marun se reuniu nesta quinta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para discutir o tema da Previdência. Após o encontro, ele afirmou que está com a “confiança redobrada” na aprovação do texto, mas disse que há resistências ao projeto em todos os partidos.
“Nós temos resistência ainda em todas a bancadas. Nós não podemos apontar para uma, apontar para outra. Em todas as bancadas, nós temos uma confortável maioria em todas elas, mas ainda temos resistência”, afirmou.
Segurança pública
Na entrevista, o ministro reconheceu que o presidente Michel Temer avalia criar um ministério para cuidar de segurança pública.
“O presidente ficou chocado com algumas situações de violência extrema em alguns pontos do Brasil nos últimos dias, mas é uma discussão que não tem ainda uma conclusão, mas ele é que estimula nesse momento a existência dessa discussão”, disse.
“Ele (Temer) entende que o governo deve avaliar sim a possibilidade de criar um ministério e avançar nessa situação”, ressaltou.
Marun ponderou que o possível desmembramento do Ministério da Justiça e a criação de uma nova pasta não teria relação com a acomodação de aliados na esplanada dos ministérios e a busca por apoio no Congresso.
“A eventual criação de um ministério da Segurança Pública nada tem a ver com Previdência. Não vai ser utilizado no sentido político de busca de votos”, afirmou, antes de afirmar que uma possível mudança do ministério que comanda a Polícia Federal é uma questão de “segundo plano”.
Fugir não existe na minha vida, diz Lula
JC Online
Condenado a 12 anos e 1 mês de prisão na Operação Lava Jato, o ex-presidente Lula (PT) negou qualquer possibilidade de fugir da sentença final em entrevista à Rádio Jornal do Recife na manhã desta terça-feira (6). “A palavra fugir não existe na minha vida. Sou cidadão brasileiro, tenho orgulho de ser brasileiro, escapei da fome até 5 anos de idade, porque Nordestino que nasce na miséria onde eu nasci tem pouca chance de sobreviver. Vou encarar qualquer situação de cabeça erguida”, prometeu Lula.
“O que vai acontecer comigo, somente Deus sabe. Estou muito tranquilo. Moro no mesmo lugar há 20 anos. E durmo na minha casa toda noite”, disse o ex-presidente, na entrevista exclusiva à rádio do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação.
Em um duro ataque ao Judiciário, Lula classificou como “mentira” as acusações contra ele e as sentenças do juiz federal Sérgio Moro e do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
“Eu acho que, na hora que vier a verdade, essas pessoas que mentiram a meu respeito tem que ser exoneradas a bem do serviço público. Aprendi agora que o povo brasileiro, se não tiver aumento de salário, faça como o juiz Moro e peça auxílio-moradia. Como pode requerer auxílio-moradia quando o povo está perdendo o Minha Casa, Minha Vida?”, disparou o petista.
Condenação
O ex-presidente Lula foi condenado a 12 anos e 1 mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no mês passado em um processo da Operação Lava Jato em que é acusado de receber benefícios da OAS, incluindo um triplex no Guarujá, em troca de contratos no governo federal. A condenação pode enquadrar Lula na Lei da Ficha Limpa, deixando o petista de fora da corrida presidencial de 2018. O ex-presidente lidera as pesquisas de intenção de voto, oscilando entre 34% e 37%, segundo o Datafolha.
Maioria dos deputados do PTB defende que Temer insista na posse de Cristiane Brasil como ministra do Trabalho
G1, Brasília
Um mês depois de Cristiane Brasil (PTB-RJ) ter sido nomeada ministra do Trabalho pelo presidente Michel Temer, a maioria dos deputados do PTB se diz favorável a que o presidente Michel Temer insista em empossá-la no cargo – a posse da deputada está suspensa por decisão da Justiça.
Dos 15 colegas de bancada de Cristiane Brasil ouvidos pelo G1 desde a última sexta-feira (2).
- dez afirmaram que o governo deve insistir em dar posse à deputada;
- um disse que o governo deve desistir;
- dois não quiseram comentar;
- dois não foram localizados.
Nesta terça-feira (6), com a retomada dos trabalhos no Congresso, prevista para esta segunda (5), os integrantes da bancada do PTB na Câmara devem se reunir para discutir o assunto.
Cristiane Brasil foi nomeada ministra do Trabalho pelo presidente Michel Temer em 4 de janeiro. Mas, quatro dias depois, a Justiça Federal do Rio de Janeiro suspendeu a posse, atendendo a um pedido segundo o qual a deputada feriu o princípio da moralidade por já ter sido condenada por dívidas trabalhistas.
