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Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho é agraciado com maior medalha da Marinha brasileira
Ministro de Portos e Aeroportos, o pernambucano Silvio Costa Filho foi agraciado, nesta segunda-feira (2), em Brasília, com a Medalha de Ordem do Mérito Naval da Marinha Brasileira, maior condecoração entregue pela instituição. No ato, Costa Filho também recebeu a Medalha do Mérito Tamandaré.
A cerimônia foi comandada pelo ministro da Defesa, o também pernambucano José Múcio Monteiro. Ainda foram agraciadas outras autoridades na ocasião, a exemplo do ministro dos Transportes, Renan Filho.
“Me sinto honrado em receber essa medalha tão representativa para a Marinha brasileira. Ainda mais feliz por ser entregue pelo meu amigo José Múcio. O Brasil voltou! O governo do presidente Lula tem trabalhado muito para fazer nossa economia crescer, gerando emprego e renda”, pontuou Silvio Costa Filho.
Com cerco a Bolsonaro, Tarcísio tenta submergir
CNN – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem buscado distância dos holofotes após indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo aliados, a orientação é se resguardar.
Antes mesmo do inquérito do golpe ficar público, o governador já vinha evitando exposição. Dizia a jornalistas que usaria o momento para focar no governo.
Em outubro, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), chegou a reclamar publicamente. Relatou “problemas” do governador com siglas amigas, a exemplo do próprio PP e União Brasil.
Na ocasião, Nogueira também mencionou o distanciamento entre Tarcísio e Bolsonaro. O governador, no entanto, negou. Disse que mantinha contato com o ex-presidente. Segundo ele, um “amigo” com quem possui “sintonia fina”.
Constrangimento
Na última sexta-feira (29), Tarcísio esteve em Brasília para um evento no Palácio do Planalto. Na ocasião, desabafou com aliados sobre o incômodo com a aparição pública ao lado de Lula.
No palco, o governador ouviu em silêncio menções de ministros à tentativa de golpe impetrada por Bolsonaro.
A postura do governador é avaliada por pessoas próximas como um gesto ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que envolvem Bolsonaro, com quem mantém boa relação.
Apesar dos sinais dúbios, a ala mais radical do PL admite que o governador é a primeira opção da direita para substituir Jair Bolsonaro nas urnas, em 2026.
Durante a campanha pela Prefeitura de SP, no entanto, Bolsonaro se manteve distante e chegou a dizer que Tarcísio não tem nome nacionalizado o suficiente para disputar a presidência.
Rui Costa diz que Lula “não se abala um milímetro” sobre tentativa de assassinato
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse, nesta sexta-feira (29), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “não se abala um milímetro” diante das informações sobre o suposto plano para o assassinato dele em 2022.
Ele falou sobre o caso, alvo de investigação da Polícia Federal, durante cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do próprio Lula, do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“O senhor mostra, mais do que nunca, a figura de um estadista, que não se abala um milímetro, mesmo com todas as informações e notícias que vieram à tona daqueles que tramaram um golpe de Estado”, disse Rui Costa.
“Chegaram a tramar algo que ninguém neste salão ou no país imaginava que poderia acontecer neste país, que alguém teria coragem de tramar a captura, o sequestro, a morte de um ministro do Supremo Tribunal Federal, de um presidente da República eleito e de um vice-presidente da República eleito”, afirmou.
Lula não discursou na cerimônia. O evento foi o primeiro encontro entre o presidente e Tarcísio desde o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no inquérito que apura o suposto plano de golpe de Estado.
Governo confirma aditivo de R$ 3,6 bilhões para a Transnordestina com recursos do FDNE, administrado pela Sudene
Presidente Lula oficializou o aporte em cerimônia realizada em Brasília. Fundo regional é uma das principais fontes de financiamento do projeto logístico.
O Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) é a fonte integral dos recursos do aditivo de R$ 3,6 bilhões, formalizado nesta quinta-feira (28) pelo Governo Federal para a Transnordestina. Administrado pela Sudene, o FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento da ferrovia. A oficialização do repasse foi realizada pelo presidente Lula, em cerimônia que contou com a presença do superintendente da autarquia, Danilo Cabral.
Espera-se que os recursos do aditivo, assinado em conjunto com o Banco do Nordeste, agente operador do FDNE no projeto, possibilitem a execução de serviços de infraestrutura e superestrutura nos trechos MVP (Missão Velha/CE ao Porto do Pecém/CE) e EMT (Eliseu Martins/PI a Trindade/PE).
O presidente Lula comemorou o aporte, destacando a importância da ferrovia para a economia regional. “Quando um governo quer fazer uma obra, ele faz, e ela acontece. Lembro que essa obra foi um pedido do companheiro Miguel Arraes. Esta ferrovia vai transformar a vida de todos os estados do Nordeste. Não há como sermos competitivos sem ferrovias”, afirmou o presidente, ressaltando também o impacto positivo da obra no turismo regional.
O aditivo é resultado de uma ação coordenada do Governo Federal para garantir a conclusão das obras. A Transnordestina Logística (TLSA), empresa responsável pelo projeto, informou que trechos transitáveis estarão em funcionamento até 2026. A Transnordestina é a maior obra logística do Nordeste e um dos principais projetos de infraestrutura do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Com trechos em 53 municípios do Ceará, Pernambuco e Piauí, a Transnordestina escoará a produção de grãos, combustíveis, minérios, fertilizantes e outros produtos que impulsionam diversas cadeias produtivas do Nordeste. De acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Ceará, a área de influência da ferrovia, em um raio de até 300 km, abrange 1.008 municípios dos nove estados nordestinos, com um PIB estimado em R$ 509 bilhões, representando quase 41% do total da região.
O impacto da obra no desenvolvimento regional foi enfatizado pelo ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “Com esses atos, o presidente Lula está criando oportunidades de trabalho para 8 mil trabalhadores. Isso é transformador. O projeto está diretamente alinhado ao PPA, no qual o presidente retomou o planejamento participativo no país. Certamente, a maior obra é gerar emprego e renda, promovendo inclusão, integração, desenvolvimento e, sobretudo, combatendo a desigualdade”, afirmou Góes.
A autorização da Sudene para que o Banco do Nordeste assinasse o aditivo com a Transnordestina Logística (TLSA) foi concedida no dia 5 de novembro, por decisão da Diretoria Colegiada da autarquia. O superintendente Danilo Cabral reforçou que a ferrovia é uma conquista do povo nordestino. “Essa obra começou no primeiro governo do presidente Lula e avançará ainda mais neste novo mandato. Vai trazer desenvolvimento e oportunidades para o Nordeste, conectando o interior da região aos principais portos e integrando o Nordeste ao Brasil e ao mundo”, comentou.
Até o anúncio de hoje, o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste já havia aportado R$ 3,8 bilhões dos R$ 7,5 bilhões investidos na Transnordestina desde o início das obras. Para a conclusão do projeto, estima-se que ainda sejam necessários R$ 7 bilhões. O restante dos recursos será obtido por meio de instituições financeiras e pela própria concessionária.
A cerimônia de assinatura do aditivo também contou com a presença dos ministros Rui Costa (Casa Civil), George André Palermo Santoro (substituto do ministro dos Transportes), Camilo Santana (Educação) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais). Também participaram os governadores Carlos Brandão (Maranhão), João Azevedo (Paraíba), Rafael Fonteles (Piauí) e Jade Romero (vice-governadora do Ceará), além de políticos nordestinos da Câmara e do Senado, secretários nacionais e representantes do Banco do Nordeste, BNDES e Marquise Infraestrutura.
Juiz citado em relatório do golpe deve depor à PF
Citado no relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado no país, o juiz Sandro Nunes Vieira, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), deve prestar depoimento à corporação nos próximos dias.
