Citado no relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado no país, o juiz Sandro Nunes Vieira, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), deve prestar depoimento à corporação nos próximos dias.
Apesar de não ter sido indiciado neste primeiro momento, a avaliação de fontes que acompanham a investigação é de que ele ainda pode vir a ser, a depender dos esclarecimentos que forem prestados.
A suspeita da PF é de que Vieira tenha ajudado o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, no relatório produzido pelo Instituto Voto Legal (IVL) para questionar o sistema eleitoral brasileiro, após a derrota nas urnas em 2022.
Na época, o juiz federal atuava na Assessoria de Gestão da Identificação do gabinete da Secretaria-Geral da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Durante a eleição, chegou a trabalhar na área de combate à desinformação da Corte.
No relatório, Vieira é citado em um diálogo entre o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro, e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. A conversa tratava sobre o IVL e ocorreu em 16 de novembro de 2022.