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AFRICANOS MANTÊM DOMÍNIO, VENCEM A SÃO SILVESTRE, E JEJUM BRASILEIRA SEGUE
Cerca de 30 mil pessoas de 42 países correram a 91ª edição da tradicionalíssima São Silvestre por ruas e avenidas de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, último dia de 2015. Completar a prova festiva de 15km já é uma grande alegria para a maioria delas, mas são os africanos quem têm mais uma vez os maiores motivos para celebrar. Campeão da Maratona de Nova York deste ano, o queniano Stanley Biwott venceu a disputa masculina, com o tempo de 44min31s, e aumentou o jejum brasileiro que perdura desde 2010. Giovani dos Santos ficou com a quinta colocação. Dentre as mulheres, a seca nacional é ainda maior. Com o segundo triunfo seguido da etíope Ymer Ayalew, que fez o tempo de 54mins01, o jejum brasuca vai completar dez anos em 2016 – dentre as brasileiras, Sueli Pereira ficou com a quarta colocação e Joziane Cardoso foi a quinta.
É realmente uma tarefa dura conseguir correr os 15 mil metros no mesmo ritmo de quenianos e etíopes. As longas pernas do atletas dos países da África parecem motores fabricados para deixar o asfalto para trás o mais rápido possível. Quinto colocado no ano passado, Giovani dos Santos aproveitou a temperatura confortável de 24 graus e conseguiu ficar no pelotão de elite. Porém, antes mesmo de ser completada metade da corrida, a feição do mineiro de 33 anos já indicava o quão duro seria lutar pela primeira vitória brasileira desde que Marílson dos Santos conquistou o tricampeonato, há seis edições.
Na subida da rua Brigadeiro Luís Antônio, os africanos dispararam e a disputa ficou restrita a eles. Stanley Biwott deixou claro que vive o melhor ano da sua carreira e acabou cruzando a linha de chegada em primeiro lugar. Agora, ele pode se gabar que é campeão em duas das maiores cidades do mundo: Nova York e São Paulo.
Dentre as mulheres, a brasileira Roselaine de Souza Ramos liderou a prova até pouco depois do fim da Avenida Pacaembu, cerca de 3km do percurso. Depois, ela ficou para trás e um pelotão de nove atletas passou a ditar o ritmo. Eram seis africanas, as brasileiras Joziane Cardoso e Sueli Pereira, além de uma peruana.
A briga seguiu intensa até a metade da dura subida da rua Brigadeiro Luís Antônio. A partir daí, a etíope Ayalew, a queniana Delvine Meringor e Failuna Matanga, da Tanzânia, descolaram do grupo e protagonizaram a disputa pela vitória. Acabou dando o bi de Ymer Ayalew, que vibrou muito ao cruzar a linha de chegada, na mesma avenida Paulista da largada, em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo.
Africanos comandaram pelotão de elite desde os primeiros quilômetros
PÓDIO MASCULINO
1 – Stanley Biwott (QUE) – 44m31s
2 – Leul Aleme (ETI) – 44m34s
3 – Feyisa Gemechu (ETI) – 44m38s
4 – Edwin Kipsang (QUE) – 44m41s
5 – Giovani dos Santos (BRA) – 44m58s
PÓDIO FEMININO
1 – Ymer Ayalew (ETI) – 54m01s
2 – Delvine Meringor (QUE) – 54m03s
3 – Failuna Matanga (TAN) – 54m11s
4 – Sueli Pereira (BRA) – 54m15s
5 – Joziane Cardoso (BRA) – 54s22s
CASOS SUSPEITOS DE MICROCEFALIA CHEGAM A 2.975, DIZ SAÚDE
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (29) que foram registrados em todo o país 2.975 casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos. Além disso, 40 mortes suspeitas de microcefalia relacionada ao zika vírus são investigadas. Os dados foram compilados até o dia 26 de dezembro em 656 municípios de 20 unidades da federação.
O número de casos suspeitos subiu desde o último boletim divulgado pelo Ministério na semana passada, com o registro de 2.782 casos suspeitos.
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A malformação é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 cm – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 34 cm.
A principal hipótese discutida para o aumento de casos de microcefalia está relacionada a infecções por zika vírus, que foi identificado pela primeira vez no país em abril deste ano. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, assim como a dengue e o chikungunya.