Apesar de não ter sido indiciado neste primeiro momento, a avaliação de fontes que acompanham a investigação é de que ele ainda pode vir a ser, a depender dos esclarecimentos que forem prestados.
A suspeita da PF é de que Vieira tenha ajudado o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, no relatório produzido pelo Instituto Voto Legal (IVL) para questionar o sistema eleitoral brasileiro, após a derrota nas urnas em 2022.
Na época, o juiz federal atuava na Assessoria de Gestão da Identificação do gabinete da Secretaria-Geral da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a eleição, chegou a trabalhar na área de combate à desinformação da Corte.
No relatório, Vieira é citado em um diálogo entre o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. A conversa tratava sobre o IVL e ocorreu em 16 de novembro de 2022.
Mesmo inelegível, pesquisa mostra Bolsonaro em disputa acirrada contra Lula
Mesmo com Jair Bolsonaro (PL) inelegível até 2030, a eventual disputa entre o ex-presidente e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2026 é acirrada.
Em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (27) pelo instituto Paraná Pesquisas, um dos cenários indica empate técnico entre ambos, com vantagem numérica para Bolsonaro (37,6% ante 33,6% de Lula).
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
Neste mesmo cenário constam ainda os nomes de Ciro Gomes (7,9%), Simone Tebet (7,7%) e Ronaldo Caiado (3,7%). Votos em branco, nulos e em nenhum somam 5,8%. Outros 3,8% não souberam ou não responderam.
O levantamento completo conta com dez eventuais cenários para o próximo pleito presidencial (veja abaixo). Foram ouvidos 2.014 eleitores nos 26 estados e no Distrito Federal, entre os dias 21 e 25 de novembro.
Ou seja, antes do inquérito sobre o plano de golpe que envolvia uma trama para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro e outros 36 nomes foram indiciados pela Polícia Federal (PF).
Moraes tira sigilo do inquérito do golpe e envia para PGR
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou nesta terça-feira (26) para a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil para evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A medida é de praxe. No Supremo, cabe à PGR avaliar as investigações criminais. Na decisão, o ministro também determina a retirada do sigilo da investigação.
A Polícia Federal (PF) indiciou no caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 36 pessoas.
Ao final da análise, caberá ao procurador-geral Paulo Gonet decidir se denuncia o ex-presidente e os demais investigados pelos crimes apontados pela PF. Ele também pode pedir o arquivamento das investigações ou solicitar mais diligências aos investigadores.
Conforme mostrou a CNN, interlocutores de Gonet, dão como certo que Bolsonaro será formalmente acusado dos crimes relacionados à trama golpista. A denúncia, entretanto, deve ser apresentada apenas em 2025.
Segundo a investigação, Bolsonaro, integrantes do seu governo, auxiliares e militares planejaram um golpe para manter o ex-presidente no poder.
O suposto golpe passaria, inclusive, pelos assassinatos de Lula, do seu vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes, em dezembro de 2022.
O relatório conclusivo da PF tem 884 páginas.
Bolsonaro retorna a Brasília após indiciamento por tentativa de golpe e se reúne com defesa
Após ser indiciado por tentativa de golpe de estado, Jair Bolsonaro (PL) desembarca em Brasília na noite desta segunda-feira (25). Nos próximos dias, ele deve se reunir com advogados para discutir sua estratégia de defesa.
O retorno do ex-presidente à capital federal ocorre sob a expectativa do levantamento de sigilo do relatório final da Polícia Federal que o apontou como líder da organização criminosa que conspirou para evitar a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O documento deve revelar a dinâmica da trama golpista.
Bolsonaro estava com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em São Miguel dos Milagres (AL) na casa do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), há uma semana.