Temer insiste na nomeação devido ao compromisso firmado com o presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, pai de Cristiane Brasil, e para assegurar a fidelidade da bancada do PTB na votação da reforma da Previdência, prevista para este mês.
Depois de a Justiça negar vários recursos da deputada, a Advocacia Geral da União (AGU) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), que liberou a posse.
Mas, dois dias depois, a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, suspendeu a posse novamente, em caráter liminar (provisório), até tomar uma decisão definitiva sobre o assunto. Não há data marcada para o julgamento do caso.
‘Já negociamos tudo o que podíamos’, diz Temer sobre reforma da Previdência
Por G1, Brasília
O presidente Michel Temer afirmou, em entrevista veiculada na noite desta segunda-feira (29), que o governo já negociou com deputados e senadores “tudo” o que podia para conseguir aprovar a reforma da Previdência no Congresso.
A declaração foi dada durante o Programa do Ratinho, do SBT. O programa foi gravado no último dia 18 de janeiro, em São Paulo, mesma data em que Temer concedeu entrevista ao Programa Sílvio Santos.
A reforma da Previdência está prevista para ser votada em 19 fevereiro na Câmara. No entanto, apesar do otimismo do presidente, governistas admitem que ainda não possuem o apoio de 308 deputados, número necessário de votos para aprovar o projeto que promove uma mudança na Constituição.
Ao defender a aprovação da proposta durante a entrevista, Temer reconheceu que o tema é polêmico, e que o governo teve de abrir mão de alguns pontos do texto para que a reforma passe no Congresso.
“Não podemos passar de fevereiro. Vamos aprovar em fevereiro, março. Estamos contando votos, mas os votos estão crescendo e nós vamos aprová-la, se Deus quiser, em fevereiro. […] Já negociamos tudo o que podíamos”, afirmou o presidente.
Ele reconheceu, porém, que não há margem para negociar mais nenhum ponto do texto, o debate sobre a reforma será feito no Congresso, e que é possível que os parlamentares desejem alterar mais trechos da proposta. O presidente disse, então, que o governo estará disposto a conversar e negociar com os congressistas.
“Nesse momento, têm embaraços, controvérsias, mas depois a reforma fará um beneficio extraordinário ao nosso país. […] Se você não mudar a regra do jogo agora, você não consegue ter aposentadoria lá na frente”, complementou.
Assim como tem feito nas últimas entrevistas e eventos que participou, Temer voltou a pedir apoio da população para “convencer” deputados e senadores a aprovarem a proposta do governo.
“Precisamos muito do apoio popular. O Congresso ecoa, repercute a vontade popular. […] Mandem carta para deputado, senador, mostrando que é fundamental aprovar. O deputado vai, volto a dizer, ressoar, fazer ecoar a voz do povo. Então, se o povo estiver de acordo, ele se sente confortável para votar”, concluiu o presidente.
PT lança a pré-candidatura de Lula à presidência da República
Estadão Conteúdo
Um dia depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sido condenado em segunda instância na Justiça, o PT formalizou o anúncio do seu nome como pré-candidato a presidente da República. A presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, anunciou a candidatura logo no início da reunião do Diretório Nacional do partido nesta quinta-feira (25).
A reunião vai contar com a participação de dois advogados, que vão falar sobre o julgamento de quarta-feira, 24, e sobre os próximos passos no processo jurídico de Lula. “Depois, essa será uma reunião política, porque estamos lançando a pré-candidatura de Lula à presidência da República.”
Lula foi condenado em segunda instância pela turma de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. Com isso, foi ampliada a pena estabelecida pelo juiz Sergio Moro, que havia condenado o petista em primeira instância a nove anos e meio de reclusão.
Apesar da Lei da Ficha Limpa prever que políticos condenados em segunda instância não podem ser candidatos, a decisão do TRF-4 não tira Lula da eleição automaticamente. Uma possível impugnação da candidatura do petista cabe somente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá levar em conta o que prevê a Ficha Limpa na hora de analisar o caso do ex-presidente.
Gleisi disse que não falaria sobre a condenação, mas afirmou que a reunião era importante em virtude “do momento que estamos vivendo”. Ela agradeceu o apoio dos partidos PCdoB, Psol, PSB, PDT e o PCO e também ao senador Roberto Requião (MDB), além de movimentos sociais e sindicatos do Brasil e de outros países. “Desde 2014, não via mobilização tão grande da militância. É possível consolidação da centro-esquerda para enfrentar retrocesso.”
Plano B
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que o Plano B do partido para a eleição também é o ex-presidente Lula, mesmo após a condenação dele em segunda instância. “O evento de hoje tem o objetivo de recuperar a democracia e inocentar Lula”, disse Teixeira. “Além disso, queremos recuperar os direitos que estão sendo tirados”, acrescentou.