Dos 20 estados com casos suspeitos, três apresentaram diminuição de casos – TO, MG e MT – nove permaneceram com números iguais, e oito apresentaram aumento de casos. A nota divulgada pelo Ministério não especifica quais estados tiveram números iguais e quais tiveram aumento.
O estado com maior número de casos suspeitos registrados é Pernambuco, com 1.153, o primeiro local a identificar aumento drástico da anomalia. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), Rio Grande do Norte (154), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (129), Maranhão (94) e Piauí (51).
Em novembro, o Ministério da Saúde declarou emergência em saúde pública para dar agilidade às investigações, que são realizadas de forma integrada com as secretarias estaduais e municipais de saúde.(G1.COM)
MAIS DE 1,9 MIL FAMÍLIA ESTÃO FORA DE CASA DEVIDO À ENCHENTES NO RIO GRANDE DO SUL
Pouco mais de 1,9 mil famílias seguem fora de suas residências devido à enchente que atinge o Rio Grande do Sul, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil na tarde deste domingo (27). Ao todo, 2.214 famílias foram atingidas, sendo que 1.964 estão fora de casa. Destas, 1.810 estão desalojadas – em residências de familiares e amigos – e 154 estão desabrigadas – recolhidas em um local fornecido pelo Poder Público.
O número teve uma pequena elevação em relação aos dados divulgados neste sábado (26), quando havia 1.801 desalojadois e 153 desabrigadas, e um total de 2.204 famílias afetadas de alguma maneira. O número de cidades prejudicadas segue 40, a maioria na Fronteira Oeste, Norte e Noroeste do estado.
A chuva já levou 12 prefeituras a decretarem situação de emergência: Liberato Salzano, Trindade do Sul, Nonoai, Santo Ângelo, São Miguel das Missões, Guarani das Missões, Roque Gonzáles, Cândido Godói, Uruguaiana, Quaraí, Passa Sete e Não-Me-Toque.
A chuva forte atingiu a Fronteira Oeste no último dia 18 e seguiu até sábado (27), quando um temporal elevou os níveis dos rios Uruguai e Quaraí. Na quarta-feira (23), o rio Quaraí atingiu a marca histórica de mais de 15 metros acima do nível normal. A maior cheia que a cidade tinha registrado até então foi em 2001, quando o rio chegou aos 14 metros acima do normal.
A chuva deu uma trégua desde quinta-feira (24) e, aos poucos, a água começa a baixar em algumas cidades. É o caso de Itaqui e Uruguaiana, onde a ponte que liga os dois municípios pela BR-472 foi liberada para tráfego na manhã deste sábado (26) após ter sido interditada devido ao alto nível do rio Ibicuí.
RENATO VIANNA VENCE O THE VOICE BRASIL 2015
O cantor Renato Vianna, de 21 anos, é o grande vencedor do The Voice Brasil 2015. O duelo final, realizado na noite desta sexta-feira (25), consagrou o participante do grupo de Michel Teló com mais de 50% dos votos do público. Experiente, o paulistano já é figurinha carimbada do público que curte reality shows musicais, tendo participado de programas como o do Raul Gil e Qual é o seu Talento?. Estreante como jurado do programa, Michel Teló entrou na disputa com o pé direito e já conta com um premiado em seu time. “Estar nessa cadeira é realmente muito especial. Quero agradecer ao Daniel, porque eu peguei essa cadeira emprestada dele”, comentou Teló. “É uma honra ter o Renato na minha equipe”, finalizou.
Durante a noite, o coração pernambucano bateu a mil: pela primeira vez, um recifense esteve entre os finalistas. Ayrton Montarroyos, do time de Lulu Santos, lutou com garra durante os últimos meses, levantando com afinco e encanto a bandeira da música popular brasileira. Depois de dois meses fazendo ponte aérea Recife – Rio de Janeiro, Ayrton diz que sempre se considerou um vencedor: “Desde o primeiro momento eu disse à minha tia: ‘Mesmo que não virem a cadeira, vai ser massa, vamos cantar em rede nacional’ – e olha aonde eu cheguei”, relembrou em entrevista ao Jornal do Commercio. Durante a jornada de Ayrton no programa, Lulu não foi o único a virar a cadeira para ele: o intérprete volta para casa com um Brasil hipnotizado pela sua presença. “Você dá uma facada na gente e a gente não sente. Você tem um jeito de cantar que hipnotiza e depois morde. Você é uma grande voz!”, avaliou o apresentador Tiago Leifert.