Foi de lá que o ex-presidente acompanhou a Operação Contragolpe da PF que, na última terça-feira (19), mirou o general da reserva Mario Fernandes, outros três militares e um policial federal por fazer um plano para executar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Na quinta-feira (21), o relatório do inquérito da tentativa de golpe com indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, alguns de seus principais auxiliares no governo e militares.
No mesmo dia, o seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, prestou depoimento ao ministro Alexandre de Moraes e conseguiu manter os benefícios do acordo de colaboração premiada ao dar detalhes sobre a participação do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, na trama golpista.
A interlocutores, Bolsonaro tem afirmado que o indiciamento era esperado e tem repetido que os próprios áudios do general Mario Fernandes indicam que ele não aderiu a um golpe.
Então número 2 da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes era, dentro do governo, um dos que mais pressionaram por uma ação para impedir a posse de Lula. O general imprimiu duas vezes em seu gabinete no Palácio do Planalto o planejamento para a execução de um golpe.
“‘Ah, não, porra, aí vão alegar que eu tô mudando isso pra dar um golpe’ [teria dito Bolsonaro]. Porra, negão. Qualquer solução, Caveira [apelido de Marcelo Câmara], tu sabe que ela não vai acontecer sem quebrar ovos, né, sem quebrar cristais. Então, meu amigo, parti pra cima, apoio popular é o que não falta.”
A justificativa mais recorrente para negar participação na trama golpsita, segundo um importante aliado de Bolsonaro, era que “todo dia chegava um tabajara com ideias mirabolantes”, mas que o ex-presidente lembrava que qualquer medida precisaria de um Conselho da República para adotar qualquer medida.
A Constituição prevê que o presidente faça a convocação do Conselho da República apenas em casos de intervenção federal, Estado de Defesa e de Sítio, ou crise institucional.
Moraes vai enviar inquérito do golpe para PGR na segunda; denúncia deve ficar para 2025
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes vai remeter na segunda-feira (25) à Procuradoria Geral da República o relatório final do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder mesmo com a derrota na eleição de 2022.
De acordo com fontes próximas a Moraes, o ministro NÃO deve levantar o sigilo do relatório final – diferentemente do que aconteceu com as investigações da fraude dos cartões de vacina e dos desvios de joias e outros itens do acervo presidencial – Bolsonaro também foi indiciado nos dois.
O entendimento do magistrado, segundo esses auxiliares, é que a manutenção do sigilo sobre o material, neste caso, favorece o que chamam de “trabalho tranquilo” da equipe do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Procurador-geral quer ver como vacinas, joias e golpe se conversam
A determinação de Gonet é, assim que receber o relatório final do golpe, “analisar tudo em conjunto, ver como tudo se encaixa”.
O procurador-geral da República já tem um farto material dos inquéritos das vacinas e das joias do acervo presidencial. O inquérito do golpe, agora concluído, abarca essas investigações e ainda apurações sobre fake news, milícias digitais e tramas golpistas ocorridas antes e depois das eleições de 2022.
R$ 4 bilhões: maior investimento para a indústria naval vai gerar 10 mil empregos e contribuir para a descarbonização da logística de transporte
Aportes serão aplicados na produção de embarcações para navegação interior; projetos devem aumentar em 6 milhões de toneladas por ano o transporte de minérios no país
Com investimentos superiores a R$ 4 bilhões, maior na história da indústria naval, a logística para o transporte hidroviário de minérios de ferro e manganês pelos rios Paraná e Paraguai será potencializada nos próximos anos. Todo esse montante será destinado à construção de 400 balsas e 15 empurradores, que serão produzidos e entregues ao longo dos próximos quatro anos. Essa nova frota ficará alocada em seis estaleiros estratégicos, localizados nas regiões Nordeste, Norte, Sul e Sudeste. O projeto deve aumentar o escoamento de minérios em cerca de 6 milhões de toneladas por ano.