MEC credencia Unicap para oferecer cursos a distância
O Ministério da Educação credenciou a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) para oferecer cursos de ensino superior na modalidade à distância (EaD). A portaria foi assinada pelo ministro Mendonça Filho e publicada no Diário Oficial da União. Ela tem validade de 10 anos. As aulas estão previstas para começar no segundo semestre. Recentes mudanças na regulamentação das instituições de ensino superior têm garantido celeridade no credenciamento de novos cursos.
“Em uma área com tantas mudanças tecnológicas como a educação a distância, é de suma importância que a legislação seja modernizada para garantir que cada vez mais pessoas tenham acesso ao ensino de qualidade. Por diferentes motivos as pessoas precisam fazer um curso superior a distância, ainda muito recente na educação brasileira. Ao atualizar a regulamentação, buscamos incluir justamente essas pessoas”, lembrou Mendonça Filho.
Técnicos do MEC foram à instituição no ano passado para verificar se a Unicap cumpria as exigências necessárias para oferecer cursos EaD. Eles analisaram a estrutura, bem como o próprio núcleo EaD, a equipe e a metodologia desenvolvida. A instituição obteve nota máxima do MEC.
A Unicap já oferece alguns cursos de extensão, e a partir do segundo semestre de 2018 passará a oferecer cursos de graduação. O primeiro desses cursos deve ser o de licenciatura em ensino religioso, área que, na instituição, já conta com mestrado e doutorado.
O reitor da Unicap, padre Pedro Rubens, destaca que um dos objetivos é a formação de professores. “Além da irradiação da universidade, que tem apenas um campus, sobretudo em Pernambuco e na região Nordeste”, explicou.
De acordo com ele, a ideia é buscar parcerias com outras instituições para fazer com que o os cursos a distância cheguem aos estudantes. “O grande desafio da EaD é oferecer qualidade aos alunos. Queremos inovar a maneira de dar aula por meio da metodologia ativa, e consolidar instituições que tenham o mesmo perfil que o nosso”, adianta.
Mudanças – Em junho, o MEC publicou portaria que regulamenta o Decreto nº 9057, de 25 de maio de 2017, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos superiores na modalidade a distância, melhorar a qualidade da atuação regulatória do MEC na área, aperfeiçoar procedimentos, desburocratizar fluxos e reduzir o tempo de análise e o estoque de processos.
A portaria possibilita o credenciamento exclusivo de instituições de ensino superior (IES) para oferta de cursos na modalidade educação a distância (EaD), o que anteriormente só poderia ser feito se a IES já fosse credenciada para a oferta presencial. Com isso, as instituições poderão oferecer exclusivamente cursos EaD na graduação e na pós-graduação lato sensu, ou atuar também na modalidade presencial (credenciamento pleno).
O intuito é ajudar o país a atingir a Meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina a elevação da taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida em 33% da população de 18 a 24 anos. Na mesma linha, as IES públicas ficam automaticamente credenciadas para oferta EaD, devendo ser recredenciadas pelo MEC em até 5 anos após a oferta do primeiro curso EaD.
Julgamento de Lula no TRF-4 lota hotéis em Porto Alegre
Estadão Conteúdo
A dois dias do julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), a cidade de Porto Alegre passa por um fenômeno raro nesta época do ano: a maioria dos hotéis na região do tribunal estão lotados no dia 23, véspera do julgamento.
A Frente Brasil Popular, que organiza os atos em defesa de Lula, espera 50 mil pessoas na próxima semana – um número expressivo na capital gaúcha, que tem cerca de um 1,5 milhão habitantes. Dos dez hotéis consultados pela reportagem, todos nas proximidades do tribunal, seis estavam lotados. Os demais estavam nos últimos apartamentos.
A organização dos atos pró-Lula fez ainda uma parceria com a agência de viagens Roma Tour para hospedagens com descontos. Segundo o dono da empresa, Romalino Freitas, foram fechados cerca de 80 apartamento, até Sexta-feira (19). “O que ainda é muito pouco perto do universo de pessoas que estão vindo pra cá”, disse.
De acordo com os dados do PT do Rio Grande do Sul, 323 pessoas solicitaram acampar com integrantes do Movimento dos Sem Terra, que estarão no auditório do pôr-do-sol. Outras 1,4 mil ficarão em alojamentos coletivos, que são ginásios, associações, sindicatos – tudo gratuito.