No palco, os quatro participantes deram início ao programa cantando Óculos, de Herbert Vianna. Em uma noite em que a decisão não caberia aos jurados, Claudia, Lulu, Michel e Carlinhos também soltaram o gogó. De cara, Lulu resgatou um clássico dos anos 2000: Xibom Bombom, que ganhou fama na voz do grupo As Meninas. Nikki abalou as estruturas do reality, mostrando estar bem além da cabeleira cor-de-rosa: a finalista do grupo de Claudia Leitte arrancou a peruca e entoou clássicos do “maluco beleza” Raul Seixas. Dentre outras emoções, Carlinhos Brown e Junior Lord se uniram para um dueto de Magamalambares, do próprio Brown.
Ayrton pode não ter trazido o prêmio de R$ 500 mil para casa, mas Pernambuco esteve muito bem representado na sua voz e na de Bella Schneider. De uma coisa temos certeza: saímos vitoriosos.
CERVERÓ DEIXA PRISÃO PARA PASSAR FESTAS DE FIM DE ANO EM CASA
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró deixou nesta quarta-feira (23) a carceragem da Polícia Federal em Curitiba para passar as festas de fim de ano em casa. Cerveró saiu por volta das 11h30 e deverá retornar à prisão no dia 2 de janeiro.
O benefício consta no acordo de delação premiada assinado pelo ex-diretor com a força-tarefa do Ministério Público Federal, responsável pelas invesitgações da Operação Lava Jato. Cerveró é acusado de receber propina de contratos da estatal com empreiteiras.
O benefício foi autorizado porque o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, homologou na semana passada novos depoimentos da delação premiada de Cerveró. O acordo, firmado com a Procuradoria-Geral da República, prevê alguns benefícios, entre eles, a saída para passar o período do Natal e do Ano Novo em casa.(Da ABr)
CASOS SUSPEITOS DE MICROCEFALIA SOBRE PARA 2.782, DIZ SAÚDE
O número de casos suspeitos de microcefalia em todo o país subiu para 2.782 até o dia último dia 19, segundo balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (22). No levantamento do dia 12, havia 2.165 casos suspeitos, 134 confirmados e 102 descartados da malformação.
A pasta confirma 40 mortes suspeitas de terem sido causadas por microcefalia. No último levantamento, 26 óbitos eram investigados, uma morte foi confirmada e outra, descartada. Ao contrário do que vinha fazendo, o ministério não revelou no balanço desta terça o número de casos confirmados da malformação.
Segundo o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do ministério, Caio Maierovitch, o motivo é que ainda há dificuldade no enquadramento da doença pelos funcionários dos estados.
“De lá para cá [do dia 12 ao 19], recebemos muitos comunicados dos estados de que os profissionais tiveram muitas dúvidas no enquadramento dos casos. Há uma dificuldade na classificação e no enquadramento confiável, como casos confirmados e descartados”, explicou.
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A malformação é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 cm – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 34 cm.
Pernambuco é o estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia: 1.031. Em seguida, vêm Paraíba e Bahia, com 429 e 271 casos, respectivamente. O Rio Grande do Norte e a Bahia são os estados com maior número de óbitos sob suspeita da doença: dez casos.
“Não há dúvida que a maioria esmagadora dos casos de microcefalia esteja relacionado ao vírus zika”, disse Maierovitch. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e da chikungunya.