Mais do que um ganho para o escoamento de produtos pelos rios do país, a construção das balsas e empurradores representará um avanço na frota nacional de transporte de carga para navegação interior, além de fortalecer a indústria naval brasileira. Para o ministro Sílvio Costa Filho, “o projeto é um marco histórico para o país, uma vez que estamos assinando hoje o maior programa da história do Brasil de navegação interior. Isso mostra que o Governo Federal tem uma agenda de desenvolvimento, que envolve as hidrovias, uma indústria limpa, fundamental para o escoamento da produção brasileira”, destacou.
Cerca de 90% dos investimentos empregados pela LHG Logística Ltda (R$ 3,7 bilhões) para a construção da nova frota naval e dos estaleiros foram financiados pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM) por meio de financiamento realizado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esse recurso deverá impulsionar a movimentação de matérias-primas, como aço e manganês, além de fomentar a economia brasileira, gerando mais empregos e desenvolvimento nas regiões.
“O Brasil hoje tem 12 mil quilômetros de hidrovias navegáveis, com um potencial de 42 mil. Um projeto como esse, que estamos assinando hoje, significa o fortalecimento dessa agenda hidroviária, porque o presidente Lula tem compromisso com a navegação do Brasil. Em tempos de COP30, essas hidrovias representam a retirada de mais de 70 mil toneladas de CO2, o que representa um grande avanço na agenda de sustentabilidade brasileira. E isso dialoga com o que o mundo deseja. O mundo quer produzir, mas, acima de tudo, quer produzir de maneira sustentável”, ressaltou.
O recurso destinado pelo Governo Federal tem melhorado a vida de milhares de brasileiros que atuam na indústria naval. Um dos profissionais beneficiados com as oportunidades no setor é o encarregado de soda Eduardo Santana, que trabalha há 15 anos no estaleiro Rio Maguari, no Pará. Ele destaca que, graças ao investimento no setor, foi possível alcançar conquistas importantes na vida pessoal e profissional. “O trabalho me proporcionou uma vida financeira estável, para a criação dos meus filhos e a conclusão do meu ensino superior”, ressaltou.
Os novos empreendimentos vão ampliar o escoamento de minérios e agilizar o transporte dos materiais extraídos em Corumbá (MS) e carregados nas barcaças, que percorrerão mais de 2.500 km por hidrovias até atracar no terminal marítimo de Nova Palmira, no Uruguai, onde são embarcados para navios de longo curso. O projeto reforça a importância da hidrovia Paraguai-Paraná para a integração regional entre o Brasil e os países da América do Sul, especialmente Paraguai, Argentina e Uruguai.
Modal sustentável
Os investimentos para a ampliação do modal hidroviário, com foco no escoamento de produtos, contribuem não apenas para a geração de emprego e renda, mas também para a política de descarbonização da matriz logística brasileira. Segundo dados da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e do Instituto Energia e Meio Ambiente (Iema), o transporte de materiais pelas hidrovias representa uma redução de 95% nas emissões em relação ao modal rodoviário e de 70% em comparação ao modal ferroviário.
Modal aeroportuário
Cumprindo agenda público no Pará, durante o período da tarde, o ministro Silvio Costa Filho realizou uma vistoria no aeroporto de Belém, principal complexo da região Norte. Durante os trabalhos, Costa Filho conferiu as obras que estão sendo realizadas no local. Por lá, estão previstas melhorias na infraestrutura de processamento bagagem e cargas, expansão da pista de pouso e decolagem e a modernização do terminal de passageiros.
“O importante é que a gente possa acelerar a entrega das obras no aeroporto. Com investimentos de quase R$ 500 milhões, esse ano nós estamos batendo recorde de movimentação no aeroporto. A média era de 3 milhões de passageiros por ano, indicador que deve ultrapassar os 4 milhões de turistas, com expectativas para chegar a 5 milhões nos próximos anos. Isso significa dizer que nós estamos estruturando o aeroporto, ampliando a capacidade operacional e requalificando a pista, para elevar a qualidade do serviço que é prestado a todos os usuários”, indicou.