No site comlulaempoa.com.br, há ainda uma categoria de “hospedagem solidária”, na qual moradores de Porto Alegre disponibilizaram suas casas para os militantes de outras regiões Cerca de 150 pessoas vão dormir em casas de gaúchos.
Hospedagem
Um dos que abrirá as portas será Janice Antonia Fortes, aposentada de 62 anos. Filiada ao PT desde o início dos anos 2000, ela irá receber dois correligionários por dois dias. Para ela, abrir a casa é “mais uma forma de luta”.
“Hospedar meus companheiros de partido dispostos a grudar ombros nesta luta justa, se propor a encarar uma longa viagem para mostrar indignação com a possibilidade de impedir a candidatura de Lula em 2018, acho que vale, para mim é mais uma forma de lutar”, afirmou.
Apesar de as manifestações terem começado no início do mês, será nos dias 23 e 24, que Porto Alegre atingirá sua lotação máxima. O ato da véspera do julgamento, contará com a presença dos senadores Paulo Paim (PT-RS), Roberto Requião (MDB-PR), da deputada Alice Portugal e do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos.
Em coletiva de imprensa feita na sexta-feira, o vice-presidente do PT do Rio Grande do Sul, Carlos Pestana, disse que há uma “forte expectativa” das entidades e uma “enorme vontade” do próprio Lula de comparecer nos atos anteriores ao julgamento. “A ideia é que ele participe deste ato do dia 23 em Porto Alegre e volte para São Paulo a fim de participar das atividades na Avenida Paulista”, informou Pestana.
Também na coletiva, o presidente da CUT no Estado reafirmou que as manifestações serão pacíficas. “Nós vamos colaborar com a Segurança Pública para identificar qualquer tipo de anormalidade e atitude que fuja ao nosso propósito de fazermos manifestações pacíficas”, disse Claudir Nespolo.
Segundo a programação do PT, nos dias que antecedem o julgamento e no dia 24, haverá protestos em outras cidades do País e do exterior, como Paris, Nova York, Cidade do México e Munique.
23 senadores investigados na Lava Jato ficam sem foro privilegiado se não se elegerem em 2018
G1, Brasília
Vinte e três senadores alvos da Operação Lava Jato – ou de desdobramentos da investigação – ficarão sem o chamado foro privilegiado se não se elegerem em 2018.
O número de parlamentares nessas condições é quase metade dos 54 senadores cujos mandatos terminam neste ano.
O foro por prerrogativa de função, o chamado “foro privilegiado”, é o direito que têm, entre outras autoridades, presidente, ministros, senadores e deputados federais de serem julgados somente pelo Supremo.
Sem isso, os senadores passariam a responder judicialmente a instâncias inferiores. Como alguns são alvos da Lava Jato, poderiam ser julgados pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela operação em Curitiba.
Nas eleições gerais de outubro, dois terços (54) das 81 cadeiras do Senado serão disputadas pelos candidatos. Os mandatos de senadores são de oito anos – para os demais parlamentares, são quatro.
A cada eleição, uma parcela do Senado é renovada. Em 2014, houve a renovação de um terço das vagas (27). Cada unidade federativa elegeu um senador.
Neste ano, duas das três cadeiras de cada estado e do Distrito Federal terão ocupantes novos ou reeleitos.
Caciques ameaçados
Entre os investigados que podem ficar sem mandato – e consequentemente sem foro privilegiado – a partir de 2019, estão integrantes da cúpula do Senado.
São os casos do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE); do líder do governo e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR); do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ) e do líder da minoria; Humberto Costa (PT-RJ). Os quatro são alvos da Lava Jato.
Ex-presidentes da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Edison Lobão (PMDB-MA) também são investigados na Lava Jato e terão de enfrentar as urnas neste ano.
Lobão é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, um dos colegiados mais importante da Casa.
Dois senadores que presidem partidos são réus no Supremo Tribunal Federal (STF): Gleisi Hoffmann (PT-PR), em ação penal da Lava Jato, e José Agripino Maia (DEM-RN), em desdobramento da operação. Os dois também estão na lista dos senadores com os mandatos a expirar.
O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), é outro senador investigado na Lava Jato que pode ficar sem mandato caso não se eleja em 2018. Na mesma situação está Benedito de Lira (AL), líder do PP no Senado.
O atual vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), é alvo de inquérito em desdobramento da Lava Jato. Seu correligionário, Aécio Neves (PSDB-MG) – ex-presidente tucano e segundo colocado nas eleições presidenciais de 2014 – também é investigado no Supremo.
Alvo de inquérito em operação derivada da Lava Jato, Aloysio Nunes (SP) – hoje à frente do Ministério das Relações Exteriores – é outro tucano detentor de mandato que pode ficar sem foro privilegiado se não se eleger em 2018. Ele foi candidato a vice-presidente da República em 2014, na chapa encabeçada por Aécio.