Em 20 estados do país, 16 já instalaram “salas de controle” da doença, que repassam dados ao ministério. A pasta estabeleceu uma meta de, até 31 de janeiro, visitar residências em todo o país, em busca de focos do mosquito. O serviço será feito por os agentes epidemiológicos e comunitários de saúde e por homens do Exército. Cada agente deve visitar em média 20 residências por dia.(G1.COM)
NA POSSE DA FAZENDA, DILMA ELOGIA LEVY, MAS COBRA AJUSTE E CRESCIMENTO
Ao iniciar seu discurso na cerimônia de posse dos novos ministros da Fazenda e do Planejamento, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (21) que a presença de Joaquim Levy nos primeiros 12 meses de seu segundo mandato foi “decisiva” para que o governo realizasse “ajustes imprescindíveis”. Levy deixou o governo federal na última sexta-feira (18), substituído por Nelson Barbosa, que comandava o Ministério do Planejamento.
Apesar dos elogios públicos na despedida a Joaquim Levy, a presidente da República aproveitou seu discurso na solenidade de posse para mandar um recado aos novos titulares da Fazenda e do Planejamento, fazendo, indiretamente, coro às críticas que o ex-ministro sofreu do PT no período em que integrou o primeiro escalão, inclusive, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em um dos trechos da sua fala, Dilma destacou que uma das tarefas de Nelson Barbosa e Valdir Simão será “contagiar a sociedade com a crença de que equilíbrio fiscal e crescimento econômico podem e devem vir juntos”.
Ela também recomendou que eles façam “o que for preciso” para retomar o crescimento “sem guinadas e sem mudanças bruscas”.
Segundo ela, a mudança da equipe econômica não altera o objetivo de curto prazo do Executivo de restabelecer o reequilíbio fiscal, reduzir a inflação, eliminar as incertezas e retomar com urgência o crescimento.
“Experiência e competência ambos [Barbosa e Simão] têm de sobra. Conhecem a administração pública e participaram da maioria dos programas prioritários que implementamos ao longo dos últimos anos. Estão prontos para a equipe do equilíbrio fiscal e retomada do crescimento”, observou Dilma.
Ao longo de 2015, petistas e integrantes do governo que tinham uma visão crítica em relação ao trabalho de Levy reclamaram que o então ministro da Fazenda não apresentava propostas de crescimento para o país, limitando-se, segundo eles, a executar uma política de ajuste fiscal no país. O próprio Nelson Barbosa protagonizou, em diversar ocasiões, embates com o colega da Fazenda por divergir de propostas mais ortodoxas de Levy para a economia.
“Minhas primeiras palavras são de agradecimento ao ministro Joaquim Levy. Sua presença à frente da Fazenda foi decisiva para que fizéssemos ajustes imprescindíveis. Sua dedicação, assim como seu trabalho, ajudaram na legislação fiscal mesmo em ambiente de crise política”, destacou a presidente na solenidade.
“Joaquim Levy, cuja competência já era conhecida, revelou grande capacidade de agir com serenidade e eficiência sob intensa pressão”, concluiu a petista.
Agradecimento
Nesta segunda, além de empossar Barbosa no comando da economia, a presidente deu posse ao então chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, no posto de titular do Planejamento.
Diante dos novos titulares da Fazenda e do Planejamento, Dilma destacou que Levy atuou no governo em um momento conturbado da economia e da política, mas que, mesmo assim, ele “superou difíceis desafios”.
Além disso, a petista ressaltou que o agora ex-ministro – que foi alvo de duras críticas de integrantes do governo e do PT ao longo dos meses em que chefiou a economia brasileira – contribuiu muito para a estabilidade e a governabilidade do país.
“Agradeço sua colaboração inestimável, que jamais deixarei de reconhecer”, enfatizou a presidente, sendo intensamente aplaudida pelos convidados que acompanhavam a cerimônia de posse no Palácio do Planalto.(G1.COM)
PREFEITO DE RIO CLARO É ASSASSINADO
O prefeito de Rio Claro, RJ, Raul Fonseca Machado foi morto a tiros na noite deste domingo (20) em uma propriedade rural às margens da rodovia RJ-155, no bairro Graminha, quatro quilômetros distante do centro da cidade. De acordo com a Polícia Militar, o crime teria ocorrido por volta das 21h.
Segundo informações, Fonseca teria sido vítima de uma tentativa de assalto e de acordo com a polícia, reagido. A perícia é realizada no local e a polícia procura suspeitos pelo assassinato. Os criminosos teriam fugido da casa levando dois carros.(G1.COM)
EMPRESÁRIO REÚNE AMIGOS E É MORTO EM CONFRATERNIZAÇÃO DE FIM DE ANO
Reunido em casa com amigos durante confraternização de fim de ano, o empresário Victor Aguiar, do município de Teixeira de Freitas, na região sul da Bahia, foi atingido por um tiro e morto na madrugada deste sábado (19). De acordo com a delegada Waldiza Fernandes Rocha, a vítima foi baleada por uma pessoa, ainda não identificada, que chegou ao portão do imóvel e disparou. A festa ocorria na área gourmet da casa.
“Os amigos disseram que alguém atirou de fora para dentro [da casa]”, detalha a delegada. Dono de uma concessionária de veículos, Victor Aguiar chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital privado do município. Entretanto, não resistiu ao ferimento e morreu.
A delegada Waldiza Rocha conta que a vítima foi atingida pelo tiro na região abaixo da axila esquerda, próximo ao peito. O crime ocorreu por volta de 1h, no bairro Kaikan Sul. Até a manhã deste sábado, a polícia ainda não tinha suspeita sobre a autoria do homicídio.(Do G1 BA)
LEVY ADMITE QUE CONVERSA COM DILMA SOBRE SAÍDA DO MINISTÉRIO DA FAZENDA
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu nesta sexta-feira (18) que “tem conversado” com a presidente Dilma Rousseff sobre a sua possível saída do governo e disse que não quer “criar nenhum constrangimento”.
“A gente [Levy e a presidente Dilma] tem conversado, eu acho que eu tenho que falar o que eu já falei”, afirmou o ministro, ao ser perguntado, durante café da manhã com jornalistas em Brasília nesta sexta-feira (18), se já havia acertado sua saída com a presidente. “A gente sempre teve um relacionamento muito respeitoso”.
“O ano Legislativo já se encerrou e a gente pode, isso abre umas tantas alternativas. Evidentemente meu objetivo não é criar nenhum constrangimento ao governo, agora é lógico que é importante, tem que ter clareza de quais são as prioridades até em função de todas as demandas sobre o governo, sobre a presidente. E eu acho que o caminho vai ser em função disso”, disse ele.
A saída do ministro já vem sendo especulada há meses, mas os rumores ganharam força esta semana, depois que o governo decidiu reduzir a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 2016 para 0,5% do PIB. A decisão contrariou diretamente Levy, que vinha insistindo na necessidade de manter a meta de 0,7% do PIB como uma espécie de último estandarte para garantir a retomada da confiança no Brasil e a estabilidade necessária para uma retomada do crescimento econômico.
Questionado se se sentia traído por não conseguir colocar em prática, ao longo de 2015, alguns dos projetos voltados para o ajuste fiscal, Levy negou, mas afirmou estar “decepcionado” – algumas propostas do ministro enfrentaram resistência do governo e do PT.
“O colega [jornalista] me perguntou se eu me sentia traído. Eu não vou dizer que me sinto traído, mas eu me sinto um pouquinho decepcionado pelas principais medidas de aumento da justiça tributária, da progressividade do Imposto de Renda, não tenham tido pleno curso”, disse.
Tom de despedida
É a primeira vez que Levy fala diretamente sobre a possibilidade de deixar o cargo. Na quarta-feira, em entrevista à TV Globo, o ministro afirmou que estava “bem” no comando da pasta.
“Estou bem aqui à frente do ministério”, disse Levy, ao ser questionado se ele pode deixar o governo. “Eu tenho dito que o folhetim, a novela, não é muito importante. O importante é o que a gente está conseguindo fazer para ter um Brasil melhor”.
Na quinta-feira, no entanto, ele adotou um tom de despedida em conversas reservadas que teve com parlamentares, de acordo com o colunista do G1, Gerson Camarotti. A interlocutores, Levy explicou que há uma pressão cada vez maior da própria base aliada para uma flexibilização da política econômica.
A presidente Dilma Rousseff já estaria em busca de substitutos para o comando da Fazenda. A opção pode ser por uma “solução doméstica”, segundo a colunista do G1 Cristiana Lôbo, com o deslocamento do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, para a Fazenda; e no Planejamento, um nome político, como o do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Também estariam na lista de Dilma o do ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro, e até Alexandre Tombini, do Banco Central.(G1.COM)