As líderes do PSB, Lídice da Mata (BA), e do PC do B, Vanessa Grazziotin (AM) – ambas investigadas em desdobramentos da Lava Jato – também estão nessa lista. Vice-líder do PMDB, Valdir Raupp (RO) é réu no Supremo após investigações da operação.
Outros investigados que também são alvos da Lava Jato ou de investigações derivadas da operação, os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES); Dalirio Beber (PSDB-SC); Eduardo Braga (PMDB-AM); Jorge Viana (PT-AC); e Ivo Cassol (PP-RO) – já condenado pelo STF em outra apuração sem ligação com a Lava Jato.
Maia roda o país em busca de maior popularidade e apoio para a Previdência
Correio Braziliense
Prestes a se declarar oficialmente candidato à presidência da República, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não está poupando esforços para conquistar 10% das intenções de voto até abril. Esse é o patamar que ele quer atingir para ser considerado, de fato, um candidato viável para as eleições de outubro. Na busca por apoio, a agenda do deputado tem incluído encontros com governadores e líderes partidários nos últimos dias. Até ontem, ele já podia contar com a aprovação e provável engajamento do PP e do Solidariedade numa eventual campanha. Agora, mira no PSD, no PR e no PSC.
Ontem, o presidente da Câmara recebeu para um café da manhã na residência oficial o ex-deputado Valdemar Costa Neto, um dos principais caciques do PR. O partido ainda se recusa a fechar questão sobre a reforma da Previdência, que seria o motivo do encontro, mas é considerado um forte aliado em potencial para a candidatura ao Palácio do Planalto. Já o almoço foi em Florianópolis, com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD). Colombo é do partido do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que também tem intenção de substituir Michel Temer no Planalto e com quem Maia disputa, além da atenção do centrão, a paternidade da reforma da Previdência. O ex-senador Jorge Bornhausen e o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) também participaram da reunião.
Ainda que a mesma pauta econômica e reformista seja defendida por Meirelles, Maia tem algumas cartas na manga. Uma delas é a juventude, já que ele tem 47 anos, contra os 72 de Meirelles. A equipe do parlamentar apostará nessa vantagem para conseguir os votos de eleitores mais novos — 36% do eleitorado brasileiro é formado por pessoas de 16 a 34 anos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Outra vantagem é o bom trânsito no Congresso, tendo feito uma presidência considerada de sucesso na Câmara. Pessoas próximas ao parlamentar também apontam como positivo o fato de o presidente Michel Temer ter sinalizado preferir Meirelles na Fazenda do que no Planalto, embora ele tenda a apoiar governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), como sucessor.
Na quarta-feira, Maia se encontrou com os presidentes do PP, Ciro Nogueira (PI), e do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), que se mostraram inclinados a apoiá-lo na disputa presidencial. Paulinho, que é presidente da Força Sindical, se opõe à candidatura de Meirelles, que é o principal concorrente de Maia. Além dos parlamentares, dois ministros do governo Michel Temer participaram do encontro: Alexandre Baldy, das Cidades, e Mendonça Filho, da Educação. No mesmo dia, o deputado esteve em um evento em Vitória (ES) e aproveitou para discutir os rumos da eleição com o governador baiano ACM Neto, que será presidente do DEM a partir de fevereiro, e com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB), um dos nomes cogitados para integrar a chapa como vice.
Previdência
Maia juntou o útil ao agradável ao unir as agendas da campanha e da principal pauta política atual, que é a reforma da Previdência. A estratégia dele para conseguir os pelo menos 40 votos que faltam para pautar a matéria com sucesso tem sido viajar o país, encontrar os governadores e convencê-los da necessidade de se atualizar as regras de aposentadoria e pensão ainda este ano. “Vamos tentar construir a participação dos governadores neste debate”, disse Maia, em uma rede social. Nessas viagens, ele aproveita para discutir os rumos das eleições.
Ao buscar votos, mesmo não tendo a obrigação operacional de fazer isso, o presidente da Câmara “sinaliza engajamento para o governo, para os aliados, mas também para o mercado financeiro”, explicou o analista político Leandro Gabati, diretor da Dominium Relações Governamentais. Após a agência de classificação de risco Standard and Poor’s ter rebaixado, ontem, a nota de crédito do Brasil de BB para BB-, essa sinalização é importante tanto no convencimento dos parlamentares quanto para encorpar o discurso eleitoral. Sem reforma da Previdência, o país pode voltar a ser rebaixado —- assim como a candidatura de Maia e Meirelles.